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Discurso do Juiz Rodney Melville

Transcrição do Seminário Frozen in Time: Uma instigante visão dos bastidores dos casos envolvendo de Michael Jackson.

Traduzido por Daniela Ferrreira


JUIZ RODNEY MELVILLE
30 de outubro, de 2010

Esta é a primeira parte da transcrição do Seminário Frozen In Time, que ocorreu no dia 15 de setembro de 2010, em Los Angeles, com a participação dos advogados Thomas Mesereau e Carl Douglas, o promotor Ron Zonen, advogado Larry Feldman, o juiz Rodney Melville e o moderador Seth Hufstedler.

Nesta primeira parte, transcreveremos o discurso de Melville, e as perguntas feitas a ele, bem como as respostas a elas.

Los Angeles County Bar Association (Associação dos advogados de Los Angeles)

Senior Lawyers

Michael Jackosn foi um ícone cultural conhecido com o Rei do Pop, a vida desse complexo homem permanece um enigma, mesmo depois de sua morte prematura, em 2009. No auge da fama e riqueza, ele foi acusado de uma grave e reprovável conduta. Jackson resolveu uma ação civil onde era acusado de abuso sexual, no início dos anos 90 e, em 2005, um júri em Santa Bárbara o absolveu da acusação de ter molestado um garoto de 13 anos, no Rancho Neverland. Ambos os casos entraram para a história legal.
O promotor Seth Hufstedler irá conduzir um painel de discussão, oferecendo uma análise em profundidade histórica e legal dos casowill moderar um painel de discussão oferecendo uma análise em profundidade histórica e legal desses casos muito divulgados e peculiares casos de celebridades na California.

O painel inclui aqueles mais diretamente envolvidos com estes casos: o  honorável juíz Rodney Melville (aposentado); o vice-promotor Ronald Zonen; o advogado Tom Meseresu Jr., que presentou Jackson no julgamento criminal, em Santa Barbara; o advogado Larry Feldman, que representou a suposta vítima no caso civil; e o advogado Carl Douglas, que representou Jackson na investigação criminal em 1993.

Nota da tradutora: O discurso de Douglas não será piblicado em razão de ser dispensável, pois ele nada disse de relevante, na verdade, falou mais de si mesmo que soubre o caso.


Rodney Melville: Muito obrigado. Boa noite a todos. Obrigado pelo convite de vir aqui e falar para vocês. Eu fico muito por isto. Para aqueles de vocês que não conhecem, Santa Maria é uma cidade pequena, localizada ao norte do distrito de santa Bárbara. O distrito é dividido geograficamente por uma grande montanha. Santa Maria está 85 ao norte de Santa Bárbara e é conhecida por seus vegetais, morangos e, mais recentemente, vinhedos. A rodovia 101 é o maior corredor e não passa através da cidade, apenas passa por lá.

O rancho de Michael Jackson é localizado no município de Barbara, ao norte da montanha. Para efeitos de propositura de ações judiciais no município de  Santa Barbara há uma regra local, que é inviolável. Esta regra é "O que acontece ao norte das montanhas, fica ao norte das montanhas!" Isso explica por que "O povo versos Michael Jackson" foi julgado em Santa Maria. 

O processo foi distribuído para mim logo após a queixa ser arquivada. Tem havido muita especulação sobre o número de pessoas, fãs e torcedores e jornalistas, que iriam aparecer.

Os representantes de Michael Jackson estimavam que cerca de 10 mil fãs e repórteres de notícias disseram que haveria 300 caminhões satélites descendo sobre nosso tribunal. Felizmente essa estimativa era muito exagerada.

Ainda, em alguns dias, havia mis de mil fãs ou público no tribunal, e entre 10 a 15 caminhões satélites, que parecia diminuir nosso pequeno tribunal.
Agora, o evento que realmente atraiu minha atenção, foi a simples apresentação da denuncia. Que ocorreu em 18 de dezembro de 2003.

  O senhor Jackson não estava presente. Os advogados dele não estavam presentes. O promotor apresentou a denúncia e teve uma pequena conferencia de imprensa nos degraus do tribunal. Ou eu deveria dizer, na varanda de uma casa móvel, que serviu como um de nossos tribunais.
Meu administrador, prevendo que haveria muita demanda por cópias da denúncia, preparou 500 cópias para serem distribuídas, depois que a promotoria fez suas declarações. Bem, ele estava cercado por membros da mídia. Eles brigaram por cópias. Eles logo o esmagaram. A polícia literalmente teve que tira-lo de lá e salvá-lo.

Isso relamente me deu a necessidade de obter uma idéia sobre o caso e definir algumas regras para guiar este julgamento. Então, no momento em que o Sr. Jackson e seus advogados fizeram sua primeira aparição para a sua acusação em 16 de janeiro, quase um mês depois, estávamos melhor preparados.

Agora, imediatamente depois do evento da denúcia que eu descrevi para vocês, onde eu quase perdi meu administrador (meirinho), eu convoquei um time para trabalhar este caso. E a primeira coisa que tinhamos de fazer era sentar  e definir algumas metas para nois guiar todas as outras decisões.. Nós concordamos com algumas das seguintes metas  1) É certo que a justiça não deve apenas ser feita, mas parecer que foi feita. 2) Definir um ambiente de justiça, tanto dentro como fora do tribunal. 3) Conduzir todo o procedimento de maneira digna.  4) Não permitir que a agendas dos outros esmagassem o processo ou o evitasse.

Agora, a fim de atingir esses objetivos, eu precisei antecipar os problemas e as soluções necessárias para o sucesso do trabalho neste caso. A chave para conduzir este caso, definitivamente, era o trabalho em grupo. O time que eu formei, obviamente contava com o meirinho, o tenente do departamento do xerife, encarregado de segurança, o advogado de supervisão de pesquisa e minha equipe do tribunal. Reunimo-nos regularmente ao longo do processo, e continuou a fazer isso a cada dia discutindo quais eram os problemas e como resolvê-los. Desde a primeira reunião, ficou claro as responsabilidades.

Daryl Parker, o diretor assistente, que eu descrevi, anteriormente, foi designado para lidar com a mídia e o público. Ele tinha sido um balconista na corte de Los Angeles, durante o julgamento de OJ Simpson, e teve uma excelente percepção sobre os desafios de um caso de grande perfil.

 Entramos em contato com outros tribunais que lidaram  com casos de alto perfil, como Scott Peterson Eles nos forneceu cópias de suas ordens de decoro, e adaptou-os para lidar com os problemas que tivemos especificamente no nosso tribunal.
Essas ordens de decoro se referiam ao comportamento do público e da mídia, fora do tribunal , dos advogados, e qualquer um que se envolvesse no caso. Essa ordem de decoro estava sujeita a apreciação da corte.

Uma das coisas que fizemos de imediato foi a criar, ou pedir a mídia que criasse, uma comissão para lidar com eles, porque havia um grande número de pessoas em todas as áreas da mídia, e nós tivemos que ter uma liderança lá , com quem poderíamaos negociar e coeçar a decidor o que fazer.

Então, nós pedimos a ele que criassem um comitê e eles começaram encontrando em uma base diária. Daryl Parker representava o tribunal e pessoas da mídia representavam a mídia. Nós tínhamos pessoas de todos os tipos de mídia: TV, jornais, rádios, blogs, pessoas que estavam escrevendo livros, fotógrafos, eles eram todos um grande grupo de pessoas que se encontrava conosco. Então, fazendo isso em uma base diária, nós podíamos lidar com os problemas que surgiam. E reduzir o atrito entre o tribunal e a mídia. Depois do choque inicial de distribuir cópias da denúncia, passamos a providenciar credenciais para a mídia. O processo requeria que cada indivíduo se apresentasse a nós e provasse seu empregador e o telefone de seu empregador. Nós colocávamos tudo isso, incluindo uma foto deles, em um crachá, que eles tinham que usar sempre que estivessem nas dependências do tribunal. Nós distribuímos 2 mil credenciais para representante de 32 estados. Não tínhamos apenas um grande contingente da mídia, mais um grande número de espectadores. Os espectadores também representavam diferentes países e interesses. No dia da acusação havia mais de mil fãs na frente do tribunal. Havia provavelmente muita imprensa e havia algum público interessado, que apenas ficava de pé assistindo.

O que nós fizemos foi criar uma situação na corte. Isto foi o que nós fizemos: deixamos a mídia decidir quem deles ia entrar na corte.
Dediquei metade dos assentos para os meios de comunicação, metade dos assentos para o público, e a fila da frente foi um buffer que, exceto fosse um artista, ou um convidado, o que queríamos era uma linha, onde as pessoas não interferíssem na privacidade dos advogados, enquanto falam uns com os outros.

Quanto ao público, nós tínhamso uma loteria toda manhã para os bancos e as cadeiras na sala do tribunal, pelo menos no início, estavam em alta demanda. Nós não permitimos que quaisquer telefones ou câmeras fossem usados no tribunal.
 Eles eram checados na porta e também na saída. Nós montamos uma sala de mídia, com um circuito fechado, uma câmera no banco das testemunhas, onde a mídia em massa poderia ir e assistir ao julgamento. Eles foram autorizados a levar seus telefones para a sala, mas não autorizados a ligá-los. De qualquer forma, a vantagem era que eles precisassem fazer um telefonema, eles poderiam sair e usar o telefone na saída, mas lá dentro eles não poderiam usar por causa das fotografias. Nós não permitimos qualquer fotografia.

Poucos membros da mídia preferiram ficar na sala de imprensa, na verdade, em oposição à sala de audiência, porque uma vez que você estivesse no tribunal, se você saísse não poderia voltar, no caso de você precisar usar o telefone. De modo que a outra sala se tornou muito popular. No entanto, eu percebi que os principais meios de comunicação, como o Los Angeles Times, o New York Times, aquelas pessoas estava sentadas na fila, porque queriam ver não apenas as reações das testemunhas, mas doas advogados e do juiz. Você meio que tinha que saber quem eram essas pessoas.

Em um estágio muito precoce, eu aceitei uma moção do promoter distrital para proibir as partes de dar declarações, sem prévia aprovação do tribunal, à mídia. O promotor distrital trouxe aquela moção e eu a aceitei. Eu pedi para os dois lados que quando quisesse fazer uma declaração, eles apresentassem uma Ex Parte’ request (requerimento a parte contrária) que poderíamos fazer em curto espaço de tempo e poderíamos fazê-la até mesmo pelo telefone, se quiséssemos.

A declaração que queriam fazer, nós queríamos discutir e a pessoa que queria fazer a declaração providenciaria duas cópias e então discutiríamos isso. E se o outro lado quisesse fazer uma declaração ele providenciaria cópias também. E foi assim que nós lidamos com as declarações á mídia. Eu penso que é uma boa maneira de fazer isso. Eu não impedi declarações à mídia, mas Isso parou com o que eu chamava de “surprise volleys” (ataques surpresa) de cada lado, usando a imprensa para defender sua posição.

A acusação foi registrada em 18 de dezembro, de 2003, e o veredicto. O julgamento começou cerca de um ano depois, em 31 de janeiro de 2004 e o veredicto foi proferido em 13 de junho de 2005. Entre a acusação e o veredicto, muita coisa aconteceu. 

Nunca houve uma audiência preliminar, como a promotoria também levou o caso ao Grande Júri e o senhor Jackson foi indiciado em 22 de abril de 2004. Entre a acusação e o indiciamento, houve moções e audiências principalmente relacionadas a descobertas de questões. Mas imediatamente, em 26 de abril, o senhor Mesereau, substituiu o advogado anterior, Senhor Geragos e Senhor Brathman.   Agora as leis do tribunal da Califórnia, Seção 243.1, Registros Selados, fornece os procedimentos e requisitos para selagem dos registros do tribunal. As regras exigem que o juiz equilíbrio o direito de réu a u julgamento justo e o direito do público de saber. Houve uma série de moções preventivas registradas por ambos os lados e algumas moções registradas pela organização da mídia.

Eu requisitei as moções e as declarações que acompanhavam os arquivos selados. O propósito de ordenar que as declarações fossem seladas era para garantir um julgamento justo para ambos os lados. A alegada vítima e outros menores envolvidos neste caso tinham direito á privacidade. O júri precisava ser isolado  de informações não confirmadas antes do julgamento de verdade.

O caso tinha que ser julgado no tribunal onde o declarante os declarantes foram  sujeitos a interrogatório e regido por regras estabelecidas de provas. Santa Maria tem uma  pequena “piscina” de júrii, e a cobertura da mídia, como você sabe, era muito intensa. Onde se poderia transferir o caso, se uma mudança de local se tornou necessária? Eu lembro de ter visto um desenho animado na época com dois advogados olhando ansiosamente para a lua dizendo uns aos outros "Eu me pergunto se eles poderiam obter um julgamento justo e imparcial lá em cima?" (Ninguém riu!)

Em outro nível, nós  procuramos a ajuda do conselho judicial. Havia um grande número de moções e declarações através das audiências preliminares. Totalizando milhares de páginas, e o cartório não poderia lidar com a grande demanda por cópias de tudo o que foi arquivado. Por isso, solicitamos ao  conselho judicial que alterassem a régra para já permitir o acesso a processos cíveis. Queríamos que mudança permitisse o acesso eletrônico a este caso criminal e outros incomuns casos criminais. Em uma sessão bastante debatida, membros do conselho judicial votaram 9 a 9 esta regra. Isso exigia que o presidente da Suprema Corte resolvesse o empate, e ele votou para permitir que nós tivéssemos a nova regra eletrônica que permite  que incomuns casos criminais sejam exibidos eletronicamente. Sem esta mudança de regra, nós teríamos exigido, pelo menos, mais dois ou três funcionários, e cópias de infromações mais sofisticadas ou suporte eletrônico. Então, até hoje, sempre que vejo o presidente do Supremo eu penso nele de novo para quebrar esse empate!

Medidas de segurança tiveram um papel muito importante neste caso. Todo mundo que entrava no tribunal era revistado por um detector eletrônico, toda vez que entrava. Eles eram solicitados a checar seus celulares na porta e pegá-los no final do dia. Os oficiais de justiça foram em todo o lugar. Eles realizaram a triagem, e havia sempre vários deles no tribunal. Quando o  julgamento começou, ficamos do tribunal  tribunal das  08:00 a 14:00. Não houve pausa para o almoço, mas havia várias pausas para ir ao banheiro. A mídia apelidou isso de  "Melville Diet", e ofereceu a opinião de um nutricionista bem conhecido de que não faria com que você  perdesse peso, faria com que você ganhasse peso, e ele estava certo. Nós todos ganhamos peso.

Sob este esquema, de 8:00 as 14:00 horas,, fomos capazes de entrar em um total de 5 horas de depoimentos e provas em cada dia, e aqueles de vocês que são advogados irão reconhecer que a obtenção de  cinco horas de depoimento emo horário normal sé altamente incomum. Então, isso realmente funcionou para nós. E o ponto do esquema era realmente duas  vertentes. Um, é permitido apenas um ir e vir, e você tem que reconhecer que havia um alvoroço enorme sempre que o Sr. Jackson e seus advogados chegaravam ao complexo, e outro tumulto quando eles deixavam o complexo. Essas coisas são demoradas, por isso só tinha um ir e vir. Outra coisa é que  havia triagem de armas. E assim se fezéssemos uma pausa, as pausas de que falei para o banheiro,  ninguém deixava  a área de triagem. Então, não havia duas triagens. Eles iam ao banheiro e eles voltavam.

Mas se nós parássemos ao meio-dia, então nós teríamos que ter revista novamente. Então, isto realmente nos economizou um monte de tempo para executar o programa em tempo. Também permitiu que os advogados usassem a  tarde para se preparar. E eu não sei como se sentiram sobre isso, mas era realmente importante para mim ter aquelas tardes, porque os advogados, neste caso, entrou com um monte de papelada, fez um monte de movimentos, e exigiu um monte de tempo para todos nós. A equipe de pesquisa foi liderada por Jed Bebbe, que é agora um juiz no banco em Santa Maria. E ele tinha um assistente e dois estagiários. Nós tínhamos um monte de aplicativos para estagiários daquele ano. E que iriam ler tudo o que os advogados dos dois lados haviam preparado, e à tarde nós nos reuniámos para fazer mais pesquisas, e tentar chegar a moção do dia seguinte para sustentação oral.

Há uma outra coisa neste ponto que eu quero dizer, e é que eu seria negligente se  não mencionasse os advogados neste caso. Ambos os lados foram representados pelos advogados mais hábeis e éticos. Se não fosse por seu profissionalismo, este caso teria uma cara bem diferente. Obrigado.

Seth HufstedlerOk, obrigado juiz, o que é mais interessante, e que responde uma das perguntas que eu vou pedir mais tarde, é que: no decorrer de tudo isto, aprendemos alguma coisa? E é muito aparente, que ter um juiz cuidadoso, funcionários atenciosos, advogados cooperativos que realmente trabalham para isso, que você realmente pode aprender e ensinou muito sobre como lidar com um caso complexo como este, e como fazê-lo nas próximas vezes. Aprender o que tinha sido feito antes e que foi feito aqui, e agora você tem um pouco de material com o qual você pode trabalhar, você tem um grande recurso aqui  sobre como lidar com esses vários problemas. Tenho uma pergunta Juiz: Quantos lugares estavam lá na sala do tribunal para o público?

Rodney Melville: Eu realmente não sei, grosseiramente 35 a 40 lugares.

Seth Hufstedler: Eu não ouço qualquer discordância? Advogados geralmente não discordam.

Rodney Melville: E a mídia tinha a mesma quantidade.

Seth Hufstedler: E, além disso, você tinha uma sala de mídia, quão grande era a sala de imprensa?

Rodney Melville: Foi uma, nosso tribunal como uma casa móvel, foi uma grande casa móvel e tinha todos os representantes de mídia que queria estar naquele quarto. Não havia ninguém que se afastou do quarto. Eu tinha algumas fotos daquela sala, mas em deferência a eles eu não queria mostrar-lhe como eles apereciam quando relaxados!Seth Hufstedler: Ou o que eles estavam bebendo!  (Risos!) Algum outro membro do painel quer fazer uma pergunta?

Larry Feldman: Juiz, quando você mordaça advogados em um caso de grande perfil como este...

Rodney Melville: Eu não gosto dessa palavra! (Risos!)

Larry Feldman:  Bem, nós tínhamos o mesmo problema no primeiro caso de Jackson, e o juiz agiu de outra forma naquele momento. Se a preocupação do ponto de vista de um advogado em um caso de alto nível, se você é contra a celebridade, se tiverem, como, o Rev. Jackson, todos os porta-vozes destes lá fora, que entram na mídia e falam sobre coisas que realmente não sabem o que estão falando. Mas eles falam sobre isso. Como você veio e disse que os amordaçou, mas qualquer um  levantou isso, e quais foram seus pensamentos sobre isso.

Rodney Melville: Você disse que eu os amordacei, aqui está como isso aconteceu; o promoter distrital, que fez a primeira saraivada de fogo tendo conferências de imprensa e eu uso a palavra saraivada apenas para dizer que eles vieram a público fazendo declarações. Segundo, também, havia o lado que trouxe a moção para controle das publicações da imprensa, por assim dizer. Senhor Geragos foi o advogado de registro naquele tempo, e ele é um "expert", se ele está aqui eu uso essa palavra amável, ele é um especialista em usar a imprensa a seu favor. Ele é conhecido, e eu o vi muito bem. Ele se opôs ao meu movimento, na verdade, ele pode mesmo ter apelado para fazer isso. A única coisa que eu quero dizer para vocês é esta: que, quando eles fizeram a aplicação, eles tiveram acesso a mim imediatamente. Em cada ocasião as declarações foram autorizados, nunca houve uma ocasião que a declaração não foi permitida. Mas o que aconteceu foi, foi discutido, eu acho, e saíram como uma declarações mais profissional e o outro lado também foi autorizado a apresentar uma declaração, em seguida, essa é a minha visão do que era , uma maneira mais civilizada de lidar ...


Seth Hufstedler: Não há dúvidas de que tenha feito isso. O material seria submetido à censura de antemão, assim teria sido bem melhor.

Rodney Melville: Há uma coisa que quero dizer, em nenhum momento, eu servi por 22 a 23 anos, e em nenhum momento em minha carreira eu dei uma ordem como essa, então, este caso, eu penso, pedia por isso.

Seth Hustedler: Alguma pergunta?

Carl Douglas: dada minha experiência com o caso de OJ Simpson, eu me pergunto, haveria um esforço de ambos os lados, ou da defesa principalmente, para que o julgamento fosse televisionado? Isso foi sempre discutido antes do julgamento?

Rodney Melville: A imprensa pediu para televisionar o julgamento.

Carl Douglas: Alguma das partes tinha interesse em fazer isso?

Rodney Melville: Não.

Carl Douglas: Não estou surpreso. (Risos)

Rodney Melville: E por que você não está surpreso?

Carl Douglas: Bem, é por minha experiência que depois de nove meses em um julgamento televisionado, poucos advogados, e provavelmente poucos juízes, iriam querer repetir essa experiência de novo em suas vidas profissionais. Eu não quero fazer isso de novo. (Risos)

Seth Hufstedler: Vamos aceitar como um testemunho de vida! Bem, agora passaremos para questões mais gerais por trás do caso e o Senhor Feldman vai nos falar sobre isso.


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Discurso de Ron Zonen


Transcrição de "Frozen in Time: uma fascinante visão dos bastidores dos casos Michael Jackson"

Discurso de Ron Zonen

Traduzido por Caroline MJ


Aqui está a parte 4 da sequência, com a participação do LITERALMENTE parceiro de crime de Sneddon, Ron Zonen.

Ron Zonen: Carl, eu também conheci "Billie Jean". Ela também me chamou. Na verdade, umas 10 "Billie Jeans" me chamaram durante o julgamento, todas declarando serem a mãe do filho de Michael Jackson, e, na verdade, continuo a receber essas ligações, a mais recente foi há uns 6 meses atrás, de um advogado em Louisiana que está representando uma mulher que está convencida que seu filho é de Michael Jackson. E ele agora está bem ansioso para se envolver na resolução do Espólio de Michael Jackson. Eu o disse que não é um problema terrível de se resolver, que temos o DNA do Sr. Jackson arquivado no departamento de justiça e que é uma questão de conseguir uma simples intimação para podermos pegar o formulário que descreve o perfil do DNA, e que ele poderia então ir em frente e fazer o exame de DNA no filho de sua cliente. Isso resolveria o problema, e nunca mais ouvi uma palavra dele. Eu sempre estive meio cético a respeito dessas alegações. Houve um outro advogado que veio até mim bem convencido, durante o julgamento, de que sua cliente também havia dado à luz o filho de Michael Jackson que veio de uma barriga de aluguel, e que a criança teria sido tirada da mãe de maneira forçada e inapropriada. Ele estava abrindo um processo a respeito disso e achou que deveríamos nos envolver nas investigações também.

Aquelas chamadas vinham de maneira bem regular, nós as atendíamos frequentemente e as pessoas davam detalhes. Felizmente, sabíamos que muitas das atividades em que Michael Jackson estava envolvido eram, em grande parte, em seu apartamento em Los Angeles, sua casa em Hayvenhurst, ou Neverland. E tínhamos um bom entendimento da disposição daqueles 3 locais. E naquele nível, quando as pessoas nos chamavam e relatavam uma variedade de diferentes casos com Michael Jackson, a primeira coisa que podíamos fazer era perguntar "Quando aconteceu?", e então, dizíamos "Descreva-nos esse local específico." E podíamos desacreditar bem rapidamente essas pessoas que estavam fazendo falsas alegações, e houve muitas que vieram naquela época.

Temos uma oportunidade relativamente pequena para podermos falar sobre alguns dos eventos que levaram à ação judicial, e depois presumir que teremos alguns instantes para falar do julgamento também. Mas, no âmbito de nosso gabinete, o gabinete da promotoria em Santa Barbara, ter se envolvido, vou dar a vocês um pequeno plano de fundo. Vou falar pra vocês um pouco sobre o jovem rapaz hoje em dia, sobre Gavin hoje em dia, porque é interessante em que se tornou a vida dele agora, 6 anos depois do julgamento. Gavin era um dos, na época, 3 irmãos. Ele, sua mãe e seu pai viviam em uma quitinete no leste de Los Angeles, um cômodo que havia sido nitidamente dividido com roupas de cama para que cada um deles na família tivesse alguma privacidade.

O pai de Gavin era um homem extremamente violento, que de maneira frequente usava violência não só contra sua esposa Janet, a mãe de seus 3 filhos, mas também contra as crianças. Mas a grande parte era direcionada à sua esposa. Eles estavam casados havia mais de 15 anos, antes de a polícia finalmente vir e tirar o pai da residência. Gavin tinha 12 anos na época e nunca mais viu o pai. Quando Gavin tinha cerca de 10 anos de idade, foi diagnosticado com câncer, e era um câncer muito grave. Um câncer que invadiu toda sua parte interna. Havia um tumor de cerca de 4,5 kg. Era um menino de 10 anos com um tumor de aproximadamente 1/10 de seu peso corporal, ou mais.

O câncer havia se espalhado para seus pulmões e ele estava à beira da morte. Em certo momento, os médicos tiveram uma conversa com seus pais no hospital pensando que ele estava dormindo. Basicamente disseram, até onde Gavin se lembra da conversa, “vocês devem ir em frente e começar a se preparar para um funeral. Ele não vai sobreviver mais que umas duas semanas." Gavin sobreviveu. Foi depois de um ano de radioterapia muito intensa, o adequado a um adulto, mas ele conseguiu vencer o câncer e hoje está muito bem. Ele tem 20 anos. Durante aquele tempo, várias celebridades foram contatadas pelas pessoas que conheciam Gavin. Eles sabiam que ele estava tendo aulas no Laugh Factory na Sunset, através de Jamie Masada. Ele estava lá no Stand-Up Comedy, ensinado por vários comediantes diferentes, incluindo um que está presente nessa platéia hoje. Depois que Gavin ficou muito doente e foi hospitalizado, pareceu a todos que ele não sobreviveria, e vários comediantes foram apresentados a ele. Pessoas que haviam inclusive trabalhado com ele, como seus mentores, incluindo George Lopez, Jay Leno, e outros nomes que vocês conhecem.

As pessoas a quem você assistia frequentemente na TV, quando ele estava doente e não podia sair do quarto higienizado, onde ficou por mais de um ano, exceto para ir ao hospital. Dia e noite não tinham mais nenhuma importância para ele, então ele frequentemente assistia aos comediantes à noite na TV, e desenvolveu uma afeição por eles. Ele também desenvolveu afeição por Michael Jackson, e quando era perguntado se havia alguém que ele ainda não tinha encontrado, ele dizia "Michael Jackson", e de alguma forma aquilo foi arranjado. Não sabemos exatamente quem foi o elo. Sabemos que duas pessoas levam o crédito por isso. Não sabemos se ambas foram responsáveis, ou se só aconteceu.

Naquela época, Michael Jackson ia até pessoas que estavam doentes, especialmente crianças doentes e concedia a elas sua generosidade e bondade regularmente. Ele entrou em contato com Gavin e a primeira conversa demorou horas pelo telefone, até a madrugada. Tanto Gavin quanto Michael na época eram meio noturnos, ficavam acordados a noite toda. Gavin por não poder sair do quarto, e porque noite e dia não tinham nenhuma importância. E Michael Jackson, por ser um “ser noturno”! Ele gostava de ficar acordado à noite e de não ficar lá fora durante o dia. Estar diretamente no sol era um problema específico por causa do problema de pele que ele tinha. Mas Gavin foi convidado a ir à Neverland, e Michael Jackson mandou uma limusine ir buscá-los, e a mãe exigiu que os outros dois filhos pudessem ir porque iam a todos os lugares juntos.

Na primeira vez, foram com o pai e a mãe, e depois a mãe não voltou mais por um tempo. No ano seguinte, Gavin sobreviveu ao câncer, melhorou, e creio que hoje ele esteja completamente curado. Ele teve um rim removido e o outro rim funciona com menor capacidade, mas isso não o deteve. Ele é muito ativo nos esportes, joga futebol americano no ensino médio, e tem corrido atrás de uma vida normal desde então.

Depois de ter sido curado, não voltava a Neverland. Ele foi curado, voltou para a escola, e era um garoto normal aos 12 anos. Foi convidado de novo a Neverland, junto com seus irmãos - irmão e irmã - e seu pai já estava fora de cena nessa época. Ele foi convidado de novo a Neverland porque Michael Jackson, que não estava bem nem financeiramente nem na carreira naquela época, e não havia lançado nenhuma música significante e que estava horrivelmente endividado com o que acreditávamos ser milhões de dólares, havia convidado um produtor de documentários chamado Martin Bashir para fazer um documentário.

Gavin foi convidado de novo ao rancho porque enquanto Martin Bashir estava lá fazendo o documentário e cobrindo Michael Jackson e tudo o que era Michael Jackson, incluindo a viagem a Las Vegas, as maratonas de despesas, a viagem à Alemanha, o bebê na sacada, e tudo o que era Michael Jackson, tanto bom quanto ruim naquela época. Martin Bashir estava lá no exato momento em que essas crianças chegaram a Neverland. Elas foram levadas de volta porque Michael Jackson tinha muito orgulho da generosidade que havia concedido àquela família terrivelmente doente e empobrecida, àquela criança muito doente que venerava o crédito que Michael Jackson tinha, como ele diz. Ele tinha se recuperado daquele câncer horrível. Enquanto ele estava lá, há essa cena no documentário, filmada por Martin Bashir, de Gavin sentado em um sofá próximo a Michael Jackson, com sua mão na mão de Michael Jackson, e sua cabeça recostada do ombro de Michael Jackson. E Michael Jackson descreve como essas crianças ficam com ele, não apenas em sua casa, não apenas em seu quarto, mas em sua cama. E aquilo começou uma conversa com Martin Bashir, que não é idiota, que imediatamente decidiu que havia algo descuidado ali, e começa a questioná-lo sobre a decência de ele dividir a cama com crianças, que eram amigos especiais de Michael Jackson, todos meninos, todos entre a idade de 10 e 13 anos. Aos 13 eles eram geralmente tirados de cena, e geralmente não eram mais novos que 10.

Mas essa questão toda foi coberta por Martin Bashir e terminou no documentário. O documentário saiu e continha essa conversa inteira com Gavin e com Michael Jackson sentados um do lado do outro. Gavin se posicionou próximo a Michael Jackson, sua cabeça em seu ombro, mão na mão de Michael Jackson, conversando sobre dividir a cama por um período prolongado de tempo, sobre o que Michael Jackson professou ser perfeitamente normal e ser uma atividade perfeitamente inocente. Gavin voltou para a escola alguns dias depois e foi horrivelmente atormentado pelas outras crianças que haviam visto aquilo.

Claro que o entendimento do que aquilo significava para Gavin era algo que seria bem óbvio para todos vocês. E foi exatamente por isso que ele foi confrontado por todas as outras crianças. Imediatamente, enquanto isso acontecia, e até antes disso, a família foi convidada de novo a Neverland e, já em Neverland, ficaram em Neverland, no que acreditamos ser uma tentativa da equipe de Michael Jackson de manter aquela família inteira longe da imprensa. Por que mantê-los longe da imprensa? Porque queriam controlar a informação que saía e porque a mãe da criança, francamente, era incontrolável. Ela era, francamente, de alguma forma, instável.

Era uma pessoa que poderia dizer ou fazer qualquer coisa a qualquer momento. Era uma pessoa muito difícil de ser controlada. Lidamos com questões significantes com ela durante o julgamento e é claro que ela era a maior “personagem” da defesa. Basicamente, conforme o julgamento foi sendo acompanhado, chegou-se à conclusão que era realmente nada mais do que um esforço para tentar extorquir dinheiro. Aliás, nós, claro, acreditávamos que isso não tinha acontecido, e conforme eu descrevo um pouco mais de como essas coisas desdobraram, vocês poderão tirar suas próprias conclusões de uma forma ou de outra. Enquanto nesse período de tempo, estavam em Neverland, esse era o período de tempo que os meninos acabaram ficando na casa de Michael Jackson, no quarto de Michael Jackson. Durante um longo período, houve uma viagem à Flórida pouco antes de haver um esforço da equipe de Michael Jackson de conseguir uma coletiva de imprensa para que as crianças pudessem dizer à imprensa que nada havia acontecido nesse tempo.

E depois, de volta a Neverland por várias semanas, enquanto a mãe estava lá, porém em um chalé de hóspedes, totalmente diferente. As crianças ficavam dentro de casa, dentro do quarto dele, e para entrar no quarto dele, você tem que passar por uma porta trancada, e depois passar por uma tranca com código em uma entrada para o quarto privado dele. E depois, você passa por um sistema de segurança que dispara barulhos de sinos e alarmes enquanto você entra, e depois você sobe as escadas, onde fica o quarto. As crianças tinham o código daquela tranca e eles iam e vinham. Quando digo crianças, quero dizer os dois meninos, não a irmã deles. A irmã ficava na parte de hóspedes e a mãe também. Os meninos entravam e saíam do quarto dele.

Durante aquela época, houve uma tentativa da equipe de Michael Jackson em mover toda a família para o Brasil. Ele, inclusive, tirou as crianças da escola, tiraram toda a família de sua quitinete no leste de Los Angeles. Colocaram todos seus pertences em um depósito que eles nem sabiam onde era. Conseguiram vistos para eles. Conseguiram passaportes para eles. Conseguiram passagens de ida para eles. Tínhamos tudo isso e foi tudo levado para as evidências. Basicamente, eles os estavam mudando para o Brasil por um período indeterminado de tempo, que poderia ter sido simplesmente indefinido.

A mãe não queria ir para o Brasil e acabou deixando Neverland, pegou as crianças e as tirou de Neverland, e então entrou em contato com um advogado chamado Dickerman. Por que ela entrou em contato com Dickerman? Porque seus bens estavam em outro lugar que não eram em sua posse. Ela não sabia onde estava nenhum de seus bens. Novamente, ela morava em uma quitinete. Ela não tinha idéia de onde estavam seus bens. Ela foi até Dickerman, que era amigo de Jamie Masada. Aquela foi a recomendação. A segunda coisa que ela queria do Sr. Dickerman era que seus filhos não aparecessem mais na TV nesse documentário. Nunca houve permissão nenhuma dada por ela. Naquele momento, ela era a única que tinha a custódia das crianças. O pai já ha via sido tirado de cena havia muito tempo. Havia ordens judiciais que proibiam que ele se aproximasse daquela família. Ela entra para ver o Sr. Dickerman. Ela não tinha conhecimento de nada inapropriado ter acontecido em Neverland além da presença de seus filhos no documentário, a qual ela se opôs. Ela vai até Dickerman, e Dickerman vê esses dois jovens garotos, e Dickerman tem certo conhecimento sobre o que houve em 1993. Imediatamente, ele entra em contato com Larry Feldman. E eles vão a Larry Feldman. Dickerman não tem nenhuma informação pessoal de que algo inapropriado tenha acontecido enquanto eles estavam em Neverland, mas sente que algo a mais deva ser direcionado ali. Dickerman sabe o que aconteceu com Larry Feldman em 1993 naquele processo específico. E ele leva a família toda até Larry Feldman. Larry Feldman olha para Gavin, que naquele momento tinha em torno de 12 anos, quase 13, creio eu, e vê em Gavin uma grande semelhança com a criança de 1993. Tinham a mesma idade, quase o mesmo tamanho, quase a mesma cor de pele. Podia-se olhar fotos dos dois , juntos com outras duas crianças que tiveram uma relação íntima com Michael Jackson anos antes. Você olha as fotografias de todos, e às vezes é difícil distinguir uma foto de outra. Todos carregam essa mesma semelhança. Larry Feldman imediatamente trouxe Stan Katz. Stan Katz é um psicólogo especialista em abuso sexual infantil. Stan Katz entrevistou os dois meninos, e naquele momento houve uma revelação de abuso sexual infantil.

Ele imediatamente notificou o Serviço de Proteção à Criança, em Los Angeles, que notificou o Serviço de Proteção à Criança e o departamento do delegado, em Santa Barbara, e aí fomos nós, a investigação foi ativada. Na época, o promotor de Santa Barbara era Tom Sneddon, que está aposentado do gabinete, agora na posse de Joyce Dovely. Tom Sneddon era o promotor na época em 1993, e se envolveu naquela investigação. Ele tinha certa perspicácia e entendimento sobre a totalidade do caso que envolveu o cliente de Larry, na época. Então, ele tinha um bom entendimento do que estava acontecendo. O gabinete do delegado deu início a uma investigação que no fim levou a uma busca na propriedade.

Na busca na propriedade, eles descobriram várias coisas que eram do interesse da promotoria, incluindo muito da pornografia que Michael Jackson guardava em sua residência, particularmente, em seu quarto. Tudo foi confiscado e se tornou o maior esforço que Santa Barbara já fez para detectar e identificar digitais em centenas de revistas, em cada página, cada uma revelando dúzias e dúzias de digitais, mas muitas daquelas digitais no fim confirmadas como pertences a Gavin e a seu irmão. Tal material eles disseram ter sido mostrado a eles repetidamente por Michael Jackson em sua casa.
Também havia uma garrafa de Vodka, várias garrafas diferentes de bebidas alcoólicas que consistiam ao que as crianças disseram ter sido servido a eles em Neverland, particularmente, na residência de Michael Jackson. Essa foi a busca; a busca no final levou à audiência de um júri popular. Porque uma audiência de júri popular? Quem já participou de uma audiência de júri popular? Temos algumas mãos levantadas. Temos uma tradição em Santa Barbara. Não posso falar por outros distritos, mas temos uma tradição para casos de grande divulgação. Nossa pequena comunidade de Santa Barbara.

Não vamos para Santa Barbara por querermos ser advogados famosos. Vamos para Santa Barbara porque queremos jogar golf! Ou ficar na praia! É uma comunidade bonita e angelical, é muito boa, e nenhum de nós estava acostumado a esse tipo de perfil de celebridade que seria dado a nós durante o julgamento. Decidimos levar ao júri popular porque achamos apropriado, não apenas para aquele caso, mas todos os casos de celebridades, todos os casos de alta divulgação, é simplesmente meio que uma tradição americana que o júri popular tome a decisão. E nesse caso específico, também tivemos a vantagem de fazer isso secretamente, com a esperança de manter a transcrição confidencial e lacrada, de maneira que todos estivessem protegidos do conteúdo daquela audiência se tornar público antes que de fato listássemos os nomes para o júri. Achamos que seria benéfico para o Sr. Jackson.

Achamos que seria benéfico para nós. Essa seria a coisa certa a fazer. Também achamos que se mantivéssemos tudo longe da imprensa, e naquele momento era algo com o qual eu não estava familiarizado, a imprensa com caminhões em todo lugar para onde se olhava. E nós saímos e eles nos seguiam. Assim como na TV, com a câmera te seguindo conforme você atravessa a rua a caminho do tribunal, disparando perguntas, e claro que naquele ponto, tínhamos uma ordem de silêncio, então não podíamos responder nada de qualquer forma, então não havia nada que pudéssemos falar. Mas esse era o tipo de ambiente que tínhamos.

Procuramos um lugar para acontecer a audiência do júri popular onde não houvesse ninguém em volta. E o fizemos no arsenal. O fizemos no campo de tiro da delegacia, que tem centenas e centenas de acres o afastando das estradas principais. O júri se reunia todos os dias em um local diferente em Santa Barbara, em um estacionamento que era dito na noite anterior, para que a imprensa não estivesse lá. Era no estacionamento da Albertson's, da Sears, coisa assim. Em Earl Warren Showgrounds também. Em uma dessas locações, a van recolhia todos os jurados. Eles os levavam ao arsenal, onde se sentavam em uma sala que tínhamos transformado em uma audiência de júri popular. E pelas próximas 3 semanas, colocamos, acho, em torno de 30 testemunhas à frente do júri, incluindo todos os 3 filhos e a mãe também, sendo isso problemático até o fim. Nós conseguimos uma acusação naquele momento.

Decidimos abri-la em Santa Maria porque, como diz o juiz Melville, "o que acontece no norte das montanhas fica no norte das montanhas". E achamos que aquele seria o fórum apropriado. Esses eventos ocorreram em Santa Ynez, e lá é parte do distrito norte oficialmente. Qualquer outro crime que ocorra em Santa Ynez seria processado em Santa Maria, e foi lá que ocorreu. Enquanto nossa expectativa também era que de que seria encarregado ao juiz mais sênior de Santa Maria, e esse seria o juiz Melville, e essa também era nossa preferência. E foi assim que terminou.

Para lidar com o julgamento em si, porque a esse ponto já estávamos nos aproximando do início do julgamento, havíamos acumulado algo em torno de 100.000 páginas de descobertas. Agora, Mesereau vai gritar e se esgoelar porque ele só recebeu 50.000 delas, mas na verdade recebeu tudo! Tudo foi revirado ao longo do julgamento. Então, os três advogados de nosso gabinete que estavam julgando o caso viviam em Santa Barbara e decidiram que deveríamos alugar um lugar em Santa Maria, então alugamos uma casa em Orchid.

Orchid é uma comunidade dormitório bem pequena de Santa Maria, a quase 13 quilômetros ao sul do tribunal. Creio que era onde o juiz Melville vivia, e muitos advogados de nosso gabinete que trabalharam no caso também viviam lá. Alugamos uma casa, e um dos filhos de um advogado que trabalhava no caso acabou apelidando a casa de "The H.O.P", the House of Prosecution (casa da promotoria). A nossa programação, das 8 às 14, funcionou bem para nós porque nos permitia a partir das 14:30 lidar com tudo, até finalmente descansarmos no final do dia. Foi lá que guardamos todo o nosso material, todos os nossos relatórios, onde armamos o sistema dos computadores. Não podíamos levar todos os relatórios do caso para o julgamento depois que ele começou. Basicamente, juntávamos anotações todas as noites, para o dia seguinte, para quando as testemunhas estivessem depondo, ou quando começasse a defesa, para fazermos o interrogatório.

Achei nosso relacionamento com a defesa bom. Digo, houve momentos de controvérsia como podem imaginar, mas fomos muitos bons ao mantê-los informados sobre a quem recorreríamos e eles foram muito bons em nos manterem informados sobre quem chamariam. E foi assim que pudemos passar pelo julgamento. Acho que teremos mais discussão a respeito da seleção do júri, então acho que provavelmente entraremos mais no aspecto do julgamento no final, mas a respeito da questão da publicidade, conseguimos um requerimento da Côrte de uma ordem de silêncio, e assim ela foi garantida. Sim, é verdade que Tom Sneddon convocou uma coletiva de imprensa, e eu assisti àquela coletiva com muitas outras pessoas. Naquela época, eu estava fora do país. Assisti no King David Hotel, em Jerusalém, onde eu estava. E eu estava lá sentado pensando “Ok, minha vida vai mudar dramaticamente a partir de agora". Eu sabia a respeito, mas não havia contado a ninguém, incluindo minha família. Mantivemos em segredo o máximo que pudemos. Depois que isso aconteceu, como o juiz Melville apontou, Mark Geragos foi no Larry King muitas vezes por semana e continuamente falou sobre a família de vigaristas que estava atormentando seu cliente para conseguirem uma extorsão óbvia, e sobre o fator vingança de Tom Sneddon, dado o fato que ele não pôde processar Michael Jackson em 1993.

Agora, vou comentar a respeito de 2 coisas na minha conclusão, porque disse a vocês que falaria um pouco sobre Gavin hoje. Ele era uma criança que tinha crescido em um cômodo. Os primeiros 10 anos de sua vida foram em um cômodo com 5 outros membros da família. Ele foi vítima de um pai terrivelmente abusivo, e testemunha de uma violência doméstica terrivelmente abusiva. Ele foi vítima de um câncer que quase o matou. Antes de completar 12 anos, suportou tudo isso e depois viu seu pai ser levado. Ele era uma criança extraordinária. E então conheceu Michael Jackson, e acreditamos que foi molestado por Michael Jackson, e foi sujeitado à terrível agonia de um julgamento. Aos 15 anos, ele foi ao palanque das testemunhas, fez um juramento, sentou-se e respondeu perguntas por horas. Entre as perguntas, claro, foram detalhadas questões a respeito da atividade sexual de um super astro internacional. Perdemos o caso. Ele foi inocentado. Tivemos que explicar isso a Gavin, o que significava, e o que significaria para sua vida daquele momento em diante. Eles se mudaram, ele mudou de nome. Ele terminou o ensino médio. Ele foi descoberto enquanto estava no ensino médio. Um fã do Michael Jackson descobriu onde ele estava e mexeu no computador de maneira que o MySpace de todos os estudantes daquela escola fosse diretamente ao seu novo website, essa pessoa identificava Gavin por sua fotografia como a pessoa envolvida da forma mais absurda possível!

Onde ele está hoje? Ele tem 20 anos de idade. Está no 3º ano de uma universidade proeminente na costa leste. Não vou mencionar o nome da faculdade, mas qualquer que quiser saber venha até mim e digo. Ele é um estudante honrado com um GPA (média das notas nos EUA) de 3.5, e um diploma em Filosofia e História, e ele está planejando cursar Direito! Alguns de vocês concordarão com isso, e outros não. Ele é um jovem muito religioso e tem um relacionamento com uma jovem há uns 2 anos, filha de um pastor. Ele vai à igreja regularmente. Não bebe, não usa drogas. É encantador em sua apresentação. Passei um tempo com ele um mês atrás. E ele está indo notavelmente bem. Ele nunca pediu, nem nunca levou um centavo de ninguém em cima da atividade desse caso. Nunca. Há ofertas de pé da imprensa pela sua história por dinheiro suficiente para cobrir sua mensalidade, que é considerável, não importando que ele tenha 50% de bolsa. Mas ele nunca tirou um centavo de ninguém, e não tem a intenção de fazê-lo. Ele está acumulando dívidas como os universitários fazem hoje em dia, mas está bem. Suponho que teremos mais perguntas a respeito da seleção do júri a seguir, e sobre o julgamento, e ficarei feliz em responder dessa vez.

Seth Hufstedler: Obrigado, Ron. Apreciamos isso. Quero agradecê-lo por vi porque não é sempre que você é convidado para falar sobre um caso que não ganhou. E, se você fala sobre ele, não fala muito. Então, foi de grande ajuda, e muito direto e claro. Apreciamos isso. Agora, uma coisa que eu devo dizer, é que você sabe que o próximo a falar é um dos mais proeminentes advogados de defesa criminais do país, e lidou com tantos desses casos, e estou simplesmente pasmo, e peço desculpas, Tom, por ter ficado sentado aqui por uma hora e meia, duas horas, e não ter tido a chance de dizer uma palavra! Essa é uma coisa terrível para se impor a um advogado eficaz! Apreciamos a sua vinda e o pódio é seu.

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Analisando os comentários de Ron Zonen:

Por lcpleword e acréscimos de Naniela Ferreira

1. "a mais recente foi há uns 6 meses atrás, de um advogado em Louisiana que está representando uma mulher que está convencida que seu filho é de Michael Jackson." Tenho certeza que o "advogado" (e uso esse termo de maneira bem livre aqui) do estado da Louisiana que está "representando" essa doida é provavelmente o mesmo advogado de Louisiana (Nova Orleans, para ser exato) que “representou" Joseph Bartucci Jr., que processou MJ em 2004, alegando ter sido sequestrado e levado para a Califórnia por agressores desconhecidos em 19 de maio de 1984! Ao chegar na Califórnia, MJ não apenas o molestou, como o manteve na mira de uma arma e o cortou com fio de aço e lâmina de barbear!

Ah, e claro que ele imediatamente sofreu amnésia e esqueceu tudo isso até 2004! A completa loucura dessa legação vem do fato de que MJ estava ensaiando para a turnê Victory e viajando para a Casa Branca para se encontrar com o presidente Reagan durante aquele período de tempo pouco antes e depois de 19 de maio de 1984!

Aí vai um pequeno panorama a respeito de Bartucci. Ele é um litigante em série! Esteve envolvido em 18 processos civis nos últimos 17 anos, incluindo alegações de abuso sexual contra um pastor!

Para mais informações a respeito de Bartucci e outras "vítimas fantasma" de MJ, leia esse post:



2. "Aquelas chamadas vinham de maneira bem regular, as atendíamos frequentemente e as pessoas davam detalhes."

Nossa, Zonen, o que você esperava? Você e Sneddon lançaram um comunicado na imprensa pedindo que vítimas do MJ “se apresentassem com informações"! Já ouviu falar daquele ditado "tome cuidado com o que deseja, porque pode mesmo acontecer"? Aí vai algo para se pensar a respeito: Se Sneddon e companhia tiveram que “solicitar" outras vítimas, então, isso mostra obviamente uma fraqueza no caso deles! (Essa questão foi discutida nesse MJEOL Bullet: http://site2.mjeol.com/mjeol-bullet/highly-unusual-to-solicit-alleged-victims-%C2%96-mjeol-bullet-25.html) Se eles tivessem toda essa "evidência sólida" depois de sua investigação de 5 meses (junho de 2003 a novembro de 2003), então porque precisaram pedir que as vítimas se apresentassem? Elas não teriam vindo por si só? Você acha que o ator Todd Bridges teria que ser pedido ou subornado para se apresentar se ele ou seu filho tivessem sido abusados?

E, enquanto estamos nesse tópico, porque Sneddon esperou até dezembro para abrir as acusações, mesmo que MJ tenha sido preso em 21 de novembro? Seria porque ele esperava que mais uma “vítima" crível aparecesse e reforçasse seu caso, e o permitisse que ele adicionasse mais acusações?

3. “O pai de Gavin era um homem extremamente violento, que de maneira frequente usava violência não só contra sua esposa Janet, a mãe de seus 3 filhos, mas também contra as crianças. Mas a grande parte era direcionada à sua esposa."
Chamar David Arvizo de homem "extremamente violento" é pouco! Ele abusava fisicamente de sua mulher e de seus filhos, e, aliás, foi seu abuso contra Janet que catalisou a extorsão dela contra JC Penney em 1998! Uma semana depois de ela ter sido presa, David a espancou tanto que ela tinha hematomas e açoites pelo corpo todo, e ela foi fotografada depois que isso aconteceu. Depois, ela afirmou que quem havia infligido aqueles machucados nele eram os seguranças da JC Penney.

Mas Janet também não era um anjo! De acordo com a entrevista que David Arvizo deu a um dos investigadores particulares de Mesereau, ele recordou de quando sua filha Davellin disse que Janet uma vez colocou uma faca em seu pescoço e ameaçou matar seus irmãos e ela (na página 13), e de uma prima de Janet que alegou ter sido sexualmente e fisicamente abusada por ela quando tinha entre 8 e 10 anos (na página 20).


4. "Não sabemos exatamente quem foi o elo. Sabemos que duas pessoas levam o crédito por isso. Não sabemos se ambas foram responsáveis, ou se só aconteceu."
Apesar de haver muitas variações sobre como exatamente Gavin foi apresentado a MJ, ou foi pela Make-A-Wish Foundation ou por Jamie Masada (dono do clube de comédia que apoiava Gavin durante sua doença).

A mídia presume que foi Masada quem apresentou Gavin a MJ, dessa maneira, Masada levou vantagem dessa conexão com o caso para conseguir uma publicidade bem necessária a ele e ao seu clube. Como de costume, a mídia não verificou a história, mas felizmente, Geraldo Rivera o pegou na mentira! Em seu programa de TV, Rivera o perguntou em meio à entrevista basicamente “Você já se encontrou com Michael Jackson?", e Masada foi forçado a confessar! Aqui vai um trecho de um MJEOL bullet


''Jamie Masada é o homem que afirma ter apresentado o acusador a Michael Jackson. Masada também permitiu que outros repórteres presumissem e sugerissem ao público que ele tinha uma amizade com Jackson. Tal amizade, revelou-se inexistente. Rivera perguntou a Masada se ele sequer já se encontrou com Jackson e Masada admitiu que não. O mais inacreditável é que Rivera talvez tenha sido o único entrevistador que tenha perguntado se Masada conhecia ou não Jackson. Essa é uma informação de grande importância porque Masada foi elevado ao status de um "amigo-de-Jackson-que-se-sente-traído" pela mídia. Sua história tem sido divulgada em noticiários e jornais por todo o mundo sob o pretexto de ele ser próximo a Michael Jackson. Rivera também confrontou Masada sobre suas afirmações de ter apresentado Jackson ao acusador. Rivera, que falou diretamente com Jackson por telefone no dia 7 de fevereiro, diz que Jackson na verdade foi apresentado ao acusador pela Make-A-Wish Foundation.''

Infelizmente, Geraldo estava errado ao afirmar que foi a Make-A-Wish Foundation, já que eles negaram veementemente terem apresentado Gavin a MJ em um comunicado à imprensa em novembro de 2003.


A pessoa que arranjou a primeira visita de Gavin a Neverland foi a atriz Vernee Watson-Johnson.


Ela também depôs dizendo que ensinou a Gavin durante uma aula de teatro na LA Academy of Fine Arts, e que ficou muito desconfiada de Janet depois que ela exigiu que qualquer dinheiro a ela doado deveria ir diretamente para sua conta pessoal, em vez de uma conta pessoal.


O que isso diz a respeito da competência de Sneddon e Zonen se eles sequer sabem quem foi o responsável por apresentar Gavin a MJ?

5. “Enquanto ele estava lá, há essa cena no documentário, filmada por Martin Bashir, de Gavin sentado em um sofá próximo a Michael Jackson, com sua mão na mão de Michael Jackson, e sua cabeça recostada do ombro de Michael Jackson. E Michael Jackson descreve como essas crianças ficam com ele, não apenas em sua casa, não apenas em seu quarto, mas em sua cama. E aquilo começou uma conversa com Martin Bashir..."

Essa é a cena que literalmente destruiu o mundo de Michael Jackson! Por anos, as pessoas se perguntam por que MJ permitiu que essa cena se tornasse pública, sabendo que ele havia sido falsamente acusado de assédio em 1993, e sabendo que ser visto de mãos dadas com um menino não faria nada além de trazer publicidade negativa! Mas esse é o problema! MJ não sabia que a cena iria ao ar do jeito que foi! O propósito da cena era discutir todas as coisas boas que MJ tinha feito por Gavin, mas, antes de começar a entrevista, Martin Bashir disse a Gavin para dar as mãos a MJ e colocar sua cabeça no ombro dele! Depois, disse ao seu câmera que desse zoom neles de mãos dadas, e depois, quando a entrevista começou, ele os emboscou falando sobre como eles dormiam! E, claro, de jeito nenhum Bashir cortaria sobre a edição final do documentário, e essa cena deixou uma marca inapagável na reputação de MJ, levando-o à condenação no tribunal da opinião pública.
6. “Martin Bashir, que não é idiota, que imediatamente decidiu que havia algo descuidado ali, e começa a questioná-lo sobre a decência de ele dividir a cama com crianças, que eram amigos especiais de Michael Jackson, todos meninos, todos entre a idade de 10 e 13 anos. Aos 13 eles eram geralmente tirados de cena, e geralmente não eram mais novos que 10."

Bem, Zonen, se os amigos especiais de MJ eram “tirados de cena" quando faziam 13 anos, então por que Brett Barnes, Macaulay Culkin, e Wade Robson testemunharam a favor de MJ? Por que Robson apresentou uma dança em tributo a MJ, e fez uma declaração depois de sua morte ?


Por que eles mantiveram contato com MJ, e visitaram Neverland durante a adolescência? Por que “Dave Dave" falou no funeral de MJ se foi "jogado fora" por MJ?


Por que MJ manteve sua amizade com Ryan White até ele morrer aos 18 anos de idade?


E quanto aos Cascios que Mantiveram a amizade com Michael durante toda a vida? Michael conheceu os Cascios quando eles eram bebês, e essa amizade nunca acabou.



E dizer que Michael apenas mantinha amizades com meninos é uma mentira deslavada, ou Kidada, filha de Quince Jones, é menino? O próprio Quince em sua autobiografia fala da amizade entre kidada e Michael. Ela, aliás, foi testemunha de caráter de Michael, durante o julgamento. E quanto a Marrie Nicole Cascio, tão próxima a Michael quanto os irmãos? E quanto a Rachel Robson? Que também testemunhou a favor de Michael e afirmou ter dormido no quarto dele também? O pai de Macaulay Culken disse em entrevistas que Michael nunca fez distinção entre seus filhos, meninos e meninas. (colocar link para essa parte do relato)

Essa é uma das maiores mentiras que são perpetuadas pela mídia. MJ não apenas tinha a companhia de meninos, ele fazia amizade com meninas, adolescentes e adultos! Aliás, duas meninas que se pronunciaram a favor de MJ são Nisha Kataria (uma aspirante à cantora que MJ apadrinhou)


E Allison V. Smith, que falou com Ian Halperin para seu livro "Unmasked". Aqui vai um trecho:

"De acordo com Lennon, Jackson era muito tímido perto de garotas, como um "adolescente esquisito". Mas, uma vez ou outra, ele se dava bem com uma e a convidava para sua casa para passar a noite.

Durante a minha investigação, encontrei 4 dessas garotas. Uma delas, Allison V. Smith, é agora uma renomada fotógrafa que trabalha para o The New York Time, Esquires, e The New Yorker, entre outros. Ela também é herdeira da fortuna da loja de departamentos de luxo Neiman Marcus, por ser neta da lenda do varejo, Stanley Marcus.

"Durante o julgamento, ficaram falando sobre todos os meninos que dormiam na cama dele. Bem, eu sou uma garota e dormi na cama dele quando era criança. O promotor deve saber que havia meninas, mas nunca mencionou", ela disse, adicionando que sua amizade com Jackson era "muito divertida" mas que não gosta de falar a respeito publicamente.
“Fiquei tentada a me oferecer como testemunha de defesa", lembra-se, "mas não gostava do circo da mídia.”

7.Basicamente, conforme o julgamento foi sendo acompanhado, chegou-se à conclusão era realmente nada mais do que um esforço para tentar extorquir dinheiro. Aliás, nós, claro, acreditávamos que isso não tinha acontecido, e conforme eu descrevo um pouco mais de como essas coisas desdobraram, vocês poderão tirar suas próprias conclusões de uma forma ou de outra.

Essa é uma fala que infelizmente foi tirada de contexto. William Wagener entrevistou um professor de Direito que participou, e erroneamente pensou que Zonen estava sugerindo que o caso realmente havia sido uma extorsão, quando na verdade, aquela foi a teoria da defesa.

E para a sugestão de Zonen de que deveríamos "tirar nossas próprias conclusões de uma forma ou de outra", eu diria a ele: "Sim, Zonen, temos que chegas às nossas próprias conclusões em vez de deixar você e a mídia nos alimentarem, e sabemos que MJ era inocente, e seu caso não era nada além de perseguição, pela qual você e Sneddon deveriam estar na cadeia!"

8. Dickerman não tem nenhuma informação pessoal de que algo inapropriado tenha acontecido enquanto eles estavam em Neverland, mas sente que algo a mais deva ser direcionado ali. Dickerman sabe o que aconteceu com Larry Feldman em 1993 naquele processo específico. E ele leva a família toda até Larry Feldman.

Se alguém pensa que Dickerman tinha algo que não fossem más intenções quando indicou os Arvizo a Feldman, veja nada além de seu depoimento no dia 24 do julgamento. Ele declarou que tinha um acordo com Feldman para que dividissem os honorários caso a família abrisse um processo bem-sucedido contra MJ nesse caso.


9. “Na busca na propriedade, eles descobriram várias coisas que eram do interesse da promotoria, incluindo muito da pornografia que Michael Jackson guardava em sua residência, particularmente, em seu quarto. Tudo foi confiscado e se tornou o maior esforço que Santa Barbara já fez para detectar e identificar digitais em centenas de revistas, em cada página, cada uma revelando dúzias e dúzias de digitais, mas muitas daquelas digitais no fim confirmadas como pertences a Gavin e a seu irmão.”

Vamos deixar isso bem claro de uma vez por todas. Michael Jackson, como muitos outros homens adultos, normais e heterossexuais, tinha interesses sexuais por mulheres adultas e, como milhões de outros homens, gostava de ver pornografia. Mas me deixe ser perfeitamente clara: o único tipo de pornografia encontrada era legal, adulta e heterossexual! Não havia pornografia gay, e certamente não havia pornografia infantil! Aliás, se houvesse pornografia infantil, MJ estaria sentado em uma cela até agora!
Além disso, as impressões digitais dos garotos provavelmente foram deixadas nas revistas quando eles as manipularam durante a audiência com o Grande Júri, pois como reclamou uma jurada, eles não estavam usando luvas, enquanto Sneddon lhe dava uma revista trás da outra. A prova, por fim, restou contaminada.

Muito do que a mídia e a promotoria tentaram passar como "pornografia" eram, na verdade, livros de arte que continham pessoas em vários estágios de nudez. Um dos editores desse site (vindicatemj) bravamente passou pelo processo de analisar todos os livros que foram catalogados pelo Departamento de Polícia de Santa Barbara, e os resultados estão listados nos 4 seguintes artigos:






10. “Não posso falar por outros distritos, mas temos uma tradição para casos de grande divulgação. Nossa pequena comunidade de Santa Barbara. Não vamos para Santa Barbara por querermos ser advogados famosos. Vamos para Santa Barbara porque queremos jogar golf! Ou ficar na praia!
Mais uma vez, outro comentário nada profissional de alguém que age como se estivesse fazendo stand-up comedy! Ninguém liga para o seu gosto por golf ou ir à praia.

11. “E nesse caso específico, também tivemos a vantagem de fazer isso secretamente, com a esperança de manter a transcrição confidencial e lacrada, de maneira que todos estivessem protegidos do conteúdo daquela audiência se tornar público antes que de fato listássemos os nomes para o júri. Achamos que seria benéfico para o Sr. Jackson. Achamos que seria benéfico para nós. Essa seria a coisa certa a fazer.”

Para de mentir, Zonen! Você sabe muito bem que você e Sneddon foram os responsáveis por vazar as transcrições do júri em 14 de janeiro de 2005, quase 9 meses depois de os procedimentos do júri terem sido encerrados e MJ ter sido acusado em abril de 2004. O momento do vazamento não foi coincidência, já que ocorreu para coincidir com o começo da seleção do júri popular, em uma tentativa de manchar o questionário do júri com evidências prejudiciais. Aqui está a resposta de Mesereau ao vazamento:


Bem como alguns idiotas que acharam que o próprio MJ havia vazado para conseguir uma anulação do julgamento:


O que não faz sentido já que ele não tinha acesso aos documentos de maneira nenhuma!

E se você estivesse realmente preocupado em "beneficiar" MJ, então por que não houve uma audiência preliminar em que ele pudesse interrogar suas testemunhas, em vez de haver um júri em que a defesa de MJ não podia estar presente? O artigo a seguir descreve de maneira sucinta as diferenças entre uma audiência preliminar e a audiência de um grande júri:


Aí vai um trecho:

"Incontáveis americanos foram para a cama na noite de quarta-feira lutando com duas perguntas quebra-cabeça: Por que Jennifer Hudson foi retirada e o que ser acusado por um grande júri significa para Michael Jackson?
Exatamente na hora do chocante desenvolvimento do ‘American Idol’, o plantão de noticias veio ao ar dizendo que Michael Jackson havia sido acusado por abuso infantil.”

“Mas Jackson já havia sido acusado, certo? Sim, e quem poderia esquecer aquele espetáculo? Mas depois que um réu é acusado, geralmente há uma audiência preliminar em que um juiz decide se há evidências suficientes para o caso ir a julgamento.

“Promotores também têm a opção, de acordo com Stephan DeSales, um advogado de defesa criminal de Orange County que lidou com muitos casos de abuso, de requerer que um júri reveja o caso e determine se o acusado deve ir a julgamento, o que os jurados de Jackson decidiram na quarta.”

“As principais diferenças entre uma audiência preliminar e a investigação de um grande júri é que os últimos procedimentos ocorrem sem a presença de advogados de defesa e não são abertos ao público.”

"Fundamentalmente, é uma maneira de evitar a habilidade da defesa de interrogar, o que seria de direito deles em uma audiência preliminar," disse DeSales, promotor aposentado de Los Angeles. "O que se diz é que o promotor poderia acusar um sanduíche de presunto se quisesse, porque o grande júri é mais ou menos um mero gesto de aprovação para a promotoria."

“É exigido que o promotor - no caso de Jackson, Tom Sneddon - entretanto, que apresente aos jurados qualquer evidência que possa absolver o réu."

A julgar pela página 212 da moção para suspender a acusação de MJ devido à má conduta da promotoria, acho que é justo dizer que Sneddon com certeza NÃO apresentou ao grande júri evidência nenhuma que pudesse absolver MJ!!


12. “E então conheceu Michael Jackson, e acreditamos que foi molestado por Michael Jackson, e foi sujeitado à terrível agonia de um julgamento.”
A razão pela qual você e Sneddon "acreditaram" que MJ havia molestado Gavin foi porque Gavin disse a vocês e a seus capangas exatamente o que queriam ouvir! Você e Sneddon esperaram 10 anos por alguém - qualquer um! - que dissesse que havia sido molestado. Quando Larry Feldman e Stan Katz notificaram a vocês as alegações de Gavin, aposto que bateram nas mãos um do outro como se seu time de futebol americano tivesse ganhado o Super Bowl na última jogada!

Não houve objetividade nem ceticismo profissional ou qualquer coisa do tipo da parte de nenhum dos detetives que interrogaram Gavin. Robert Sanger, um dos advogados de MJ, acabou com um de seus investigadores por seu trabalho fajuto no dia 12 do julgamento!


Aí vai um trecho de seu interrogatório do Sargento Robel:

SR. SANGER: Tudo bem. Então em 01 de junho, você teve a informação que havia sido obtida pelo Dr. Katz e, em 7 de julho, você interrogou as crianças, certo?

SARGENTO ROBEL: Correto.

SR. SANGER: E naquela data, você indicou que, "Vamos fazer o melhor para que esse caso dê certo", correto?

SARGENTO ROBEL: Deixe-me consultar isso.

SR. SANGER: Pode olhar - está no interrogatório de Davellin, página 33.

SARGENTO ROBEL: Certo, estou na página 33. Havia um pouco mais onde - acrescentando ao que eu disse a respeito disso.

SR. SANGER: Bem, podemos ler tudo.

SARGENTO ROBEL: Certo. Já li tudo.

SR. SANGER: Tudo bem. Então você disse a Davellin no - quase no fim do interrogatório, Certo? “Certo. Uma coisa que eu gostaria de dizer e enfatizar para você é que vocês estão fazendo o certo aqui. Sabe, eu sei que é assustador, e percebo - percebo mesmo que vocês estão passando por muita coisa, e já passaram por muita coisa como família. Foram eles que erraram, não vocês. E confie em mim, e no detetive Zelis, somos a lei. Vamos fazer o melhor para que esse caso dê certo. Não posso garantir aonde isso vai chegar a partir de agora, mas é por isso que estamos interrogando todos os envolvidos. Não me importa quanto dinheiro eles tenham." - quer que eu continue? - "quem ele seja, o que - mas ele errou. Vocês são as vítimas. Sua família é. Ele errou no que fez. Vamos tentar o melhor. Não posso garantir. Vamos fazer o melhor para levá-lo à justiça." Você disse isso?

SARGENTO ROBEL: Com certeza eu disse isso.

SR. SANGER: Certo. Então essa não é a fala de alguém que esteja com a mente aberta, que esteja procurando ver se essas pessoas estão ou não dizendo a verdade, é?

Evidente o induzimento do policial durante o interrogatório de Devellin, assim como de todas as outras crianças que interrogaram.

13. "Ele foi descoberto enquanto estava no ensino médio. Um fã do Michael Jackson descobriu onde ele estava e mexeu no computador de maneira que o MySpace de todos os estudantes daquela escola fosse diretamente ao seu novo website, essa pessoa identificava Gavin por sua fotografia como a pessoa envolvida da forma mais absurda possível!"
Bem, Zonen, adivinhe quem foi a pessoa que revelou Gavin e Starr para o mundo? Foi a NAMORADA dele, a testemunha da promotoria Louise Palanker!!! Ela postou fotos deles em um jogo de futebol americano, em seu blog, em 22 de dezembro, de 2005.


E teve a audácia de criticar os fãs que o atormentavam na escola. Quer rir? Então, leia o trecho a seguir de um post no blog dela:

“Acreditei no menino, meu amigo, antes do julgamento. Depois de ver as provas apresentadas no tribunal, agora acredito além de qualquer dúvida pessoal que Michael Jackson é culpado. Os fãs e eu temos crenças diferentes. Entretanto, eu não ridicularizo, e sequer consideraria ridicularizá-los ou atormentá-los, ou a seus entes queridos. Seria agradável se eles mostrassem o mesmo respeito. Mas não mostram e não vão mostrar. Vão continuar sua campanha manchada a serviço de seu ídolo. É perigoso para qualquer um de nós ter tanta fé em alguém que sequer conhecemos.
Minha visão e minha crença nesse menino e na veracidade do caso do estado estão firmemente intactas e não serão abaladas por nada que eu veja ou leia. Para aqueles que acreditam em Michael, sua fé é tão forte quanto a minha. Entretanto, fazer mal a uma criança não ajuda Michael. O fato de eles acharem que ajuda, é o que me entristece."

É engraçado como ela diz que sua crença na culpa de MJ está enraizada na "evidência" que viu, só que até hoje ela nunca disse exatamente que evidência era essa!

14. “Onde ele está hoje? Ele tem 20 anos de idade. Está no 3º ano de uma universidade proeminente na costa leste. Não vou mencionar o nome da faculdade, mas qualquer que quiser saber venha até mim e digo. Ele é um estudante honrado com um GPA (média das notas nos EUA) de 3.5, e um diploma em Filosofia e História, e ele está planejando cursar Direito!”
Aqui estão as últimas informações sobre Gavin e Star: ambos estavam frequentando o Georgia Military College, e ambos entraram na lista de melhores alunos no outono de 2009. Gavin foi transferido para a Universidade do Estado da Georgia.

Bom para eles, hein? Pelo menos, sabemos que Gavin, sendo o mentiroso profissional e antiético que é, entrará para uma profissão que o receberá de braços abertos!

Não vamos generalizar, por favor, nem todos os advogados são antiéticos e mentirosos, Mesereau é um exemplo maravilhoso disso. Mas Gavin, se realmente se tornar um advogado, seguirá a linha de Larry Feldman e Barry Rothman.

E como bônus (com agradecimento especial ao nosso leitor conhecido como "Rockforeveron"), aqui está uma foto recente de Gavin, provida por uma de suas ex-namoradas! Aqui vai um pouco de sujeira, que foi postada em um fórum, a respeito de Gavin. Note a total falta de arrependimento de Gavin, o que deve acabar com qualquer esperança de que um dia ele falará a verdade!

"Bom, eu estava na internet falando com uma de minhas amigas da McIntosh High Schol. Quando comecei a falar do MJ, ela veio abaixo porque era ex-namorada do Gavin. Ela me disse como ele ficava se gabando por aí de ter acusado Michael de molestá-lo e todos pensavam que ele era muito legal. Ele até escorregou e disse que a história foi inventada, então a garota começou a espalhar isso pela escola quando o pegou traindo ela. Enfim, Gavin vai a uma academia, era em Peachtree City (ainda é), mas eles mudaram para outro lugar. Ele gosta de box e MMA, e treina em uma academia chamada LA Boxing. Ele ia para o Georgia Military College mas foi transferido para a Universidade do Estado da Georgia[]. Ele está estudando para conseguir um diploma em negócios. Ele usa o nome de Anton Jackson (Jackson é o sobrenome de seu padrasto), David Jackson, Anton Arvizo ou Gavin Arvizo. Seu irmão usa o nome de Starr Jackson ou Starr Arvizo.

15. “Passei um tempo com ele há um mês. E ele está indo notavelmente bem. Ele nunca pediu, nem nunca levou um centavo de ninguém em cima da atividade desse caso. Nunca." & "Mas ele nunca tirou um centavo de ninguém, e não tem a intenção de fazê-lo.

Então ele enfim resolveu parar de mendigar?! Porque fez isso a maior parte da vida, usando a doença para tirar dinheiro das pessoas, que de bom coração, assim como Michael, se prontificaram a ajudá-lo, e a sua odiosa família.
Não é estranho que Gavin nunca vá falar a verdade! Ele é AMIGO de Zonen, e certamente de Sneddon, e do resto de seus capangas! Ele nunca vai dedurar as pessoas que o encorajaram e possibilitaram suas mentiras! Não me surpreenderia se Gavin e Janet tivesse prometido dividir parte do acordo com eles, que eles teriam facilmente conseguido se MJ fosse falsamente condenado.

ATUALIZAÇÃO EM 08/11/2010
Aqui vão informações adicionais providas pela Helena, do vindicatemj.

Gavin era amigo de Tom Sneddon a ponto de chamar o promotor por seu primeiro nome:

"Quando o presente acusador depôs, os jurados viram um adolescente tão confortável com os promotores que se dirigia a Sneddon por seu primeiro nome. Mas sob o pulso firme de Mesereau, ele recaía a um tom monótono e balbuciante, especialmente quando era perguntado a respeito das inconsistências em seus vários relatos sobre os supostos abusos."


Graças à Olga, temos o LA Times e o Santa Barbara News Archive daquela época - então aqui há algumas coisas a serem adicionadas ao post de David.

1) Zonen diz que as passagens para o Brasil eram só de ida, mas de acordo com o LA Times, eram de ida e volta, com o retorno uma semana depois. - veja os artigos:

"Cutucando as falhas na alegação de Janet Arvizo sobre o complô brasileiro, Mesereau produziu um itinerário mostrando que passagens de ida e volta haviam sido compradas para uma excursão de apenas uma semana de Los Angeles para São Paulo."


“Sobre a alegação de que os assistentes de Jackson fizeram um complô para mandar a mulher e sua família para o Brasil, o advogado de defesa apontou que as passagens da companhia aérea para a jornada eram de ida e volta, com um voo de retorno uma semana depois."


“A primeira a sustentar o gabinete da promotoria foi Cynthia C. Montgomery, uma agente de viagens que disse que um assistente de Jackson a disse para agendar passagens de ida para o Brasil, para a família do sobrevivente de câncer que alega ter sido molestado pelo cantor em 2003, quando tinha 13 anos.

O depoimento parecia sustentar a alegação da promotoria de que Jackson teria conspirado reter os membros da família contra a vontade deles, e escondê-los da mídia depois que um documentário britânico levantou questões a respeito de seu relacionamento com o adolescente.

Mas logo o advogado de Jackson, Tom A. Mesereau Jr., ressaltou que Montgomery está sendo investigada pelo FBI por ter, aparentemente, gravado um vídeo secreto de Jackson em um voo fretado.

Montgomery admitiu ter concordado testemunhar somente depois que a promotoria a garantisse imunidade, o que significa que nada que ela dissesse no tribunal poderia ser usado contra ela. ‘Se você não tivesse recebido uma garantia de imunidade, você não testemunharia correto?’ Mesereau perguntou. ‘De acordo com as instruções de meu advogado.’  disse Montgomery.

Montgomery admitiu que ela e Jackson estavam processando um ao outro devido a um vôo de Las Vegas para Santa Barbara, onde ele se rendeu."


"Pryor, mãe de um filho de 6 anos de Tucker, disse que ela e o comediante conheceram a mulher e seus três filhos depois de uma beneficência ao garoto com câncer, que no fim acusou Jackson de tê-lo molestado no rancho Neverland do cantor.

Eles levavam a família em baixo de suas asas, os levando a um passei na Knott's Berry Farm, e a uma viagem a Oakland para um jogo dos Raiders, e os convidando ao casamento de um parente. Pryor disse que se tornou confidente da mãe, agindo como uma ouvinte solidária em incontáveis conversas de telefone.

Em um momento de seu depoimento, Pryor caiu em lágrimas explicando: "É difícil para mim porque eu realmente amo muito as crianças."

Em fevereiro de 2003, Pryor disse que a mãe ligou para ela das filmagens em que ela e seus filhos prodigamente elogiavam Jackson como carinhoso, sábio, amável, e como a presença de um pai.

A mãe “parecia feliz" nas filmagens. Pryor testemunhou dizendo que a mulher estava ansiosa para dizer ao mundo que o relacionamento entre Jackson e seu filho "não era nada mais que uma linda amizade".

Algumas semanas depois, Pryor disse, a mãe também parecia feliz com os planos para a viagem ao Brasil. Ela disse que ela, Jackson e seus respectivos filhos iriam ao Carnaval, o feriado de celebração brasileiro, e perguntou a Pryor se ela gostaria de ir junto.

Cerca de um mês depois, porém, a mãe mudou de ideia, citando as faltas constantes de seus filhos na escola e a incerteza de onde a família ficaria no Brasil, Pryor declarou.

Perguntada pelo advogado de defesa Thomas A. Mesereau se a mãe alguma vez a disse que ‘Michael Jackson estava em uma conspiração para cometer crimes contra sua família’, ela respondeu prontamente. "Com certeza não."



2) Zonen diz que "Michael tirou toda a família de sua quitinete no leste de Los Angeles. Colocaram todos seus pertences em um depósito que eles nem sabiam onde era. Ela não sabia onde estava nenhum de seus bens. Nenhum de seus bens, suas roupas, seus móveis, o pouco que tinha."
Neste artigo, diz-se que foi Janet Arvizo quem pediu para que seus bens fossem removidos:

Geragos: 'Ele era o alvo perfeito' 14 de maio de 2005, 12:00 horas
Trecho:

Ex-advogado criminal de Michael Jackson, Mark Geragos, [mais tarde substituído por Thomas Mesereau] testemunhou que havia tentado proteger o artista de uma família predatória - não facilitar o que a promotoria chama de conspiração.

Sr. Geragos disse que encontrou com a mãe em Neverland Valley Ranch em 7 de fevereiro de 2003, o dia seguinte em que um documentário britânico foi ao ar e criou uma tempestade de fogo de relações públicas - incluindo apelos por serviço social e investigações criminais do artista.
Sr. Geragos disse que foi contratado para determinar se alguma investigação do Sr. Jackson havia se iniciado. Enquanto estava em Neverland, ele ouviu o garoto ser instruído a se referir ao Sr. Jackson como "papai".

"Isso me deu um motivo para pausar," depôs o Sr. Geragos. "Em resposta a isso, decidi começar uma pesquisa de dados . . . Eu estava preocupado naquele momento, devido à situação, que alguém pudesse usar a situação para manipular meu cliente. Não era desconhecido por mim que meu cliente era um alvo frequente de processos . . . Era um alvo fácil."

Ele disse ter ficado seriamente preocupado quando sua pesquisa revelou um processo que a mãe abriu contra a J. C. Penny Co... Ela recebeu um acordo de 150 mil dólares. Sr. Geragos testemunhou que instruiu o investigador particular Bradley Miller a conseguir uma declaração gravada da família e mantê-los sob vigilância caso tentassem vender sua história a tablóides ou abrir um processo contra o artista.

O interrogatório do Sr. Geragos feito pelo promotor sênior Ron Zonen foi tão agressivo que o juiz Rodney Melville pediu um intervalo.

Promotores alegam que a equipe de Jackson tirou a família de seu apartamento no leste de Los Angeles e colocou seus bens em depósitos porque estavam se preparando para mandá-los para o Brasil. Mas o Sr. Geragos depôs que a mãe pediu a seu investigador particular que a ajudasse a estocar seus itens porque ela estava indo morar com seu namorado. Ele disse que na época não sabia de nada sobre a viagem planejada ao Brasil.
Em determinado ponto do julgamento, os promotores tiveram coragem de dizer que a viagem para o Brasil seria feita em um Balão!

No interrogatório, o Sr. Zonen perguntou ao Sr. Geragos se ele tinha visto o documentário que contém "uma confissão de dormir com garotos".

"O que você quer dizer, dormir com garotos?" Sr. Geragos respondeu.
"Que ele dorme com garotos." Sr. Zonen disse.
“Você quer dizer que garotos ficam no quarto dele?" Sr. Geragos perguntou.
"Quero dizer que ele dorme com garotos." Sr. Zonen disse.
"Você está dizendo que isso é sexual?" Sr. Geragos perguntou.


A troca esquentada continuou até que o juiz disse ao Sr. Zonen que desse um intervalo. Quando o interrogatório foi retomado, o promotor perguntou se o Sr. Geragos havia aconselhado o cliente  dele a dormir com garotos.

Sr. Geragos respondeu que não: “Vi alguém que era como uma criança em seu amor por elas. Não vi nada criminoso. Nada nefasto."

Ao ser perguntado o que o Sr. Jackson o havia dito após o incidente, Sr. Geragos disse, "Ele consistentemente disse que não fez nada –nada adverso, nada sexual, e se alguém passar a noite no quarto dele, é só um ato de amor incondicional.

“O problema, Sr. Zonen, é quando as pessoas dizem "dormir com alguém no quarto dele" e há esse pulo transformando isso em algo terrível e muito, muito ruim."

O Sr. Geragos foi escalado para voltar a testemunhar em 20 de maio.


3) Zonen descreve o sistema de segurança dos cômodos internos de Michael como um sistema muito complexo - porta trancada, uma porta com senha, sistema de alarmes subindo as escadas, uma mera enumeração que sugere algo sinistro.

Isso é o que Christopher Culkin, pai de Macauley (que é um disciplinador terrível e não é amigo de Michael, apesar de não falar mal dele) diz sobre a necessidade de um sistema de alarmes e como era – dentre outras coisas:

“... pessoas que pagariam com muito prazer por um passeio de helicóptero cuja rota incluía como destaque uma espiada na casa de Michael. Para Michael, que é todo assustado, todos representavam o espectro de terroristas encapuzado, vestidos como ninjas, descendo em cordas para dentro da propriedade, os melhores para realizarem o sequestro do século; e mesmo que nada disso tenha ocorrido, houve outras vezes em que incidentes não menos benignos apenas alimentaram esse medo. Por exemplo, a manhã em que Michael acordou e foi ao seu jardim particular e encontrou um fã agachado entre os arbustos; um fã ‘fanático’ o suficiente para entrar na propriedade, escalar o muro e passar a noite lá”

“(Alguém pode se lembrar quem foi o responsável e onde ocorreu o assassinato de Lennon?!).Que Michael respondesse a essas coisas equipando seu quarto com um sistema de feixes de alarme relativamente notório comprado em uma loja (um que toda a equipe de limpeza sabia da existência e que podiam simplesmente passar por cima), bem como a tão falada "sala secreta" (na verdade, um closet) para onde ele podia correr em momentos de emergência, não deveria surpreender a ninguém. Na verdade, essas são coisas que, sob tais circunstâncias, qualquer um de nós faria.
Mas, quando visto com maldade, a existência de tais coisas poderia apenas ter um propósito sinistro. E esse era o problema de Michael, em poucas palavras, e havia pouco que ele pudesse sequer fazer a respeito. Isso não poderia ser desfeito, o gênio não retornaria à lâmpada. Era o lado negativo que não poderia ser evitado. E foi um problema exacerbado pelo fato de que Michael não podia evitar (como alguns de nós podemos) ser ele mesmo; sua pessoa delicada e minuciosa. Incapaz de dizer palavras como ‘abusar sexualmente’, ele só pôde responder de sua maneira delicada de sempre dizendo ‘eu nunca machucaria uma criança’, o que apenas o fez parecer mais com um membro contratado da sua associação local de homens e meninos. Era uma situação totalmente impossível para ele.”

4. Mais algumas coisas a respeito dos hábitos e do caráter do menino que agora é de um comportamento impecável e é tão terrivelmente "religioso":

Uma prima de 16 anos de Jackson também testemunhou, dizendo que uma vez viu o acusado e seu irmão mais novo furtarem duas garrafas de vinho e uma taça da cozinha do cantor no rancho Neverland à 1 hora da manhã. Simone Jackson foi a terceira testemunha em dois dias a sugerir que os irmãos, na época com 12 e 13 anos, eram grandes beberrões que entornavam vinho sem a permissão ou conhecimento do pop star.


Um ex-guarda de Neverland, Shane Meridith, disse que pegou o acusado e seu irmão “gargalhando" perto de uma garrafa de vinho meio vazia na adega mal trancada do rancho. Jackson não estava na propriedade no momento, ele disse.

E Angel Vivanco, assistente de chef, disse que o irmão do acusado, que tinha 12 anos na época, o ameaçou para conseguir um milk-shake misturado com bebida. "Ele disse que se eu não o fizesse, ele diria a Michael e eu seria demitido," Vivanco depôs.



Sob interrogatório do advogado de defesa Thomas Mesereau, senhorita Bell (uma aeromoça) descreveu o que viu em um voo fretado de Miami a Santa Barbara em fevereiro de 2003.

Ela disse aos jurados que o garoto era rude e fora de controle, e caracterizou o Sr. Jackson como um homem gentil e quieto. "(O garoto) era estranhamente rude, mal-educado," Senhorita Bell testemunhou. "Lembro-me de ele falando 'ganhei esse relógio do Michael e é muito caro' . . . Ele era antipático. “Quando servi comida a ele, ele disse 'Isso não está quente. Não está como deveria.' Foi vergonhoso tê-lo no voo, na verdade."

Depois, ela descreveu o Sr. Jackson como “de fala macia".

“Há algo peculiar sobre os meios ou métodos de servir álcool ao Sr. Jackson?" Perguntou o promotor sênior Gordon Auchincloss a Cynthia Bell, que trabalhou em um jato fretado pelo pop star.

"O Sr. Jackson era um bebedor muito discreto," ela respondeu. "Comecei servindo vinho a ele em uma lata de Coca Diet . . . Sirvo outros clientes assim."

"De quem foi essa ideia?" perguntou o Sr. Auchincloss. "Minha,” ela disse.

Auchincloss continuou: "Michael Jackson alguma vez te disse para servi-lo em uma lata de Coca Diet?"

"Não, não disse." ela respondeu.

“Você já o viu dividir sua lata de vinho com mais alguém?" o promotor perguntou. “Não”, ela disse.


5) E mais uma coisa - o assistente do advogado de Michael, Mark Geragos, cujo nome é Bradley Miller, se revelou ser um paciente do psiquiatra Dr. Katz (aquele a quem Larry Feldman mandou Gavin para uma consulta, e que no fim relatou o caso à polícia):

O CASO JACKSON: PEÇAS CHAVE
Por Scott Hadly e Dawn Hobbs
25 de agosto de 2004, meio-dia.

Dr. Stan Katz, um psicólogo de Bervely Hills que entrevistou o garoto de 13 anos nesse caso. Dr. Katz ajudou no caso de 1993. Ele denunciou as alegações do caso atual em junho de 2003 depois de uma sessão de terapia com o menino. Em uma estranha reviravolta, os advogados de defesa revelaram que ambas as supostas vítimas e o investigador particular que trabalhou para o Sr. Geragos, Bradley Miller, eram pacientes do Dr. Katz.

Bradley Miller é um investigador particular que trabalhou para o Sr. Geragos no caso.





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