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Conspiracy, Capítulo 21 "She's Out Of My Life"


 “She’s Out Of My Life”




No primeiro dia que a mãe do acusador passou pelos fotógrafos, ela cobriu o rosto com um capô. Quando a mulher entrou no tribunal, Katherine Jackson estava sozinha na primeira fila, encarando Janet “Jackson” Arvizo, sem Joe, sem Tito ou Jermaine e sem Randy ou Jackie, todos os quais tinham estado regularmente no tribunal durante o procedimento. A mãe de Michael parecia chateada, infeliz ao ver Janet e ela fechou os olhos dela por cerca de trinta segundos, enquanto a encapuzada mulher fazia o caminho dela para frente do recinto.
Enquanto Janet, devagar, fazia o caminho até o banco de testemunhas, a mulher de trinta e seis anos, não se parecia nada com a versão de Janet Arvizo, a mulher no filme de refutação. O filme de refutação, mostrando Janet e os três filhos dela louvando Michael Jackson por ajudar na cura do câncer de Gavin nunca foi televisionado. Mas a gravação foi mostrada ao júri tantas vezes, que, no momento de Janet testemunhar de verdade, os observadores no tribunal sentiram que eles já a conheciam.
Os fãs de Jackson tinham o vídeo de refutação memorizado e as pessoas tinham repetido de forma engraçada as linhas chaves da entrevista, na qual Janet alegava que ela foi negligenciada e “jogada fora”. No vídeo refutação, Janet Arvizo não poderia ter sido mais melodramática. Ela tinha todo o tipo de histórias tristes para relatar, insistindo que antes que Michael tivesse interesse na família dela, ela estava à beira da pobreza, forçada alimentar os filhos dela com cereal no jantar, sempre sem ter um lugar seguro para viver. Durante a entrevista no vídeo refutação, Janet fez estranhas declarações. Ela alegou que ela e os filhos dela tinham sido forçados a dormir em um estábulo. Ela alegou que o ex-marido dela fingindo ser um pai maravilhoso.
Na gravação, Janet gastou uma boa parte do tempo falando mal do ex-marido dela, David, o pai biológico dos três filhos dela. Mas ela gastou mais tempo ainda, elogiando Michael Jackson, por ser a pessoa que tinha vindo salvá-la, chamando Michael de enviado de Deus, uma boa pessoa um homem de “família”.
O vídeo refutação tinha criado certa expectativa e impressão para o júri que Janet não tinha realmente correspondeu. Na fita, ela parecia uma jovem mulher glamorosa, com cabelos longos e encaracolados, lábios pintados com gloss vermelho e uma figura curvilínea. Mas a pessoa que ela tinha sido no passado, a pessoa que Janet era quando ela estava perto de Michael Jackson, não era nada mais que uma memória de um vídeo.
A presença de Janet no tribunal era desajeitada e desconcertante. Ela não apenas parecia desbotada, mas toda a personalidade dela ter mudado. Não havia mais a garota glamorosa, Janet Arvizo era um enigma. No banco de testemunha, ela algumas vezes parecia uma criança e agiria de forma infantil.
Enquanto ela falava, ela parecia mudar, projetando diferentes imagens e diferentes pessoas. Houve momentos em que a mulher de trinta e seis anos pareceu uma deselegante dona de casa, apresentando-se como uma mãe super preocupada, que estava muito cansada para cuidar da aparência dela. Em qualquer outro caso, essa tática poderia ter funcionado, poderia ter ganhado alguma simpatia para ela, mas Janet sabia que ela estava sob holofotes.
Certamente ela não usaria um terno formal, sabendo que a mídia mundial estava toda interessada em vê-la, que pessoas de toda parte da terra estavam lá para relatar qualquer detalhe sobre a aparência dela no tribunal. Quando Janet se encolheu na cadeira de testemunhas, uma sala cheia de membros da media estava tomando notas copiosas.
Todo mundo no tribunal estava chocado em ver como o físico de Janet tinha mudado em dois anos e as pessoas ficaram impressionadas com isso, fofocando sobre o fato de ela ter ganhado muito peso, tivesse escolhido não usar roupas de estilistas tivesse esquecido os segredos de beleza dela, completamente, usando nenhuma maquiagem. O cabelo de Janet estava mais curto, a face dela estava mais cheia e ela se vestia como uma garotinha, usando um suéter rosa e usando grampos com estrelas brilhantes baratas.
Quanto à personalidade dela, Janet estava mais que confusa, nem de longe a mulher segura que apareceu no vídeo. Diante de júri, raramente ela fazia sentido e raramente ela respondia a perguntas diretas ou razoavelmente. Muitas vezes, Janet pareceria chorar diante do júri. As lágrimas dela, porém, não apreciam reais.
Quando ela começou a testemunhar, Janet estava soluçando, pedindo ao júri para não julgá-la. Ela era inapropriada e as pessoas viram que Janet estava fazendo alguns dos jurados se sentirem desconfortáveis. Ela era uma pessoa estranha que fazia escolhas estranhas. Durante o testemunho dela, Janet escolheu não olhar para Michael Jackson, e decidiu não olhar para Ron Zonen, o promotor que fez o questionamento dela.
As pessoas consideraram bizarro que Janet se negasse a olhar para qualquer outro lugar, que ela desejasse desabafar e testemunhar inteiramente para os membros do júri. De alguma forma estranha, parecia que Janet pensava que ela poderia vencer o caso suplicando diretamente aos jurados, mas o sistema no tribunal não funcionava desse jeito. Para tornar as coisas piores, Janet muitas vezes ficaria irada e a mulher apontaria o dedo dela e estalava o dedo para o júri. Francos membros do júri diriam mais tarde, que eles consideraram o comportamento de Janet ofensivo e bizarro.
Janet Arvizo fazia as pessoas sentirem medo.
A mãe do acusador testemunhou durante três dias seguidos, sempre se cobrindo com um capuz de suéter, enquanto ela fazia o caminho dela até o tribunal. Todo dia, ela era escoltada através de uma multidão de repórteres que nunca conseguiam pegar uma fotografia clara dela. Porque Janet tinha se casado de novo, com um homem chamado Jay Jackson, ela exigiu ser reconhecida como “Janet Jackson”, mas o juiz Melville se recusou a permitir aquilo. O juiz disse que aquilo seria muito confuso e para o propósito do julgamento, Janet seria reconhecida como Janet Ventura Arvizo.
Antes de ela entrar no tribunal, o time de defesa argumentou contra a reclamação de Janet pelo direito garantido pela Quinta Emenda, de não testemunhar sobre a fraude contra o sistema assistencial, dizendo ao tribunal que Jane Arvizo não deveria ter o direito ter o direito de escolher sobre o que ela iria testemunhar. A defesa apontou que Janet tinha feito uma aplicação de assistência emergencial, tinha se inscrito para receber benefícios, cupons de alimentação, habitação, invalidez, desemprego, tudo; quando ela tinha uma conta bancária pessoal com milhares e milhares de dólares disponíveis para ela.
Mas o direito de Janet à Quinta Emenda foi confirmado e no tribunal da Califórnia ela não tinha que declarar a alegação dela contra se auto-incriminar em frente de um júri. É claro, Sneddon, esperava que o júri não escutaria nenhum detalhe sobre a alegada fraude de Janet contra a assistência. O promotor esperava que não fosse mencionado que Janet Arvizo tinha reclamado a Quinta Emenda em relação a se inscrever fraudulentamente para receber benefícios.
Para ser justo com os dois lados, o juiz Melville decidiu que ele informaria ao júri sobre a decisão de Janet reclamar os privilégios garantidos pela Quinta Emenda a ela e, além disso, Melville decidiu que ele permitiria ao time de defesa apresentar evidencias sobre a alegada fraude que Janet cometeu contra o programa assistencial, durante o caso principal deles. O time de defesa, mais tarde, chamaria um contador público, assim como um especialista em fraudes contra o programa assistencial, no intuito de provar que Janet Arvizo estava usando todas as possíveis fontes governamentais para receber dinheiro que ela não tinha direito.
Enquanto Janet estava sob juramento, o juiz Melville informou ao júri que a senhora Arvizo tinha reclamado a Quinta Emenda em relação à alegada fraude contra os benefícios governamentais e perjúrio. Antes mesmo que Janet abrisse a boca dela no tribunal, a mãe de Gavin Arvizo tinha se tornado uma figura ruin.
Havia mais que uma insinuação de desdém.
Porque o promotor de Santa Bárbara não tinha garantido imunidade a Janet de ser processada pela questão da fraude contra os benefícios governamentais um ano e meio depois do julgamento de Jackson acabar, em novembro de 2006, Janet Arvizo confessou ser culpada por fraude contra os contribuintes da América, por fraudulentamente pedir por benefícios. Aparentemente, a fraude contra os benefícios era algo pelo que Janet Arvizo nunca pensou que ela seria acusada. Aparentemente ela estava muito focada no julgamento criminal contra Michael Jackson, o que seria seguido por um julgamento civil em favor dela. Janet Arvizo parecia estar cega pelos milhões de dólares. Ela aprecia pouco se preocupar sobre expor a vida privada dela. Qualquer coisa desagradável que poderia ser revelado foi, talvez, ofuscada pelo propósito de ser tornar muita rica.
Janet Arvizo concordou em testemunhar sem imunidade e Ron Zonen foi rápido em tentar estabelecer para o júri, que a senhora Arvizo era uma mulher temente a Deus, uma mulher que tina uma vida difícil, que tinha sofrido com doenças e pobreza, que tinha atravessados muitos maus momentos. Zonen queria ganhar tanta simpatia para ela quanto possível e ele pediu a Janet para fornecer detalhes sobre ter sido a mãe de quatro filhos, sobre ter parido recentemente um bebê de oito meses com o novo marido dela. Ele, então, pediu a Janet para contar ao júri sobre o sério câncer de Gavin e a experiência de quase morte, que tinha levado a família Arvizo à casa de Michael Jackson.
Não estranho em casos de alto perfil, o promotor delegado distrital de Santa Bárbara, Ron Zonen, era o mais forte dos três membros do time da promotoria. Ele era bem preparado e dirigido; e nunca exibia raiva como Tom Sneddon, nunca perdia o controle. Ron Zonen era forte, tão inteligente como eles se mostraram; e ele tinha ainda a vantagem de ser humilde, diferentemente de Gordon Auchincloss, que se mostrou arrogante e presunçoso. Dos três, Zonen era o de caráter mais agradável. Ele tinha presença. Ele tinha inteligência. Quando Zonen falava, as pessoas escutavam.
Mas ter Janet “Jackson” Arvizo nas mãos dele, deixou Zonen com um caminho bem difícil de percorrer. Janet Arvizo era a cabeça da acusação de conspiração que a promotoria fez contra Jackson. A promotoria estava colocando Janet no banco de testemunhas com o objetivo de provar que Jackson e os associados dele tinham conspirado para prender Janet e os filhos dela em Neverland contra a vontade deles. No final, Janet testemunhou que a família dela foi coagida e tinha sido presa em Neverland nas semanas seguintes a viagem deles a Miami, até que eles concordaram em gravar um vídeo refutação em resposta ao documentário de Martin Bashir.
Janet disso ao júri que o “cativeiro” dela começou quando ela recebeu uma ligação de Michael, que pediu que a família se juntasse a ele em Miami para participar de uma conferência de imprensa em resposta à obra de Bashir. De acordo com Janet, foi Michael, pessoalmente, quem ligou para relatar que ela e a família dela poderiam estar em “perigo”. Janet alegou que Michael foi quem quis que os Arvizos se juntassem a ele em Miami, assim, eles poderiam ser protegidos contra alegadas “ameaças de morte”.
Janet disse ao júri que quando ela chegou a Miami, em 18 de fevereiro de 2003, Michael Jackson tinha decidido que a conferencia de imprensa não era necessária. Janet alegou que Jackson e o “pessoal” dele tinham mantido os olhos nela, se recusando a permitir que ela assistisse à transmição do documentário de Bashir, o qual foi ao ar na rede ABC, durante o mesmo período de tempo.
Quando Janet entrou nos detalhes em relação à viagem dela para ver Jackson em Miami, ela disse que no início de 2003, ela e os filhos dela voaram pelo país com a estrela de cinema, Chris Tucker, em um jato particular. Eles foram para o resort Turnberry no norte de Miami, onde ela teria ficado no próprio quarto com os filhos dela, depois, encontraram Michael Jackson na suíte presidencial dele. Janet disse ao júri que os filhos dela forma tratados com massagem no SPA em Turnberry, mas ela reclamou de que a maior parte do tempo deles foi gasto com Michael, trancados na enorme suíte de hotel dele.
Enquanto estavam em Miami, Janet alegou, ela não teve realmente a chance de aproveitar as instalações do pretensioso hotel. Ela gastou os dias dela com Michael, Prince e Paris, que estavam acompanhados por Frank Cascio e a irmã mais nova dele, Marie Nicole, e o irmão mais novo, Aldo, a quem Jackson chamava de “Baby Rubba”.
Janet tinha múltimplas reclamações sobre a estadia dela com Michael no Turnberry Resort, o que ela sentiu ser como uma viagem de negócios. Janet indicou que os filhos dela estavam felizes por ser convidados de Michael por algumas noites, mas de uma forma indireta, ela estava reclamando ao júri que ela e os filhos dela não passaram nenhum tempo fora do quarto, porque havia um intenso interesse da mídia.
Mais tarde, uma exibição foi introduzida no tribunal, mostrando as chamadas telefônicas que Jackson tinha recebido em 6 de fevereiro de 2003, o dia seguinte a transmição do documentário de Bashir, Living With Michael Jackson. Incluindo uma enorme quantidade de mensagens vinda do Extra! E do Enterteniment Tonight, da CBS Early Show e do Good Morning America, Sky News London, assim como as ligações pessoais de Larry King e Barbara Walters. A lista era imensa.
Para o júri, Janet confirmou que ela tinha sido sobrecarregada com os pedidos da mídia, ma insistiu que ela não estava interessada em pegar dinheiro de tabloides, alegando que ela teve “zero” conversa com os repórteres, que o contato dela com a mídia foi “duas vezes zero”. Janet testemunhou que ela concordou em voar para Miami encontrar com Michael e o “pessoal” dele, enquanto eles estavam pensando sobre o que fazer sobre o pesadelo de relações públicas criado pelo documentário de Bashir. Ela afirmou que os associados de Michael tinham escrito uma resposta para ela dar à mídia. Durante o testemunho dela, Janet disse que todas as declarações dela no vídeo refutação não foram verdadeiras, foram inventadas.
Mas isso não convenceu ao júri.
“Agora, senhora Arvizo, você disse que você e os seus filhos foram negligenciados e cuspidos, correto?” Mesereau perguntou.
“Sim.” Ela respondeu.
“E a quem você está se referindo?”
“Eles pegaram elementos da minha vida e da vida dos meus filhos, que eram verídicos, e eles incorporaram isso ao script deles. E isso aconteceu na reunião inicial em Miami. Eles estavam já prontos para trabalhar com isso. Eu levei um tempo para descobrir.”
“Quem negligenciou sua família?” Mesereau perguntou.
“Neste script, tudo foi escrito” Janet disse a ele.
“Quando você diz que sua família foi cuspida, a quem você está se referindo?
“Na coisa de refutação, tudo é roteirizado. Eles pegaram elementos sobre mim e os meus filhos que eram verdadeiros e incorporaram-no aqui.”
“Quando você diz, ‘nós estávamos no código postal direto e não havia a raça certa, a que você está se referindo?”
“Isto é tudo roteirizado”, Janet insistiu.
Enquanto o testemunho dela continuava, Janet fez afirmações que se tornaram difícil de engolir, simplesmente impossível de acreditar. Uma das coisas foi que ela jurou nunca ter visto o documentário de Bashir inteiramente, jamais. Ela disse que na época em que o documentário de Bashir foi gravado em Neverland, ela não tinha sido informada que os filhos dela estavam gravando alguma coisa que seria transmitida na TV.
Janet disse ao júri que ela soube que Gavin e os irmãos dele tinham filmado “alguma coisa sobre Michael ajudar Gavin com o câncer”, somente depois do documentário de Bashir ser transmitido na Grã Bretanha. Após mais perguntas, a senhora Arvizo admitiu ela tinha se juntado a Michael Jackson em um processo contra a Granada Television, por usar imagens das crianças sem permissão.
Parecia que quanto mais Janet Arvizo testemunhava, mais ela cavava um buraco para a promotoria. O júri não estava acreditando nela, não mesmo. Como os filhos dela, Janet estava afirmando que Gavin foi inapropriadamente tocado por Jackson depois do escândalo causado pelo documentário de Bashir, não antes.
De acordo com Janet, a primeira vez que o senhor Jackson decidiu atuar inapropriadamente com Gavin, foi no caminho de volta da Flórida para Califórnia, exatamente depois que o documentário de Bashir foi ao ar. O testemunho de Janet foi que ela nunca viu Michael Jackson fazer nada sexualmente inapropriado com Gavin, embora ela tenha alegado ter visto Michael lamber o cabelo da cabeça do filho dela, durante o vôo de Miami a Santa Bárbara.
Com Mesereau interrogando-a, a versão de Janet do alegado abuso sexual do filho dela, fez cada vez menos sentidos. As alegações de Janet Arvizo começaram a parecer crescentemente ultrajantes. O advogado de defesa fez Janet em pedaços, particularmente sobre o alegado cativeiro dela em Neverland. Se houve algum tipo de conspiração, Mesereau fez isso parecer como se houvesse uma conspiração contra Michael Jackson.
 Janet ter testemunhado que Michael tinha planejado abduzir os Arvizos e, então, tinha atuado inapropriadamente com Gavin, imediatamente depois do documentário de Bashir, abriu uma caixa de Pandora, com o que Mesereau pode trabalhar. Mesereau mostraria que nas semanas seguintes ao documentário de Bashir, Janet Arvizo e os filhos dela, voluntariamente, passaram tempo em Neverland, tirando vantagens da bem abastecida casa de Michael.
O advogado de defesa provaria que Janet estava gastando o tempo dela decidindo sobre se gravaria ou não um vídeo refutação. A senhora Arvizo manteve-se ocupada, com Michael pagando por tudo, desde o tratamento dental de Gavin à depilação de corpo inteiro de Janet. Quando Janet e os filhos dela, finalmente, fizeram o vídeo refutação, isso foi gravado depois que os Arvizos voltaram para Califórnia, muito atrasado para ser possível ir ao ar no programa refutação da FOX, The Michael Jackson Interview: The Footage You Were Never Meant to See.
Quanto aos comentários dela no vídeo refutação, Janet continuou insistindo que ela e os filhos dela estavam lendo um script e disse aos jurados que nenhum deles queria dizer nenhuma das coisas amorosas que eles disseram sobre Michael. Janet afirmou que ela e os filhos dela tinham sido forçados a dizer que Jackson agia como uma “figura paterna” para Gavin. Ela disse que ela e os filhos dela tinham sido orientados a dizer todas as palavras que eles proferiram durante a entrevista. Mas o testemunho dela parecia hipócrita.
Era interessante assistir a como Janet ficou irada por ter sido forçada a usar um script para todo o vídeo refutação, especialmente porque todos no tribunal tinha visto as partes “em off” do vídeo, e tinham visto Janet falar aos filhos dela para sentarem eretos, para se comportarem, espontaneamente sugerindo que ela e Gavin segurassem as mãos nas frente da câmera.Quando perguntada se as partes cortadas também era um script, Janet disse ao júri que era. Quanto mais Janet insistia nisso, mais ela parecia uma mentirosa ruin. Enquanto Mesereau a questionava, ele estava apresentando o ponto de vista dele para o júri: Janet era uma mulher com um interesse.
“Eu não sou uma boa atriz”, Janet testemunhou.
“Oh, eu penso que você é”, Mesereau disse.
O advogado de defesa tinha razão em acreditar que Janet estava dando um espetáculo. Mas, em alguns momentos, Janet não pôde controlar as emoções dela e ela se tornaria explosiva e antagônica no banco de testemunhas. O testemunho emocional dela foi tão desequilibrado, que durante o interrogatório dela, pela promotoria, Mesereau deliberadamente se recusou a objetar. Um advogado intuitivo, Mesereau mediu Janet instantaneamente e estava feliz em vê-la sair pela tangente. Quando Janet contou aos jurados sobre a boba teoria de conspiração dela, ela disse que ela uma vez planejou fugir de Neverland em um balão a gás.
Em apoio à teoria de conspiração, uma gravação de uma conversa telefônica entre Janet e o grande amigo de Michael, Frank Cascio, foi mostrada ao júri. Naquela conversa, Frank pedia a Janet para voltar a Neverland com os filhos dela, mencionando a preocupação dele com a segurança de Janet. Porém, Frank não disse nada sobre as pessoas alegadamente ameaçar a vida de Janet. Enquanto o júri escutava a gravação a chamada telefônica, eles ouviram Frank Cascio dizer que ele estava preocupado com a segurança da família Arvizo, por causa de todos aqueles paparazzi.
Não houve nenhuma menção à ameaça de morte.
Não houve menção a assassinos.
A única pessoa que alegou que a repercussão o documentário de Bashir, tinha criado uma situação de ameaça de morte, foi a senhora Arvizo. Esta era uma alegação que os filhos dela, Gavin e Star, tentaram corroborar, sem sucesso.  Logo no início do julgamento, os dois garotos testemunharam que eles tinham escutado alguma coisa da mãe deles sobre “assassinos”, mas as memórias deles eram vagas. Sob o interrogatório da defesa, os garotos Arvizo admitiram que eles adoravam ficar em Neverland, testemunharam que eles nunca se sentiram ameaçados  por ninguém e disseram ao júri que eles realmente nunca quiseram deixar o rancho de Jackson, em nenhum momento.
As alegações de Janet de que eles estavam sendo mantidos presos em Neverland, a afirmação dela de que ela e os filhos dela estavam sendo mantidos escondidos de misteriosos “assassinos”, parecia uma improvável loucura, especialmente desde que gravações foram introduzida como evidências, que provavam que Janet Arvizo gastou milhares de dólares em maquiagem, produtos de beleza e tratamentos de beleza, pagos pela empresa Neverland Valley Ranch Enterteniment de Michael Jackson, durante fevereiro de 2003.
A teoria de conspiração que a promotoria jogou na mistura, era o ponto mais fraco do caso. Isso fez muitas pessoas pensarem duas vezes sobre o promotor ter um desejo de vingança contra Jackson, sobre Sneddon tentar arruinar o artista de qualquer forma possível. É claro, Tom Sneddon veementemente negava isso. Quando o promotor afirmou que Michael Jackson tinha criado um plano para enviar a família Arvizo para o Brasil, a alegação pareceu irracional.
A promotoria produziu os passaportes e vistos mostrando que os “associados” de Jackson tinha obtido aqueles itens junto com Janet Arvizo, sugerindo que o “pessoal” de Jackson estavam planejando para que os Arvizos fizessem uma viagem permanente para o Brasil. Mas a promotoria não foi capaz de estabelecer que a viagem para o Brasil fosse algo mais que férias oferecidas. E o promotor distrital, Sneddon, não foi capaz de provar, de nenhuma maneira, nem mesmo, que Michael Jackson estava ciente de que a viagem para o Brasil estava sendo preparada.
Quanto mais havia testemunho sobre a viagem ao Brasil, mais o plano de conspiração parecia um cenário forjado pela promotoria. Parecia estranho que a promotoria colocasse tanta ênfase nisto, especialmente porque os Arvizos nunca fizeram nenhuma viagem.
Pra o júri, o promotor distrital, Tom Sneddon, argumentou que Michael Jackson estava tão completamente desesperado depois do documentário de Bashir ser transmitido que toda a careira e status financeiro de Jackson estavam em risco, assim, o pop star precisava abduzir, aprisionar e extorquir a família Arvizo, com o objetivo de manter a “imagem” dele. Para muitas pessoas, essa foi a acusação mais absurda de todo o julgamento. Os observadores do tribunal zombaram da noção.
As pessoas pensaram que a teoria de conspiração era totalmente ridícula.
No final do dia, Tom Sneddon não foi capaz de provar que Michael Jackson tivesse qualquer conhecimento sobre a conspiração de enviar os Arvizos para nenhum lugar. O time de acusação estava arguindo, sem sucesso, que Jackson através dos “associados” dele, tinha uma mão na abdução dos Arvizos e no cativeiro deles. O promotor afirmou que Jackson se envolveu em um plano criminoso, no intuito de salvar a si mesmo da ruína financeira e profissional. Essa foi uma teoria que deixou as pessoas no tribunal confusas. As pessoas começaram a se perguntar se os promotores eram sérios, se os promotores tinham perdido a cabeça.




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