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Transcrição do julgamento de 2005 - Declaração de abertura de Tom Mesereau - Parte 4


1 RELATÓRIOS CERTIFICADOS
2
3
4 O POVO DO ESTADO DA CALIFÓRNIA)
5 CALIFORNIA)
6 Querelante)
7 -vs-) Número 1133603
8 MICHAEL JOE JACKSON)
9 RÉU)
10
11
12 I, MICHELE MATTSON McNEIL, RPR, CRR, CSR
13 #3304, Oficial Relator da Corte, certifica que:
14 Que as páginas nateriores de 3 a 170
15 contêm uma verdadeira e correta transcrição do
16 processo que contêm as questões acima intituladas,
17 questões tomadas por mim e digitadas ao
18 dito processo de 28 de fevereiro de 2005 e
19 depois reduzi a termo digitando no computador
20 a transcrição sob minha direção.
21 DATA: Santa Maria, Califórnia,
22 28 de fevereiro de 2005.
23
24
25
26
27 MICHELE MATTSON McNEIL, RPR, CRR, CSR #3304
28 REPÓRTER OFICIAL DO TRIBUNAL171


1 Santa Maria, Califórnia.
2 Terça-feira, primeiro de março de 2005
3 8:30 da manhã.
4
5 O TRIBUNAL: Bom dia.
6 ADVOGADOS, À MESA DA DEFESA: (Em uníssono)
7 Bom dia, Meritíssimo. Bom dia.
8 o tribuna: Sr. Mesereau.
9 SR. MESEREAU: Obrigado, Meritíssimo.
10 Bom dia.
11 O JÚRI: (Em uníssono) Bom dia.
12 SR. MESEREAU: Senhoras e senhores do júri,
13 eu gostaria de esclarecer algumas declarações que eu fiz
14 ontem, corrigir um par de declarações e falar
15 um pouco mais sobre algumas outras coisas que eu
16 mencionei.
17 Antes de tudo, o promotor, no discurso de abertura dele,
18 fez uma alegação de que o Sr. Jackson tinha
19 intencionalmente, intencionalmente servido álcool a uma criança
20 em um voo vindo da Florida.
21 Vocês saberão neste julgamento que no voo
22 privado estavam o Sr. Jackson, dois dos filhos
23 dele, o medico dele, segurança pessoal, e
24 outros convidados, assim como os Arvizos. E vocês ouvirão
25 do medico dele que ele estava no assento nesse voo onde ele poderia
26 ver tudo e ele nunca dormiu.
27 E ele nunca viu nada assim
28 então dita lambida que promotor descreveu.

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1 mas em relação a isso, vocês precisam entender
2 que as acusações neste caso envolvendo álcool não são
3 acusações como responsabilizar um garçom por dar álcool a um menor
4 As acusações são que o Sr. Jackson deu
5 álcool com o propósito de molestar.
6 A acusação de álcool está diretamente ligada às
7 alegações de abuso. Uma acusação não existe sem
8 a outra. E o Sr. Jackson absolutamente nega isso.
10 Em relação a isso, eu provarei para vocês,
11 através de testemunhas, pessoas que trabalharam em Neverland
12 e a visitaram, que as crianças Arvizo, às vezes, ficavam fora
13 de controle, invadiam a adega de vinho, foram pegos
14 bebendo álcool sozinhos, sem o Sr. Jackson
15 nem mesmo estar presente ou saber sobre isso. Eles também foram
16 pegos invadindo o refrigerador na cozinha,
17 bebendo vinho e eles foram pegos
18 apanhando álcool de um armário. Há uma
19 testemunha que dirá a vocês que o Sr. Jackson pediu
20 álcool para ele e convidados e as crianças
21 furtaram isso. Eles foram pegos embriagados. Eles foram pegos com
22 garrafas. O Sr. Jackson não estava
23por perto
24 Nós provaremos a vocês que eles agora estão
25 tentando dizer que ele estava por trás de tudo isso. E
26 isso é falso.
27 Nós também provaremos para vocês que as crianças Arvizo,
28 como eu disse antes, inicialmente parecia muito 176


1 bem comportadas, mas isso mudou. E isso mudou radicalmente.
2 Por exemplo, há trabalhadores que são responsáveis pelo
3 parque de diversões. Há uma roda gigante.
4 Há carrossel nos quais crianças,
5 quando visitam Neverland, brincam.
6 Um desses empregados responsáveis pelos brinquedos
7 dirão a vocês que eles não têm certeza de como isto aconteceu,
8 mas eles pareciam ter memorizado os códigos para inicializar
9 os brinquedos. E ele ficou chocado e horrorizado
10 por encontras as crianças no topo da roda gigante
11 atirando objetos nos elefantes e nas pessoas.
12 Eles também, nós provaremos para vocês, memorizaram
13 vários códigos da casa. Eles de alguma forma descobriram um jeito
14 de nadir pela casa à vontade quando o senhor
15 Jackson nem mesmo estava na cidade e foram, na verdade, pegos
16 no quarto dele. Essas testemunhas testemunharão esses fatos
17 Eles estavam for a de controle.
18 O promotor disse a vocês que havia revistas de garotas e
19 material de sexo explícito na casa do Sr. Jackson.
20 E havia.  O Sr. Jackson
21 irá livremente admitir que ele lia revistas de garotas
22 de vez em quando. E o que ele faz é enviar alguém
23 ao supermercado local e eles escolhem
24 Playboy e eles escolhem Hustler, e ele as têm lido
25 vez ou outra. Ele absolutamente nega tê-las mostrado
26 às crianças. E, na verdade, as
27 revistas às quais o promotor se referiu estavam em uma
28 maleta trancada. E o Sr. Mr. Jackson dirá a vocês que ele

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1 encontrou essas crianças mexendo nas revistas dele e
2 as tomou deles e as trancou na maleta dele.
3 Isso será provado neste julgamento.
4 Eu quero enfatizar que o senhor Jackson não recebeu
5 nenhum pagamento de Bashir. As negociações originais
6 foram que o dinheiro iria para caridade na Inglaterra.
7 Eles estavam falando sobre 250,000 libras, erma
8 libras britânicas.
9 Isso, do ponto de vista do senhor Jackson,
10 o que o incentivou a fazer esse documentário foi que ele
11 confiou que o Sr. Bashir iria apresentá-lo em uma luz apropriada
12 honrada e honesta. E não foi isso que
13 aconteceu.
14 Ontem, eu mencionei que a Sra. Arvizo, quando ela
15 diz que ela estava em cárcere, foi a uma
16 tratamento de depilação corporal. Eu chequei o recibo, e eu
17 erroneamente disse 14 de fevereiro. Foi 11 de fevereiro
18 a depilação corporal. O que é particularmente significante
19 sobre isso, além do fato de que é difícil acreditar que
20 quando você está em cárcere privado você está indo
21 a clínicas locais de depilação corporal. O importante é isto:
22 Ela, por requisição dela mesma, foi levada de
23 Neverland ao salão. Ela ficou fora por três horas.
24 Ela foi deixada sozinha no salão. Ela ficou lá
25 por mais de uma hora recebendo um tratamento, quando ela
26 diz que ela estava em cárcere privado e não podia se comunicar
27 com ninguém. Isso é que é significante e
28 isso é um absurdo.

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1 Nesse dia particular, algumas coisas muito estranhas
2 aconteceram. O namorado dela e agora marido, como eu mencionei, era 3 o Major Jay Jackson, que está na Reserva do Exército
4 e ele estava recebendo aproximadamente $8,000
5 por mês, quando ela estava aceitando ajuda do governo. E ele estava
6 permitindo que ela depositasse os cheques de benefício dela na conta
7 dele. E como eu disse a vocês ontem, ela não estava declarando
8 nenhuma ajuda ou apoio dele em nenhuma das requisições dela
9 por assistência pública, as quais estavam sob
10 juramento.
11 Nesse dia particular, o Major Jay Jackson falou com ela
12 ao telefone e algo estranho aconteceu.
13 Entre a depilação corporal e quaisquer coisas que ela estava fazendo
14 em Neverland, ela alega e ele alega que ela disse que tinha problemas
15 em Neverland e que ele chamasse o
16 9-1-1. Mas quando ele disse a ela que ele
17 tinha chamado o 9-1-1, ela disse, “Eu não e estou com problemas. Nós
18 não precisamos do 9-1-1.”  Portanto a oportunidade de
19 chamar o 9-1-1, de chamr a polícia, de chamr a polícia
20 militar, sempre esteve lá. Ela disse que ela era mantida
21 afastada dessas pessoas durante esse cárcere
22 por alguns conspiradores que, ela alega, eram 
23 comandados por Michael Jackson. E isso é falso.
24 Nessa nota, nós provaremos para vocês, senhoras e
25 senhores, que durante o período que ela diz
26 que estava em cárcere, ela tinha acesso ao Departamento de Polícia
27 de Loas Angeles e estava, na verdade, em contato com oficiais do
28 Departamento de polícia de Los Angeles

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1 com quem ela estava associada e nunca
2 levantou uma questão sobre cárcere. Ela estava em contato
3 com o Major Jay Jackson, quem também tinha
4 acesso à polícia militar e nenhuma reclamação foi
5 feita.
6 Ela foi a um prédio federal em Los
7 Angeles para tirar passaporte para uma viagem ao Brasil.
8 Esse prédio federal estava lotado de empregados federais e
9 agentes federais. Ninguém foi informado que havia
10 um problema.
11 Ela tinha acesso ao Departamento de Serviços às Crianças
12 & à Família de, porque eles a entrevistaram, quando ela
13 estava na casa de Jay Jackson.
14 Ela reclamou, “Nós estamos encarcerados. Nós fomos sequestrados.
15Nós estamos sendo pressionado. Nós estamos sendo
16 defraudados. Meus filhos estão em risco”. Não,
17 nunca.
18 Tudo isso durante o período que o promotor
19 diz que a família estava sequestrada, encarcerada, que as
20 crianças estavam sendo feridas, et.
21 cetera.
22 Eu disse a vocês ontem que Michael Jackson
23 completamente nega essas alegações de abuso.
24Elas são falsas.
24 Agora, o promotor disse a vocês que o Sra. Arvizo
26 e os filhos dela virão e dirão que houve abuso.
27 Eles deram a vocês esta discussão indecente sobre masturbação
28 e coisas assim. Bem, senhoras

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1 e senhores do júri, os delegados de Santa Barbara
2 invadiram Neverland. Aproximadamente 70
3 oficiais estavam presentes...
4 SR. SNEDDON: Desculpe-me, Advogado. Eu vou objetar isso
5 como argumentativo.
6 THE COURT: Sustentado.
7 SR. MESEREAU: Senhoras e senhores, o DNA das crianças
8 Arvizo nunca foi encontrado no quarto do Sr.
9 Jackson depois da busca e testes.
10 O DNA deles não estava lá. Porque as acusações abuso sexual
11 são ficção.
12 Eu mencionei ontem que o Sr. Jackson
13 possui aproximadamente um milhão de livros. Ele possui, mas eu
14 penso que eu posse ter sugerido que eles estavam todos na casa
15 dele. Na verdade, muitos deles estão em um depósito. Portanto
16 eu quero ter certeza de que deixei isso claro. Mas ele é um leitor
17 voraz e um colecionador de livros.
18 Eu também indiquei que os promotores
19 inicialmente ajuizaram uma Acusação contra o Sr. Jackson
20 alegando que esse abuso tinha ocorrido, baseado no que
21 os Arvizos disseram a eles, de os Arvizos
22 fazerem o vídeo rebutal elogiando Michael Jackson dizendo que ele
23 nunca fez nada de errado. E vocês virão isso no julgamento.
24 E também antes de eles serem entrevistados pelo
25Departamento de Serviços às Crianças e à Família de Los Angeles,
26 quando eles repetiram as absolutas negações deles de que ele tivesse
27 alguma vez feito algo errado. Eles não fizeram nada além de elogiá-lo
28 até o máximo.

181


1 E o que eu disse a vocês foi depois que a realidade
2 dessas declarações foi estabelecida, o promotor mudou
3 as datas dos alegados abusos sexuais e agora eles supostamente
4 ocorreram depois daquelas entrevistas.
5 e como eu disse a vocês, esse era o tempo quando a mídia
6 e o Sr. Sneddon está investigado, e
7 todo mundo está falando sobre o documentário de Bashir,
8 e s redes de T.V. estão vindo para ver se elas podem
9 fazer um vídeo de refutação. Esse é momento
10 quando eles estão alegando que esses atos de abuso sexual
11 ocorreram. Não ocorreram.
12 Agora, Sr. Sneddon, o promotor, disse a vocês
13 “Janet Arvizo não quer dinheiro. Ela não está
14 fazendo isso por dinheiro.”
15 Bem, nós provaremos para vocês o seguinte:
16 Como eu disse ontem, quando ela alegadamente soube
17 sobre essas acusações de abuso sexual, ela não foi à
18 policia, ela foi a um advogado. E eu acabei de mencionar a vocês que
19 que ela estava em contato com vários membros
20 do Departamento de Polícia de Los Angeles durante esse período
21 do chamado cárcere privado, neste período da dita
22 conspiração por Michael Jackson e os
23 associados dele.
24 Um desses oficiais de polícia irá testemunhar
25 que Janet disse a ele, “Algo grande está acontecendo,
26 e eu tenho um advogado.” Isso é o número um.
27 Número dois, como eu disse a vocês ontem, ela
28 percebeu em certo ponto que ir a um advogado primeiro

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1 não parecia muito bom. E foi quando ela começou
2 a alegar que ela soube sobre isso através da polícia
2 não dos advogados. O problema é que os advogados é que
3 eventualmente foram à polícia. Portanto
5 vocês terão que considerar isso.
6 Janet Arvizo disse aos delegados de Santa Barbara
7 em umas das entrevistas, “Vocês sabem, meus filhos têm até
8 a idade de 18 anos para ajuizar um processo civil.” E ela estava certa,
9 porque alguém menor de idade que tem uma
10 queixa não está preso ao chamado estado de limitações
11 como adultos estão.
12 Um estado de limitações, como muitos de vocês sabem, é um
3 certo período de tempo no qual você tem que ajuizar se você
14 tem uma reclamação ou suas reclamações prescrevem. Elas
15 prescrevem, porque eles não querem… basicamente a lei diz que
16 as pessoas não podem ficar por aí sentadas para sempre
17 esperando para ajuizar reclamações ou todo o sistema
18 seria caótico.
19 Portanto o estado de limitações é definido pela
20 legislação. E ela deu períodos
21 de tempo durante o qual alguém pode processar.
22 para os filhos dela, as alegadas vítimas de abuso sexual
23, eles terão ate os 18 anos de idade. E ela disse isso
24 aos policiais, assim como ela disse aos policiais que ela
25 tinha contratado um advogado. Por que ela disse isso aos
26 policiais. E por que nas entrevistas dela com a polícia, como iremos
27 provar, ela disse repetidamente que, “Eu preciso de dinheiro, eu quero
28 dinheiro”, ou palavras do tipo.

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1 Senhoras e senhores, nós provaremos para vocês para vocês o
2 relacionamento entre um processo criminal e uma reclamação
3 reclamação civil por danos baseiam-se no mesmo tipo
4 de alegada conduta. A qual eu estou me referindo. Eu
5 penso que alguns de vocês já sabem disso, mas nós
6 provaremos isso a vocês de qualquer forma
7 Aqui está o que isso é: Há o que é chamado um
8 uma sobrecarga de prova em um caso criminal; ou seja,
9 você deve provar, além de uma dúvida razoável, que as
10 alegações são verdadeiras e que o acusado
11 é culpado.
12 Em um caso civil o que é chamado de sobrecarga da
13 prova é mais branda. É mais fácil. É chamado preponderância
14 da evidência.
15 SR. SNEDDON: Meritíssimo, eu vou
16 objetar isso.
17 O TRIBUNAL: Sustentado.
18 SR. MESEREAU: Senhoras e senhores, nós provaremos
19 que Janet e os filhos dela estão usando este caso
20 para ganhar um caso civil.
21 SR. SNEDDON: Meritíssimo, eu vou
22 objetar a isso como argumentativo.
23 O Tribunal: Sustentado.
24 SR. MESEREAU: Nós também iremos provar que
25 o advogado Larry Feldman, que o promotor
26 reconhece que processou o Sr. Jackson tempos atrás, um
27 advogado muito famoso em Beverly Hills, Califórnia,
28 nós provaremos a vocês que esse advogado estava

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1 almoçando com o apresentador do talk show da CNN, Larry King, e
2 disse: “Ela quer dinheiro.”
3 Senhoras e senhores, o promotor
4 ontem que os atos de abuso sexual ocorreram
5 durante certas datas. Nós provaremos para vocês que
6 a maioria dessas datas, não todas elas, mas a maioria delas,
7 Michael Jackson nem mesmo estava perto de Neverland.
8 Com base em nossas investigações, nós podemos encontras quatro
9 aproximadas datas onde ele estava em Neverland. Mas muitas
10 dessas datas que vocês ouviram o promotor identificar,
11 ele não estava nem preto do lugar.
12 Agora, senhoras e senhores, eu gostaria de dizer a vocês
13 um pouco sobre essas alegações de conspiração
14 particularmente, como elas se relacionam aos
15 ditos co-conspiradores que o Sr. Jackson está
16, supostamente, aliado, com o proposito de
17 cometer crimes.
18 A primeira coisa que vocês precisam saber é que
19 eles estão dizendo que o Sr. Jackson cometeu crimes
20 por concordar que outros cometessem crimes, os ditos
21 co-conspiradores. E o promotor identificou quem
22 esses conspiradores supostamente são. E,
23 na verdade, nos documentos de indiciamento, o juiz Melville
24 leu para vocês os nomes. Schaffel, Dieter, Konitzer,
25 Cascio, Amen. Vocês sabem que nenhum deles foi acusado.
26 Vocês sabem que o único que eles acusam
27 de conspiração é Michael Jackson.
28 SR. SNEDDON: Meritíssimo, eu vou

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1 objetar isso como argumentativo.
2 O TRIBUANAL: Advogado, isso é mesmo… o jeito que
3 você está dizendo o que você está dizendo é argumentativa
4 forma de…você não está dizendo, “Nós iremos provar isto,
5 nós iremos provar aquilo.”
6 SR. MESEREAU: Okay. Obrigado, Meritíssimo.
7 Nós provaremos para vocês que nenhum desses ditos
8 co-conspiradores foram acusados de  nenhum crime.
9 O único que o governo tem apontado é
10 o Sr. Jackson, quando surgem com essas
11 alegações de conspiração.
12 Como eu disse para vocês ontem, o Sr. Jackson tem
13 um certo estilo de vida e presença que atrai todo o tipo
14 de pessoas, continuamente, que procuram
15 lucrar às crustas dele. É um problema permanente.
16 É uma questão permanente. Ele é um dos mega stars mias famosos
17 do mundo. Ele é conhecido com um gênio musical.
18 um dos maiores do mundo. E ele é conhecido
19 no mundo todo, como alguém que fez muito dinheiro.
20 Essa é a reputação pela qual as pessoas vêm até ele
21 e elas querem tirar lucro disso.
22 E vocês podem adivinhar os personagens que
23 surgem tentando conseguir se infiltrar com
24 uma ideia. Uma ideia para um concerto...
25 MR. SNEDDON: Meritíssimo, eu vou objetar a isso
26 como argumentativo de novo.
27 SR. MESEREAU: Eu irei... Eu mudarei isso,
28 meritíssimo.

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1 O TRIBUNAL: Reformule isso.
2 SR. MESEREAU: Nós provaremos a vocês que
3 o Sr. Jackson, em razão da presença dele em todo o
4 mundo, na indústria da música, continuamente atrai
5 pessoas que procuram por lucro.
6 Nós provaremos para vocês, senhoras e senhores, que isso
7 criou um problema na vida dele. E aqui está
8 o problema, que nós provaremos para vocês que existe: o Senhor
9 Jackson é um artista.  Isso é o que o trabalho primordial dele é
10 Ele é um artista. Ele é chamado de gênio musical.
11 Ele é uma pessoa criativa que dança para um criativo
12 baterista.
13 O Sr. Jackson foi entrevistado pelo Sr. Bashir
14 sobre como ele vive, como ele se sente e como ele trabalha.
15 E entre outras coisas, ele respondeu às perguntas do Sr. Bashir
16 durante essas linhas. Ele disse “Eu tenho que ser inspirado.
17 Eu não posso acordar cada dia e dizer, ‘Você sabe,
18 hoje eu tenho um objetivo. Eu vou criar música.
19 Eu viu criar coreografia. Eu vou criar um
20 vídeo. Eu vou enviar a mensagem.
21 eu vou traduzir isto em música e coreografia.
22 Isso é o que eu farei hoje. ’”
23 ele disse ao Sr. Bashir, “Eu não posso fazer isso.
24 Não funciona assim. Eu tenho que estar inspirado.
25 Eu não sei quando eu estrarei inspirado. Eu tenho
26 que estar aberto á inspiração para fazer
27 o tipo de trabalho que eu faço.” E para fazer isso, ele tem que
28 viver de certa forma.

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1 Por exemplo, o Sr. Bashir expressou surpresa
2 quando ele disse a ele: "Eu tenho uma árvore na minha propriedade.
3 e muitas vezes eu subo e me sento na árvore
4 sozinho. E eu estou tranquilo e estou quieto e eu
5 medito. Muitas vezes Deus me dá esta faísca criativa
6 que eu preciso para fazer o trabalho no qual eu sou excelente."
7 Vamos provar para vocês que o Sr. Jackson,
8 muitas vezes, acorda às 3:00 da manhã em Neverland.
9 Ele vai sair de casa dele sozinho e vai
10 dar um passeio sozinho, sob as estrelas, sob a lua,
11 sob o céu. Vai meditar à própria maneira, e
12 espera que as ideias e inspiração venham.
13 E ele sempre diz que quando se trata de dançar ou
14 músicas, "Eu não posso pensar meu caminho para o resultado. Isso tem 15 que vir a mim, e eu tenho que sentir isso. "
16 Este é estilo de vida dele, vamos provar. E
17 um dos problemas que vamos provar é que se
18 você vai ser aquele tipo de gênio criativo,
19 nem sempre sobra tempo para se sentar com
20 advogados e contadores e consultores de negócios em uma
21 base regular. Na verdade, ele já disse, "Quando eu passo
22 mais tempo nessas áreas, eu crio menos. "
23 O que isso significa, senhoras e senhores?
24 Isso significa que ele é vulnerável a ser aproveitado
25 Jurídica e financeiramente. E vamos ter testemunhas
26 que dirão a vocês que observaram documentos ser apresentados
27 a ele e ele assiná-los sem ler.
28 Esses tipos de comportamento... E esse tipo de comportamento

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1 tem causado problemas no passado para ele. Mas ele é
2 um espírito criativo e ele tem que viver do jeito que
3 ele vive. E ele não vive como um criminoso,
4 como eles disseram a você.
5 Em um ponto, vários indivíduos que se aproximaram dele
6 foram capazes de ficar cara a cara com ele
7 e convencê-lo de que eles poderiam ajudá-lo
8 com os negócios dele. É claro que isso tem acontecido
9 há anos. Isso tem acontecido, nós provaremos para vocês,
10 desde que ele era criança. Porque ele começou a performar
11 aos cinco anos de idade. E aos oito anos de idade
12 foi reconhecido pela genialidade dele e o talento dele.
13 É uma idade muito precoce.
14 E ele, e a família dele, estavam trabalhando
15 com um estúdio como a Motown, onde eles fizeram muito
16 sucesso. E como parte dos negócios de música, eles
17 foram informados, “Nós temos publicidades, pessoas da imprensa,
18 agentes, empresários. Eles dirão a vocês o que dizer.
19 Imagem é negócios. Imagem é fundamental. Você não pode
20 apenas sair e livremente discutir seus sentimentos,
21 sua vida, o que você quer fazer, o que você gosta ou não gosta.
22 Nós diremos a você o que dizer e você
23 dirá isso.”
24 E coisas como hábitos pessoas, medos particulares
25 idiossincrasias, eram ocultadas,
26 porque, depois de tudo, isso era um grande negócio.
27 Vocês escutaram os nomes Konitzer e Dieter.
28 Eles chegaram e ele alegaram que eles iriam

189

1ajudar a resgatar Michael Jackson deste mundo de
2 charlatães e aproveitadores e, seriam muito úteis
3 com uma mão no bolso dele.
4 Eles também revelaram quem eles eram durante o curso da
5 experiências dele com eles. O promotor
6 quer que vocês acreditem que o Sr. Jackson estava de alguma forma
7 envolvido com essas pessoas diariamente, obtendo todo tipo de
8 informação dele e  sabia tudo
9 que eles estavam fazendo. Ele não sabia.
10 SR. SNEDDON: Meritíssimo, eu vou objetar a isso
11 como argumentativo.
12 O Tribunal: Superado.
13 SR. MESEREAU: Ele não sabia. Isso é o que
14 Dieter e Konitzer estavam planejando fazer em relação
15 ao Sr. Jackson: Agora, por causa do envolvimento dele, referindo-se a 16 Michael Jackson, Michael é um artista
17 e não um homem de negócios. Ele não gosta de
18 negócios. Ele não se importa com formalidades,
19 proper procedures, detailed briefings, et cetera.
20 Qualquer um desses elementos mata a energia criativa dele.
21 Ele que ficar for a disso. Esta é a razão pela qual
22 ele nos deu uma extensiva procuração.
23 Vocês sabem o que é uma procuração, senhoras e senhores
24 Eu tenho certeza que alguns de vocês sabem.
25 Talvez todos vocês saibam.  Isso dá a alguém poderes para
26 assinar em seus negócios e representá-lo,
27 e assinar coisas e fazer coisas de um ponto de vista
28 legal. É um ato muito sério, quando você

 190

1 dar a alguém uma procuração. Mas eles receberam uma de
2 Michael.
3 Eles disseram mais, “A intenção dele era
4 definitivamente não ser preocupado com assinaturas aqui
5 e ali, todos os dias, e com encontros pessoais
6 com todos e cada um dos membros do time dele. Nós
7 percebemos que alguém poderia se sentir insultado, mas não
8 é pessoal. Assinaturas e reuniões com Michael,
9 em geral, não acontecerão. Apenas em casos
10 muito especiais, excepcionais, serão realizadas.”
11 Nós provaremos a vocês que esses ditos
12 consultores de negócios fizeram um concentrado esforço de manter
13 Michael Jackson alheio a muito do que eles estavam
14 tentando fazer em nome dele e controlar
15 os negócios dele, particularmente os negócios musicais.
16 Em janeiro de 2003, isto foi o quem um deles
17 escreveu: “Sim, eu e o senhor Weizner, quem você irá conhecer
18 em Las Vegas, estamos autorizados a engajar você. Nós
19 devemos ganhar controle financeiro dos negócios, gravações,
20 documentos, acordos e também operações, tudo
21 que pertença a Michael Jackson que esteja no
22 controle possessório deles.”
23 Eles identificaram duas fazes das atividades que eles
24 eles iriam buscar: Um, assumir o controle. Dois, operação
25 limpeza, eliminar antigos negócios. E eles disseram que
26 eles ririam criar o que eles chamavam: “O
27 Universo de Michael Jackson.” Esse era o propósito
28 deles, administrar e controlar todos os negócios de Michael

191


1 Jackson, enquanto ele gastava o tempo dele criando
2 e escrevendo e coreografando e as coisas que ele
3 adora fazer.
4 Nós provaremos para vocês que, diferentemente do que foi dito
5 a vocês, ele não sabia muitas coisas que eles
6 estavam fazendo, porque eles quiseram que ele não soubesse
7 o que eles estavam fazendo. E eles não estavam contando a ele muito
8 do que estava acontecendo.
9 Nós provaremos para vocês também que um advogado
10 chamado David LeGrand foi, em um momento, mantido para
11 ajudar o Sr. Jackson. David LeGrand tem sido um
12 procurador de valores imobiliários. Como um procurador
13 de valores imobiliários, nós provaremos que ele
14 pegava pessoa por financeiros, 15fraudes acionárias, seguindo procedimentos adequados e divulgando
16 se você estava vendendo ações ou títulos.
17Coisas desse tipo.
18 David LeGrand começou a farejar que algo estava errado
9 e ele confrontou Dieter e Konitzer
20 com as suspeitas dele, até mesmo escreveu para eles dizendo:
21 “Por que vocês estão retirando dinheiro. Quem disse para
22 Vocês fazerem isso. Quem deu permissão. Para onde o dinheiro
23 está indo. O que vocês estão fazendo com o dinheiro.”
24 Eles, então, foram capazes de convencer Michael
25 Jackson a demitir LeGrand. Mas antes que isso acontecesse,
26 David LeGrand iniciou uma investigação dentro das atividades
27 desses alegados co-conspiradores, Dieter,
28 Konitzer, Schaffel e outros.

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