Redenção: A Verdade por Trás das Acusações de Abuso Sexual Contra MJ - Parte 5: Legalmente Falando
PARTE 5
LEGALMENTE FALANDO
5.1
A Ação Judicial
Um processo civil é qualquer processo que não seja um
processo criminal.
Muitos rumores circularam após a ação civil ter sido
resolvida – a de que Michael Jackson tinha comprado o caminho para fora de um
indiciamento criminal. O acordo da ação judicial não tinha nada a ver com a
investigação criminal. A minha esperança é que este capítulo lhe dê uma
compreensão mais clara dos processos civis que cercam este caso e como o acordo
não teve efeito sobre o resultado da investigação criminal.
A Queixa Civil
O Dr. Chandler contratou o Sr. Feldman, que era um
advogado civil de ponta e que tinha trabalhado como chefe da Associação de
Advogados de Julgamento de Los Angeles. Em 14 de Setembro de 1993, Feldman
entrou com uma ação de trinta milhões de dólares no Tribunal Superior de Los
Angeles, vara de Santa Monica, contra Michael Jackson por:
1) agressão sexual; 2) agressão: 3) sedução;. 4)
conduta dolosa; 5) imposição intencional de sofrimento emocional; 6) fraude e
7) negligência.
A queixa foi mostrou (o menino de 13 anos) um menor,
por e através dos Guardiões Ad Litem dele: E. Chandler e J. Chandler, como
reclamantes, contra o réu Michael Jackson.
A causa da ação fala por si. No entanto, a queixa era
gráfica na descrição detalhada dos atos que alegaram que Michael Jackson teria
cometido contra a menor. A queixa alegava que tais atos ocorreram no condado de
Los Angeles, Estado da Califórnia, e em outros locais dentro e fora do Estado
da Califórnia.
A
queixa também alega que Michael Jackson cometeu, repetidamente, agressão sexual
contra o menor. O alegado dano causado ao menor foi descrito como: lesão à saúde,
força e atividade dele, prejuízo para o corpo e choque e lesões ao sistema
nervoso, todos os quais têm causado e continuado a causar ao reclamante grande
dor mental, física e nervosa, sofrimento emocional.
A
denúncia alegava, ainda, que os presentes, férias e viagens que Michael Jackson
disponibilizou para o menor era a maneira de forçá-lo a aceitar, como já dito,
as demandas sexuais e sedução ao menor. Apesar de Michael Jackson tenha
disponibilizado a muitos amigos menores viagens com presentes e brinquedos,
nenhum deles corroboraram com a alegação de abuso sexual do menino de 13 anos.
O
ajuizamento do processo civil foi feito enquanto a investigação criminal ainda
estava em curso. Geralmente, o processo civil não é iniciado antes de o
processo criminal ser resolvido. A ação civil permite que rumores e evidências
circunstanciais sejam admitidos, enquanto o processo criminal não. Portanto, a
apresentação prematura de um processo civil, enquanto a investigação criminal
está em andamento, pode fazer com que o réu seja prejudicado ou sofrer
autoincriminação se for indiciado em uma causa criminal.
Resposta
à Queixa
O
escritório do senhor Fields apresentou a resposta à queixa em 29 de outubro de
1993. Assim que a queixa é apresentada e o réu responde à denúncia, eles têm o
direito de iniciar a fase de descoberta da ação. O estágio de descoberta
permite que cada parte pergunte questões chamadas: Deposições, das partes ou das
testemunhas em um caso, requerer documentos (Pedir por Produção de Documentos),
admissão de certos fatos (Pedido de Admissões) e requisição a perguntas de
questões padrões chamadas de Formulário de Interrogatórios. Os tribunais têm um
limite no número de interrogatórios ou documentos que podem ser solicitados,
mas através da obtenção de uma ordem do tribunal eles podem exceder esse
limite. Além disso, uma parte pode registrar uma ordem de proteção bloqueando
ou limitando os pedidos, ou limitar as informações solicitadas.
Requerimento
para Suspensão da Instrução e Julgamento
Concomitante
com a apresentação da resposta à denúncia, o escritório de Fields também entrou
com um pedido de suspensão da instrução e julgamento, até o estatuto de
limitações (prazo prescricional) expirar na
investigação criminal envolvendo as mesmas acusações. O estatuto de limitações
para esse tipo de caso é de seis anos. Uma moção é um veículo através do qual
você pode se dirigir ao tribunal dentro de um curto período de tempo
(geralmente de 14 a 28 dias) para obter uma ordem sobre um assunto específico.
A moção foi criada para uma audiência em 19 de novembro de 1993 às 13:00.
No
Memorando de Pontos e Autoridades do Sr. Fields (essa é a seção da moção que
declara a lei que se aplica a este caso, ou como ela foi aplicada em casos
semelhantes anteriores), ele alegou que: "as
alegações nasceram unicamente de uma tentativa do Dr. Chandler, pai do menino,
e o advogado do pai, Barry Rothman, em extorquir 20 milhões de dólares de
Michael Jackson”. Ele afirmou ainda que: "quando o réu se recusou a pagar o dinheiro da chantagem, o Dr.
Chandler induziu o filho a fazer as falsas alegações de abuso sexual contra
Michael Jackson".
O
Sr. Fields declarou que a razão para a apresentação do pedido da moção para
parar a suspensão da instrução e julgamento era em razão de que, quando um réu
civil enfrenta possibilidade de processo criminal pelas mesmas alegações
factuais alegadas na ação civil, de acordo com a lei federal e da Califórnia, o
réu tem o direito a ter a instrução e o julgamento em processo civil suspenso
até que o estatuto de limitação expire no caso criminal. A lei que o Sr. Fields
cita é, Pacers, Inc. v. Tribunal Superior, 162 Cal.App.3d 686, 208 Cal.Rptr.
743 (1984).
Citações de Pacers Inc.
v. Tribunal Superior se lê o seguinte:
"Uma ordem para parar
Suspensão até a expiração permitiria aos reclamantes preparar a ação deles, enquanto
alivia os réus civis da difícil escolha entre se defender no processo civil ou
criminal."
Em
Pacer, Inc. v, Superior Tribunal, os réus se recusam a responder perguntas
durante o depoimento deles baseados no fato de possíveis processos criminais.
Por causa da recusa em responder às perguntas na deposição, o Tribunal Superior
concedeu uma ordem proibindo os réus de depor no julgamento. O Tribunal de
Apelações reverteu a dita ordem e argumentou que a acusação não deve ser capaz
de obter, através de processos civis, informação a que não tenha direito,
segundo as regras das instruções criminais. Aqui, apesar de os réus não serem
réus criminais, eles foram ameaçados com um processo criminal, como neste caso.
Pacers Inc. v. Tribunal Superior afirmou ainda que para permitir que os
promotores acompanhem o processo civil para obter o testemunho incriminatório
dos réus por meio do processo civil “prejudicaria
o privilégio da Quinta Emenda e violaria os conceitos da justiça fundamental”.
A Quinta Emenda diz
que:
Nenhuma
pessoa deve ser detida para responder por um crime capital, ou qualquer outra
forma de crime infame, a não ser em uma denúncia ou acusação de um Grande Júri,
exceto nos casos decorrentes de forças terrestres ou navais, ou na Milícia,
quando em serviço ativo em tempo de Guerra ou perigo público; tampouco qualquer
pessoa deve se submetida pela mesma ofensa, para ser colocada duas vezes em
risco de vida ou saúde; nem ser obrigada, em qualquer processo criminal, a ser
testemunha contra si mesma, nem ser privada da vida, liberdade ou propriedade,
sem o devido processo legal, nem a propriedade privada poderá ser expropriada
para uso público, sem a correta indenização.
O caso Federal decidiu que, "quando ambos os processos, criminal e civil, surgirem das mesmas
ou relatadas transações, o réu tem direito a ter a instrução e julgamento na
ação civil suspensos, até que a questão criminal seja totalmente resolvida".
Casos citados: Campbell v.
Eastland, 307 F.2d 478, cert, denied, 371 U.S. 955, 83 S.Ct. 502, 9 L.Ed. 2d
502 (5th Cir. 1962); Perez v. McQuire 36 F.R.D. 272 (S.D.N.Y. 1964); Paul
Harringan & Sons, Inc. v. Enterprise Animal Oil Co., Inc. 14 F.R.D. 333
(E.D. Pa. 1953).
Fields
também citou outros casos apoiando a moção dele da seguinte forma: Dustin W.
Brown v. Corte Superior. Esse caso afirmou um privilégio contra a autoincriminação
da Constituição dos EUA, a Quinta Emenda. O Tribunal considerou que o
privilégio era disponível para os réus, mesmo em uma ação civil.
Dwyer v. Crocker National Bank. Esse
caso invocou o privilégio contra a autoincriminação em depoimento e recusa em
produzir documentos. O Tribunal de Apelações afirmou que o tribunal corretamente
impediu o reclamante de usar o privilégio de autoincriminação como um escudo e
uma espada.
Patterson v. White, 551 So. 2d 923; 1989 Ala. Esse
caso afirmou que o pedido de instrução violou o privilégio contra a autoincriminação.
White apresentou respostas e levantou o privilégio da Quinta Emenda como
incriminatória. Em uma Petição para o Mandado do Tribunal Superior, ele
argumenta que a proteção constitucional contra a autoincriminação não pode ser
dispensada apenas por não apresentar as objeções ou respostas aos
interrogatórios civis dentro do tempo permitido. Ele sustenta que, ao
responder, se renuncia ao privilégio. O teste para a renúncia é: "o fracasso em fazer uma objeção
oportuna para os interrogatórios ou pedido de produção não constitui uma renúncia
ao privilégio constitucional contra a autoincriminação". A Suprema
Corte Judicial de Maine decidiu, em
Huot v Gendron, 284 A.2d 899, 901 (Me. 1971), que "a falta em apresentar as objeções pontuais não constitui uma
renúncia ao privilégio contra a autoincriminação".
Os Depoimentos
O
escritório do Sr. Feldman não perdeu tempo em avisar sobre o depoimento de
Michael Jackson, sabendo muito bem que ele estava em turnê fora do país.
Depoimentos são ajuizados por advogados que representam uma das partes na ação,
portanto, mesmo que Michael Jackson estivesse fora do país, era o trabalho do
advogado dele se certificar de que ele participou do depoimento (ou reagendar
para uma data mutuamente aceitável por todas as partes envolvidas).
Se,
no entanto, as partes não comparecerem ou se recusarem a participar do
depoimento tratado, eles estão autorizados a uma moção de ajuda no Tribunal,
para obtenção de uma ordem para a presença deles ser obrigada.
O
escritório do Sr. Feldman comunicou os depoimentos de Michael Jackson e 11
testemunhas terceiras como se segue: custódia de registros de Investigações de
Pellicano, custódia de registros de Anthony Pellicano, Phillip Le Marque,
Stella Le Marque, Gary Hearne, Janelle Wahl, Gayle Goforth, Evangilcan
Aquilizor, Anthony Pellicano, LaToya Jackson, Blanca Francia. Os advogados de
Michael Jackson comunicaram os depoimentos de: o reclamante, o menino, Barry
Rothman, June Schwartz (Chandler) e David Schwartz.
O
escritório do Sr. Feldman pediu a investigação de Michael Jackson como segue:
Formulário de Interrogatórios, Primeira Série de Interrogatórios Especiais,
Primeiro Conjunto de Pedido de Apresentação de Documentos, Segundo Conjunto de
Pedido de Apresentação de Documentos e Segundo Conjunto de Interrogatórios
Especiais.
Os
advogados de Michael Jackson não se recusaram a apresentá-lo no depoimento
dele, mas continuaram sem determinar a data. Eles finalmente apontaram uma data
para a apresentação de Michael Jackson para depoimento em algum momento de
janeiro, mas afirmaram que a data de janeiro era a mais breve de que ele
poderia se apresentar por estar fora do país em turnê. O escritório do Sr.
Feldman estava tão ansioso para tomar o depoimento de Michael Jackson, que
estava mesmo disposto a viajar para fora do país em um local mutuamente
aceitável apenas para tomar o depoimento dele antes de janeiro.
Havia
moção para obrigar o depoimento de Michael Jackson enquanto o escritório do Sr.
Fields estava tentando conseguir uma suspensão para a instrução e da data do
julgamento. O escritório do Sr. Feldman, por outro lado, apresentou uma moção
para obrigar o depoimento de Michael Jackson e para produzir documentos para
inspeção.
O
Sr. Feldman estava tendo um momento difícil para Michael Jackson depor. Ele e
os advogados dele responderam a todas as solicitações de inspeção de documentos
para fazer valer os direitos dele garantidos pela Quinta Emenda.
Movimento para Obrigar a Deposição
de Michael Jackson
Enquanto
o escritório do Sr. Fields estava tentando conseguir uma
suspensão da Intrução e da data do julgamento, o escritório do Sr. Feldman, por outro lado, apresentou uma moção para obrigar a deposição de Michael Jackson e para produzir documentos
para inspeção. Feldman estava tendo um momento difícil em depor Michael Jackson.
Michael Jackson e
os advogados dele responderam a
todas as solicitações de inspeção de documentos por fazer valer os direitos
dele a Quinta Emenda.
O
Sr. Fields afirmou que o motivo dele em recusar a moção do Sr. Feldman foi
baseado no fato de que isso prejudicaria os direitos constitucionais de Michael
Jackson até que o tratamento por dependência de drogas fosse concluído. Ele
ainda complementou que o depoimento de Michael Jackson não deveria ser tomado
até que a ameaça de processo penal estivesse acabada e até que a condição
médica dele fosse resolvida.
O
Sr. Feldman declarou, em resposta, que a continuada estratégia de Michael
Jackson era atrasar, atrasar, e mais atrasar mais. Ele também manteve a
afirmação de que a memória de um menor é crucial se a vítima esta processando
com sucesso uma ação por abuso infantil. Ele afirmou ainda que a dependência de
drogas de Michael Jackson não o impediu de dar um depoimento de 8 a10 horas na
Cidade do México, em 8 de novembro de 1993, em um caso de violação de direitos
autorais durante a turnê.
A
advogada de Michael Jackson, Eve H. Wagner, afirmou que ele não poderia depor
por causa do vício em drogas. Ela o descreveu como estando com os olhos
vidrados, que mal conseguia ficar acordado, tendo dificuldade para segurar
objetos físicos, estava fala arrastada e estava incapaz de se concentrar em
questões.
O
médico de Michael Jackson, em Londres, o Dr. Beauchamp Colelough, emitiu uma
declaração, em 20 de novembro de 1993, validando a condição de Michael Jackson.
Ele afirmou que David Forecast, médico clínico de Michael Jackson, na Cidade do
México, e a Senhora Elizabeth Taylor o trouxeram para ele em 12 de novembro de
1993 para participar de um programa de 6 a 8 semanas pela dependência em
analgésicos.
Foi
o Dr. David Forecast que recomendou que Michael Jackson cancelasse o restante
de sua turnê. O Sr. Fields falou com o Sr. Forecast pelo telefone, onde ele
informou que Michael Jackson iria cancelar a turnê, o que lhe custou milhões de
dólares e que seria colocado em cuidados profissionais. Ele se recusou a
revelar onde Michael Jackson estaria recebendo o tratamento por causa da
atenção que a mídia iria dar, o que destruiria a possibilidade dele receber o
cuidado adequado.
A
lei que Fields citou na resposta dele foi que não havia direito constitucional
a uma Permanência. U.S. v.
Kordel, 397 U.S. 1, 90 S. Ct. 763 25 L.Ed.2d 1 (1970); People v. Coleman, 13
Cal.3d. 867 (1975).
Uma
vez que o direito contra a autoincriminação tem sido invocado, uma Permanência
não é obrigatória, mas fica a critério do Tribunal. Fed. S&L Ins. Corp. v.
Molinaro, 889 F.2d 899 (9th Cir. 1989). O Tribunal de Apelações considerou que
o privilégio contra a autoincriminação pode ser invocado não só por um réu
criminal, mas também por partes ou testemunhas em uma ação civil.
No
entanto, enquanto o privilégio de um acusado criminal é absoluto, em um
processo civil, uma testemunha ou uma parte pode ser exigida a abrir mão do
privilégio ou aceitar as consequências civis do silêncio se o exercer. Há uma
ampla gama de sanções civis que pode ser imposta sobre um litigante civil que
invoca o direito à Quinta Emenda.
Embora
não possa ser penalizado por fazer valer o privilégio contra a autoincriminação,
é responsabilizado pelas consequências que resultam diretamente das afirmações.
A
oposição do Réu à moção para obriga-lo argumentou que o depoimento dele deveria
ser adiado até que a ameaça de processo penal estivesse descartada e até que o
atual tratamento médico do réu estivesse concluído.
No
Código de Processo Civil, seção 36, é obrigatório em requerer que se dê
preferência, em ações como o caso em questão, quando autor tem menos de 14
anos.
Moção Para Obrigar Mais
Respostas
O
Sr. Cochran se opôs à moção do Sr. Feldman para obrigar mais respostas por
escrito à Instrução, afirmando que "irá
violar os direitos constitucionais de Michael Jackson." "Que a Michael Jackson seria dado o
mesmo direito de ter o depoimento ouvido pela primeira vez no julgamento, sem
medo de que a acusação tentasse impugnar a credibilidade." O Sr. Cochran
afirmou que, "as autoridades de
aplicação da lei pediram e obtiveram acesso a todas as descobertas desta ação”.
Ele também se opôs ao pedido devido ao fato de ser excessivamente amplo,
buscando informações não relacionadas ao apelo de abuso sexual do autor, e a
informação procurada estava protegida por produto de trabalho do privilégio
advogado / cliente, e o pedido de informação financeira era prematuro.
Ele
também afirmou que, por causa da mudança de circunstâncias, Michael Jackson não
deveria ser obrigado a responder à Instrução até a conclusão da investigação criminal
pendente, e que o autor não deve ser autorizado a usar a Instrução civil para
assediar e intimidar terceiros.
Moção de Preferência de
Julgamento
O
Sr. Feldman os atingiu com outro golpe pela apresentação de uma Moção de
Preferência de Julgamento. Esse é um pedido especial para que o julgamento seja
ouvido dentro de 120 dias após a moção ser deferida. Esse pedido é geralmente
dado a crianças com idade abaixo de 14 anos e idosos, devido à incapacidade de
se lembrar de detalhes depois de um período prolongado de tempo. A Moção de
Preferências foi criada para ser ouvida em 16 de novembro de 1993, e uma data
para o julgamento em 16 de março de 1994 foi solicitada.
O
Sr. Feldman afirmou na Moção de Preferência de julgamento que o sistema
projetado para proteger uma criança do constrangimento e do ridículo de ser
vítima deste tipo de crime fracassou totalmente devido à publicidade mundial
vazar o relatório do Departamento de Serviços Infantil. O Sr. Feldman,
obviamente, bom em pintar quadros de desespero, alegou, ainda, que um atraso,
neste caso, enviaria uma mensagem ao mundo de que nenhuma criança estaria
segura de alguém com um status de astro como Michael Jackson. Ele concluiu que
o cliente dele, o menino de 13 anos, tinha o direito de viver o resto da
infância dele sem uma nuvem sobre a cabeça dele de que ele era um chantagista e
mentiroso. (Ele se referia as declarações que o Sr. Pellicano fez à imprensa
que foram televisionadas, afirmando que o Dr. Chandler e o Sr. Rothman eram
chantagistas e mentirosos). O Sr. Pellicano apresentou uma declaração ao
Tribunal refutando a alegação do Sr. Feldman e afirmou que os comentários dele
foram direcionados ao Dr. Chandler e ao Sr. Rothman e nunca foram direcionados
ao garoto de 13 anos de idade.
A
lei que o Sr. Feldman utilizou como base para o pedido de preferência de
julgamento foi o Código Civil, seção 36, que exige que a uma das partes de uma
ação civil por danos pessoais, que tem menos de14 anos seja fornecido uma data
de julgamento rápido dentro de 120 dias. O Sr. Feldman afirmou ainda que o
pedido iria permitir que o cliente dele se retirasse dos holofotes da mídia e
retornasse a uma vida normal. Ele argumentou que os esforços do cliente dele em
deixar esse caso para trás estavam sendo sufocados por táticas de atraso e
manipulação da mídia por Michael Jackson, os advogados dele, investigadores e
jornalistas.
A oposição à Proposta
de Preferência de Julgamento
Os
pontos e autoridades registradas pelo Sr. Fields em oposição à moção do
reclamante para a preferência de julgamento, afirmou que a moção de preferência
de julgamento deve ser negada porque o Código de Processo Civil, seção 36, não
se aplica nesse caso. Ele afirmou, ainda, que julgar o caso antes do depoimento
no caso criminal poderia prejudicar os direitos constitucionais de Michael
Jackson e seria contrário à jurisprudência neste estado.
O
Sr. Feldman foi persistente em pintar a imagem da alegação de que o menino de
13 anos estava sendo atraído e seduzido por atos de bondade e muitos presentes
de Michael Jackson e viagens que ele derramou sobre ele.
O
Sr. Fields também era eloquente em afirmar que a conduta do menino de 13 anos
em aceitar os muitos presentes e continuar a amizade com Michael Jackson
mostrou uma vontade de se envolver na amizade e, portanto, não constitui como
consentimento ilegal.
O
Sr. Feldman apresentou uma declaração do Dr. Evan Chandler em apoio à Proposta
de Preferência de julgamento, que teve uma declaração: a de que a criança estava
com menos de 14 anos. E era isso! O Dr. Chandler não declarou nada a mais na
declaração dele, que é uma declaração por escrito, sob juramento, declarando
afirmar a verdade. Eu nunca vi uma declaração relativa a um caso importante tão
curta em toda a minha carreira jurídica. Um declarante geralmente atesta vários
fatos, especialmente sobre um caso importante como esse. Eles também declaram
que disseram os fatos verdadeiros e corretos e declaram a vontade de serem
chamados para serem capazes de depor sob penalidade de perjúrio. É possível que
a informação que o Dr. Chandler declarou fosse a única informação que poderia
ser capaz de depor sob penalidade de perjúrio?
O
Sr. Feldman apresentou um memorando suplementar de Pontos e Autoridades em
apoio à moção de preferência de julgamento apenas um dia antes de 23 de
novembro de 1993, data da audiência. Ele apresentou um histórico legislativo
completo da Seção 36, que apresentou ao Tribunal com base no pedido do
reclamante para a preferência. Ele declarou, especificamente, que a Seção 36 se
destina a aplicar a ações como a presente, de agressão sexual, e as relatadas
causas de ações, porque a memória de uma criança está se desenvolvendo e,
portanto, não se lembra como um adulto. Ele também afirmou que as memórias das
crianças são frágeis.
Aplicação de ex parte
para a Ordem do Acordo ficar Descoberta
O
Sr. Fields apresentou um pedido judicial para Aplicação Ex Parte de uma Ordem Provisória para suspender a Produção de Provas
pedida pelo autor da ação até que o tribunal julgasse a moção do réu para
Produção de Provas e o Julgamento. Essa mudança foi necessária para evitar a
Produção de provas que foi proposta pelos reclamantes antes do tribunal julgar
a moção do réu para Suspensão da Instrução e Julgamento. A audiência ex parte foi ouvida em 5 de novembro de 1993, e o
Tribunal ordenou que toda a Produção de Provas fosse suspensa até 23 de
novembro de 1993, a audiência da moção para ficar suspenso foi ouvido no
tribunal.
A
oposição do Sr. Feldman para a Aplicação Ex
Parte foi a de que eles teriam que remarcar e voltar a observar os
depoimentos de 11 testemunhas apartidárias e que esta era um anova tática e
artimanha de atraso pelo réu. Nesse ínterim, o Tribunal permitiu ordenar os
depoimentos do Sr. Pellicano, Phillip Le Marque, Stella L. Marque, Gary Hearne,
Janelle Wahl, (o garoto Chandler de 13 anos), Gail Goforth, Evan Chandler,
Evangelian Aquilian, Barry Rothman, June Schwartz, David Schwartz, Anthony Pellicano,
La Toya Jackson and Blanca Francia para ir a frente.
Nota
da revisora:
Audiência
ex parte significa que a parte
adversária não irá presenciar.
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