, , ,

Michael Jackson Conpiracy por Aphrodite Jones

Michael Jackson Conspiracy



Livro escrito pela jornalista Aphrodite Jones traz um relato honesto sobre o que realmente aconteceu durante o julgamento de Michael Jackson, que foi acusado, e absolvido, de 14 acusações criminais, em 2005. Além de revelar e analisar de forma corajosa e sincera a cobertura infiel que a mídia deu ao caso, sendo a própria Jones um membro dessa mídia sedenta pela ruína do grande ícone da música. Leia e saberá por que ela mudou radicalmente de opinião, após o julgamento de Michael.
Devamını oku...

, , ,

Conspiracy, "Nota da Autora"

Nota da autora




No dia em que Michael Jackson foi absolvido, a estrela da FOX, Bill O’Reilly, pergunto-me o que eu realmente pensava sobre o veredito. Por meses, eu tinha comentado sobre o julgamento para a FOX news, dizendo muitas coisas contra Michael Jackson, induzindo os telespectadores a acreditar que o por star era culpado. Quando O’Reilly pressionou-me a dar uma resposta sobre o veredicto “inocente”, eu estava balbuciante. O’ Reilly queria uma resposta direta e eu, finalmente, disse que o júri tinha feito a coisa certa.
Mas parte de mim ainda estava em choque.
Como eu fiz em um de meus comentários públicos no caso, eu percebi que eu tinha me tornado uma dos membros da mídia que tinha previsto o resultado do julgamento erroneamente. Muitas pessoas em minha volta estavam tão certas da culpa de Jackson. Certas coberturas jornalísticas da TV e rádio tendiam de acordo com a promotoria e eu era uma dessas pessoas que seguiam aquela perigosa tendência.
De qualquer forma, eu estava errada quanto à verdade.
Quando eu li os relatos dos veredictos INOCENTE em todos os jornais, eu me senti envergonhada por ter sido parte da máquina midiática que parecia determinada a destruir Michael Jackson. Depois de pensar sobre isso por poucas horas, eu contatei o primeiro jurado, Paul Rodriguez, que me falou que Michael Jackson verdadeiramente não era culpado das acusações. Ele sentia que Jackson fora vítima da imprensa.
Escrever um livro sobre a inocência de Jackson nunca tinha passado pela minha cabeça, não durante o julgamento em Santa Maria. Eu respeito Tom Mesereau como advogado e entendi porque o júri votou inocente em todas as acusações, mas eu não tinha intenção de revelar minhas próprias coberturas tendenciosas. Além disso, eu certamente não queria expor nenhuma de meus “amigos” da imprensa como sendo parcial e desonesto.
Para tornar isso claro: Havia duzentos membros credenciados da mídia no julgamento e menos de um punhado dessas pessoas admitiam a deliberada intenção de retratar Michael Jackson como culpado. Alguns desses membros da mídia faziam parte de meu círculo pessoal. Eu não darei nomes a nenhuma pessoa da imprensa neste livro, além de Martin Bashir, porque seria de mau gosto apontar o dedo. Telespectadores que viram o julgamento sabem quem são os culpados.
Eu devo admitir que houve um momento durante o julgamento quando eu comecei a me sentir triste por Michael Jackson. Quando eu senti que todo o mundo midiático estava contra ele. Eu queria que os fãs soubessem que eu não estava feliz com a cobertura da imprensa e decidi ir até os portões de Neverland para fazer as pazes com os fás. Eu fui dizer àquelas pessoas que eu não estava sendo injusta com Michael, que eu estava apenas relatando os fatos. Eu tentei convencê-los de que eu não tinha um interesse.
Mas os fãs não acreditaram em mim. Eles viram meus noticiários e muitos pensaram que eu estava mentindo. Eu fiquei quieta por um minuto, tentando dizer a eles que eu não iria manchar Jackson, mas eles não estavam interessados.
Como eu escutei aqueles fãs, que vieram de lugares como a Espanha, Irlanda e até Irã, eles me contaram o lado deles da estória. Eu os ouvi insistir que a imprensa americana era podre, que os americanos odiavam Michael Jackson por todas as razões erradas. Algumas pessoas até trouxeram cartão de corrida. Outros falaram que a amizade de Michael com crianças era aceitável em qualquer parte do mundo, exceto na América.
Os fãs dele me impressionaram. Sim, havia pessoas super zelosas _ uma mulher me chamou de prostituta em espanhol _ mas ao mesmo tempo, muito de seus apoiadores eram pessoas de bom coração. Muitos queriam dar a mim o benefício da dúvida.
Eu apreciei isso.
Eu tirei fotos com alguns fãs na frente dos portões de Neverland, que tinha sido coberto de corações por aqueles que amavam Michael, Depois de um tempo, um pequeno grupo de nós começou a caçoar do clã Arviso e do louco vídeo de refutação deles. Nós estávamos imitando Janet Arvizo, quem, na gravação, apoiava Michael Jackson como sua única “família”. Na fita de refutação, Janet se perguntava por que, depois da entrevista de Bashir, tantas pessoas de repente mostraram preocupação e interesse por ela, quando, realmente, apenas Michael foi generoso com a família dela.
Em uníssono, nós repetíamos as frases de Janet:
“Onde eles estavam, quando eu não podia alimentar meus filhos com nada além de uma caixa de cereal?”
“Onde eles estavam, quando meus filhos e eu chorávamos?”
“Onde eles estavam, quando meus filhos e eu estávamos sozinhos”
“Onde eles estavam, quando eu não tinha dinheiro o bastante para pagar a passagem de ônibus”
“Onde eles estavam?”, nós perguntávamos de novo e de novo, e nós riamos das bobagens melodramáticas de Janet.
Em razão dessa visita à Neverland, minha reportagem mudou ligeiramente. Eu me tornei mais aberta à ideia de que Michael Jackson era inocente e eu tentei ficar longe de comentários negativos que enchiam muitas de meus primeiros noticiários. Não apenas eu tinha sido parcial na TV, eu tinha contribuído para o programa de rádio de Michael Reagan (o filho adotivo do presidente Ronald Reagan) e tinha gastado semanas no programa nacional de Reagan. Massacrando Michael Jackson.
Se havia uma conspiração da mídia, eu era culpada.
Algumas semanas depois, quando todos os caminhões da TV deixaram Santa Maria, eu me encontrei sozinha lá, perdida sem a presença de Michael, perdida sem ter o conforto de meus “amigos” da imprensa para me ajudar a atravessar outro dia. Eu estava chateada.
Santa Maria era um lugar agradável, mas se tornou uma concha vazia para mim. O “evento” de Jackson tinha acabado e eu me tornei uma estranha em uma cidade pequena. Eu pensei sobre os amigos da mídia e percebi que muitos deles não eram amigos coisa nenhuma. Eles usaram minha entrada e já tinha saído em busca da próxima estória quente. Alguns estavam transmitindo ao vivo de Aruba, em busca de uma adolescente desaparecida.
Por sorte, eu não estava preocupada com os novos petiscos. Eu tinha uma grande imagem na minha cabeça e tinha compilado todos os tipos de dados. Eu continuava querendo escrever um livro sobre Michael Jackson, porque, antes de tudo, eu não estava no julgamento simplesmente para relatar as notícias, eu estava, primeiramente, como uma autora.
Como eu estava no julgamento como uma jornalista free-lance para a TV, eu estava por minha própria conta para sair, para ter tudo enviado para casa. Andando por Santa Maria, com meus pensamentos, tentando determinar o que fazer com toda a documentação e pilhas de anotações que eu tinha escrito sobre o julgamento, eu decidi enviar tudo, somente para o caso do livro se materializar.
Quando eu fiz minha jornada de volta á Costa Oeste, eu pensei sobre o desperdício financeiro que tantas pessoas, especialmente os contribuintes da Califórnia, tinham sofrido. Seria impossível calcular o montante exato de dólares que foram desperdiçados, mas os números estão por volta de milhões. O julgamento de Jackson foi um dos maiores acontecimentos na história dos Estados Unidos. O montante de dinheiro gasto com segurança por si só, foi simplesmente um ultraje.
Eu considerei caro a “taxa de impacto” que eu tive que pagar a Santa Maria, uma coisa que eu nunca encontrei em nenhum julgamento que eu compareci na história de minha carreira como escritora criminal. Eu me perguntei, por que eu tive que pagar tanto dinheiro para ficar e assistir a um processo público que supostamente deveria se aberto a qualquer contribuinte da Califórnia.
E, finalmente, eu me perguntei, por que alguns do pessoal na grande mídia pareciam pensar em mim como “menos” que um jornalista, quando havia pessoas, como Márcia Clarck, que sem sucesso processou O.J. Simpson, do lado de fora da corte de Santa Maria como uma jornalista para o Entertainment Tonight. Era inacreditável para mim que certas redes de talentos viam-me como incapaz de fazer um trabalho jornalístico para a TV. Embora eu tenha sido uma jornalista e comentarista de TV por anos. Durante todo o julgamento de Jackson, eu sabia que eu era mal-falada pelas costas. Às vezes, eu era verbalmente agredida por jornalista diretamente na minha cara.
Eu me perguntei por que eu passei por tanto drama, gastos e agonia Tudo por nada. Quando eu viajei para New York, eu descobri que nenhuma editora americana queria tocar em um livro sobre Michael Jackson, muito menos um que contaria o lado de Jackson da estória.
Eu fiquei devastada.
Mas então eu pensei em Michael.
Eu me perguntei como ele tinha se sentido, e percebi que ele era aquele que tinha sido lançado ao inferno. Ele era aquele que tinha sido sujeitado à máquina da mainstream mídia que o queria destruído. Ele era aquele de quem as pessoas falam mal pelas costas.
Menos de um mês depois da absolvição dele, eu soube que Jackson e seus três filhos e a babá, estavam partindo para o Reino Golfo Pérsico do Bahrain e eu entendi por quê. Pelo menos, como um convidado da família real do Sheik Abdullah, Jackson teria sua privacidade de volta e poderia encontrar uma forma de se recuperar, para relaxar e pensar em um retorno.  Declaradamente o pop star foi convidado a abrir um vinhedo ou um parque de diversões, mas Jackson não estava interessado. Michael Jackson tinha grandes planos, mas no momento, ele só queria deixar o pesadelo para trás.
Meses depois eu contatei o juiz Rodney Melville que escreveu uma ordem judicial permitindo que eu revisse e fotografasse toas as evidências do julgamento criminal. Eu gastei tempo fazendo várias viagens a Santa Maria, analisando documentos, colhendo fotos da privada Neverland de Michael, gravando todas as evidências que eu tinha visto durante o julgamento, requerendo cópias das transcrições.
Eu tive uma epifania quando em estava no porão do complexo da Corte Superior de Santa Maria, revendo horas de filmagens nunca mostradas. Com uma funcionária da corte monitorando minhas anotações, eu pausei no momento em que o acusador disse ao policial que ele “não tinha certeza” sobre certas coisas. Eu revi a gravação da entrevista do policial com o acusador e perguntei a funcionária da corte o que ela pensava daquilo. Eu queria saber se ela tinha filhos, se garotos de treze anos já sabem sobre a sexualidade deles. A funcionária da corte olhou para mim e balançou a cabeça.
“É claro que garotos sabem disso”, ela disse, “certamente, na idade de treze anos.”
Com isso, eu tive minha resposta. Eu decidi contatar um advogado de Jackson, Pearl Jr., que também tinha me encorajado a escrever o livro sobre o julgamento de Jackson, de qualquer modo, eu continuava sentindo que iria lutar uma árdua batalha.
Poucas semanas depois, eu encontrei Tom Mesereau, não uma, mas duas vezes. E eu tomei isso com um sinal.
Eu senti que, não importava o que a mídia, os céticos, e até mesmo meus amigos e familiares tinham a dizer, eu precisava me levantar por Michael Jackson. Quando comecei a escrever, percebi que as pessoas em todos os lugares estavam fazendo piadas de mim. Um livro pró-Jackson? Impossível.
Quanto mais as pessoas me provocavam, me incitavam, mas furiosa eu ficava. Como eu lutei por milhares de páginas de transcrição do julgamento, com pessoas me desencorajando no início, eu comecei a pensar que o livro nunca seria feito. Isso se tornou meu trabalho mais árduo e, às vezes, parecia que eu tinha o mundo nos meus ombros.
Eu me perguntei se Michael tinha vivido sua vida desse jeito.
Para manter meu espírito elevado, eu continuei pensando em Michael dizendo olá para mim durante o julgamento. Isso aconteceu no hall durante um intervalo, e u estava olhando para ele como se ele fosse uma figura de cera. De repente, Michael olhou para mim e disse “Ei!”
Quando ele falou, isso me assustou.
Ele estava sendo engraçado, e eu adorei.
As pessoas sempre me perguntam se eu conheci Michael, e eu digo a elas que sim. Mas, na verdade, eu nunca me apresentei a ele e, certamente, ele não me conhecia.
Uma única vez eu fiz a ele uma pergunta para a imprensa. Isso foi no começo, quando Jackson ainda estava respondendo às perguntas da imprensa e eu perguntei a ele se estava falando com seus fãs nos portões de Neverland. Michael já tinha passado pela multidão da imprensa, mas ele se voltou, olhou para mim e disse: “Eu amo meus fãs, eu amo meus fãs!” Era como se eles fossem as únicas pessoas que importavam.
Eu espero que este livro atinja mais que os apoiadores de Jackson e pegue milhões de pessoas que tem sido crédulas em relação aos tabloides, demais. Se a verdade prevalecer, de um jeito ou de outro, as pessoas irão abrir seus corações.
Aphrodite Jones
Devamını oku...

, , ,

Conspiracy, "Prefácio" por Tom Mesereau

Prefácio



Quando eu observei a jornalista Aphrodite Jones pela primeira vez na Corte de Santa Maria, Califórnia, no caso de Michael Jackson, eu tomei outra direção. Eu não queria nada com a senhora Jones. A primeira vez que meus olhos viram a senhora Jones, eu lancei a ela um profundo e gelado olhar. Se um olhar pudesse matar, ela estaria enterrada.
Devamını oku...

, , ,

Conspiracy, Capítulo 1 " ABC...It's Easy "


“ABC... It’s Easy”


 

Este era o dia final do julgamento, um dos maiores vereditos da história mundial e milhares de pessoas estavam lotando as ruas ao redor do tribunal.  A chegada de Michael Jackson era iminente e a polícia tratava as pessoas como se eles estivessem em um campo de concentração nazista, ordenando que todos ficassem atrás da linha, exigindo ordem no caos. Enquanto a mídia ficou do lado de fora da tenda principal de “comando”, esperando para ver quem receberia um acento, as pessoas pareciam exaustas e emocionadas.
Devamını oku...

, , ,

Conspiracy,Capítulo 2 "Music And Me"

“Music And Me”




Muito antes de haver um julgamento em Santa Maria, a mídia pareceu ter escolhido lados, condenando Jackson por atos indizíveis baseada nas acusações que estavam enchendo o mundo, por toda a Internet, em todos os tabloides. A maioria dos noticiários parecia deleitar-se com a capa negativa que estava cobrindo o pop star e Jackson pouco poderia fazer sobre isso.
Com o intuito de vender jornais e ganhar audiência, as
Devamını oku...

, , ,

Conspiracy, Capítulo 3 " Shake It, Shake It, Baby"

“Shake It, Shake It, Baby”




Quando o julgamento de Jackson começou, Michael usando um terno todo branco com uma braçadeira dourada, fez um sinal de vitória para a multidão do lado de fora do tribunal, que o aplaudiu veementemente. Jackson era uma atração muito maior que qualquer outra celebridade cujo nome estava listado como possível testemunha, de Elizabeth Taylor a Macaulay Culkin, de Stevie Wonder a Larry King. A mídia queria ouvir de Jackson, todas as redes de TV assim como todos os principais jornais, a revista People, o New York Times, USA Today, estavam em fila, esperando, brigando por posições entre jornalistas de redes de TV estrangeiras e editoras de todo o globo, na esperança de um comentário de Michael um breve vislumbre de como o superstar estava se sentindo.
Todo mundo queria relatar alguma coisa sobre Jackson e embora o pessoal da mídia estivesse ansioso para ver o desfile de estrelas que viriam nos próximos meses, todo mundo estava verdadeiramente focado em Michael, esperançoso de que o Rei do Pop agisse escandalosamente, dançasse em cima da SUV, dissesse alguma coisa maluca que atraísse mais fofocas no mundo inteiro.
A rede de TV NBC e as subsidiárias tinham criado uma plataforma de quatrocentos e oitenta pés para abrigar este gigante time de reportes, produtores e câmeras. A CNN construiu uma elaborada plataforma de sete pés em frente ao tribunal, na rua Miller, que dava a eles uma visão privilegiada do espetáculo de Jackson. O resto dos duzentos e vinte membros credenciados da mídia, FOX, ABC e CBS, inclusive, foi relegado a improvisar tendas diretamente de frente ao Complexo da Corte Superior de Santa Maria, firmemente encaixada em uma linha coordenada. Em torno da mídia havia esquadrões de bomba e arsenal de munição, escondidos em carros de polícia. Embora ninguém nunca tenha falado sobre isso.
Os membros da mídia eram especialistas em observar cada movimento de Michael Jackson, mas sabendo disso o por star ficava especialmente quieto quando estava sentado atrás da mesa de defesa. A julgar por algumas “caras” o pessoal da mídia estava desapontado por ver que o Rei do Pop estava bem comportado, calmo e relaxado; parecendo totalmente preparado para enfrentar o primeiro grupo de perspectivos jurados no caso.
Como o grupo da manhã de cento e setenta filtrados debatedores, Jackson e o time legal de quatro membros dele prestavam atenção. Michael sorria para o grupo de professores escolares, técnicos de futebol e estudantes. Um elenco de todo o povo americano, que olhavam para o pop star com grande propósito. Eram cidadãos medianos, com famílias e humildes estilos de vida e eles se encontraram na estranha posição de analisar Jackson, não como uma estrela, mas como um possível criminoso. Se algum deles esperava ver algum das deslizadas vidradas de Jackson pelo tribunal, se alguém pensou que eles poderiam ter algum vislumbre de uma das danças robóticas dele, eles não testemunhariam isso aqui.
Com a seleção do júri em pleno andamento, muitos cidadãos vieram com pobres desculpas sobre por que eles não tinham tempo para servir como jurado em um julgamento que duraria cinco meses. Com isso o juiz Melville ficou um pouco aborrecido, fazendo o pronunciamento “liberdade não é de graça. O dever de servir como jurado é parte do custo da liberdade.”
No tribunal, Michael, o artista, não tinha nada a fazer a não ser ficar quieto, observando o procedimento com um o olho fixo. Pessoas que estavam requerendo uma isenção de dever de ser jurado poderiam olhar para o por star quando eles se aproximavam do pódio para pedir que fossem dispensados, estudando o rosto de Michael, como se eles estivessem tentando ver se ele era real. Com as pessoas da massa de possíveis jurados explicando as razões pessoais porque eles eram incapazes de servir, o tribunal se tornou um lugar enfadonho. Todo o brilho de Jackson se fora.
Mas por que se pensa que um caso é vencido ou perdido durante a seleção do júri, os dois lados estavam brigando, e cada um tinha consultores de júris, prontos para “atacar” certos tipos de jurados. Das muitas coisas que ambos os lados precisavam considerar: o potencial de discrição dos jurados. Pessoas pensavam em se dispor por razões parciais e financeiras.
No curso dos poucos dias que se seguiram, como a piscina de jurados estreitou-se, cada jurado poderia ser individualmente questionado, perguntado sobre divulgadas informações sobre ele, a vida privada dele ou a vida da família e habilidade para ser justo no julgamento. Eles foram perguntados sobre os sentimentos deles em relação à justiça da aplicação da lei e eram questionados sobre as próprias experiências com alegações criminais.
Noticiários mais tarde fariam piada sobre o esforço para fazer a seleção de um júri de pares de Michael Jackson, mencionando a impossibilidade de encontrar doze pessoas que vivessem em um parque de diversões, que gastassem centenas de milhões de dólares, que experimentassem radicais mudanças na aparência. De qualquer forma, havia uma coisa que os comentadores especialistas concordavam: o júri não poderia se composto por fãs de Michael Jackson. Se isto seria um julgamento justo, a promotoria era forçada a eliminar os fãs de Jackson da piscina de jurados.
Uma vez que o júri foi selecionado, a promotoria parecia ter cartas marcadas a seu favor. Não somente porque os fãs de Michael foram eliminados, mas em razão da demografia de Santa Maria, que era composta por caucasianos e latinos, havia pouca perspectiva de que pessoas afro-americanas fossem capazes de servir o júri. A pequena cidade de Santa Maria, com oitenta e dois mil habitantes, era uma comunidade homogênea, um lugar que poderia ter sido qualquer lugar dos Estados Unidos. Com a proliferação da franquia, da Toys “R” us a Applebbes’s a Home Depot, era uma típica cidade suburbana isolada.
Por que foi considerado um grande desafio encontrar o júri certo para o caso, Tom Mesereau gastou muito tempo em Santa Maria antes do começo do julgamento. Vestindo jeans e uma camiseta casual, Mesereau sentou-se sozinho em um dos bares locais e ele casualmente falou com as pessoas perguntando a elas o que elas pensavam do caso.
Mesereau teve um pressentimento sobre a cidade, sobre as pessoas.
Como ele falou para os moradores locais, o advogado teve a distinta impressão de que as pessoas de Santa Maria gostavam de ter Michael Jackson como vizinho. Mesereau ouviu de muitas pessoas que Michael Jackson era considerado uma pessoa legal, uma pessoa boa, quem, quando ele entrou para comunidade local, foi gentil com todo mundo, particularmente pessoas criativas. Os moradores de Santa Maria pareciam considerar Michael uma pessoa muita decente e honesta.
“Eles eram sempre brancos, caucasianos ou latinos. Eu não me lembro de ter visto nenhum afro-americano em um restaurante ou bar”, Mesereau relembra. “Embora as pessoas lá fossem muitos conservadoras, muito rigorosa com as leis, a mídia não estava reportando o quão as opiniões delas eram independentes. Os moradores de Santa Maria pareciam ser pessoas um tanto quanto libertárias.”
No fim, Mesereau não se importava se tinham um júri “pro- Jackson”. Ele apenas queria um júri que fosse formado por pessoas de mente aberta e justas. Quando começou o caso contra Michael Jackson, muito antes do júri ser selecionado, Mesereau escutou que o promotor Tom Sneddon não era “necessariamente uma pessoa confiável” na opinião dos habitantes de Santa Maria.
“Lá parecia haver um forte sentimento de que o promotor Tom Sneddon tinha uma vendeta contra Michael, que pode ter obscurecido o julgamento e abordagem dele”, Mesereau confidenciou. “A palavra vendeta foi muito usada. E eu senti que quando a verdade surgisse, o júri saberia que Michael Jackson é um grande defensor de crianças do mundo inteiro. Eles saberiam que ele tinha feito muito pela causa infantil em todo o mundo. Eu sentia que quando a verdade sobre como ele atraia crianças e por que ele estava interessado em crianças fosse revelada, as pessoas ficariam muito receptivas a quem Michael é.”
Dias antes de o efetivo júri ser selecionado e o julgamento ter começado, ambos os lados estudaram as expressões faciais e cuidadosamente avaliaram a experiência de vida de cada jurado. Mesereau, por exemplo, questionou os jurados sobre se eles acreditavam que crianças poderiam ser manipuladas a mentir pelos pais delas.
Entre os potenciais jurados que foram dispensados pela defesa, está incluída uma professora que lidou com problemas emocionais e dificuldade de aprendizagem, assim como um homem, que, como um pesquisador para uma universidade, pensava que acusados em um julgamento de grande perfil “poderia obter uma melhor atuação da justiça” que aqueles que estavam em julgamentos com menos publicidade. A promotoria dispensou uma ex-assistente de escritório de uma escola que disse ter sido falsamente acusada pela patrulha de transito da Califórnia. De qualquer modo, a mais séria dispensa ocorreu guando a promotoria expulsou duas potenciais mulheres afro-americanas. Em toda a piscina de duzentos e dois, somente seis eram afro-americanos. Para Mesereau, a ideia de que o painel poderia não incluir nenhum jurado afro-americano tornou-se uma impressionante realidade.
“Eu sentia que a promotoria tinha a mente muito estreita, quando se tratava de raça” Mesereau concluiu, “eles pensavam que o acusado estava desesperado por ter um afro-americano no júri. Eles pareciam, em minha opinião, por muita arrogância, acreditar que este era um caso que eles não poderiam perder. Enquanto selecionávamos o júri, houve duas mulheres afro-americanas removidas, eu fui até a barra lateral e fiz objeções constitucionais por aquelas pessoas estarem sendo removidas em razão da raça delas. O juiz rejeitou minhas objeções.
Embora Mesereau tivesse gostado de ter um afro-americano no júri, o advogado de defesa sentia que isso não era necessário. Raça é uma coisa com a qual Mesereau tem sempre se preocupado. Mesereau há muito tempo tem sido uma força positiva na comunidade afro-americana. De qualquer forma, Mesereau não estava procurando por um afro-americano que pudesse pendurar o caso. O que Mesereau queria era uma completa vitória e quando ele aceitou o painel de jurados que não possuía um representante afro-americano, Mesereau sentia que estava desafiando o blefe da promotoria.
“Você pergunta sobre afro-americanos no júri?” Mesereau explicou, “Eu não queria que raça fosse um problema nesse julgamento. Eu penso que Michael Jackson transcende raças. Quando eu soube quem Michael era, quando eu entendi a vida dele e o mundo dele, eu percebi que Michael tinha uma qualidade muita rara, e isso é: ele faz pessoas de todas as raças se unirem. Se você olhar para as pinturas na casa dele, você verá crianças de todos os continentes, de todas as cores, todas as religiões, usando os trajes nativos delas.”
Quando o júri começou, pessoas de raças diversas no painel do júri, puderam se tornar um grupo muito envolvido, que se sentiam muito protetivos uns em relação aos outros, enquanto eles trabalhavam veladamente à maneira deles, passados o tumulto de fãs adoradores e a fúria da imprensa. Eles eram um grupo de oito mulheres e quatro homens que, acrescidos de oito jurados reservas, sentaram para assistir o julgamento, incluindo um jovem afro-americano que foi selecionado como uma alternativa. Este era o pequeno grupo de medianos cidadãos americanos que decidiria qual era a verdade por trás das sinistras acusações feitas contra Michael Jackson. Muito era esperado deles, e ninguém tinha certeza se aquele punhado de pessoas seria capaz de ser justo.
“As pessoas na mídia estavam muito míopes quando davam o ponto de vista deles sobre o júri”, Mesereau disse. “A mídia continuava a se perguntar: ‘Como esse júri vai julgar Michael Jackson? ’ Mas eles nunca disseram a si mesmos: ‘Como esse júri vai julgar esta família de acusadores? ’”
Como foi revelado, o júri fez julgamentos sobre a família de acusadores. Quando eles depois deram uma breve conferencia de imprensa sobre os vereditos, alguns jurados admitiram que a mãe de Gavin Arvizo, Janet, a testemunha chave na acusação de conspiração contra Michael Jackson, não poderia ser acreditada.
A jurada número 8, mãe de quatro filhos, sugeriu que a conduta de Janet Arviso era inadequada. A mãe de quatro filhos parecia concordar com a representação que a defesa fez de Janet “Jackson” Arvizo como uma golpista que ensinou os filhos a “mendigar dinheiro”. A jurada de cinquenta e dois anos disse à imprensa que ela questionou os valores de Janet Arvizo, declarando que “Eu não iria querer que meus filhos mentissem para ganho próprio.”
“A noção da promotoria de que Neverland era uma isca, um tipo de armadilha monstruosa, criada por um pedófilo, eu considerei ridícula e eles não puderam provar isso durante o julgamento.” Insistiu Mesereau. “No final, as pessoas que se preocupam com crianças, que se interessam por crianças, veriam a verdade sobre Michael Jackson e saberiam que os motivos dele era muito nobres, muito honestos, e muito sinceramente realizados.”
Era segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005, o dia em que as declarações começaram a ser abertas. No primeiro momento, o juiz Melville leu as dez acusações contra o senhor Jackson, que incluía quatro acusações de abuso sexual infantil, quatro acusações de administrar álcool para cometer crimes, uma acusação de tentativa de abuso sexual; e uma acusação de conspiração. Quando cada lado apresentou os argumentos dele, imagens conflitantes de Michael surgiram. A promotoria estava chamando Michael de um predador sexual, a defesa argumentava que Michael era uma presa fácil. Ambos os casos revelaram detalhes e inconsistências sobre o caso e, finalmente, os jurados puderam ouvir duas estórias completamente contratantes sobre o que aconteceu na primavera de 2003, na Neverland Valley Ranch, de Michael Jackson.
 Ambos os lados foram ousados e audaciosos em suas afirmações e cada um fez o caso parecer plausível. A promotoria queria fazer as pessoas acreditarem que Michel Jackson era uma pessoa demoníaca, que tinha interesses sexuais ocultos, por trás de seu relacionamento com os filhos dos Arvizos. O time de defesa queria mostrar como Jackson tinha sido uma vítima de todos em sua volta, mostrar que uma família como os Arvizos, com quem Jackson fez amizade, sempre acabam sendo desleais. A defesa argumentaria que havia poucas pessoas em quem o superstar pôde confiar, insistindo que as pessoas em que ele confiou estavam sempre atrás de dinheiro ou uma parte da fama de Jackson.
Assim que começaram as declarações de abertura, o promotor Tom Sneddon faria de tudo em seu poder para mostrar Jackson como um pedófilo, que orquestrou uma bem elaborada conspiração, astutamente usando a fama dele para atrair o amigo, Gavin Arvizo, a Neverland, onde alegadamente Jackson dobrou Gavin com álcool, “sangue de Jesus”, com o intuito de molestar o garoto de treze anos.
O promotor veterano recontou como Jackson conheceu Gavin em 2000, quando o garoto estava sofrendo de um grave tipo de câncer, contando aos jurados que foi durante a primeira visita de Gavin a Neverland que Michael primeiramente mostrou imagens sexualmente explícitas de mulheres a um garoto de dez anos e o irmão mais novo dele, Star Arvizo. Sneddon manteve que nada sexual aconteceu naquela visita inicial, mas o promotor tentou mostrar que uma “preparação” padrão existiu.
O promotor passou a graficamente detalhar os atos do alegado abuso, fazendo alguns jurados parecerem inquietos. Algumas pessoas olharam com desaprovação para Jackson quando o promotor disse que o popstar mostrou a Gavin sites adultos. Além de outras coisas, Jackson foi acusado de fazer, diante dos garotos Arvizos, uma simulação de sexo com uma manequim de tamanho natural, sair do banheiro dele nu e dizer para os garotos Arvizos não sentirem medo da nudez porque “é natural.”
Parado no pódio, diante do júri, Sneddon deixou sua opinião sobre Jackson clara: “Em vez de ler Peter Pam para eles, Jackson os estavam mostrando revistas sexualmente explícitas. Em vez biscoitos e leite, você pode substituir por vinho, vodka e Bourbon.”
Quando o promotor começo a apresentar a teoria sobre a alegada conspiração, os ouvintes no tribunal escutaram-no gritando comentários dos microfones do pódio. Sneddon parecia fora de rumo por um momento, mas continuou descrevendo uma elaborada teoria de conspiração, a qual ele mesmo admitiu ser “difícil de seguir.”
Sneddon disse aos jurados que o documentário feito pelo jornalista Martin Bashir, no qual Gavin Arvizo foi exibido conversando com Michael Jackson sobre os dois dividirem a cama, criou uma “tempestade de fogo” que ameaçou a carreira do pop star, levando Jackson a iniciar uma conspiração para raptar e extraditar a família Arvizo.
“O mundo de Michael Jackson estava abalado. Não abalado no sentido musical, mas no sentido da vida real.” Sneddon insistiu.
Sneddon afirmou que o documentário de Bashir, Living With Michael Jackson, levou Jackson e os parceiros de negócios dele a conspirar para aprisionar ilegalmente Gavin Arvizo e a família dele no rancho Neverland, afirmando que Jackson tentou forçar a família Arvizo a gravar um documentário refutação em resposta ao de Bashir.
De acordo com Sneddon, a conspiração ainda implicou em levar a família Arvizo a Miami, alegadamente para uma conferencia de imprensa, que nunca teve lugar, e também implicou em forçar a Mãe de Gavin a assinar um papel em branco que mais tarde seria usado por Jackson em um processo civil contra a TV Granada, a entidade que produziu o documentário de Bashir. (A TV Granada foi supostamente liquidada algum tempo depois de o julgamento acabar.) Além disso, Sneddon disse aos jurados que um dos associados de Jackson tinha retirado Gavin e Star Arvizo da escola, alegadamente planejando levar os garotos Arvizos, juntamente com a mãe deles, para o Brasil.
Tão maluco quanto poderia aquilo pode ter soado, o que ficou como a mais bizarra afirmação, foi a cronologia de Sneddon em relação ao alegado abuso sexual. O promotor afirmou que Gavin e Star Arvizo, cada um, disse que o alegado abuso sexual ocorreu depois do documentário de Bashir se exibido, depois da viagem a Miami e depois que a fita-refutação fosse filmada para a FOX. Em outras palavras, os Arvizos estavam acusando de Jackson de praticar atos lascivos com uma criança, não quando Martin Bashir estava filmando o danoso documentário dele, em 2002, mas sim, a alegação deles era que Jackson agiu inapropriadamente em 2003, apenas semanas após o documentário de Bashir se transmitido, quando Jackson e a equipe de relações públicas dele estavam lançando uma campanha para derrubar todas as visões distorcidas que Bashir tinha apresentado do Rei do Pop.
Parecia estranho.
Tom Mesereau iniciou o pronunciamento de abertura, ferozmente atacando a teoria de Sneddon, dizendo aos jurados, “Essas acusações são fictícias. Elas são falsas e elas nunca aconteceram.”
Quando Mesereau falou, ele assumiu o controle do tribunal, prometendo que provaria que todas as alegações contra Michael Jackson eram falsas e ainda provaria que a mãe do garoto tinha fabricado o mesmo tipo de acusações inúmera vezes. Mesereau disse aos jurados que Janet “Jackson” Arvizo tinha cometido perjúrio, tinha alegado abuso sexual anteriormente, tinha fraudulentamente recebido ajuda governamental, tinha lesado a JC Penny Corporation em um grande acordo civil e ela não declarou as enormes somas de dinheiro que recebeu em doação para as despesas médicas do filho.
As sobrancelhas de todos se ergueram guando o advogado disse aos jurados que a Janet Arvizo tinha pedido doações a celebridades incluindo Adam Sandler, Mike Tyson e Jim Carrey, o tempo todo sabendo que o seguro de saúde do ex-marido pagava pelo tratamento. Mesereau ainda contou aos jurados detalhadamente o estranho encontro que a família Arvizo teve com Cris Tucker, Jay Leno e George Lopez, prometendo que produziria testemunhas que mostrariam como Michael Jackson se tornou o principal alvo da família Arvizo.
“Nós provaremos a vocês que a celebridade mais conhecida, a celebridade mais vulnerável, Michael Jackson, se tornou o alvo.” Mesereau disse aos jurados. “As alegações de abuso sexual começaram quando a família Arvizo estava incapaz de conseguir algum dinheiro do documentário de Bashir ou do vídeo-réplica que eles fizeram em louvor a Jackson.”
Mesereau prometeu aos jurados que eles ouviriam o próprio Michael Jackson, afirmando que o pop star estava preparado para provar a falsidade das impressões criadas pelo documentário Bashir.
“Bashir queria ser escandaloso, ele queria ficar rico”, Mesereau disse, contando aos jurados que mostraria imagens cortadas da entrevista de Jackson com Bashir que limpariam o nome do ícone.
Neverland não é um paraíso para atividades criminosas, uma isca para abuso sexual, como caracterizada pela promotoria. É um lugar como a Disneylandia”, insistiu Mesereau, “Um lugar para crianças desafortunadas e doentes ter um dia de diversão.”
O advogado de defesa explicou que, como a mãe deles incentivou, Gavin, Star e Davellin Arvizo voltaram-se para um novo pai, Michael Jackson, como o homem que poderia realizar os sonhos deles. Tom Mesereau pontuou que a família Arvizo teve alegres férias, roupas, presentes, tudo pago por Michael Jackson. Mesereau insinuou que a família Arvizo não queria perder o “ticket de refeição” deles. Como forma de garantir a presença dele na vida deles, Mesereau contou aos jurados, “Os meninos Arvizos chamavam-no Papai Michael.”
Na primeira visita a Neverland, o irmão de Gavin, Star, escreveu uma nota agradecendo Michael pelo “momento inesquecível”. A irmã, Davellin escreveu uma carta dizendo “Você ajudou muito meu irmão. Sem você eu não sei onde nós estaríamos. Você é muito carinhoso e amável. Eu amo você com todo meu coração.”
Como Mesereau falou, os jurados descobriram que Michael tinha dado aos Arvizos um carro, um computador, e vários presentes para tornar a vida deles um pouco mais fácil. Além disso, Michael permitiu que os garotos Arvizos visitassem Neverland quando ele nem mesmo estava. Tudo para colocar um sorriso no rosto do jovem Gavin. Michael acreditava que ele poderia ajudar Gavin, então o garoto poderia ser capaz de se curar.
Além de outras coisas, os jurados souberam que durante anos Michael, juntamente com outras celebridades, tinha tentado ajudar a família Arvizo, conseguindo doações de sangue, organizando eventos de arrecadação, fazendo tudo o possível para ajudar a curar Gavin de uma misteriosa forma de câncer. Mais que qualquer outra celebridade que tentou ajudar a família Arvizo, porém, foi Michael Jackson quem abriu a casa e o coração dele para àquela família em um momento crítico da vida deles. Para esta família de desprivilegiadas crianças latino-americana, o superstar se tornou um salvador.




Voltar: http://theuntoldsideofthestorymj.blogspot.com/2011/11/conspiracycapitulo-2-music-and-me.html

Capítulo 4: http://theuntoldsideofthestorymj.blogspot.com/2011/11/conspiracy-capitulo-5-i-wanna-be-where.html


Devamını oku...

, , ,

Conspiracy, Capítulo 4 " I Wanna Be Where You Are"

“I Wanna Be Where You Are”




Na manhã seguinte, Tom Mesereau disse aos jurados que ele provaria a eles, através do testemunho dos empregados e de visitantes de Neverland, que os garotos Arvizos ficaram fora de controle, quando estavam no rancho de Michael. Mesereau queria deixar claro ao júri que a acusação de álcool contra Jackson não sobrevivia sozinha. Ele queria que o júri compreendesse a natureza da acusação: o promotor estava alegando que Michael Jackson tinha dado álcool os menores especificamente com o propósito de molestar a jovem vítima de câncer, Gavin.
Devamını oku...

, , ,

Conspiracy, Capítulo 5 "Wanna Be Startin' Something"

“Wanna Be Startin’ Something”




Quando o documentário terminou, com Tom Sneddon não tendo mais nenhuma pergunta para fazer ao jornalista britânico, foi a vez de Tom Mesereau interrogar Bashir e o advogado de defesa parecia pronto para duelar.
“Senhor Bashir, com o intuito de produzir o programa que acabamos de assistir, o senhor teve uma conversa com o senhor Jackson, não é verdade? Mesereau perguntou, soando uma tanto quanto amigável.
Devamını oku...

, , ,

Conspiracy, Capítulo 6 "Rock With You"

“Rock With You”




Com o julgamento a toda velocidade, a fofoca da TV em torno disso adicionou uma dimensão surreal, não apenas nos cabos de notícias, mas nos programas de entretenimento em todo o mundo.
O E! News queria colocar os telespectadores dentro do tribunal e as redes a cabo, conhecida por apresentar as notícias de forma exagerada, conhecida por promover Paris Hilton e Nicole Ritchie e outras “bonequinhas”, estavam apresentando uma séria reconstituição do julgamento.
Devamını oku...

, , ,

Conspiracy, Capítulo 7 " Stop! The Love You Save May Be Your Own"

“Stop! The Love You Save May Be Your Own”




A irmã de dezoito anos de Gavin Arviso, Davellin, era reservada e falava com suavidade, quando foi o momento dela se sentar no banco de testemunhas. Quando ela ajustou o microfone, a jovem parecia nervosa. Ela se negou a olhar na direção de Michael Jackson, exceto para identificá-lo como réu no caso. Ela não o via há dois anos.
Devamını oku...

, , ,

Conspiracy, Capítulo 8 " Do You Remember The Time?"

“Do You Remember The Time?”




No final da audiência, quarta-feira, dia 4 de março, quando Michael estava sendo questionado sobre o testemunho de Davellin Arvizo, ele disse à mídia que achou isso “frustrante”. Na verdade, aquele comentário de Jackson seria o último, pelo menos quando isso veio à multidão da mídia, porque o advogado dele não permitiu mais nenhum comentário. Mesereau detestava a presença da mídia e sentia que a mídia estava lá para capitalizar com a sensacional insensatez de Michael Jackson. É claro, nem mesmo Mesereau poderia prevê a sensação mundial que Jackson geraria ao entrar vestindo o pijama dele.
Devamını oku...

, , ,

Conspiracy, Capítulo 9 " Askin' Him To Change His Ways"


“Askin’ Him To Change His Ways”


         
Com cada palavra do testemunho de Star sob escrutínio, com o “canal Neverland” fita demo, estrelando Star Arvizo, ainda fresco nas mentes dos jurados, os observadores na corte foram golpeados pela alegria de Star enquanto ele guiava o grupo de crianças através dos brinquedos, jogos e guerra de pipocas. A pessoa no vídeo era inteiramente diferente do jovem que estava sentado em frente ao júri. Michael Jackson, observando Star dizer que não se importava em narrar o vídeo, alegando que ele estava “meio cansado” quando ele gravou a obra “demo”, ficou extremamente imóvel por trás da mesa da defesa, enquanto o jovem testemunhava. Michael nunca moveu um músculo. Ele estava congelado no assento dele, assistindo a Star revelar opiniões que, francamente, eram inacreditáveis.
Quando outro DVD foi tocado, um que mostrava Gavin com aparê
Devamını oku...

, , ,

Conspiracy, Capítulo 10 " If Wanna Make the World a Better Place, Take a Look at Yourself And Make A Change"

“If Wanna Make The World A Better Place - Take A Look At Yourself And Make A Change”




Quando o Gavin de 15 anos de idade sentou no banco de testemunhas, ele parecia estar com o cabelo bem cortado, vestindo uma camiseta azul-escuro e com calças escuras. Gavin falou sobre o apartamento de um quarto de solteiro onde ele e a família dele viviam, na rua Soto, testemunhando que toda a família dormia em uma única cama, juntos. Gavin explicou que depois que ele teve câncer, ele se mudou para a casa dos avós dele, para viver em um quarto estéril e durante aquele tempo a mãe e o pai dele “brigariam todo dia” por causa de contas e outras questões de “controle.” Gavin disse que testemunhou violência física entre a mãe e o pai dele. Ele, então, falou sobre a introdução dele no Laugh Factory, onde ele recebeu instruções do comediante George Lopez.
Devamını oku...

, , ,

Conspiracy, Capítulo 11 "Who's Bad ? "


“Who’s Bad?”


 

O julgamento entrou na terceira semana com Gavin Arvizo ainda no banco de testemunhas, mas a mídia foi distraída quando o Papa João Paulo II foi liberado do hospital tendo sofrido uma cirurgia para facilitar a respiração dele. Em Roma, o Papa João Paulo II estava dando notícias internacionais, enquanto uma minivan Mercedes cinza carregava o pontífice de oitenta e quatro anos para o Vaticano, o time de notícias de Santa Maria corria para fazer planos de vôos para cidade do Vaticano.
Devamını oku...

, , ,

Conspiracy, capítulo 12 "Got To Be There"



“Got To Be There”
 


Os promotores mostraram aos jurados revistas adultas e outros materiais adultos tirados de Neverland no intuito de corroborar a acusação de que Jackson era obcecado por sexo.
A promotoria acusaria Jackson de mostrar esse material aos garotos Arvizo na tentativa de estimulá-los. O xerife de santa Bárbara testemunhou que eles classificaram pilhas de fotografias e livros de arte, todo o tipo de revistas e recordações de cinema, tudo que estava espalhado pela suíte de Michael, banheiro e escritórios. Algumas das revistas adultas que eles encontraram estavam em duas maletas trancadas, escondidas debaixo da cama de Michael. Outro tipo de material foi encontrado no quarto de Michael, próximo à jacuzzi e a lista continuou. Aparentemente Michael tinha gosto por pornografia.
Devamını oku...

, , ,

Conspiracy, capítulo 13 "Livin' Off The Wall"


“Livin’ Off The Wall”




Enquanto o Papa João Paulo II continuava deteriorando, incapaz de atender a Easter Vigil Mass, em Roma, o pessoal da mídia agora começava a sair de Santa Maria. Deixando um enorme buraco na frente do tribunal, os membros da mídia tinham começado a jornada deles ao Vaticano, ansiosos por capturar os pensamentos e preocupações sobre o Papa João Paulo II, por que o mundo inteiro estava orando.
Devamını oku...

, , ,

Conspiracy, capítulo 14 "Little Bitty Pretty One"

“Little Bitty Pretty One”




Michael tirou os óculos de sol para poder dar uma boa olhada em uma bela loira alta, que entrou no tribunal: Senhorita Lauren Wallace, uma assistente de vôo que tinha servido-o, inúmeras vezes. Com o longo cabelo loiro dela e perfeita silhueta acentuada por calças brancas e uma sexy camisa preta, a senhorita Wallace fez todo muito no tribunal prestar atenção. A loira explosiva era uma das comissárias de bordo da Extrajet, uma privada linha aérea que Michael sempre fretava para ele mesmo, os convidados dele e os três filhos dele.
Quando a linda jovem mulher estava jurando, olhando para Michael com olhos de adoração, o por star olhou para ele com uma curiosa expressão. Parecia que Michael estava atraído por ela, de alguma forma, mas, então, ele colocou os óculos com aro de ferro e começou a dar uma olhada nas anotações de Mesereau.  Aparentemente, Michael não queria ser distraído pela beleza dela. Michael estava ansioso por escutar sobre o que ela tinha sido chamada a depor.
Devamını oku...

, , ,

Conspiracy, capítulo 15 "We Are Here To Change The World"

“We Are Here To Change The World”




Quando o julgamento se desenvolveu completamente, a briga sobre permitir testemunhos referentes às acusações anteriores contra Michael Jackson tornou-se uma questão legal, sobre a qual, especialistas não podiam entrar em um consenso. As régras pareciam ser gerais e uma audiência especial foi realizada sem a presença do júri. O time de defesa arguiu que as acusações anteriores contra Michael eram irrelevantes, que o acusador anterior não tinha credibilidade.
Devamını oku...

, , ,

Conspiracy, Capítulo 16 " Don't Stop Till You Get Enough"

“Don’t Stop Till You Get Enough”




Em abril, no dia da mentira, no meio de uma atmosfera fúnebre e sinais de que o julgamento não estava indo bem, a mídia estava fora do tribunal entrevistando os fãs de Michael, que pareciam ter sentimentos confusos sobre o que o futuro reservava ao pop star. Muitos estavam bravos porque ex-acusadores iriam ser carregados para o procedimento atual, certamente que o testemunho sobre alegações anteriores criaria mais desnecessário preconceito contra Michael.
Devamını oku...

, , ,

Conspiracy, Capítulo 17 "Be Careful Who You Love"

“Be Careful Who You Love”




Jesus Salas, empregado por Michael Jackson por vinte anos, como o mordomo dele, era um homem humilde. Testemunhando em nome da promotoria, o senhor Salas raramente olhava na direção de Michael. O cavalheiro parecia desconfortável no tribunal. Como muitas das testemunhas que vieram antes dele, o senhor Salas parecia ansioso em responder às questões, para terminar a provação pública, tão rápido quanto possível.
Para começar, o mordomo falou sobre crianças sendo frequentemente convidadas à casa de Michael. O senhor Salas disse aos jurados que Michael esperava “o melhor” para todos os convidados que visitavam Neverland, que os jovens convidados dele recebiam tudo que eles queriam. Se crianças queriam doces, eles recebiam doces. Se crianças quisessem que o jantar delas fosse servido na estação de trem, estava ótimo. Se elas queriam comer na casa principal, estava ótimo, também.
Crianças tinham constante acesso a toda a valiosa propriedade de Michael, incluindo todos os brinquedos e jogos, uma videoteca alfabetizada, dois zoológicos separados e um cinema que ficava aberto 24 horas, 7 dias por semana. Salas testemunhou que Michael tinha um cinema em tamanho natural, onde ele mantinha um pessoal para servir aos convidados doces e sorvete de graça. Ao júri foi mostrada uma foto do cinema, que tinha acentos de veludo e duas salas no térreo, cada sala equipada com camas de hospital, então, as crianças poderiam deitar e assistir aos filmes, se elas preferissem. As crianças não tinham permissão para dirigir 4-rodas sem autorização e eles eram monitorados para onde quer que eles dirigissem os carrinhos de golf, Quadrunners e lambretas, coisas de qualquer natureza.
Quanto à segurança de Neverland, Salas testemunhou que a todos os convidados de Michael eram dadas as combinações da casa principal, assim todos os convidados de Neverland poderiam entrar nos prédios principais na propriedade, livremente, incluindo a família Arvizo, que foi convidada por Michael, na primavera de 2003.
Jesus Salas relembrou de buscar os Arvizos no aeroporto de Santa Bárbara e disse que a família ficou em Neverland por cerca de duas semanas, então, partiu por um tempo e voltou a Neverland por outras duas semanas. Salas disse que houve um momento quando ele foi pedido para levar a família Arvizo para Los Angeles, o que ele fez; e testemunhou que os Arvizos retornaram a Neverland pela terceira vez, permanecendo por cerca de uma semana. Durante essas três visitas, Salas disse, Michael não estava “na propriedade” a maior parte do tempo.
O senhor Salas confirmou que havia dois homens alemães na propriedade, a quem ele se referiu como “Deiter” e “Ronald” e disse que aqueles homens estavam tendo “reuniões” co Michael durante o tempo em que os Arvizos estiveram em Neverland. Salas testemunhou que ele não tinha ideia sobre o que era as reuniões, explicando que ele não tinha conhecimento sobre a conexão de Deiter e Ronald com Michael Jackson. Salas disse aos jurados que Frank Cascio era também um convidado regular de Neverland, quando os Arvizos estiveram lá, afirmando que Frank estava “praticamente vivendo lá”.
Quando questionado sobre os arranjos para os Arvizos dormirem, o mordomo disse que houve vezes em que os meninos Arvizo dormiram nas unidades de hóspedes próximos à mãe deles e à irmã e outras vezes em que dormiram no quarto de Michael. Salas testemunhou que durante anos ele tinha visto “outras crianças” dormir no quarto de Michael, tanto no térreo quanto no primeiro andar na suíte duplex de Michael.
Salas disse que era usual ver crianças no quatro de Michael, explicando que Michael brincaria com os próprios filhos e com outras crianças, todas as quais podiam se juntar a Michael nos aposentos dele, sempre que ele tivesse tempo livre. Salas disse que Michael também entreteria adultos no suíte máster dele, dizendo aos jurados que ele tinha visto adultos serem servidos comida e álcool no andar inferior da suíte, que tinha uma sala de estar, um grandioso piano e uma grande lareira.
Quando foram perguntadas questões específicas sobre álcool, Salas disse que ele acreditava que Michael bebesse vinho e vodka. Salas testemunhou que, na opinião dele. Michael apresentava os efeitos da bebida regularmente, mas pontuou que ele nunca viu Michael tomar uma bebida alcoólica de verdade. Salas confirmou também que Michael teve, uma vez, problema com drogas prescritas, o qual surgiu porque Michael foi queimado gravemente durante a filmagem de um comercial da Pepsi. Salas testemunhou que ele foi informado de que Michael tinha passado por um “tratamento” para aquele problema, mas também percebeu que Michel tinha um problema nas costas e também tinha quebrado a perna dele, em 2003, testemunhando que Michael, tinha ido ver médicos e estava sob medicamentos prescritos, naquele tempo.
Em vinte anos que ele tinha servido como mordomo de Michael Jackson, cuidando da casa de Michael, Jesus Salas disse que ele não testemunhou o artista bebendo álcool na frente de crianças, nunca. Salas foi perguntado especificidades sobre Gavin, quem Salas pensou, estivesse agindo como bêbado, em uma noite, porém, Salas disse ao jurados, que Michael não estava com Gavin aquela noite. Além disso, Salas disse que ele nem mesmo tinha certeza se Gavin estava intoxicado.
O senhor Salas também foi perguntado sobre um grupo de garotos locais, de Los Olivos, que também foram pegos vindo da adega na árcade, causando um problema em Neverland, no outono de 2003. Salas descreveu o incidente com os meninos de Los Olivos e disse ao júri que os garotos locais eram convidados de Michael, que tinham passado muitos dias se divertindo em Neverland. Sala se lembrou de ter visto aqueles garotos se esgueirando da adega de vinhos, mas insistiu que Michael não estava com eles.
Jesus Salas disse que era política de Michael não permitir crianças dentro da adega de vinhos. Ele disso ao júri que os meninos de Los Olivos eram vizinhos que frequentavam Neverland sempre, mesmo quando Michael não estava em casa. Ele disse que os garotos eram jovens adolescentes que tinham tomado liberdades em Neverland, brincando de esconde na casa, sendo pegos em salas que estavam fora dos limites. Salas disse que os garotos eram “conhecidos” pelo pessoal de Neverland, porque eles sempre se metiam em problemas. Quanto às alegações que os meninos Arvizo fizeram, dizendo que eles estiveram sempre intoxicados em Neverland, o promotor perguntou sobre uma noite em particular, quando os meninos Arvizo estavam no quarto de Michael com Frank Cascio e os irmãos dele, perguntando se Michael Jackson tinha pedido uma garrafa de vinho para ser entregue no quarto com quatro taças.
Para os jurados, Salas confirmou que Michael tinha realmente feito um pedido por vinho naquela noite em questão. Mas quando o mordomo pensou sobre aquela noite em particular, Salas, inadvertidamente, acrescentou que Michael tinha também pedido refrigerantes comuns para serem entregues além do vinho aquela noite, o que fez as pessoas no júri rolarem os olhos delas.
Foi um golpe para a promotoria, porque Salas era testemunha deles e o homem foi muito sincero nas respostas dele. Ele estava sendo honesto sobre coisas como ele se lembrava delas e quando Salas disse ao júri que ele se lembrava de refrigerantes sendo entregues no quarto, para os meninos Arvizo, enquanto nos testemunhos dos Arvizos, eles alegaram, ambos, que eles tinham bebido álcool com Michael no quarto dele todas as noites, os fatos não estavam batendo de jeito nenhum.
Jesus Salas foi uma testemunha credível e as respostas dele eram honestas. Quando repetidamente perguntado sobre álcool servido em Neverland, Salas recordou apenas outra ocasião quando Michael pediu vinho com os meninos Arvizo presentes, e disse ao júri que Michael pediu apenas uma taça.
Para o júri, pediram a Salas que identificasse várias revistas “adultas” que Michael tinha no escritório dele, para identificar minúsculas bonecas S&M que Michael tinha no escritório dele, das quais, fotografias foram introduzidas como evidências e mostradas em uma grande tela, para que os espectadores no tribunal observassem. Foi muito embaraçoso, olhar para as figuras sado masoquistas piscando audaciosamente na tela. As pessoas depois se perguntaram o que aquilo tinha a ver com tudo. Não havia nenhum testemunho que ligasse aqueles obscuros objetos a Michael e crianças. Alguns observadores no tribunal sentiram que aquilo foi sem motivo. Outros acharam divertido que Michael tivesse objetos sexuais femininos.
Em relação à acusação de conspiração, pediram a Jesus Salas para falar da vez quando Janet o chamou e pediu a ele que a levasse para casa. Janet estava chorando, Salas se lembrava, e ela estava insistindo que ela queria deixar Neverland. Salas sentiu muito por Janet, então ele se encarregou de levar a família Arvizo para a casa deles, em Los Angeles, usando um dos carros de Michael, o Rolls Royce, para transportá-los. Salas disse ao júri que quando Janet fez a solicitação, era tarde da noite e explicou que antes de levar a família Arvizo para fora da propriedade, ele informou Chris Carter, um dos guarda-costas de Michael, sobre a situação, apenas para que alguém ficasse informado que ele estava escoltando a família Arvizo para fora de propriedade.
De acordo com Salas, foi o amigo de Michael, Frank Cascio, que ficou bravo porque os Arvizos foram embora. Salas disse aos jurados que pouco tempo depois que ele levou os Arvizos de volta a Los Angeles, talvez dentro de uma semana, os Arvizos retornaram a Neverland, embora ele não pudesse dizer por quê. Salas testemunhou que no retorno deles, Janet se aproximou dele uma segunda vez, talvez uma semana depois, e pediu para ser levada para Los Angeles novamente. Mas dessa vez, Salas disse a ela que ele não poderia dirigir. Poucos dias depois disso, Salas se lembrou, Janet e os filhos dela deixaram a propriedade para sempre, nunca mais seriam visto na casa de Michael, de novo.
Quando Tom Mesereau começou o interrogatório dele, a primeira coisa que ele perguntou a Salas foi sobre os arranjos para os meninos Arvizos dormirem. Os garotos alegaram que eles dormiram com Michael todo o tempo, mas Salas viu os Arvizos dormindo no piso térreo na suíte máster de Michael.
O senhor Salas falou sobre o serviço de primeira classe que foi dado a toda família Arvizo, que comia na cozinha ou na sala de jantar, quando eles estavam perto, que pediam serviços de quarto quando eles desejavam, que tinham serviço de comida disponível para eles a qualquer hora do dia ou da noite. Aos Arvizos, ele disse, era concedido “um serviço elegante” que todos os convidados de Michael desfrutavam. O senhor Salas disse que os meninos Arvizo percorriam o terreno de Neverland livremente, passando tempo nos brinquedos, jogando na árcade e assistindo a filmes no cinema. O senhor Salas disse que Janet gastava a maior parte do tempo dela no suíte de hóspedes dela. Ela não ficava fora com os filhos dela, não no trem, não nos brinquedos, não no zoológico. De acordo com Salas, as únicas vezes em que Janet apareceu foi para uma refeição na casa principal. Janet parecia preocupada, Salas se lembrou e ele testemunhou que ela sempre caminharia por Neverland sozinha.
O mordomo testemunhou que Janet Arvizo ficou no quarto mais bonito da propriedade, a mesma suíte de hóspedes que Elisabeth Taylor e Marlon Brandon sempre solicitavam. Salas disse que Janet recebeu o mesmo nível de serviço que Liz Taylor e Marlon Brandon receberam, dizendo ao júri que o cinema, a casa principal e todo o terreno estava disponível para ela.
Quanto à solicitação de Janet, de que alguém a tirasse da propriedade com os filhos dela, o senhor Salas explicou que ele levou os Arvizos para Los Angeles porque Janet parecia chateada naquele momento. Ele garantiu ao júri que Janet e os filhos dela nunca foram mantidos em Neverland à força, destruindo completamente a teoria de conspiração da promotoria.
“Não houve tempo em que Janet foi mantida em Neverland contra a vontade dela?” Mesereau perguntou.
“Isso é exatamente o que eu disse”, Salas testemunhou.
“Ela o chamou, chateada, e pediu ao senhor que a levasse e você, então, o fez, correto?”
“Sim.”
“Você mesmo a levou, está correto? Você se lembra em qual mês você a levou no Rolls Royce?”
“Era dezembro ou janeiro. Algo em torno disso. Sou ruin com datas”, Salas disse.
“Então, ela voltou, o que, em menos de uma semana?”
“Eu diria em duas semanas, por aí.”
“Ela voltou e, daí, poucas semanas depois queria ir embora de novo, correto?” Mesereau perguntou.
“Está correto.”
“E você arranjou transporte para ela partir novamente, correto?” Mesereau perguntou.
“Sim, eu tive que chamar uma limo.
Quando Mesereau questionou Jesus Salas, o júri soube que Janet Arvizo nunca reclamou sobre o jeito que ela foi tratada em Neverland, que os únicos comentários dela foram direcionados ao desgosto dela pelos dois homens alemães, Deiter e Ronald, assim como sobre o desgosto dela pela atenção midiática que a família dela se tornou objeto. Tudo por causa do documentário de Bashir.
 Janet tinha apenas boas coisas a dizer a Salas sobre Jackson. Ela respeitava Jackson e gostava dele muitíssimo. E esta parecia ser a opinião de Jesus Salas sobre Michael, também. Salas disse que Michael era muito generoso com presentes e algumas vezes o enviou a Toy “R” Us, para comprar brinquedos no valor de 11 mil dólares para ser entregues às crianças em Neverland. Salas testemunhou que Michael, algumas vezes, providenciaria pessoalmente um ônibus cheio de crianças e os pais delas para a propriedade e daí os reunia em uma área, então os empregados poderiam entregar os brinquedos para eles. Sempre que possível, Michael viria para ver as crianças no meio da distribuição dos brinquedos e todas as crianças e os pais delas corriam para abraçar e beijar Michael, para agradecê-lo  pelo ato gratuito de bondade.
Em vinte anos que Jesus Salas trabalhou lá, ele viu milhares de crianças chegar em ônibus lotados para visitar Neverland, muitas delas vindo de Los Angeles. Ele disse aos jurados que a propriedade de Michael era visitada por crianças de todo o globo e estimava que ele tenha visto centenas de milhares de crianças visitar Neverland, cada uma delas tendo o momento mais incrível da vida delas.
Jesus Salas disse sobre o “Dia da Família” em Neverland, no qual Michael preparava, pelo menos uma vez por ano, para todos os empregados dele. Era um grande evento que durava o dia todo e todos os outros grupos seriam mantidos fora da propriedade, assim, os empregados e os filhos deles poderiam aproveitar os brinquedos, o zoológico, toda a experiência de Neverland, onde todo mundo podia ser uma criança de novo e tudo era sempre “por conta da casa”.
Quando Mesereau saiu da conversa feliz, ele decidiu perguntar sobre a arteira situação em que crianças em Neverland foram pegas. Jesus Salas disse aos jurados que durante anos, crianças foram frequentemente pegas ultrapassando os limites. Algumas vezes crianças tentariam acessar armários e quartos de empregada. Às vezes elas eram pegas manuseando antiguidades caras e objetos de arte. Outras vezes, crianças eram pegas tentando acessar a adega trancada, um cômodo que já existia na propriedade quando Michael comprou Neverland.
Jesus Salas disse que tanto quanto Michael gostava de brincar e se divertir com crianças, o pop star frequentemente gostava de ser deixado sozinho no estúdio de dança dele ou no estúdio de gravação para trabalhar na música dele. Salas disse que Michael passaria “horas a fio” fazendo o trabalho criativo dele, deixando as operações do dia a dia em Neverland nas mãos dos empregados dele. Salas confirmou que Jackson deixava os empregados dele cuidar de duzentos e setenta acres de propriedade, mencionando que Michael tinha uma completa patrulha de segurança no terreno porque não havia cerca em volta de Neverland. Para registrar, Jesus Salas disse ao júri que, embora intrusos, por vezes, fossem pegos na propriedade, nenhuma das pessoas da segurança de Neverland carregava uma arma.
Michael não queria nem uma arma em Neverland.
Devamını oku...