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Frozen in Time - Lendo nas entrelinhas do discurso de Larry Feldman: A Quinta Emenda da Constituição Americana


Lendo nas entrelinhas do discurso Larry Feldman - A história de muitos advogados e a Quinta Emenda. parte 3




Traduzido e aditado por Daniela Ferreira



Difunda esta informação, por favor!

Estamos discutindo o discurso de Larry Feldman no Seminário Frozen In Time (15/09/2010) tentando recuperar a história do jeito que realmente era. O post de hoje vai olhar para o momento crucial do caso de 1993. Isso começa com uma declaração curta e inocente de Larry Feldman de que o primeiro advogado de defesa para Michael Jackson foi substituído por dois novos.

A História de muitos advogados a Quinta Emenda



 Larry Feldman:

“E originalmente Michael Jackson em um caso foi defendido por Bert Fields e Howard Wietzman, e depois, Bert foi substituído  e Johnnie Cochran e Carl Douglas tornaram-se os advogados principais para Michael Jackson.”

A julgar pelo artigo do LA Times, a substituição de Bert Fields  e do investigador particular Anthony Pellicano por Cochran  deve ter ocorrido no início de dezembro de 1993, quando Michael ainda estava em tratamento em uma clínica de reabilitação na Europa.

O LA Times datado de 10/12/1993 diz:

“Johnnie Cochran Jr., advogado de Los Angeles e ex-promotor distrital recentemente entrou para a equipe legal de Jackson.”



Outro artigo menciona algumas razões para a remodelação que nos confundi mais do que esclarece:

“O detetive particular Anthony Pellicano e o advogado Bertram Fields da equipe de assessores jurídicos de Jackson, demitiram-se em particular nas últimas semanas.

‘Juro por meus filhos esta decisão não foi de Michael Jackson’, Pellicano disse em uma entrevista terça-feira. ‘Foi minha decisão única. Se eu quisesse, eu poderia estar trabalhando com o caso hoje.’

Em um comunicado divulgado por seu escritório, Fields disse que ele havia renunciado em, 23 de novembro, e que tinha posto a demissão, por escrito, 3 de dezembro. ‘Ele não fez nenhum anúncio público disso’, disse o comunicado. ‘Ele sentiu que… não era adequado anunciar publicamente isso. ‘

As partidas de Pellicano Fields livram Jackson de dois homens cujo trabalho tinha desenhado críticas mistas, e sua ausência deixa o cantor nas mãos de dois dos mais conhecidos advogados de Los Angeles, Howard Weitzman e Johnnie Cochran Jr.

Weitzman tem representado Jackson desde que as acusações de abuso sexual infantil surgiram em agosto. Cochran foi trazido para o caso depois que Fields anunciou no tribunal um dia que o indiciamento de seu cliente parecia iminente.

Esses comentários foram mais tarde corrigidos por Weitzman, mas antagonizou alguns membros da equipe de Jackson, e Fields nunca mais apareceu no tribunal em nome de Jackson.

Fields fez as declarações em 23 de novembro, mesmo dia em que seu escritório disse que ele contou a Jackson da sua intenção de renunciar.


A substituição de um advogado por outro, porque ele disse algo sobre possíveis acusações contra seu cliente não parece com uma mera questão técnica para mim, parece negócio sério demais para ser desprezado. A menos que entendamos que razões forçou o advogado de defesa Bert Fields a fazer tal declaração sobre o caso, não seremos capazes de entender o que o caso de 1993. Portanto vamos olhar para isso passo a passo.


















Bert Fields


Bert Fields tinha tanta certeza da inocência de Michael que lutou para que ação civil fosse suspensa até que a ação pena tivesse lugar. "Eles tinham um caso muito fraco. Nós queríamos lutar”, disse Fields.  "Michael queria lutar e passar por um julgamento. Nós sentíamos que poderíamos ganhar."

Por que o processo civil deveria ser suspenso?

É muito simples. Explico:

Em um processo civil há maior liberdade de movimentos, e isso pode prejudicar a defesa do réu no processo criminal. Além disso, para se defender na ação civil, o réu teria que revelar informações necessárias para a defesa dele no processo criminal, revelar a estratégia de defesa que seria usado em um processo criminal referente às mesmas alegações. Assim, seria como ir a um jogo com as cartas já reveladas. No caso específico de Michael Jackson, os promotores Gil Garcetti e Tom Sneddon já haviam declarado que esperariam pelo processo civil, para ver se algo surgiria dali, uma vez que a massiva investigação policial não resultou em nada.

Ou seja, os promotores estavam aguardando que o processo civil (milagrosamente) desse a eles uma mísera evidência para indiciar Michael Jackson, ao passo que saberiam de antemão a defesa dele. (Você percebe a importância de guardar os argumentos de defesa quando você se recorda de que no caso Arvizo, o advogado Mark Geragos revelou o álibi de Michael – não estar em Neverland na data dos supostos abusos – antes da hora e isso levou Sneddon a alterar a data, com isso, Michael foi indiciado por ter, supostamente, cometido o abuso em determinada data, mas acabou sendo julgado sob a acusação de tê-lo cometido em data absolutamente diversa.).

Diante disso, é assegurado ao réu o direito à suspensão do processo civil até decisão na esfera criminal e esse direito, na lei Americana, é assegurado pela Quinta Emenda Constitucional. E foi isso que Bert Fields alegou ao pedir a suspensão: que o direito de Michael à Quinta Emenda fosse assegurado, suspendendo-se o processo civil por até seis anos (prazo prescricional para que a promotoria conseguisse um indiciamento).

Vencendo o processo criminal, eles iriam para cima dos Chandlers com toda a força e Bert Fields acreditava na vitória, pois ele acreditava na inocência de Michael.

A primeira vez que realmente ouvimos o advogado de defesa de Michael, Bert Fields, foi no final de novembro de 1993, quando o caso, que ele estava defendendo com o parceiro de Howard Weitzman foi seriamente abalado por um grande revés – eles não conseguiram colocar o processo penal antes da ação civil. Esse era o direito do cliente Michael Jackson pelo qual o advogado Bert Fields estava lutando desesperadamente desde outubro de 1993.

A decisão do juiz foi a favor dos Chandlers (o advogado Larry Feldman pediu pela não suspensão do processo civil alegando que Jordan poderia esquecer os “detalhes”) que fundamento a decisão dizendo que considerava “o estado frágil da criança mais importante que o direito do réu à Quinta Emenda”.

Permitam-me dizer que o argumento de Feldman foi descarado e a decisão do juiz absurda. Se havia o risco de Jordan Chandler esquecer os detalhes que ele relatou com tanta frieza e tranquilidade a Dr. Mathis Abrams e Dr., Richard Garner, bastaria colher o testemunho juramentado imediatamente para preservar a prova. Essa providência é amplamente conhecida no meio jurídico como “produção antecipada de provas” e é uma medida corriqueira.

A decisão errada do juiz deixou Fields muito frustrado.

“Com duas investigações acontecendo simultaneamente, fontes na comunidade legal de Los Angeles, dizem que Jackson é suposto estar gastando cerca de US $ 100.000 por semana com a defesa dele. Até agora, porém, ele perdeu várias rodadas chaves no tribunal – não conseguiu vencer um  pedido de suspensão do processo civil (pela primeira equipe de advogados de defesa) e perder uma tentativa de impedir Feldman de dar informação ao Ministério Público que está buscando possível acusação criminal (pela segunda equipe de advogados de defesa).”



A imprensa, mais uma vez, distorceu a verdade dizendo que Fields tinha pedido a suspensão do processo civil por seis anos porque Michael temia o julgamento.

Deixe-me, mais uma vez, esclarecer aqui que nos Estados Unidos as ações civis com pedido de indenização também vão a julgamento popular. Sendo assim, ao pedir suspensão do processo civil, Michael estaria, na opinião da imprensa, com medo de enfrentar um julgamento na esfera civil que o máximo que poderia lhe acarretar seria a perda de alguns milhões, enquanto que não temia o julgamento criminal, que poderia lhe tirar a liberdade.

Jornalistas raciocinam?

Pedir que o processo criminal corresse antes demonstra a total confiança de Fields na inocência de Michael e a certeza de que haveria uma absolvição, o que poderia fazer coisa julgada no civil, também.

Se você não entendeu, farei uma breve explicação:

Diz-se coisa julgada quando uma matéria já foi decidida e não cabe mais discussão. Uma decisão na esfera criminal pode fazer coisa julgada no civil, ou seja, a matéria não poderá ser discutida no civil, novamente. Isso ocorre quando o réu é condenado (no processo criminal) e assim só cabeira a necessidade de pedir (no civil), o valor da indenização. Quando o réu é absolvido (no criminal) porque o júri chegou à conclusão de que ou ele não é autor do crime ou que crime algum ocorreu. Assim, não há possibilidade de pedir nada no civil. Mas quando a absolvição é por falta de provas não faz coisa julgada no civil.

Fields acreditava na absolvição produzindo coisa julgada e assim, aniquilando qualquer chance dos Chandlers arrancar dinheiro de Michael. E o advogado dos Chandlers acreditava no mesmo, uma vez que ele lutou com todas as forças para impedir a suspensão do processo civil.

A decisão errada do juiz foi fundamental para o desfecho do caso. Tivesse ele decido pela suspensão, o processo criminal teria ficado suspenso a até o prazo prescricional (é o que podemos concluir, pois os dois Grandes Juris decidiram por não indiciar Michael) e sem a ameaça de um prejuízo na defesa do processo criminal, o time de defesa de Michael enfrentariam o processo civil com toda a força, inclusive rescindindo o contrato com a seguradora para que ela não interviesse e liquidasse o caso. E nunca teríamos ouvido falar a palavra acordo.

The King of Pop Darkest Hour, p.68, 1994:

 “O juiz do Tribunal Superior,  David M. Rothman, em 23 de novembro de 1993, negou um pedido apresentado pelos advogados de Michael para adiar a ação civil até que os processos penais fossem concluídos.

... Bert Fields afirmou que Michael queria testemunhar e limpar o nome dele no processo penal antes do julgamento civil. Rothman mandou Michael dar um depoimento, no caso, até 31 de janeiro de 1994.”


O LA Times de 04 de dezembro de 1993 diz:

“Michael Jackson concordou em ser deposto 18 de janeiro sobre as alegações de que ele molestou sexualmente um menino de 13 anos de idade, os advogados de ambos os lados do caso disseram sexta-feira.”

“Os advogados de Jackson disseram que ele está ansioso para contar o lado dele na história, sob juramento, mas eles também alertaram que eles podem se opor aos esforços para levar Jackson à deposição [em um processo civil] se acusações criminais forem ajuizadas contra o artista ou ainda estão considerando a data para o depoimento dele chegar.”

“Em uma audiência no mês passado, o juiz da Corte Superior, David Rothman, ordenou a deposição de Jackson [em um processo civil] agendado antes do final de janeiro. Mas Rothman também observou que ele poderia reconsiderar essa decisão, se Jackson for indiciado por acusações criminais.”

“Bertram Fields, um dos advogados de Jackson, disse, sexta-feira, que o artista pode solicitar uma alteração na data de deposição, se houver alterações significativas no estado da investigação criminal antes do final de Janeiro [indiciamento]. "Se as coisas mudam no caso criminal, nós  reconsideremos toda a questão do processo civil. Queremos que o processo criminal ocorra primeiro.”



Na declaração do Fields, acima, fica claro que ele não queria que Michael prejudicasse a defesa dele ao dar testemunho no processo civil antes do criminal.

Agora vamos voltar a Feldman:

Sim, [foi] um acordo totalmente voluntário. Para colocá-lo em contexto, no ponto em que o caso foi resolvido, uma grande quantidade de testemunhas tinha sido deposta, mas Michael Jackson não tinha sido deposto, e em algum ponto no tempo Michael Jackson ia ter de decidir se ele ia reclamar a quinta Emenda, o que ele não fez, ou se ele ia nos deixar depô-lo. E havia um monte de manobras processuais pela defesa para tentar manter essa decisão de fora. E, como essa decisão e os seus movimentos não foram capazes de realizar o que eles queriam, que era nunca ter Michael Jackson reclamando a Quinta Emenda.

O que? A defesa não queria reclamar a Quinta Emenda? Mas era justamente o que a defesa estava fazendo, reclamando o direito à Quinta Emenda, ou seja, a de um processo justo, o que significa que o processo civil não devia ocorrer antes do criminal!

Foi isso que você pensou? Calma, deixe-me explicar mais uma coisinha:

A Constituição americana é muito sucinta. Basicamente estabelece princípios. Assim sendo, a famosa Quinta Emenda, aqui nosso ponto chave, firma o princípio de que o réu tem direito a um julgamento justo e isso se desdobra em vários direitos: o de não se auto incriminar, ou de não ser forçado a testemunhar sobre algo que pode incriminá-lo, o de ter o processo civil suspenso até decisão criminal para que não seja submetido a dois julgamentos, etc.

Dessa forma, os advogados de Michael reclamavam o direito à Quinta Emenda no que diz respeito à suspensão do processo civil. Mas não queriam reclamá-la do que se refere ao direito de não testemunhar e isso que Feldman está falando  na parte citada acima.

E por quê?

Bem, é preciso que você entenda as diferenças entre os processos criminais e civis no direito americano.

O réu não pode ser forçado a testemunhar em ambos os processo, ou seja, ele pode reclamar a Quinta Emenda nas duas esferas. Porém, arguir a Quinta Emenda no processo civil tem consequências diferentes da mesma arguição no processo criminal. E isso foi fundamental no caso.

No processo criminal, a inocência é presumida é o réu não precisa provar nada, quem tem o ônus da prova é a acusação, por isso, reclamar o direito de não testemunhar no processo criminal não prejudica o réu, pois a recusa em dar testemunho não pode ter tomada contra ele.

Por outro lado, no processo civil americano, o júri pode condenar o réu sem que haja prova cabal da culpa dele, mas havendo mera possibilidade de culpa, assim, há necessidade de que o réu afaste essa “possibilidade” de culpa. Por essa razão, a recusa do réu em testemunhar pode ser tomada como argumento contra ele.

Vamos fazer um paralelo com o direito brasileiro para que entendam melhor:

Em uma ação de investigação de paternidade, o réu (suposto pai) não é forçado a fornecer o material genético para realização do exame de DNA, mas a recusa pesa contra ele, pois há o entendimento de que, embora a prova caiba ao autor, ao recusar fornecer o material que possibilite a produção da prova o réu estaria, de certa forma, admitindo a possibilidade de ser “culpado” e assim, a recusa pesa contra ele.

Este era o quadro em que Michael Jackson se encontrava em 1993. Ele poderia arguir a Quinta Emenda (no processo civil) para não ter de testemunhar – e ver isso  ser tomado contra ele – ou simplesmente testemunhar e se prejudicar, no caso de ocorrer um indiciamento, pois teria fornecido informações para a promotoria manipular e usar contra ele.

Por isso, a melhor saída era pedir a suspensão do processo civil, o que, infelizmente, não deu certo, pois o juiz negou o pedido.


Larry Feldman:

A defesa, com todo o respeito a eles, tinha que se preocupar não apenas em defender Michael Jackson em tribunal civil, mas o mais importante é que eles sabiam que havia um processo criminal por trás do processo civil, e eles tinham que defendê-lo e se preocupar com os direitos dele à Quinta Emenda.

Sim, exatamente isso, eles estavam em uma “sinuca de bico”. Se reclamassem o direito de não testemunhar para não prejudicar a defesa no processo criminal, automaticamente estariam prejudicando a defesa no processo civil.

Entendem, agora, a situação em que Michael se encontrava e a dificuldade que os advogados dele enfrentavam?

A recusa em testemunhar seria tomada como indício de culpa, no processo civil, pois, segundo as leias americanas, como o processo civil não sujeita o réu a penas privativas de liberdade, ele é obrigado a colaborar com a outra parte até mesmo para forma r provas contra ele!

Larry Feldman sabia que o prosseguimento do processo civil era extremamente favorável a ele e totalmente prejudicial a Michael. Era a situação se correr o bicho pega, se ficar o bicho come, pois se Michael falasse, prejudicaria a defesa dele em um possível processo criminal, se ficasse calado, assinaria sua sentença de culpa no civil.

Entendem agora que o processo civil estava perdido para Michael Jackson desde que o juiz negou a suspensão e que fazer um acordo (embora tenha sido a seguradora quem o efetuou) era o mais lógico?


Ele iria perder de qualquer forma!

Lawyer Robert D. Standler explica as régras do jogo




1. No direito civil, uma entidade privada (uma empresa ou pessoa física) entra com a ação e torna-se o autor. Em direito penal, a ação é sempre apresentada pelo governo, que é chamado “a promotoria”. (Antes de Larry Feldman, impetrou uma ação civil dois inquéritos criminais foram abertos pelo Promotor Distrital de LA, Gil Garcetti, e o Promotor Distrital de Santa Barbara, Tom Sneddon. No entanto, a ação civil foi empurrada para frente).

2. Em direito penal, o réu culpado é punido por uma prisão em uma cadeia ou na prisão, multa paga ao governo, ou execução do o réu (em casos excepcionais). Em contraste, um réu em processo civil nunca é preso e nunca executado. A parte vencida no processo civil apenas reembolsa o demandante pelos prejuízos causados ​​pela conduta do réu (por isso não poderia haver outro resultado no processo civil, em 1993, exceto o pagamento de dinheiro).

3. No litígio penal, o ônus da prova está sempre sobre o estado. O Estado deve provar que o réu é culpado. O réu é considerado inocente, o réu não precisa provar nada (e pode invocar a quinta emenda). Em litígio civil, o ônus da prova é inicialmente do requerente. No entanto, há uma série de situações técnicas em que a carga se desloca para o réu, que precisa refutar a prova do requerente (e ele não pode invocar a quinta emenda, sem prejuízo para si mesmo).

4. Em um caso civil, o réu deve estar disponível e cooperativo para depoimentos e testemunhos, como uma testemunha no julgamento. Na verdade, o réu em um processo civil no tribunal Federal deve fornecer voluntariamente o adversário dele uma cópia dos documentos “na posse, custódia ou controle, da parte, que são relevantes aos fatos controvertidos”. Além disso, o réu, em um processo civil, deve fornecer voluntariamente nomes das pessoas que são “susceptíveis de ter descoberto informações relevantes para fatos controvertidos”. Em outras palavras, o réu em um processo civil deve ajudar seu oponente a recolher provas que vai derrotar o réu.
O último ponto sobre a coleta de evidências para derrotar a si mesmo não é absolutamente fantástico?


5. O advogado diz: “Pode vir como uma surpresa saber que as proteções (que são dadas ao acusado pelo direito penal) não estão disponíveis em Direito Civil”.

Essas proteções incluem a proibição contra ser compelido à autoincriminação (Alteração 5), o direito a um julgamento rápido (Alteração 6) e o direito à assistência de advogados, que dá direito a um advogado que é pago pelo Estado, mesmo durante o interrogatório custódia pela polícia (Alteração 6). Muitas vezes há vários anos entre a apresentação de uma denúncia em um julgamento do caso civil. É muito para “julgamento rápido”. (Nenhum desses direitos são assegurados ao réu em um caso civil.)

6. Invocar essas alterações é considerado, no direito civil, como um prejuízo para o caso do réu. Por exemplo, “se uma das partes invoca o privilégio à Quinta Emenda contra a autoincriminação, o juiz irá instruir o júri de que eles podem fazer uma inferência adversa contra a parte que se recusou a testemunhar...”

Em um caso criminal, o réu pode se recusar a depor por completo, ou se recusar a responder a certas perguntas, e isso não pode ser usado contra ele na determinação da culpa. (Por exemplo, MJ não testemunhou em no julgamento criminal de 2005, e todos nós sabemos o desfecho desse caso!)

No entanto, nos julgamentos cíveis o réu deverá depor, ou então isso será usado contra ele. Agora, vamos dizer que MJ tivesse um julgamento civil em 1994. Se ele tivesse arguisse a quinta emenda (ou no banco das testemunhas, ou em depoimento), que é o que os advogados não queriam que ele fizesse, o júri poderia ter legalmente percebido isso como um sinal de culpa. Combine isso com o menor ônus da prova e as chances de MJ ser considerado responsável teriam aumentado exponencialmente.

Agora, e quanto a menor necessidade de prova? Bem, além de todo o exposto acima, verifica-se que para o júri apresentar um veredito de culpado em um processo civil, basta haver uma probabilidade de mais de 50% de negligência por parte do réu!

Robert Standler diz:

7. No litígio penal, o Estado deve provar que o réu satisfez cada elemento da definição legal do crime e a participação do réu “além de uma dúvida razoável”.  É difícil colocar um valor numérico válido sobre a probabilidade de que uma pessoa culpada realmente ter cometido o crime, mas as autoridades legais que atribuem um valor numérico geralmente dizem “pelo menos 98% ou 99%” de certeza da culpa.

Nos litígios civis, o autor ganha se a preponderância da evidência favorece o autor. Por exemplo, se o júri acredita que há mais de 50% de probabilidade de que o réu foi negligente em causar lesão ao queixoso, este ganha. Este é um padrão muito baixo, comparado ao direito penal – muito baixo padrão, especialmente, considerando que o réu pode ser condenado a pagar milhões de dólares para o autor.

Há um par de coisas boas sobre direito civil, contudo:

1) Em primeiro lugar, você pode comprar um seguro para cobrir todos os danos eventualmente resultantes de um processo civil (Ausência de seguro é sempre permitido em casos criminais!)

2) Em segundo lugar, se você não tiver o seguro e não quer pagar e tiver habilmente escondido seus bens , você não é obrigado a pagar  (isto é o que Victor Gutierrez fez quando o julgamento civil determinou que ele deveria pagar R $ 2, 7 milhões a Michael em compensação por calúnia).

Veja o que o advogado Robert Standler diz sobre isso:

8. Pode-se adquirir um seguro que vai pagar os danos e honorários advocatícios para créditos de responsabilidade civil. Cobertura de seguro E é uma parte padrão de políticas de seguro de proprietário, seguro de automóvel e seguros para as empresas. Por outro lado, não é possível que um réu compre seguro para pagar pelos atos criminosos dele.

(Lisa D. Campbell nomeou a Seguradora Transamerica como fornecedores do seguro por responsabilidade pessoal de Michael Jackson, em 1994, e disse sobre isso: “Um porta-voz da companhia de seguros disse que a alegação poderia ser revista, e se for considerada válida, ela pagaria.” Agora sabemos que eles cobriram as despesas.)

9. Enquanto um tribunal pode ordenar o réu a pagar uma indemnização, o requerente pode receber nada se o réu não tem bens e não tem seguro; ou se o réu é hábil em ocultar bens. Desta forma, grandes prêmios para os queixosos são muitas vezes uma ilusão.



Você vê que, com exceção dos dois últimos pontos – e o segundo, certamente, não se aplica a Michael – o processo civil era a pior opção para Michael, de qualquer maneira que você olhar para ele.

Se uma pessoa é inocente, permitir que a investigação criminal siga em primeiro lugar é uma coisa muito lógica a fazer e o fato de que o advogado de Michael, Bert Fields, tão desesperadamente tentou colocar um processo penal antes da ação civil é a melhor prova de que Michael era realmente inocente.

Será que uma pessoa culpada insistiria em um julgamento criminal se ele sabe que há um risco de que ele ser colocado atrás das grades?

Eles não tinham nada a temer e é por isso que a defesa ansiava por justiça. Ou, provavelmente, seria mais correto dizer que de outra forma – era a defesa que ansiava por justiça, enquanto que o acusador tinha medo dela, queria dinheiro e lutou com unhas e dentes por uma chance de substituir o processo criminal por um civil.

A versão maluca de “silenciar” alguém não prevalece aqui.

Se o crime é real, é a vítima quem quer levá-la ao tribunal, enquanto o outro lado toma medidas desesperadas para silenciá-la, oferecendo dinheiro (que a vítima pode ou não aceitar). No caso, o contrario aconteceu. Desde o início, Evan Chandler fez tudo o possível para extorquir dinheiro de Michael.

Mas se o crime é ficção e é uma extorsão, os eventos ocorrem na ordem inversa – a “vítima” exige dinheiro e é o acusado que quer justiça e insiste em ir à Justiça para limpar o bom nome dele lá – que é exatamente o que Michael Jackson e o advogado dele queriam fazer.

Bertram Fields afirmou claramente que “Queremos que o processo criminal ocorra primeiro.” (LA Times, 4/12/ 1993). No entanto, quanto mais Michael e a primeira equipe de advogados dele lutavam por isso, o mais forte se tornava a oposição do outro lado.

Isso me lembra de uma situação não menos ridícula, em 2004, quando o advogado de defesa, Thomas Mesereau, intimou Ray Chandler (veja aqui) que alegava possuir alguns documentos incriminadores contra Michael. Foi a defesa que lutou pelo direito de Ray Chandler – que acusou Michael de todo o tipo de coisas no livro “All That Glitters” – vir e provar as mentiras dele em tribunal, e foi o acusador que ficou morrendo de medo de ir e dar o o testemunho dele lá. Ou seja, mais uma vez foi o acusador que se recusou a enfrentar um júri criminal, não Michael.

Uma situação semelhante aconteceu em 1993. Assim como Thomas Mesereau, o advogado Bert Fields queria chamar o acusador, Jordan Chandler, e o pai dele a um tribunal e já estava preparado para o caso de Michael ser indiciado. E, assim como em 2004/05 nenhum deles estava disposto a ir. Ambos os advogados queriam interrogar os acusadores. E em ambos os casos os acusadores ficaram apavorados...



















Howard Witzman


Howard Weitzman demitiu Bert Fields e sobreviveu ao caso de 1993 até o acordo de pagamento.

Tão grande era o desejo de Bert Fields em adiar o processo civil e conseguir que o processo criminal ocorresse primeiro que, em uma audiência em 23 de novembro 1993, ele mencionou que o júri já havia sido convocado e traria acusações “muito, muito em breve”. Na atmosfera de histeria em massa na qual eles estavam a trabalhando, esta declaração de Bert Fields foi considerada pelo parceiro dele, Howard Weitzman, como realmente demais – especialmente desde que a informação recebida por Bert Fields do condado de Santa Barbara acabou por ser falsa. Como resultado desse anúncio, Bert Fields foi demitido.


“O advogado de Jackson, Bert Fields, soltou uma bomba durante a audiência de terça-feira, reivindicando que um grande júri de Santa Bárbara júri tinha sido convocado e estava perto de acusar o cliente dele.”

“‘Um grande júri convocado já no Condado de Santa Barbara e eles estão prestes a tomar o depoimento’, disse Fields. ‘E isso significa que devemos ter uma decisão cobrando muito, muito em breve.’

“Mas depois Fields recuou fora do tribunal, dizendo que o promotor havia apenas expedido intimações para duas testemunhas, e um grande júri não tinha sido juramentando. Uma troca hostil entre Howard Weitzman, advogado criminal de Jackson, e os repórteres se seguiu quando Weitzman, disse que Fields ‘se confundiu’ durante a audiência.”




Para combater o movimento de Bert Fields para adiar o processo civil até que os processos penais tivessem terminado, Larry Feldman anunciou que ele nem sabia se a acusação sequer ocorreria (tão forte era o caso dele!). E que isso iria atrasar a ação civil por 6 anos e eles não podiam pagar:


“Larry Feldman, advogado do garoto de 13 anos, disse ao tribunal que poderia atrasar o processo civil se o processo criminal fosse em frente. ‘Eu não sei se, sequer, haverá uma acusação’, disse Feldman. ‘ Isso pode ser um arquivo aberto por seis anos.’”



Terça-feira, 23de novembro de 1993:

Os jornais pegaram e apresentaram a própria versão da história, sem especificar que a equipe de defesa estava falando sobre o adiamento de uma ação civil até um momento posterior e trazer processo penal primeiro. O que significaria, em caso de condenação, um longo período na prisão.

É claro, havia um prazo prescricional para o Estado indiciar Michael e esse prazo era de seis anos. Portanto, o processo civil deveria ser adiado até no máximo seis anos, pois até lá, o processo criminal teria sido decidido. A imprensa distorceu tudo e disse que Michael queria adiar o processo criminal por seis anos. NÃO! Ele queria adiar o processo CIVIL!

 “Os advogados de Jackson disseram que o caso deve ser colocado em espera até que a investigação criminal seja concluída ou adiada por seis anos, quando o prazo prescricional para o crime de abuso sexual infantil terminaria.”

A citação acima é uma típica distorção dos fatos promovida pela imprensa. O que foi dito aqui leva o leitor a pensar que os advogados estavam tentando manobrar para empurrar a ação criminal para frente até que o crime prescrevesse, mas não foi isso que Bert Fields pediu. O que Fields pediu ao tribunal foi suspensão do processo civil. Eu vou falar isso até você cansar!

Larry Feldman confirma o fato de que eles fizeram um grande barulho sobre essa questão nos meios de comunicação (que ele chama de “litigância difícil em papéis”) e que a imprensa adorou:

Como ele [MJ] tentou rebater as nossas propostas de um julgamento rápido, nós litigamos duramente em papéis, e nós sempre tivemos respeito pelos direitos dele ao abrigo do Quinta Emenda, mas também deixamos claro que se ele não tinha nada a esconder, e dado que havia uma criança de treze anos, nós deveríamos ir em frente e ter esse litígio, e isso estará por trás de ambos. E a imprensa adorou, e pegou.

Embora ninguém tenha entendido aquela história de 6 anos , todos “adoraram e pegaram”.

Não me surpreende que a mídia tenha caído na conversa de Larry Feldman. Veja os argumentos comoventes que ele usou para sustentar o movimento dele de empurrar o processo civil em primeiro lugar:

“Feldman também argumentou que o menino tem o direito de prosseguir com o processo para que ele possa colocar o caso para trás. Como parte do documento que ele apresentou terça-feira, Feldman incluía uma declaração do terapeuta do garoto, que afirma que um atraso poderia prejudicar as chances de recuperação do menino.”

 “‘Acredito que seria extremamente prejudicial para a saúde emocional e bem-estar do meu paciente, se houver um atraso no processo judicial, neste caso’, a psicoterapeuta Nancy Cotterman-Garcia, disse em uma declaração datada de 11 de novembro. Ele ‘vai causar sofrimento emocional severo para esta criança e interferir com suas chances de recuperação’”.

“Em um breve, Feldman acrescentou que um atraso no processo civil tornaria muito mais difícil reunir provas. ‘Muitas das testemunhas não são residentes dos Estados Unidos”, escreveu ele. ‘Vai ser difícil, senão impossível, localizá-los, seis anos depois. Alguns podem morrer, alguns podem esquecer, ou pelo menos, as memórias desvaneceram-se.’”




É inacreditável como argumentos tão fracos funcionaram tão bem a favor dos Chandlers. O que mostra que as autoridades estavam todas dispostas a destruir Michael Jackson sob qualquer pretexto.

Como Feldman pode ser tão cínico de alegar que seria difícil localizar testemunhas e que a memória delas poderia desvanecer? Bastava colher todos os testemunhos naquele momento e preservá-lo, para sempre, no processo!

Agora que você já limpou as lágrimas de admiração por Larry Feldman e compaixão para pelo “pobre menino”, deixe-me fazer algumas perguntas:

Por que a necessidade de se preocupar em recolher provas após o julgamento criminal?
Todas as provas já teriam sido recolhidas pelo Ministério Público quando o processo civil tivesse lugar e sem nenhum custo para os queixosos e o advogado deles, Larry Feldman!

Mas é claro, Larry Feldman é tudo menos estúpido. Ele sabia que não haveria indiciamento, porque o caso era muito fraco e mesmo que houvesse um indiciamento, Michael seria absolvido. Ninguém melhor que Feldman para saber que um processo criminal antes do civil seria a ruína para os Chandlers.

O que acontece se alguém morre? Depoimentos escritos e testemunhos gravados são geralmente úteis neste caso...

Por que tantos sentimentos sobre o “pobre menino”? Não foi a família dele quem começou a coisa toda? Afinal, se você quer 30 milhões (o que Feldman pediu na petição inicial), por favor, vá e prove que você tem o direito a eles!

Mas é engraçado. A terapeuta disse que não esperar pela decisão criminal, o que poderia colocar Michael na prisão pelo resto da vida dele (se ele fosse culpado) causaria sofrimento a Jordan. Ora, mas isso não deveria ser bom para ele? Não é o que toda vítima quer? Ver o criminoso na prisão?

No entanto, alguns milhões curariam qualquer trauma...

Não, gente, toda essa conversa sobre os sentimentos de Jordan era apenas parte do teatro. Se Larry Feldman estava realmente estivesse preocupado com o menino, ele nunca teria revelado todos os detalhes gráficos sobre o “abuso”, só para começar. E ele fez isso para ajuda-lo em outro processo civil contra Michael, lembram-se? O caso Arvizo.

As principais razões pelas quais Larry Feldman estava com tanta pressa em levar a ação civil primeiro eram diferentes: em primeiro lugar, eles nunca quiseram um julgamento criminal, por outro lado, o processo civil era a única chance de ganhar o caso e em terceiro lugar, o aniversário Jordan Chandler, que estava aparecendo à frente...

O que o aniversário Jordan Chandler têm a ver com isso?

Larry Feldman diz no congelado em seminário Time:

 “Uma das coisas que tivemos que, antes de Carl e Johnnie entrar no caso, ‘Se pudéssemos fazer Michael Jackson responder à reclamação antes de o garoto completar 14 anos de idade, então, ele teria direito a um julgamento em 90 dias’. Esse foi o ponto de chave para o procurador distrital me dar uma chance para ver se poderíamos obter este julgamento rápido em 120 dias ou menos. Entramos com a denúncia, eles responderam a denúncia por quaisquer motivos, e depois apresentaram uma moção de imediato para obter um julgamento rápido.”

Mais um ponto que provam como os Chandlers desejavam acelerar o processo civil e que tudo se referia a dinheiro.

Se Jordan fosse apenas dois meses mais velho, o resultado do caso de 1993 poderia ter sido totalmente diferente – a ação penal poderia ter vindo em primeiro lugar, Jordan Chandler teria naturalmente se recusado a testemunhar, pois ele não tinha provas para as mentiras e o caso teria simplesmente caído por terra...

O problema é que, enquanto Jordan ainda tinha 13 anos, a lei da Califórnia permitia-lhe ter um julgamento rápido em 90 dias (no máximo 120 dias). No entanto, a briga para empurrar o processo criminal e para trás e para frente tomou vários preciosos meses e, em 11 de janeiro de 1994, Jordan Chandler completou 14, ou seja, não tinha mais direito a um julgamento em no máximo 120 dias. Como qualquer pessoa, ele teria um julgamento comum, que poderia levar anos.

Mas não importa quanto tempo o julgamento civil ou criminal poderia durar, os Chandlers não queriam nenhum deles de qualquer maneira. Larry Feldman usou idade de Jordan como um pretexto perfeito para empurrar a ação civil para a frente e uma vez que faltava apenas um mês e meio para Jordan completar 14 anos, ele teve que ser muito rápido em usar essa desculpa. E funcionou, pois quando o juiz estava decidindo, a idade de Jordan foi o fator decisivo para deixar a ação civil ocorrer primeiro.

Veja como Lisa Campbell explica isso:


“O juiz determinou que o direito do menino a um julgamento rápido prevalecia sobre o pedido de Michael Jackson para atrasar o processo (civil) e definiu uma data para o julgamento em 21 de março de1994.”

“Na fixação da data, Rothman seguiu as regras do julgamento rápido, conforme a lei da Califórnia que exige uma data para o julgamento no prazo de 120 dias, quando a suposta vítima é menor de catorze anos. Na opinião do juiz, esta regra suplantava o pedido de Michael Jackson para retardar a ação civil, até o nome dele ser limpado na investigação criminal.”


Vamos tirar algumas conclusões agora:


Está óbvio que a defesa de Michael, Bert Fields, queria que o processo criminal viesse primeiro e que Larry Feldman, advogado dos Chandler, ao contrário, fez de tudo para evitar que isso ocorresse.

Espero que isso efetivamente cale a todas as lamentações de Ray Chandler de que o promotor Gil Garcetti estava com “medo” da celebridade de Michael e que foi essa a causa da acusação ter sido tão lento e que, por isso, os pobrezinhos dos Chandlers tiveram que fazer um acordo.


Ora, são hilários os argumentos de Ray Chandler e ainda há quem acredite neles. Por favor!


Vejamos:

Os Chandlers sempre procuraram pelo dinheiro.

Lembrem-se de que Evan nunca procurou a polícia, mas, ao contrário, tentou chantagear Michael.

Ele disputava a custódia de Jordan com a ex-mulher, mas nunca disse naquele processo que havia suspeita de abuso, algo que poderia ter garantido a segurança do menino, se esse fosse o desejo dele e se realmente houvesse motivo para suspeitas.

Depois, Evan contratou o advogado mais sórdido, canalha, sem escrúpulos (palavras do próprio Evan), Barry Rothman, para processar Michael civilmente.

Eles demitiram Gloria Allred (que substituiu Rothman, depois que os podres dele vieram à tona), assim que ela disse, em uma coletiva de imprensa, que ela lutaria por um julgamento criminal e que Jordan queria testemunhar, como já mostramos na segunda parte deste post. Vejam bem isto: ela foi sumariamente demitida! E por quê? Justamente porque ela queria colocar o processo criminal na frente do civil, ou seja, o oposto do que os Chandlers queriam.

Foi o advogado dos Chandlers, Feldman, que lutou para colocar o processo civil na frente, ao passo que o advogado de Michael tentou retardá-lo, para que o criminal ocorresse primeiro.


O LA Times diz: “Os advogados do artista têm regularmente atacado o ritmo lento da investigação.”

2) Bert Fields tentou convencer o tribunal, o público e a imprensa de que o processo penal não levaria muito tempo e o indiciamento ocorreria “muito, muito em breve”. É por isso que ele estava de cooperação com o Ministério Público:

O LA Times disse: “A comandante da Polícia de Los Angeles, David Gascon, disse que os detetives do DPLA ‘reuniram-se com cooperação durante todo o curso da investigação’, e Pellicano disse que o cantor ‘vai cooperar com a polícia em todos os sentidos’.”



Larry Feldman tentou convencer o tribunal, o público e a imprensa de que o processo penal seria muito longo, demorar até seis anos ou nem mesmo ocorrer.

Apenas um cara inocente tentaria fazer o julgamento criminal ocorrer primeiro e apenas gananciosos irão evitá-lo a todo custo e procurar uma solução em dinheiro desde o início que é a razão de uma ação civil.

No entanto, nunca o processo criminal veio para frente no caso de 1993 e isso foi uma grande vitória de Larry Feldman. Em 23 de novembro de 1993, o juiz decidiu a favor dos Chandlers e colocou a ação civil em primeiro lugar.

Este foi o ponto de virada do caso de 1993, que determinou o resultado dos acontecimentos futuros.


  
Enquanto isso no time de defesa...

















Anthony Pellicano

“O menino e Jackson passaram um período de cinco dias como convidados na casa do pai, disse Pellicano. Mais tarde, Jackson e o menino disseram a Pellicano que o pai havia reclamado da casa estar muito lotado. O pai sugeriu que Jackson lhe construísse uma adição – ou melhor ainda, comprasse lhe uma casa maior –  o investigador disse. Sobre as acusações de abuso sexual, o investigador disse: ‘Se esta fosse uma reivindicação legítima e verdadeira, por que este cara não foi direito a policia?  Se você molestou meu filho, seria necessário um ato de Deus para me impedir de rasgar seu coração para fora do seu peito maldito.’” Disse Pellicano.

Anthony Pellicano teve que se demitir também. Mesmo ele e Bert Fields tendo uma crença inabalável na inocência de Michael e quererem lutar por Michael até o fim. Foi, provavelmente, a determinação ferrenha de lutar até o fim que tornou a abordagem deles fora de sintonia com o que a nova equipe de defesa queria. O LA Times datado de 22 de dezembro de 1993 diz sobre isso:


“Pellicano, um detetive particular com uma reputação de táticas agressivas, desafiou as alegações com ferocidade, acusando o pai do menino de tentar extorquir US $ 20 milhões de Jackson e de recorrer às acusações de abuso sexual infantil apenas depois de os representantes de Jackson rejeitar as tentativas de extorsão dele.”

 “Na entrevista de terça-feira, Pellicano continuou a apoiar Jackson. ‘De nenhum jeito, forma ou maneira (minha renúncia) indicam que Michael Jackson é culpado’, disse Pellicano. ‘Michael Jackson não é culpado, e todas as coisas que eu disse no passado eu reafirmo.’”

“As autoridades notificaram os advogados de Jackson de que eles esperam que a sua investigação continuem pelo menos até fevereiro, enquanto o advogado do garoto, Larry R. Feldman, está a avançar com ação civil do cliente dele.”

“Com duas investigações provenientes simultaneamente, fontes na comunidade legal de Los Angeles dizem que Jackson provavelmente está gastando cerca de US $ 100.000 por semana para a defesa dele.”




Com a perda da tentativa em colocar o processo criminal na frente e as críticas que levaram a renúncia de Fields e Pellicano, as mudanças no time de defesa forma necessárias e parecera, à época, positivas.

Lisa Campbell diz no livro dela:


“Katherine Jackson, que havia criticado publicamente a equipe de defesa de Michael disse que, com as mudanças, ela poderia dormir melhor à noite (se ao menos soubesse!). Alguns na mídia especularam que a família tinha tido alguma influência na decisão de Michael para fazer as mudanças...”

“Fields foi substituído por Cochran, na verdade, Cochran foi sugestão de Bob Jones. Jones conhecia Cochran uma vez que foram para a escola juntos.”

















Johnnie Cochran



Então, Johnnie Cochran e seu assistente Carl Douglas foram sugeridos por Bob Jones? O vingativo Bob Jones que escreveu o livro de exagero grave e falsidade uma vez que ele perdeu o emprego com Michael, a fim de acertar as contas com seu ex-chefe?

Eu não sei muito sobre Johnnie Cochran como um advogado, exceto o fato de que o assistente dele, Carl Douglas, falou de uma “amizade 20 anos” entre ele e o grande Larry Feldman, o que permitiu Larry Feldman representar os interesses de Johnnie em vários casos civis.

Mas Carl Douglas, todos nós temos lido o discurso e comentários dele no Seminário Frozen In Time (clique aqui para a transcrição) e  ficamos tristes de ver um homem de ética duvidosa e profissionalismo duvidoso que foi selecionado para representar Michael no lugar dos fiéis apoiadores dele, Fields e Pellicano.

Mas se é verdade, é um ponto grave, pois teríamos amigos, brigando em lados opostos.
Evidentemente que, quando o juiz decidiu por não suspender o processo civil ele colocou Michael e o time de defesa dele em um beco sem saída.

Quais eram as opções?

Testemunhar no processo civil e prejudicar a defesa em um, possível, processo criminal, que, obviamente era mais importante que a ação civil.

Reclamar o direito de não testemunhar assegurado pela Quinta Emenda e ter isso tomado contra ele no processo civil. Ou seja, estaria sacrificando o processo civil.

Dessa forma, podemos concluir que o processo civil estava perdido para Michael. Quando levamos em conta todas as regras que beneficiam o autor, já mencionadas anteriormente, podemos entender porque a era grande a possibilidade de que o processo civil fosse vencido por Chandler. Acrescente-se a isso a pressão que Michael devia estar sofrendo de todos os lados, pela patrocinadora Pepsi, a Sony, e demais parceiros de negócios. Não havia, mesmo, decisão mais lógica que fazer um acordo.

Além disso, havia a seguradora, Transamericana, com o direito de firmar um acordo para evitar prejuízos maiores para si.


Para afastar a seguradora seria preciso rescindir o contrato o que, certamente, acarretaria uma multa mais lata que a indenização pedida pelos Chandlers.

Agora eu convido você a se colocar no lugar de Michael Jackson e me responder, com sinceridade, o que você faria se estivesse na seguinte situação:

O juiz negou a suspensão do processo civil e marcou a data do julgamento para daí a poucos dias (dentro dos 120 dias máximos que a lei conferia a um menor de 14 anos) e ao fazer isso colocou você na difícil situação de ter de escolher entre preservar sua defesa no processo criminal (que poderia ocorrer a qualquer momento) ou sacrificar o processo civil.

Obviamente, o processo criminal era mais importante, assim, o sacrifício do processo civil se mostrava o mais acertado a fazer. Ainda mais se considerando que, com todas aquelas regras que beneficiam o autor, a condenação no processo civil era muito provável. Portanto, podemos considerar que o processo civil estava perdido para Michael. Assim, por que diabos ele iria rescindir o contrato com a seguradora, pagar uma multa astronômica e deixar que o processo se arrastasse por anos, levando embora uma fortuna em despesas com advogados e taxas processuais; a carreira dele; a reputação dele; a saúde e, talvez, até a vida, para, no fim, ainda ser condenado a indenizar, porque não é preciso ter a culpa provada, mas mera possibilidade de culpa?

Você, no lugar dele, teria escolhido prosseguir no processo civil diante desse quadro?

Óbvio que, se Michael pudesse prever que a maioria das pessoas não se preocuparia em conhecer os fatos e que a imprensa iria passar os anos seguintes distorcendo a verdade, ele teria, sim, seguindo em frente com o famigerado processo civil. Mas, naquele momento, a solução mais lógica, prática e coerente era realmente fazer um acordo.

É possível até visualizar, mentalmente, os advogados de Michael dizendo a ele:

“Michael, o processo civil já era. Mas tudo bem, porque o processo civil não importa, ele é apenas sobre dinheiro, o máximo que pode acontecer é você ser condenado a indenizar os Chandlers de alguns milhões, (e você tem muitos), porque, você sabe, eles alegaram negligência e isso é uma acusação vaga que sempre cola. Vamos resolver o processo civil de uma vez e nos preparar para o que realmente importa: o processo criminal. Se é que ele vai ocorrer, devemos estar preparados; não devemos nos ocupar com algo sem importância com a ação civil.”
Consegue imaginar isso? Se não, deixe-me ajuda-lo com um entrevista de Michael Jackson, na qual ele explicou, tanto quanto pode (já que estava impedido pelo acordo de falar sobre o caso) o que o levou a tomar a decisão.



Diane Sawyer: Por que você resolveu o caso com um acordo? E, parece para todos como se você paga uma quantia enorme de dinheiro...

Michael: Isso é... isso é, a maior parte é folclore. Conversei com meus advogados, e eu disse: “Vocês podem me garantir que a justiça vai prevalecer?” E eles disseram: “Michael, nós não podemos garantir que um juiz ou um júri vai fazer nada.” E com isso eu fiquei meio que catatônico, fiquei indignado!

Diane Sawyer: How much money…..

Diane Sawyer: Quanto dinheiro...

Michael: Totalmente indignado. Então, eu disse: ‘Eu tenho que fazer alguma coisa para sair deste pesadelo. Todas essas mentiras e todas estas pessoas que vêm para frente para receber o pagamento e todos estes programas tabloides, apenas mentiras, mentiras, mentiras, mentiras. Então o que fiz, nos reunimos novamente com meus conselheiros e eles me aconselharam. E foi mãos para baixo, uma decisão unânime, resolver o caso. Isso poderia ser algo que poderia continuar por sete anos!

Diane Sawyer: Quanto dinheiro foi...

Michael: Nós dissemos : “Vamos deixar isto para trás.”

Tanta coisa importante para ser levantada naquele momento, como o fato de que o acordo não impediu o prosseguimento da ação criminal e não impedia os Chandlers de testemunhar, e Diane Sawyer só estava interessada em saber quanto dinheiro foi pago. É lamentável...

Bem, com seus advogados dizendo que não podiam garantir que no fim a justiça iria prevalecer (estamos falando da ação civil) e que, apesar de não haver nenhuma evidência de culpa, você ainda poderia ter de pagar aos miseráveis Chandlers, o que você iria pensar?

No livro The King of Pop Darkest Hour, de 1994, Lisa Campbell confirma que a resolução do caso através de um acordo financeiro era a estratégia da nova equipe de advogados de Michael empregada imediatamente após serem contratados. Lisa Campbell fala sobre esta decisão em condições favoráveis ​​(p.110):


 “Após o acordo, muitos especialistas em direito questionaram por que demorou tanto tempo. Pessoas de dentro disseram que foi devido aos conselhos que Michael recebeu de Bert Fields e Anthony Pellicano.”


Então, Pellicano e Fields aconselhavam a lutar acontecesse o que acontecesse. Bem, apesar de não parecer o mais lógico no momento, esse conselho se revelaria o mais acertado anos depois. E a decisão de colocar fim ao processo civil demorou tanto porque Michael se recusava a pagar qualquer centavo aos Chandlers, ele queria um pedido de desculpa, uma retratação, mas as forças dele foram minadas pelo massacre que ele estava sofrendo na imprensa. Isso é tão claro quanto cristal.

Será que as pessoas que odeiam Michael e o condenam simplesmente porque ele fez o acordo não possuem capacidade de raciocinar? Se Michael queria calar a boca dos Chandler, ele poderia ter feito isso desde o início. Ele não precisava ter passado meses naquele pesadelo. Bastava ele ter entregado o dinheiro e eles iriam embora felizes com os bolsos cheios. Ele não precisava ter passado por tantas humilhações, incluindo ter ficado nu na frente de vários homens que olharam, fotografaram e filmaram cada centímetro do corpo dele pelo tempo que quiseram e ainda foi obrigado a provocar uma ereção, porque o muito antiético Dr. Strik quis que ele fizesse isso. (Quem foi vítima de abuso na verdade?)

Lisa Campbell continua:

“Colegas dizem que Fields era contra a negociação de um acordo porque seria visto como indicação de culpa. Ele também queria a oportunidade de interrogar o rapaz. Johnnie, visto como sendo perspicaz sobre como limitar a quantidade de dano causado, não se opôs a um acordo. Tão logo Cochran substituiu Fields ele começou a negociar a liquidaçã. Especialistas legais especulam que tivesse Cochran representando Michael Jackson no início, não teria ficado tão fora de controle.”

Oh, meu Deus, não teria ficado tão fora de controle? Pobre Lisa Campbell, vamos perdoar o erro dela. Bert Fields e Anthony Pellicano merecem o nosso respeito, pelo menos, pela tentativa de levar o caso a um tribunal penal em busca de justiça para Michael, enquanto a segunda equipe de advogados entregou o caso, sem qualquer resistência. Mas eles também não erraram, não diante do quadro que desenhei acima. Naquele momento, era a decisão mais lógica. Era preciso muita determinação (como Fields e Pellicano tinham) para enfrentar o desafio e prosseguir na briga apesar de todas as razões para fazer o contrário.

Se ela soubesse com que deleite e triunfo Larry Feldman aceitou a notícia de que o velho amigo Johnnie Cochran substituiu o verdadeiro advogado de Michael, Bert Fields!

No livro “All That Glitters” Ray Chandler descreve a cena como um momento completamente vitorioso no acampamento dos acusadores. Em uma conversa por telefone com Evan Chandler, Larry Feldman diz que a substituição de Bert Fields é algo pelo qual eles deveria “ficar gratos” e fala de como foi um grande, grande erro por parte da defesa. Isto é expresso em uma linguagem tão bela que eu deixei sem edições, pois realmente me surpreendeu ver isso vindo de um cavalheiro como Larry Feldman:


“No final da tarde, depois que todos haviam consumido a refeição do feriado, Larry Feldman chamou Evan com notícias pelas quais todos eles ficariam agradecidos.”
Larry: “Ei, Evan, você tem que ouvir esta. Howard Weitzman rebaixou Fields, novamente. Eles definitivamente não querem seu depoimento ou a deposição de June. Eles não querem preservar nada. Se eles vão fazer um acordo, eles não querem nada no registro sobre Jackson.”

Evan: “Merda não! Larry, esses caras estão em uma verdadeira bagunça.”

Larry: “Sim, eles estão f... isto inacreditavelmente. O que poderia ser melhor? Mas eu estou indo para frente. Vamos empurrar. Até agora não há um botão que eu perdi. A única coisa que temos que fazer é manter os (processos) criminais para trás de nós. Eu não quero que eles venham primeiro.

Larry tinha dito isso antes, mas não havia registrado no cérebro Evan até agora.

Evan: “Você quer dizer que se eles indiciarem, o processo penal vai automaticamente estar adiante de nós?”

Larry: “Sim.”

Evan: “Jesus Cristo!”

Larry: “Certo! Então, nós não queremos isso.”

Esta é a prova direta das conclusões feitas anteriormente. Uma acusação, embora geralmente visto pelo acusador como um evento positivo em sua luta contra o réu, neste caso em particular, era algo que nem Larry Feldman, nem Evan Chandler quiseram, jamais. Pois isso abriria o caminho para um julgamento criminal, o que eles temiam.

No entanto. Ray Chandler ficou por aí dizendo que foi o atraso nas investigações e ameaças de morte que impediram o irmão e o sobrinho dele de colaborar com a acusação, depois que o acordo foi feito. Você quer maior e mais descarada mentira?

Você já notou o horror de Evan Chandler ao ouvir uma simples menção de que havia a possibilidade de um julgamento criminal vir antes de um acordo civil? Então, há alguém aqui que ainda dúvida das verdadeiras intenções de Evan Chandler, a indisposição total dele em levar o caso a tribunal, a absoluta incerteza dele em que sobre o que ele estava dizendo o medo terrível de que, certamente, haveria a necessidade de provar as alegações em tribunal?

Ray Chandler está aparentemente, esquecendo de que em outro capítulo que ele mentiu sobre ter de “pressionar” a acusação. E agora ele está provando para nó que eles nunca quiseram um julgamento criminal em primeiro lugar.

Sim, a competição entre os processos civis e criminais no caso de Michael, em 1993, é algo realmente sem precedentes, devo dizer...

Um par de palavras sobre o julgamento de 2005 agora:

LARRY Feldman disse no Seminário Frozen in Time:

E no caso penal [em 2005], originalmente Michael Jackson foi representado por Mark Geragos, como o juiz aludiu, e Brafman de Nova York e, finalmente, eles foram substituídos e Tom Mesereau entrou. Então, todos nós estávamos meio que lidando com questões que alguns já tinham tratado para nós. Mas eles diferiam em muitos aspectos, pelo menos, de minha perspectiva como o advogado.

Os jornais nos contam a história de advogados sendo substituídos no caso 2005, também:


“A mudança de advogados foi a maior decisão. Mark Geragos e Benjamin Brafman foram vistos em todo o estabelecimento legal como advogados pendentes. Mas Geragos estava dividindo o tempo dele entre Jackson e Scott Peterson, caso de assassinato. Brafman estava baseado em Nova York [] e o envolvimento dele no caso fez com que efetuasse frequentes viagens para o outro lado do país.”

“Tratando com Randy e dois outros conselheiros, Jackson decidiu-se por Mesereau, que projetou uma imagem de burro de carga, exatamente o que Jackson queria.”




“Especialistas legais especularam que a decisão de substituir os advogados pelo advogado de defesa criminal de Los Angeles advogado, Thomas A. Mesereau Jr. foi solicitada, pelo menos em parte, por causa da agenda conflitante de Geragos.”

“‘Eu acho que Jackson queria um advogado em tempo integral’, disse o advogado Connie Rice. ‘Eu ficaria muito nervoso, se o meu advogado tivesse outro grande caso que estava tomando o tempo dele.’”

Graças a Deus Mesereau entrou para o caso. Geragos estava fazendo um trabalho porco, querendo apenas se exibir para as câmeras e tratando de dois casos ao mesmo tempo, exatamente o que Mesereau julgou antiético fazer.


“Só na semana passada, Jackson foi indiciado por um júri do condado de Santa Barbara e está programado para ser citado sobre as acusações sexta-feira.

Fontes próximas à família Jackson disseram que um fator que contribuiu para o confronto foi a acusação júri. Enquanto a maioria dos juristas viu uma acusação como uma conclusão, a decisão veio como uma surpresa para alguns amigos íntimos de Jackson.”



“Em um comunicado divulgado segunda-feira, Jackson explicou por que ele ‘demitiu’ os advogados dele. ‘ É imperativo que eu tenha toda a atenção daqueles que estão me representando. Minha vida está em jogo. Portanto, devo me sentir confiante de que meus interesses são da mais alta prioridade.’”

“‘Sou inocente dessas acusações falsas e buscarei, agressivamente, limpar meu nome. Eu me sinto muito confiante de que quando eu for capaz de me defender, eu serei inocentado por um júri de meus pares. Eu gostaria de agradecer aos Srs. Geragos e Brafman pelo trabalho que têm feito e desejo-lhes bem.’


 Santa Barbara New Press Archives, 27 de abril de 2004


















Thomas Mesereau


"Na declaração dele, que foi aprovado pelo juiz, Sr. Mesereau, sutilmente, distinguiu-se dos advogados líderes, Mark Geragos e Benjamin Brafman":

“‘Eu quero deixar claro do que se trata este processo. Este caso não é sobre advogados e qualquer outra pessoa se tornando celebridades. Esta defesa vai ser conduzida com dignidade em todos os momentos.’”

“‘Este caso é sobre uma única coisa: É sobre a dignidade, a integridade, a decência, a honra, a caridade, a inocência e justificação completa de um ser humano maravilhoso que é chamado de Michael Jackson.’”

  LA Times, 27 de abril de 2004


Grandes palavras ditas por um grande homem, que é digno de ser gravado em letras douradas na história do mundo. E que contraste gritante com aqueles que deveriam ter defendido Michael Jackson com mais determinação em 1993!
Oh Senhor, obrigado por Thomas Mesereau...



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