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Michael Jackson, Soro da Verdade e Memórias Falsas



O Psicólogo Cético

Investigações questionáveis​​, controversas, e uma novela de alegações em psicologia.

by Scott Lilienfeld


Michael Jackson, Soro da Verdade, e Memórias Falsas




A cobertura da imprensa sobre Michael Jackson omite um fato fundamental.

Publicado em 7de julho de 2009
Por Scott Lilienfeld no Psicólogo Cético


Na esteira da recente morte e funeral do pop superstar Michael Jackson, muitos comentários públicos, naturalmente, voltaram para, bem – bem incomum – vida e estilo de vida dele. Alguns desses comentários foram pensativos, outros, consideravelmente menos. E alguns têm sido irresponsáveis. Um número de figuras proeminentes, entre eles um Representante de New York no Congresso, o deputado Peter King, recentemente afirmou sem qualificação que Michael Jackson era um abusador de crianças. No fim de semana, 04 de julho, King se referiu a Jackson como um "pervertido", "molestador de criança" e "pedófilo".

Na avaliação desses comentários, é crucial notar que Michael Jackson nunca foi considerado culpado de abuso sexual infantil, embora ele tenha liquidado tais acusações fora do tribunal por milhões de dólares.Eu não sei se Michael Jackson nunca molestou uma criança. Suponho que nunca saberemos ao certo (no entanto, se eu fosse de apostar, eu apostaria contra isso). Claramente, Jackson era culpado de excentricidade, ingenuidade e julgamento extremamente pobres – como permitir crianças na cama dele – em várias ocasiões. Mas excentricidade, ingenuidade e falta de bom senso não são contra a lei.

A cobertura sobre o abuso sexual contra Jackson tem normalmente omitido um fato crucial. Uma das duas acusações que receberam maior cobertura de imprensa veio à tona em 1993, quando Evan Chandler abriu um processo contra Jackson, por abusar sexualmente do filho dele, Jordan, de 13 anos. Na época, a imprensa informou amplamente que Jordan Chandler acusou Jackson de realizar sexo oral nele, e que Chandler forneceu às autoridades policiais uma descrição da genitália de Jackson. Eventualmente, Jackson resolveu este caso fora do tribunal por US $ 22 milhões; alguns têm argumentado que este acordo é uma evidência prima facie da culpa dele, enquanto outros têm argumentado que, compreensivelmente, Jackson queria evitar um julgamento civil prolongado e emocionalmente esgotante. Eu não sei qual é o lado correto, por isso vou reter o julgamento sobre essa questão aqui.

Então, qual é o fato crucial que a maior parte da cobertura da imprensa omitiu? É que Jordan Chandler aparentemente nunca fez qualquer acusação contra Jackson até que seu pai, um dentista registrado, deu a ele amytal sódico durante uma extração de dente. Só então, o suposto abuso sexual de Jackson emergiu; os relatórios de Jordan Chandler tornaram-se mais elaborados e embelezados durante uma sessão, mais tarde, com um psiquiatra.

Amytal de sódio é um barbitúrico e uma das variantes mais usadas do que é popularmente conhecido como "soro da verdade", o que é um equívoco espetacular. Não há nenhuma evidência científica de que o amytal sódico ou outros soros da verdade supostamente aumentam a precisão das memórias. Ao contrário, como o psiquiatra August Piper tem observado, há uma boa razão para acreditar que soros da verdade apenas diminuem o limite para informar quase toda informação, tanto verdadeira, quanto falsas. Como consequência, assim como outros sugestivos procedimentos terapêuticos, tais como a imaginação guiada, repetidos questionamentos, hipnose e diários de emoções, soros da verdade podem realmente aumentar o risco de falsas memórias – as memórias de acontecimentos que nunca ocorreram, mas contadas com grande convicção.
  

Leia um artigo do psiquiatra August Piper Jr. sobre amytal aqui:

De fato, devido aos efeitos fisiológicos, as ações dos barbitúricos são semelhantes, em muitos aspectos, as do álcool, os efeitos da ingestão de amytal sódico são, provavelmente, semelhantes à ingestão de algumas bebidas forte. Quando estamos completamente bêbados, é mais provável que diremos muitas mais coisas que quando estamos sóbrios, apenas alguns deles precisas. Além disso, como observa Piper, existem evidências esmagadoras de que as pessoas podem distorcer a verdade ou mentir sob a influência de soro da verdade.

Nada disso prova, é claro, que Jordan Chandler não foi abusado sexualmente. Mas o fato de que seus relatos de abuso, aparentemente, surgiram apenas após a administração de amytal sódico, significa que devemos ver esses relatórios com mais de uma dose de ceticismo saudável.

Como sempre, na avaliação de alegações de abuso sexual, precisamos andar em uma linha fina. Precisamos ter cuidado para não descartar quaisquer dessas reivindicações arrogantemente, como sabemos muito bem que algumas deles são verdadeiras. Ao mesmo tempo, precisamos ter cuidado para não sacar uma arma contra o acusado, pois também sabemos muito bem que algumas dessas alegações são falsas. E de particular relevância para o caso de Jackson, a evidência científica nos lembra de ser especialmente duvidosos em relação a reivindicações que surgem apenas após a administração de procedimentos sugestivos de memória.


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Scott Lilienfeld é um psicólogo clínico e professor de Psicologia da Universidade Emory, em Atlanta. Scott ganhou seu diploma de bacharel em psicologia pela Universidade de Cornell e seu Ph.D. da Universidade de Minnesota. Suas principais áreas de pesquisa são transtornos de personalidade, classificação e diagnóstico psiquiátrico, práticas baseadas em evidências na psicologia e os desafios colocados pela pseudociência psicologia clínica. Scott recebeu o Prêmio David Shakow em 1998 por Precoces Contribuições para a Psicologia Clínica, é membro da Association for Psychological Science, e é ex-presidente da Sociedade para uma ciência da Psicologia Clínica. Ele é o co-autor de “Ciência e Pseudociência em Psicologia Clínica e Psicologia: Do Inquérito ao entendimento”.

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Notas da tradutora:
 
É necessário que se faça alguns esclarecimentos, já que o autor do texto se concentrou na questão amytal sódico e não se saiu muito bem quanto a outras questões relevantes:
 
1.
O acordo pactuado em 1993 entre Michael Jackson e os Chandlers foi de U$$15, 331,250 e pago pela seguradora de Michael, que tinha o direito de intervir no processo (conforme as leias americanas) e propor um acordo, para evitar um prejuízo ainda maior para si mesma. Isso é uma medida corriqueira. Em processo com esse, o que se busca é exatamente um acordo com a seguradora, conforme explicou o advogado Brian Oxman, em uma entrevista a Larry King, em 1994 e como você pode compreender melhor lendo este artigo.
 
2.
O acordo colocou fim ao processo civil, apenas, e não prejudicou o processo criminal, uma vez que não há (nem poderia haver) cláusula que proibisse os Chandlers de testemunhar na esfera penal. O desejo de Michael era impedir que os Chandlers voltassem a acusá-lo na imprensa ou falassem sobre o caso publicamente. O que, aliás, não foi respeitado pelos Chandlers, pois Ray Chandler publicou um livro sobre o episódio de conteúdo bastante difamatório.
 
3.
O acordo foi supervisionado por um juiz (pois conforme estabelece a lei americana, quando há interesse de um menor envolvido, um juiz é nomeado para assegurar que serão respeitados os direitos da criança) e homologado pelo juiz civil que julgava a causa. Portanto foi absolutamente legal e realizado no curso de um processo civil, em conformidade com a lei. E não consistiu em uma espécie de suborno, como insinuam. Quando é dito que o caso foi resolvido fora do tribunal, essa afirmação não está totalmente correta, uma vez que o caso foi resolvido no tribunal, sim, mas em uma audiência de conciliação (que é obrigatoriamente realizada, por imposição legal) e apenas evitou que o caso fosse levado a julgamento (civil) popular. Lembrando que ações de indenização também são levadas a júri popular nos Estados Unidos.
 
4.
Houve vários motivos para que o acordo fosse realizado:
 
Nenhuma das partes queria um processo prolongado, principalmente os Chandlers, conforme o que diz o irmão do próprio Evan Chandler, no livro intitulado “All That Glitter”, onde fala que “Todos (Evan e a ex-esposa, June, e os advogados) concordavam que seria melhor resolver o caso de forma discreta com um lucrativo acordo financeiro a arrastá-lo por anos... Além disso, seria impossível condenar Michael sem a existência de outra vítima". (Note que ele afirma que não havia outra vítima. O que é interessante, pois não existe pedófilo com apenas uma vítima, segundo o psiquiatra americano Phillip Resnick. Curioso que Rau Chandler tenha afirmado não existir outra vítima, não?) Leia mais sobre isso aqui:
 
 
Além disso, havia razões financeiras, pois se o caso se prolongasse, o custo poderia ser ainda maior que o pedido inicial de indenização (30 milhões de dólares), pois só os honorários advocatícios consistiam em uma fábula.
Havia também razões processuais, pois o processo civil deveria ter sido suspenso ate decisão na esfera criminal, uma vez que o processo civil pode prejudicar a defesa do réu no processo criminal, dado que a estratégia de defesa já teria sido revelada. Seria como participar de um jogo de pôquer com as cartas já reveladas.
A Quinta Emenda da Constituição Americana garante ao réu o direito a um julgamento justo, e isso significa que o processo civil deve ser suspenso até decisão na esfera criminal, para que a defesa não seja prejudicada. Por essa razão, o advogado de Michael, na época, Bert Fields, apresentou o pedido de suspensão. O advogado dos Chandler, Larry Feldman, contra-argumentou que Jordan “esqueceria os fatos no decurso do tempo em que estivesse esperando uma decisão na esfera criminal” (parece que esqueceram que existe o instituto de “produção antecipada de provas” e que o testemunho de Jordan poderia ter sido colhido imediatamente) e assim o pedido de suspensão foi negado, violando o direito de Michael Jackson garantido pela Quinta Emenda.
Na época, o movimento de Fields foi criticado até pelos associados de Michael Jackson. Mas Bert Fields estava correto, o processo civil deveria ser suspenso, ocorre que as pessoas em torno de Michael estavam mais preocupados com o prejuízo que a publicidade negativa poderia provocar a longo prazo. Queriam apenas que tudo fosse encerrado o mais rápido possível e que Michael voltasse a trabalhar e a gerar lucros. Chateado, Fields pediu demissão e Johnny Cochran o substituiu. Cochran, ao contrário e Fields, que era totalmente contra um acordo, queria fazê-lo imediatamente. (Será que o fato de Cochran e Larry Feldman serem muito amigos pesou?) Hoje em dia, o próprio Feldman afirma que o movimento de Fields foi absolutamente correto, pois ele estava apenas tentando garantir o direito de Michael a um julgamento justo, mas felizmente, para ele, Feldman, todo mundo intendeu errado tal medida.
 
Havia, ainda, a publicidade negativa. A imprensa estava massacrando Michael Jackson, até mesmo pagando por histórias falsas de abuso sexual contada por ex-empregados dele, desejosos de dinheiro fácil. Era preciso acabar com a bagunça provocada pela mídia.
 
5.
Como dito, o acordo colocou fim ao processo civil, não ao criminal. As investigações prosseguiram após a efetuação do acordo; uma investigação maciça, importante que se diga, ao comando de duas promotorias (a de Santa Bárbara, por Tom Sneddon, um promotor obsessivo que perseguiu Michael Jackson por doze anos; e de Los Angeles, através de Gill Garcetti); pelos Departamentos de Polícia dos dois condados; os Departamentos de Serviço às Crianças e à Família, dos dois condados; e pelo FBI. Milhões de dólares foram gastos com investigações, mais de noventa pessoas foram ouvidas, dentre elas dezenas de crianças que conviveram com Michael Jackson e nada que corroborasse as acusações dos Chandler foi encontrado.
Sendo assim, dois grandes juris decidiram não indiciar Michael. Grande Júri é um júri formado por 23 membros reunidos em segredo. Nesta fase do processo, não há participação da defesa, um advogado sequer presencia o procedimento. Nem mesmo o réu presencia. Apenas a promotoria apresenta o caso e as provas que possuir e, assim, os membros do grande júri decidem se há motivos para indiciar o suspeito. Se decidirem positivamente, essa decisão é reduzida a termo (ou seja, é escrita) e direcionada ao juiz. É só então que o suspeito é chamado para se manifestar, declarando-se culpado ou inocente. Se ele se declarar culpado o caso está encerrado e o juiz aplica a pena. Se ele se declarar inocente o caso é enviado ao “pequeno júri”, que é um júri propriamente dito, a quem cabe julgar. Somente nessa fase a defesa se manifesta, há contraditório e apresentação de provas de ambas as partes. O Grande Júri tem, basicamente, a função de “filtrar”, fazer uma triagem, enviando ao “pequeno júriapenas os casos relevantes, nos quais há indício de que um crime aconteceu.
Se quiser saber mais sobre o Grande Júri leia aqui:
 
 
Pois bem, dois (eu disse dois!) grandes juris, um em Los Angeles e outro em Santa Bárbara, decidiram não indiciar Michael Jackson por TOTAL AUSÊNCIA DE MOTIVOS.
Dessa forma, quando 46 pessoas, que escutaram as acusações por parte dos promotores, que ouviram testemunhos, que ouviram a história de Jordan Chandler, e, por outro lado, não tiveram a oportunidade de escutar nem uma única palavra em defesa de Michael Jackson, decidiram que não havia motivo para indiciá-lo, é justo que se diga que não há certeza de que ele não cometeu o crime?
 
6.
A descrição dos genitais de Michael fornecido por Jordan Chandler estava totalmente equivocado e prova disso é que o advogado dele, Larry Feldman, pediu que as fotos fossem retiradas do processo. Por que ele pediria isso? Ora, simplesmente porque as fotos dos genitais  fizeram prova a favor de Michael.
 
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7.
O psiquiatra a quem Jordan contou a história recheada de fantasias sexuais dele foi Mathis Abrams, que, como era obrigado por lei, denunciou às autoridades a suspeita de que um menor havia sido molestado. Abrams não era especialista em pedofilia, nem era um pediatra, mas era especialista em criar memórias. Ele não voltou a falar com Jordan. E nunca examinou Michael Jackson. No entanto, outro psiquiatra, Richard Gardner, esse, sim especialista em pedofilia e, muito importante, falsas acusações de abuso sexual infantil, examinou Jordan Chandler e afirmou que a história dele era inconsistente.
 
8.
Alguns questionam que não há provas de que Evan aplicou amytal em Jordan, porém, isso foi admitido pelo próprio Evan, conforme conta o irmão dele, Ray Chandler, no livro “All That Glitters”. Segundo Ray, Evan também aplicou uma droga em Michael, porque o astro estava com forte dor de cabeça, em uma ocasião em que Michael estava hospedado na casa dele e que a droga (um suposto analgésico) deixou Michael Jackson completamente grogue, quase sem consciência. Interessante, não? Evan drogou Michael com algo que, obviamente não, era um analgésico. Sabe-se lá o que ele pode ter feito com Michael naquele dia.
 

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Transcrição do julgamento de 2005 - Declaração de abertura de Tom Mesereau- parte 3

1 alguns poderiam dizer, em certa medida, ingenuidade. Certamente
2 é ingenuidade quando isso o torna vulnerável à
3 falsas acusações.
4 Neste ponto, eu gostaria de falar sobre
5 algumas coisas que foram ditas no documentério de Bashir.
6 Muito do que foi dito não apareceu no filme de
7 Bashir. Felizmente, o senhor Jackson tinha o próprio
8 videocinegrafista filmando, enquanto Bashir filmava, e como você pode
9 imaginar, e isso não é incomum com oito meses
10 de trabalho, isso seria condensado em um programa.
11 Muito do que Michael disse sobre a visão dele do mundo,
12 a visão dele da necessidade de paz e amor,
13 o desejo dele em ver mais criatividade no mundo
14 e a grande crença dele em crianças como uma causa que
15 foi abandonada, e o que vocês verão no lugar disso é
16 o comentário de Bashir destinado a criar um escândalo,
17 e ele criou.
18 Em september de 2002, senhoras e senhores,
19 a família Arvizo fez várias visitas a Neverland,
20 uma delas com o ator Chris Tucker. Como Gavin diz
21 no documentário de Bashir, em uma ocasião ele dormiu
22 na cama de Michael e Michael dormiu no chão.
23 Em nenhum momento nesse documentário ele disse, "Eu fiz
24 sexo com Michael Jackson." Na verdade, meses mais tarde,
25 ele estava dizendo em várias declarações gravadas, “Ele
26 salvou minha vida. Ele me salvou do câncer. Ele
27 nunca fez nada de errado."
28 Agora o giro de Janet foi, "Isso foi porque nós

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1 estávamos em cárcere."
2 Eu passarei por essas declarações
3 também.
4 Incidentalmente, a promotoria falou sobre um
5 intrevista gravada com a família, e ele usou a
6 a palvra "roteirizada" Ele usou a palavra "roteirizada" para
7 sugerir que tudo que vocês verão – porque
8 se els não mostrarem isso, nós mostraremos – foi de alguma forma
9 memorizado, forcedo, falso e fabricado.
10 Não apenas isso não é verdade, como eu convido vocês
11 a assistir. Observem a expressão facial deles. Observem
12 o comportamento deles. Observem as respostas expontâneas.
13 Observem o quão longe vão essas respostas e observem
14 o ponto onde Janet não pnesa que esla estava sendo gravada.
15 E quando vocês virem essas coisas, perguntem a vocês mesmos, "Tudo
16 isso é memorizado, ou algo está errado aqui."
17 Sim, isso foi um programa designado para mostrar o lado
18 bom de Michael Jackson, para defendê-o, como Bashir
19 disse a ele que ele seria defendido, sim, isso
20 foi designado para mostrar o que ele tinha feito por Gavin.
21 E, sim, antes disso, houve, um agama de perguntas
22 e todos sabem muito bem, meio que, o que seria
23 perguntado. Mas as respostas. Apenas os
24 observem
25 Davallin chora enquanto ela elogia Michael
26 Jackson pelo que ele fez pelo irmãp dela. Janet continua
27 falando e falando, chamando-o de pai substituto, o
28 pai para os filhos dela, diz que eles não tinham pai e

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1 então, entram em um long0 discurso de como eles
2 tem sido vítimas por toda a vida deles, que vocês realmente
3 precisam ver. Ela diz, "Nós fomos cuspidos por causa da
4 nossa raça. Ninguém nos ajudaria. Nós comíamoscereal
5 juntos.  O Departmento de Serviços às Crianças e à Família
6 de Los Angeles não fez nada por nós." E vocês verão a raiva
7 e vocês verão o tipo de mentalidade“Eu sou uma vítima” o
8 tempo todo. Ela diz, "Nós éramos destituídos,
9 não tínhamos para onde voltar, e Michael Jackson nos
10 resgatou."
11 Olhe pata o filme e vejam se isso é memorizado.
12 E olhe para a parteonde ela não sabe que ela está
13 sendo filmada. A realidade é, senhora e senhores, ela
14 se maquiou. Ela tem um pequeno coque no topo da cabeça dela,
15 assim ela fica parecida com a irmã famosa de Michael,
16 Janet Jackson. Ela queria estar no filme.
17 Christian Robinson dirá a vocês que ela estava
18 feliz as a lark antes disso, ela estava ansiosa por fazer isso,
19 estava no telephone com alguém que ele pensou que era um
20 advogado falando sobre quanto dinheiro ela poderia conseguir
21 com isso. A noção de que esta família estava encarcerada
22 com alguma arma na cabeça deles e forçados a
23 fazer todas essas declarações é absolutamente falsa.
24 Gavin Arvizo, como vocês sabem, apareceu no filme de
25 Bashir. Isso foi transmitido no Reino Unido,
26 Inglaterra, em fevereiro, em três de fevereiro de 2003. O
27 no dia seguinte, a mídia estava frenética. Como eu disse
28 antes, eles começaram a rastrear a família Arvizo,
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1  a seguí-los por aí. Eles estavam, na verdade, acampando
2 na frente da casa deles.
3 Este foi aquele dia que  Jay Jackson, o namorado dela,
4 pediu $15,000 por uma entrevista com um tabloide. Ele tem, desde então,
5 sob juramento, ter feito isso. Nós iremos
6 provar que ele fez.
7 Doias dias mais tarde, em 6 de fevereiroary de 2003, o
8 programa de Bashir foi transmitido nos Estados Unidos
9 e o Promotor Sneddon começou a investigação. E o senhor
10Jackson sabia disso. É claro, as alegações agora são poucas
11semanas depois do frenezi da mídia e a investigação do
12 Promotor Distrital e da investigação do DSCF
13 e Michael, de repente, começou a molestar Gavin.
14 A propósito, nós iremos provar algo mais.
15 Inicialmente quando o promotor acusou o senhor Jackson
16 ele disse que o abuso cmeçou no início de fevereiro.
17 Mais tarde, eles souberam que durante a intrevista de investigação do
18 DSCF, Departamento de Serviços às Crianças e à Família,
19 a família tinha ditto que o senhor Jackson não tinha feito nada além
19 de ajudá-los. Nunca os feriu. Nunca fez nada
21 de errado.
22 Eles mais tarde souberam que no video ao qual
23 a promotoria se referiu a ser onde ele disse que eles
24 tinham essentialmente uma arma na cabea deles, ou palavras
25 do tipo, e eles também elogiram Mike Jackson e disseram
26 nada ruin foi feito, jamais, e adivinhem o quê. Esta reclamação
27 foi para outro lado. Um indiciamento foi
28 returnado que mudou as datas do alegado

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1 abuso como tendo começado depois das declarações. E isso é
2 fato.
3 E incidentalmente, nós iremos provar para vocês que
4 depois de saber o quão importantres aquelas declarações poderiam ser,
5 onde você foi gravado duas vezes, na verdade mais de duas vezes
6 você foi gravdo mais de três vezes dizendo que
7 Michael nunca fez nada de errado, nunca molestou, nunca tocou,
8 nunca fez nada assim, Gavin
9 mudou a história dele também. De repente tudo isso começou
10 mais tarde, depois das declarações feitas ao Departmento
11 de Servições ás Crianças e à Família.
12 Quanto tempo temos, Meretíssimo?
13O Tribunal de Jutiça: mais cinco minutos.
14 SR. MESEREAU: Okay.
15 É importante, senhoras e senhores, que eu fale
16 sobre essas datas, porque a progressão  
17 do que se desenrolou e quem estava se envolvendo, e a quantidade
18 de atividade que estava acontecendo é cucial para
19 entender o quão totalmente absurdas essas datas de
20 abuso sexual infantile são. E eu pesso a vocês para considerarem
21 isso quando vocês estiverem olhando para as evidências neste caso.
22 como eu disse antes, o programa de Bashir foi transmitido
23 nos Estados Unidos em 6 de fevereiro de 2003. O mesmo
24 dia que o promotor Sneddon anunciou que ele iria investigar
25 porque as pessoasl estavam falando sobre como
26 Bashir manipulou esta questão de garotos alegadamente
27 estar na cama. Como eu disse antes, Michael disse
28 que ele dormiu no chão na ocasião. Isso não foi absolutamente

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1 do jeito como Bashir estava tentando fazer isso parecer.
2 os próximos…dois dias depois, em 8 de fevereiro de 2003,
3 Ed Bradley, do programa de TV 60 Minutos chegou com uma
4 equipe de filmagem a Neverland. Também estava presente Jack
5 Sussman, o president da CBS Entertainment,
6 e os advogados David LeGrand e Mark Geragos.
7 Varias redes de tv estavam tentando competir pelo
8 direito de filmar um programa de  refutação, o programa que
9 que deveria ser uma resposta ao escandaloso programa de Bashir.
10 E havia muita atividade acontecendo em
11 Neverland e entre as pessoas associadas ao Sr.
12 Jackson, porque, sim, havia muito desgosto pelo que
13Bashir tinha feito e o jeito que ele tentou prejudicar
14 a reputação de Michael. Mas havia também várias pessoas
15 em volta de Michael, uma grande oportunidade
16 de negócio, porque eles viram a oportinidade de
17 fazer milhões de dólares com uma produção que
18 poderia nunca ter acontecido se o filme de Bashir não tivesse sido 19transmitido . Isso foi chamdo por todos como uma peça rebutal.
20 Portanto, sim, havia preocupação, e sim, havia euforia
21 entre certas pessoas em torno de Michael porque
22 eles pensaram que eles podiam fazer dinheiro. E redes de T.V.
23 estavam abordando Michael e pessoas em vola dele estavam tentando
24 lucrar com essa oportunidade. E, senhoras e senhores,
25 milhões foram feitos por certas pessoas
26 com o filme rebutal.
27 Em 16 de fevereiro de 2003, Janet Arvizo e a família dela
28 foram garavdas pelo invetigador Brad Miller

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1 dizendo que, "Michael é maravilhoso. Ele nunca fez nada inapropriado.”
2 Agora, isso deveria ser parte dessa coisa,
3 eu suponho, de cárcere, que, aparentemente,
4 eles foram forçados a fazer isso.
5 Eles estão vivendo no apartamento de Jay Jackson.
6 Jay Jackson está no Exército dos Estados Unidos.
7 Desculpe-me.
8 Ninguém chamou a polícia, cahmou o exército dos Estados Unidos
9 reclamando que “Nós estamos em cárcere.
10 Eles nos... eles nos estão forçando a
11 a fazer declarações. Eles nos estão forçando a testemunhar.
12 Eles estão nos forçando a dizer certas coisas
13 elogiando  Michael Jackson."
14 Ninguém fez isso porque não havia razão para tal.
15 E o pessoal de segurança foi requisitado por Janet,
16 em razão do frenezi da mídia.
17 Este seria um bom momento para encerrar, meretíssimo.
18 Obrigado.
19 O TRIBUNAL: Certo. Nós teremos nosso
20 recesso vespertino. Nós retomaremos amanhã de manhã
21 no mesmo horário.
22 Lembrando minhas determinações. Não discutam o caso.
23 Não formem nenhuma opinião ou conclusão.
24 vejo vocês amanhã de manhã.
25 (O processo é suspenso ás 14:30)
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