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Analisando a Hipocrisia da Mídia a Relatar o Acordo de Michael Jackson vos o Acordo de Outras Celebridades, parte 1 de 2

 

 

Por sanemjfan em 20 de setembro de 2010

Traduzido por Daniela Ferreira para o blog O Lado Não Contado da História

 

Ei pessoal, quantas vezes você já ouviu alguém dizer que Michael Jackson deve ter sido culpado em 1993 porque ele pagou US $ 20 milhões em por “silêncio”? Já ouvi tantas vezes que decidi escrever um artigo refutando o argumento de UMA VEZ POR TODAS! Eu tinha tanta informação que eu queria incluir que eu fui obrigado a dividir este post em duas partes! Na parte 1, eu discutirei a diferença entre direito civil e penal, e examinarei cuidadosamente as ações cíveis que os Chandlers e Francias ajuizaram contra Michael Jackson. Apreveite! – D. E.


Como todos nós sabemos, os anos de tendenciosa cobertura da mídia é a razão número um por que tantas pessoas têm uma opinião negativa de Michael Jackson. Os meios de comunicação o edificaram em 1980 e, em seguida, rasgou-o, sem desculpas, desde 1993 à morte dele (e mesmo depois da morte!). Houve tantas mentiras apregoadas sobre MJ ao longo dos anos em relação ao branqueamento da pele, cirurgia plástica, a paternidade ds filhos dele, os problemas de saúde, a sexualidade e o uso de drogas, entre outras coisas.
Mas a mentira mais prejudicial que foi deliberadamente divulgada ao público é que MJ “pagou suborno” para os Chandlers em 1993 (e os Francias em 1996), a fim de impedi-los de testemunhar no tribunal criminal. Quantas vezes você já ouviu alguém dizer o seguinte: “MJ deve ter sido culpado porque não há nenhuma maneira de um homem inocente escolher fazer um acordo em uma ação judicial”.  Eu vou usar este post para totalmente derrubar esse mito, e comparar a acordo de MJ aos de outras celebridades e apontar a hipocrisia da mídia na maneira que ela cobre os casos.
Primeiro, vamos olhar para os maiores equívocos que o público tem sobre o caso de 1993. Eles pensam que os eventos a seguir aconteceram na seguinte ordem:

·        Jordie Chandler voluntariamente confessou a ao pai dele, Evan que ele foi molestado por Michael Jackson.

·        Evan Chandler imediatamente chamou a polícia em uma perseguição pela justiça.

·        A polícia começou a investigação, e obteve uma descrição do pênis de MJ, feita por Jordie, que combinava com a realidade.


MJ entrou em pânico quando percebeu que a descrição combinava e decidiu pagar US $ 20 milhões em suborno pelo silêncio deles no tribunal criminal.

·        O dinheiro os impediu de testemunhar, o que fechou a investigação criminal, permitindo, assim, que MJ “escapasse disso”.

·        Os Chandlers passaram a viver felizes para sempre. Todo mundo ainda está vivo, vivendo sob o mesmo teto, e está em condições de falar. Os Chandlers queria depor contra MJ em 2005, mas tinham medo de que eles teriam que devolver o suborno de MJ.

Essas suposições são totalmente falsas! Isto é o que aconteceu:

MJ teve uma briga com Evan, provavelmente por causa da recusa de MJ em contratá-lo ou financiar os roteiros dele.
Evan prepara um plano para extorquir dinheiro de MJ, ameaçando acusá-lo de molestar Jordie.
Evan e Dr. Mark Torbiner dão a Jordie uma droga (possivelmente amital sódico), durante um procedimento odontológico, após o que, Jordie é coagido a alegar abuso sexual.
Evan se reúne com MJ e exige US $ 20 milhões para financiar os filmes dele, o que é categoricamente negado.
June Chandler ganha uma ordem judicial para recuperar a custódia de Jordie, e apenas como resultado desta ordem judicial Evan chama um psiquiatra Mathis Abrams (em vez de denunciar MJ ao juiz que ordenou a devolução do menor à mãe) e relata o suposto abuso sexual de MJ. Abrams, então, como era obrigdo por lei, aciona o Deparatamento de Serviços às Crianças e à Família que, por sua vez, aciona a polícia.

Em setembro de 1993, Evan contrata Larry Feldman e arquiva uma ação civil contra o MJ, e eles com sucesso argumentam que ela deve ir ao tribunal civil antes do julgamento criminal. O pedido de MJ para que o processo civil fosse suspenso até depois do processo criminal é negado.
MJ é revistado, e a descrição não corresponde, e como resultado MJ não foi preso, como teria sido se combinasse. Feldman tenta, sem sucesso, ter as fotos retiaradas do processo civil, para que MJ não podesse usá-las para ajudar a limpar o nome dele.

Em 25 de janeiro de 1994, a seguradora de MJ resolve a ação civil (possivelmente contra o consentimento dele) e os Chandlers assinam um acordo de confidencialidade, que afirma explicitamente que eles podem testemunhar em tribunal criminal se assim o desejarem. Todos os Chandlers se recusam a cooperar com a investigação criminal depois de receber o dinheiro do acord. Isso perpetua o mito de que eles foram “pagos” para não falar. Ray Chandler é incapaz de garantir um acordo para publicar o livro “All That Glitters”, que foi escrito por Evan Chandler camufladamente, e descreve a decisão deles de escolher o dinheiro invez de justiça!

Em setembro de 1994, a investigação criminal termina, após dois grandes júris recusarem-se a indiciar MJ, mas Sneddon, teimosamente, permite que o caso se mantenha “aberto, mas inativo”, em vez de fechá-lo completamente.


Nos anos após o acordo:

 

·        Jordie legalmente emancipou-se dos pais (provavelmente em 1996).
Evan processou MJ, novamente, por US $ 60 milhões e o direito de gravar um álbum “refutação”, Evanstory, em 1996, e perdeu.


Ray Chandler autopublicou “All That Glitters” em 2004.
 

·        Geraldine Hughes, a secretária jurídica do primeiro advogado de Evan no caso, Barry Rothman, publicou "Redenção" (que revela previamente desconhecido provas de defesa sobre o caso de 1993), em 2004.

·        Todos os Chandlers (exceto June) ameaçaram ou realmente tomaram medidas legais para evitar testemunhar contra MJ em 2005.

·        Evan tentou assassinar Jordie, após o julgamento de Michael, em agosto de 2005.

·        Evan acabou cometendo suicídio em novembro de 2009.

 

A mídia tem sido muito inteligente em distorcer a verdade sobre o acordo, intencionalmente omitindo o fato de que o MJ resolveu uma ação civil, e que os Chandlers poderiam ter ainda testemunhado. Ao omitir esses fatos, o público em geral – a esmagadora maioria sem saber absoltamente nada sobre o direito civil – acredita que MJ “comprou” o caminho dele para fora do processo criminal, e, de alguma forma, ele tinha algum tipo de recurso legal contra os Chandlers se eles tivessem testemunhado contra ele. O que é realmente decepcionante é o fato de que não é apenas jornalistas mediocres que contam mentiras tolas como Diane Dimond e Maureen Orth que promovem esse lixo, mas analistas jurídicos, como Nancy Grace, Sunny Hostin, Gloria Allred, e Geoffrey Fieger também! (Eu vou apresentá-los a Fieger mais adiante neste artigo!). Não apenas os adultos foram enganados em acreditar que o acordo foi um sinal de culpa, mas mesmo alunos da quinta série foram enganados!
E se um químico com um Ph.D. de Harvard mentisse para você e dissesse que a água é composta de H3O? Os colegas dele o considerariam um charlatão, mas ele provavelmente convenceria as pessoas que não estão familiarizadas com química que ele está dizendo a verdade, com base na educação e na experiência dele. Todo mundo sabe que a composição química da água é H2O (dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio), e isso é um dos fundamentos básicos da química. Da mesma forma, resolver uma ação civil sem cehgar a julgmaento não é uma admissão de culpa, e isso é um dos fundamentos básicos do direito civil, mas uma e outra vez esses charlatões legais, deliberadamente mentiram para o público em geral, a fim de condenar MJ no tribunal da opinião pública. Portanto, eu vou passar as próximas páginas explicando os princípios fundamentais do direito penal e civil, e apontando as diferenças entre os dois.


Direito Civil versus Direito Penal

 

Vamos começar com a maior distinção entre um caso criminal e civil. Essa é a faculdade básica de direito 101! Em um caso criminal, o Estado traz acusações contra o réu, e ele não tem escolha a não ser ir a julgamento se o Estado decide processar. (Por exemplo, o julgamento de MJ em 2005 era conhecido como “O Povo do Estado da Califórnia v Michael Joseph Jackson”). Um caso criminal não pode ser resolvido com um acordo, exceto em situações bem específicas, em que o acusado aceita a pensa sem passar por um julgamento, declarando-se culpado!
Em um processo civil, o autor processa o réu, e o caso pode ser resolvido fora do tribunal por ambas as partes, ou dispensado sem julgamento por um juiz. A grande maioria das ações cíveis é frívola. De fato, 97% de todas as ações cíveis ou são encerradas com um acordo ou julgadas improcedentes sem avaliação do mérito, ou seja, o juiz decide que não há fundamento para a ação! A ação movida contra MJ pelos Chandlers foi intitulada “J. Chandler v Michael Joseph Jackson e João da Silva (quando não se sabe o nome) de 1 a 100”.
Aqui estão algumas diferenças básicas entre a punição aplicada, e o ônus da prova exigida para ter uma condenação em um tribunal civil e criminal, respectivamente: 

Punição:

Direito penal
Em direito penal, o réu culpado é punido com (1) reclusão em uma prisão, (2) multa paga ao governo, ou, em casos excepcionais, (3) a execução do réu: a pena de morte. Delitos são divididos em duas classes gerais: crimes têm uma pena máxima possível de mais de um ano de encarceramento; contravenções têm uma pena máxima possível de menos de um ano de encarceramento.

Direito Civil

Em contraste, um réu em processo civil nunca é preso e nunca executado. Em geral, uma parte vencida no processo civil reembolsa o autor pelos prejuízos causados ​​pela conduta do réu.
Os chamados danos morais nunca são entregues em um caso civil sob a lei do contrato. Em um caso civil sob lei de responsabilidade civil, existe a possibilidade de danos morais, se a conduta do réu é notória e teve um (1) uma intenção maliciosa (ou seja, o desejo de causar danos), (2) negligência (ou seja, a indiferença consciente), ou (3) uma violação deliberada dos direitos de outros.
O uso de puniçã dos danos faz do reú um exemplo público e, supostamente, impede a conduta ilícita futura por outros. A punição dos danos é particularmente importante em delitos envolvendo danos dignitário (por exemplo, invasão de privacidade) e direitos civis, onde o prejuízo monetário real ao requerente (s) pode ser pequeno.
Pode-se comprar o seguro que vai pagar os danos e honorários advocatícios de sinistros de responsabilidade civil. A cobertura de seguro é uma parte padrão de políticas de seguro de propriedade, seguro de automóvel e seguros para as empresas. Em contraste, não é possível que um réu compre seguro para pagar pelos atoos criminos dele / dela.
Enquanto um tribunal pode ordenar o réu a pagar uma indemnização, o autor pode não receber nada, se o réu não tem ativos e nem seguro, ou se o réu é hábil em esconder ativos. Desta forma, os prêmios grandes para os queixosos de casos de responsabilidade civil são muitas vezes uma ilusão.
Observe como em processo civil (e não criminal!) os réus podem comprar o seguro para pagar as taxas legais e de quaisquer danos que venham a ser atribuídas ao autor, no caso de uma condenação. Isso é exatamente o tipo de seguro que MJ tinha, e ele, provavelmente, tinha esse tipo de seguro desde que ele era um membro do Jackson 5. Sendo uma celebridade no centro das atenções do público, era inevitável que MJ iria processar e ser processada ao longo d delea carreira. Portanto, aqueles prêmios de seguros foram um investimento inteligente, ao contrário não ter seguro e ter que pagar todas as taxas legais e danos ele mesmo. 

Ônus da Prova:

Direito Penal



Em litígio penal, o ônus da prova é sempre do Estado. O Estado tem de provar que o réu é culpado. O réu é considerado inocente, o réu não precisa provar nada. (Há exceções. Se o réu desejar afirmar que ele é louco e, portanto, não culpado, o réu tem o ônus de provar a insanidade dele. Outras exceções incluem réus que alegam legítima defesa ou coação.)
No contencioso criminal, o Estado deve provar que o réu satisfez cada elemento da definição legal do crime, e a participação do réu, “além de uma dúvida razoável". É difícil colocar um valor numérico válido na probabilidade de que uma pessoa culpada realmente cometeu o crime, mas as autoridades legais que atribuiram um valor numérico, geralmente dizem pelo menos 98% ou 99%” de certeza da culpa. 

Direito Civil

Em contencioso cível, o ônus da prova é inicialmente ao requerente. No entanto, existe um número de situações técnicas em que o ônus se desloca para o réu. Por exemplo, quando o autor alega fumus boni juris, (fumaça do bom direito) desloca-se para o réu o dever de refutar ou a prova do queixoso.

Nota da tradutora:

Vou explicar melhor. Se o autor apresentar provas, diagmso, rpobustas do direito dele e que, se negado, estaria configurado o fumus boni juris, a fumaça do bom direito, cabe ao réu desacreditar a prova apresentada pelo autor. Em suma, ao autor cabe provar o direito alegado, e ao réu cabe provar fatos contrários ao direito do réu.

No contencioso cível, o autor ganha se a preponderância da evidência favorece a autor. Por exemplo, se o júri acredita que há é mais que 50% de probabilidade de que o réu foi negligente em causar lesão ao demandante, o autor ganha. Este é um padrão muito baixo, em comparação ao direito penal. Em minha opinião, é muito baixo, especialmente considerando que o réu pode ser condenado a pagar milhões de dólares para o autor.
Outra distinção entre julgamentos criminais e civis são o número de direitos constitucionais que são concedidos aos réus em processos criminais, mas não se aplicam aos processos civis. Por exemplo, a Quarta Emenda protege contra a busca e aprrensão ilegais e a Quinta Emenda garante aos réus criminais o direito de não se autoincriminar (ou seja, “invocar a Quinta”), e a Sexta Emenda garante o direito a um julgamento rápido. Aqui estão alguns exemplos de como essas três emendas diferem entre julgamentos criminais e civis:

No direito penal, a polícia geralmente deve, primeiro, obter um mandado de busca em um procedimento mostrando a um “neutro e imparcial” magistrado que há “causa provável”, antes de buscar ou apreender itens da casa de uma pessoa.  Spinelli v. EUA, 393 EUA 410 (1969); Aguilar v Texas, 378 EUA 108 (1964); Johnson v EUA, 333 EUA 10 (1946). (Por exemplo, Sneddon teve que obter um mandado de busca antes para ser capaz de realizar o exame em MJ nu).
No direito civil, um advogado pode solicitar documentos ou uma visita dentro de um edifício. (Regra Federal de Processo Civil 34). No direito civil, um advogado pode exigir informações da parte contrária sobre qualquer assunto que seja relevante para o caso, desde que a informação não seja privilegiada. No direito civil, um advogado pode aprppriadamente exigir informações que seriam inadmissíveis em julgamento, se tal demanda “parecer razoavelmente calculadas para levar à descoberta de evidência admissível”. Regra Federal de Processo Civil 26 (b) (1). Um advogado pode até mesmo levar pessoas que não são partes no processo a depor em um processo civil, e obrigá-las a trazer documentos com elas. Regra Federal de Processo Civil 30, 34 (c).
 Em um caso criminal, o suspeito ou réu tem o direito de permanecer em silêncio durante o interrogatório pela polícia e promotores. Em um caso criminal, o réu pode optar por recusar-se a ser uma testemunha e, o júri não pode inferir nada da escolha do réu em não depor. No entanto, em um processo civil, o réu deve estar disponível e cooperativo para depoimentos e testemunhos como testemunha no julgamento. Na verdade, o réu, em uma ação civil, no tribunal Federal, deve fornecer voluntariamente ao oponente uma cópia dos documentos “na posse, custódia ou controle dele, que são relevantes para os fatos controversos alegados com particularidade nos autos”. [Regra Federal de Processo Civil 26 (a) (1) (B)] Além disso, o réu, em um processo civil, deve fornecer voluntariamente nomes de pessoas que são “suscetíveis de ter descoberto informações relevantes para os fatos controversos alegados com particularidade nos autos do processo”.
[FRCP 26 (a) (1) (A)] Em outras palavras, o réu, em um processo civil, deve ajudar o oponente dele a recolher provas que o derrotarão. E, no julgamento, se uma das partes invocar o privilégio dela à Quinta Emenda contra a autoincriminação, o juiz irá instruir o júri de que eles podem fazer uma inferência adversa contra a parte que se recusou a depor.

Ou seja, a recusa em depor é tomada como indício de culpa.

Muitas vezes há vários anos entre a apresentação de uma queixa em um caso civil e o julgamento. (Muito para a noção de ter um “julgamento rápido”! Por exemplo, Evan Chandler processou MJ por US $ 60 milhões em 1996 por violar o Acordo de Confidencialidade, mas o caso não foi jogado em 2000).
Vamos olhar atentamente para a Quinta Emenda por um momento. Em um caso criminal, um réu pode recusar-se a depor por completo, ou se recusar a responder a certas perguntas, e não isso pode ser usado contra ele na determinação da culpa. (Por exemplo, MJ não testemunhou no julgamento criminal dele em 2005, e todos nós sabemos o desfecho do caso!)
No entanto, em julgamento civil, o réu deve testemunhar, ou isso será usado contra ele. Agora, vamos dizer que MJ tivesse um julgamento civil em 1994. Se ele tivesse reclamado a Quinta Emenda (no banco das testemunhas, ou em um depoimento), que é o que os advogados queriam que ele fizesse, o júri poderia ter legalmente percebido isso como um sinal de culpa. Combine isso com o menor ônus da prova, e as chances de MJ ser considerado responsável teriam aumentado exponencialmente. Por outro lado, se ele tivesse testemunhou no tribunal civil, a estratégia de defesa dele teria sido exposta a Sneddon e Garcetti antes do julgamento criminal.

É exatamente por isso que Larry Feldman e Robert Shapiro queriam processar MJ antes do julgamento criminal, de modo que o colocariam em uma posição em que a melhor opção dele seria fazer um acordo, que é o que eles queriam em primeiro lugar! Aqui está um conselho de Shapiro para Evan Chandler sobre processar MJ civilmente primeiro, em vez de processá-lo criminalmente, conforme consta em "All That Glitters", páginas 160-161:

“Se há um júri pendurado, com certeza, poderia ser tentado novamente, mas o tempo passa. O risco real é se há uma absolvição. Nesse caso, prevalecer em uma ação civil, depois, torna-se uma verdadeira batalha morro acima.”


Nota da tradutora:

O que Saphiro quis dizer é que, se o júri condenasse Michael, eles poderiam pedir uma indenização no processo civil, sem problemas. Na verdade, com uma condenação criminal a indenização civil é certa. Mas se houvesse uma absolvição (o no livro, Ray Chandler deixa claro que todos eles acreditavam que MJ seria absolvido!) a batalha no processo civil seria muito mais difícil, principalmente se restasse provado que não houve nenhuma conduta censurável por parte de MJ.
Agora, a alternativa é você trazer uma ação civil em primeiro lugar. E a primeira coisa que gostaria de fazer é agendar uma deposição de Michel Jackson, colocando-o em uma posição extremamente desconfortável, porque tudo o que ele diz pode ser usado contra ele em um caso criminal. E se ele reclama a Quinta Emenda para evitar isso, isso pode ser usado contra ele no caso civil. Então, imediatamente, ele está em um lugar muito ruim. Está em um beco sem saída.
Mas há uma terceira alternativa. Se nós formos para o outro lado e dissermos: “Olha, um julgamento de Michael Jackson é um desastre, ele não pode vencer. Porque mesmo se ele for absolvido, quando o público ouvir o que esse menino tem a dizer, você nãoterá patrocínios, você não terá contratos, você está virtualmente liquidado.” Se nós dissermos isso, é minha convicção de que teremos o controle da situação, teremos o poder.
 “No entanto, se a situação for longe demais e alguém começar a gritar que deve haver um grande júri, o promotor não está lidando com isso corretamente, então, perdemos todo o controle. Garcetti (promotor de Los Angles) terá que ir para o Grande Júri, mesmo que ele não queira. E se o grande júri retornar e indiciar em um caso, o promotor não pode ganhar, especialmente contra um superstar, então está tudo perdido.”
Isso é o que deveria se passar na cabeça de Saphiro e Feldman.

Como você pode ver, a partir da análise de Shapiro, MJ estava em uma situação em que ele perderia de qualquer froma. Se ele se submetesse a um depoimento, isso seria usado contra ele no julgamento criminal. Mas mesmo que ele fosse absolvido no julgamento criminal, o estrago na carreira dele já teria sido feito. Porém, evitar o julgamento criminal era importante para os Chandlers, pois isso retardaria o moneto deles de meter a mão no dinheiro, se é que conseguiriam.
Se ele reclamasse a Quinta, isso poderia ser usado contra ele no julgamento civil. E se ele fosse absolvido em tribunal criminal, ainda assim, a imagem dele estaria para sempre manchada por causa das manchetes picantes que a mídia vai explorar nas avaliações dela (que é o que eles fizeram em 2005). A mídia dizia que o “status de celebridade” dele prevaleceu, ou que os jurados eram “muito tietes para condenar”, ou “ele escapou por um detalhe técnico”, ou algum outro disparate, a fim de minar o veredito. (Esta conversa entre Shapiro e Evan Chandler teve lugar antes da tentativa fracassada de MJ em conseguir que o julgamento criminal ocorresse antes do julgamento civil, é por isso que a terceira alternativa é listada como uma possibilidade.)

 
 









Gil Garcetti

Para aqueles de vocês que podem dizer: “Bem, se ele é tão inocente, então por que deveria importar que o promotor conhecesse a estratégia de defesa dele? Ele deve apenas dizer a verdade e ele teria sido absolvido, certo?” Isso é o que MJ (e muitos de nós) teria, ingenuamente, pensado, mas como todos sabemos o sistema de justiça não é perfeito, e MJ não podia se dar ao luxo de ter a estratégia de defesa exposta a Sneddon ou Garcetti!

Vamos lembrar que Sneddon, em 2003, usou uma prova da defesa contra MJ. A fita em que a família Arvizo nega qualquer abuso sexual. Assim como alterou as datas do suposto abuso, quando Gerargos, o advogado de Michael, revelou, anteciadamente, que Mj não estava em everland na data fixada anteriormente e com base na qual ele foi indiciado. Portanto, revelar a defesa antes da hora pode ser desatroso, pois promotores como Sneddon manipulam a verdade.
Pessoas culpadas obtêm absolvição todos os dias, e pessoas inocentes são condenadas todos os dias! As razões são porque os advogados de defesa podem levantar dúvida razoável o suficiente para obter uma absolvição (como no caso de OJ Simpson), e os promotores podem levar o júri a condenar um inocente usando irrelevantes evidências inflamatórias. Isso também envolve desvios de conduta do Ministério Público!
 












Aqui está um exemplo: e se eu lhe disser que um promotor usou as tatuagens de uma celebridade famosa como um sinal da culpa dela, e, como resultado, a celebridade foi condenada à prisão?

 Isso parece loucura, né? Bem, isso aconteceu!

A celebridade que foi literalmente condenada à prisão com base nos medos e preconceitos do júri foi é o falecido e grande Tupac Shakur, o rapper que mais vendeu em todos os tempos. Além da incrível carreira musical, ele também atuou em vários filmes, incluindo “Justiça Poética”, de 1993, ao lado de Janet Jackson. Ele e alguns membros da comitiva dele foram presos e acusados ​​de agressões sexuais e posse de armas de fogo ilegais, em novembro de 1993, depois que uma groupie teve uma briga com ele no quarto de hotel dele. Em 30 de novembro de 1994, Shakur deu uma entrevista fora do tribunal onde ele estava em julgamento. 

(Ironicamente, os amigos dele nunca foram julgados. Poderia ser por que Shakur foi vítima de uma acusação maliciosa, devido à fama dele?)

Aqui estão partes retiradas da entrevista:

Depois de ouvir os argumentos de encerramento dos promotores, Tupac admite sentir drenado depois de ouvir o Ministério Público deturpar a verdade.
Ele afirma como o julgamento é sobre os “medos mais profundos” das pessoas sobre “alta música rap, tatuagem com thug, e “qualquer pessoa com uma tatuagem Thug Life é culpada”.

Isso é semelhante ao que Sneddon (e a mídia) tenta parar prejudicar o júri, tornando o julgamento sobre a esquisitice, bizarrice, cirurgia plástica, câmaras hiperbáricas, clareamento da pele de MJ, e implicando que “qualquer homem adulto que compartilha a cama com crianças é culpado" !
Tupac almadiça os meios de comunicação pela cobertura tedenciosa pró-acusação. Eles não “relataram os elementos de defesa (por exemplo, a falta de qualquer DNA, sêmen, ou impressões digitais encontradas na cena do crime), e eles sempre usam citações da promotoria na cobertura, a fim de condená-lo no tribunal da opinião pública. Ele pede que a mídia NOTICIE OS FATOS” e diz que a vida dele está arruinada pela má imprensa e ele lista algumas das oportunidades de negócios que ele perdeu.

Tupac, em seguida, passa para mais uma vez explodir os meios de comunicação por “construir-lo e, em seguida, destrui-lo”, e afirma que todo o julgamento é apenas sobre a imagem dele. Isso é exatamente o que a mídia fez com MJ: eles os construíram-no na década de 80, e o destruíram a partir de 1993 até a morte dele, usando a imgem "Wacko Jacko" dele!

Como você pode ver, o tratamento da mídia a Tupac, em 1994, foi apenas um prelúdio para o que eles fariam para MJ em 2005! Infelizmente, devido à imagem de bandido de Shakur, letras violentas, calças largas, e as tatuagens "Thug Life" na barriga dele, o preconceito do júri superou o senso comum, e é por isso que um homem inocente foi condenado à prisão!

Sneddon sabia que a única maneira que ele poderia condenar MJ seria usar o preconceito do juri, da mesma forma que o procurador de Tupac sabia que essa era a única chance de uma condenação. (E funcionou!) É por isso que Sneddon e Garcetti ajudaram a promulgar alterações ao Código Penal da Califórnia 288A, que não requerem que a suposta vítima esteja presente ou provas que corroborem as alegações. Exige apenas que uma acusação seja feita e que o júri decida se acredita ou não na acusação, assim, capitalizando sobre preconceitos contra MJ.

 

 






Sneddon e Garcetti sabiam que MJ tinha o hábito de não só deixar as crianças dormir n cama dele, mas que muitas vezes ele dormia na cama com eles (com o total conhecimento e consentimento dos pais), e se uma criança pudesse nivelar uma acusação de que MJ a molestou enquanto eles dormiam na mesma cama, então isso prejudicaria severamente o júri contra MJ.
Você pode imaginar se o congressista Peter King estivesse no júri? (Ele defendeu as declarações cruéis dele, dizendo que mesmo que MJ não tenha molestado fisicamente as crianças, ele “molestou a psique delas”, convencendo-as de que compartilhar camas é um comportamento aceitável.) De fato, após o julgamento, o jurado (e eventual traidor) Ray Hultman, disse que ele acreditava que MJ tinha molestado crianças em 1993, e que ele tem dificuldade para respeitar alguém que admite dormir com meninos. Esseo preconceito contra o MJ pode tê-lo influenciado a se bandiar e aceitar o dinheiro de sangue que foi oferecido a ele por aquela editora desprezível.
Sneddon tinha as mesmas intenções, quando ele tentou obter os detalhes do acordo de 1994 admissíveis em tribunal como prova, e quando ele promulgou o § 1.108 do Código de Evidências da Califórnia na década de 90, na esperança de prejudicar o júri com o testemunho de June Chandler, os Francias, e os “Neverland 5” (os ex-funcionários que deviam milhões a MJ em taxas legais). Mesereau tentou ter o testemunho deles excluídos, porque ele pensou que colocaria em risco a presunção de inocência de MJ no julgamento atual (e não porque pensou que MJ era culpado em 1993! Na verdade, Mesereau intimou Raymond Chandler, de modo que isso mostra o quão a fé que ele tinha na inocência de MJ era grande. O link é encontrada mais adiante neste artigo). A analista legal, Jonna Spilbor, completamente critica essa prova injusta e prejudicial neste artigo.
A razão de promotores vulgares como Sneddon e Garcetti muitas vezes maliciosamente processar réus de perfil é porque, como um promotor, você pode ocupar dois dos três trabalhosdisonestos mais conhecidos para a humanidade: um advogado e um político! (O terceiro mais desonesto é um vendedor de carros usados​​!)
Procuradores distritais são eleitos, e se eles puderem obter uma condenação de alto perfil, em seguida, a popularidade deles na comunidade vai disparar, e uma próspera carreira política pode ser lançado em uma plataforma “duro com o crime”. Muitos promotores s múltiplos sem ão eleitos para multiplos mandatos sem qualque OPOSIÇÃO, o que é perigoso, pois isso desenvolve um senso de direito! Sneddon foi eleito para cinco mandatos sem quaisquer adversários, então, ele tinha praticamente o monopólio do escritório da promotoria e, assim, ele foi capaz de estabelecer uma rede de “bons meninos” com o resto dos amigos dele! A vingança contra MJ era (em minha humilde opinião) alimentada, em parte, pelo desejo de usar uma convicção como uma rampa de lançamento para um cargo político, como candidato a governador da Califórnia, ou o procurador-geral.

 

 






Outro promotor canalha que maliciosamente processava  ​​pessoas inocentes é o ex-promotor Mike Nifong, que quase atropelou três jogadores de Duke Lacrosse para a cadeia sob a acusação falsa de estupro. Ele sabia que eles eram inocentes, mas ele viu uma condenação como arma política, e ele se envolveu em má conduta do Ministério Público, que foi tão notória, que até Sneddon ficaria orgulhoso!
Por exemplo, os investigadores não encontraram nenhuma evidência de DNA, mas Nifong enganou o público, sugerindo que preservativos foram usados ​​pelos alegados agressores e que não havia nenhuma prova de DNA descoberta para fins de comparação”. A razão de isso ser tão flagrante é que o acusador afirmou que os agressores dela não usavam preservativos! Então Nifong, permitiu e encorajou as meniras dela por dar cobertura a ela!
(Amesma maneira como Sneddo habilitou e incentivou os Arvizos ao mudar a data do suposto abuso sexual para obter uma condenação.) Felizmente, o Procurador Geral da Carolina do Norte o investigou, e a conduta dele foi punida com expulsão, e os três jogadores entraram com uma ação civil de 30 milhões de dólares, alegando que o único motivo de Nifong era “obter apoio para a reeleição dele” e que Nifong disse ao gerente de campanha dele que o caso iria fornecer “milhões de dólares em publicidade gratuita” para a campanha dele. A cereja no topo do bolo é quando Nifong perdeu o processo e teve que declarar falência!
Agora, de volta a MJ: qualquer advogado de defesa que está disposto a expor a estratégia de defesa do cliente dele, especialmente com acusações tão graves como abuso sexual, devem ter as licenças deles revogadas! Por mais confiante que um réu e os advogados dele possam se sentir, a estratégia de defesa nunca deve ser exposta antes da hora.
Na verdade, o primeiro advogado de MJ, em 2004, Mark Geragos, declarou publicamente a estratégia de defesa MJ defesa, declarando que ele tinha um “álibi irrefutável”, o que resultou em Sneddon alterando as datas do suposto abuso sexual em 2005, depois que ele percebeu que, de acordo com o cronograma original, MJ começou a molestar Gavin, enquanto ele estava sendo investigado pelos DSCS. Quando MJ foi indiciado, o cronograma mudou, e MJ começou a molestar Gavin depois que ele foi inocentado pelo DSCF! Isso só serve para mostrar que não importa o quão inocente seu cliente é, você nunca deve expor sua estratégia para a acusação!


Processo Civil de Jordie Chandler:

 Larry Feldman entrou com a ação civil em 13 de setembro de 1993 (depois que ele e Evan Chandler demitiram Gloria Allred por querer buscar a justiça, em vez de dinheiro, o que será discutido mais tarde em maiores detalhes). A equipe de advogados de MJ, então, apresentou uma moção para que o processo civil fosse suspenso até depois do estatuto de limitações no processo criminal expirar em 1999, ou seja, até o crime prescrever e isso porque, até lá, ou o Estado proecessava Mchael criminalmente e eles teriam uma decisão, ou o Estado não indiciava e, dessa forma, eles não teriam mais o risco de prejudicar a defesa. Isso é considerado um erro jurídico por muitos especialistas, pois em um caso de abuso sexual infantil, a memória da vítima tende a desaparecer com o tempo, por isso o juiz considerou que uma espera de seis anos era muito tempo, e, assim, negou o pedido deles.

Nota da tradutora:
Tal argumento, de que Jordan poderia se esquecer dos detalhes, no entanto, não convence, uma vez que eles poderiam ter colhido o testemunho de Jordan antecipadamente. Na verdade, o que mais pesou na decisaõ do juiz foram os argumentos de Feldman de que Jordan estava prestes a completar 14 anos e perderia o direito a um julgamento rápido. O juiz considerou o direito de Jordan ter um julgamento civil rápido mais importante que o direito constitucional de MJ em preservar a defesa dele!
 
Eles deveriam ter apenas pedido que o julgamento civil fosse adiado até depois do julgamento criminal. Mas eu acho que a justificativa deles para pedir que o julgamento civil fosse adiado até depois de o estatuto de limitações expirar é que sentiam que havia uma possibilidade de que os Chandlers que se recusam a testemunhar em tribunal (uma vez que a equipe jurídica de MJ sabia que eles estavam extorquindo MJ de qualquer jeito), e eles queriam ter certeza de que, no caso de eles mudaram de ideia ou serem forçados a testemunhar no tribunal penal (essa possibilidade será discutida mais tarde), o depoimento de MJ no processo civil não poderia ser usado contra ele. Eles usaram o caso do Pacers, Inc. v Tribunal Superior para fazer esse ponto, neste caso, “o Tribunal de Recurso determinou que o tribunal suspendesse a instância na ação civil até depois da expiração do estatuto de limitações na ação penal”. (Por favor, leia na seção IV uma explicação para esse raciocínio.) Aqui é um breve trecho:
“Uma ordem ficar descoberta até a expiração da lei penal de limitações permitiri que as verdadeiras partes preparem a ação delas enquanto aliviam dificuldades em escolha peticionáraos entre defend o caso civil ou criminal."
"Esse remédio é em acordo com a prática federal, onde tem sido repetidamente alegado que quando ambos os processos, civil e penal, surgem das mesmas transações ou afins, uma parte em ojeção está geralmente no direito a uma suspensão da ação civil até a disposição da matéria penal.”
Agora, depois que o pedido foi negado, a equipe jurídica de MJ não tinha escolha a não ser se preparar para o julgamento civil. MJ estava determinado a limpar o nome dele no tribunal, mas a seguradora o obrigou a resolver o caso. Agora, você pode dizer para si mesmo: “Por que a seguradora iria querer um acordo, e como eles foram capazes de fazer MJ fazer o acordo contra a vontade dele?” A seguradora queria um acordo porque, além de não querer expor a estratégia de defesa de MJ defesa antes do julgamento criminal, eles também estavam preocupados com a cobertura negativa da mídia e eles estavam preocupados com a saúde de MJ, (lembre-se, ele tinha acabado de sair da reabilitação para analgésicos).

Nota da tradutora: a seguradora tinha razões, sobretudo financeiras, é claro, para querer o acordo, pois ela teria que reembolsar Michael dos prejuizos gerados com o processo. Assim, quanto mais longo o processo pior seria para a seguradora. Além disso, como dito, a imagem de Michael estava sendo afetada e a imagem dele, bem como a vida estavam no seguro. Portanto. A seguradora tinha muitos motivos para resolver o caso com um acordo. Os pouco mais de 15 milhões que pagaram aos Chandlers, em parcelas, não eram nada diante dos prejuízos que ela aofreria se o processo prosseguisse.

Outra teoria de por que a companhia de seguros propôs o acordo é porque eles podem ter sido pressionados pela Sony Records, e outras entidades que dependiam de MJ para gerar milhões de dólares em lucros, com base em vendas de discos, concertos, et.c. Em 17 de setembro de 2004, Mesereau emitido uma declaração em resposta a numerosas mentiras que estavam sendo divulgada por meios de comunicação sobre o número de acordos que MJ teve na década de 90, e que eles não eram uma admissão de culpa. Aqui está um trecho (e aqui está o vídeo real da conferência de imprensa):
O senhor Jackson tem sido repetidamente aconselhado, por aqueles que estavam fazendo fortunas com os negócios dele, para pagar o dinheiro, em vez de enfrentar certas alegações falsas. Como resultado, há muitos anos, ele pagou o dinheiro, em vez de litigar, duas falsas acusações de que ele havia prejudicado crianças. As pessoas que pretendem ganhar milhões de dólares com os álbuns e promoções de música não queriam que publicidade negativa desses processos interferrissem nos lucros.
Michael Jackson também expressou o arrependimento dele sobre fazer um acordo quanto àquelas falsas alegações, quando ele lançou a próprias conferencias de imprensa em junho e setembro de 2004.

A razão por que eles foram capazes de pagar o acordo sem o consentimento dele é porque as companhias de seguro sempre fazem uma análise de custo-benefício antes de ir a julgamento. Se elas acham que é mais barato e mais conveniente fazer um acordo, então, elea têm todo o direito de fazê-lo sem o consentimento do segurado, e o acordo não pode ser usado como prova de culpa em qualquer tribunal penal ou civil. Esse direito foi confirmado pelos tribunais em numerosos casos que estão listados na objeção de Mesereau ao pedido de Sneddon para usar o acordo como prova de culpa no julgamento de 2005.
Leia este post para que possa entender como a seguradora pode chegar a um acordo com o autor mesmo contra a vontade do reú segurado.
E aqui está um trecho do documento ajuizado por Mesereau, página 2, linhas 20-27:

O senhor Jackson não foi responsável por qualquer das reivindicações comprometidas pelo acordo, e autor não pode apresentar provas da natureza, fonte, indivíduos ou empresas que efetivamente pagaram o montade da liquidação comprovada pelo acordo de solução. Porque as empresas de seguros foram a fonte dos valores de liquidação, e as companhias de seguros fazem os pagamentos com base nos direitos contratuais dela para resolver o processo sem a permissão de Michael Jackson, o acordo não constitui uma admissão (de culpa) e não pode ser usado para criar tal inferência inadmissível para o júri. A introdução do documento seria imprópria porque a liquidação do pagamento de uma terceira parte com o direito contratual de fazer a liquidação independentemente da vontade do senhor Jackson é irrelevante para qualquer questão do presente processo.

Aqui estão alguns trechos de “Unmasked”, Ian Halperin, que inclui uma entrevista com um advogado de seguros que explica ainda como acordos funcionam. (E, sim, eu sei que vocês estão rolando os olhos com o pensamento de realmente ler “Unmasked”, mas esse trecho mostra o que os fãs de MJ podem aprender quando lemos lixo de tabloide como esse!) A partir da página 100:

“Mesmo se a empresa de seguros Jackson o forçou a fazer o acordo, não significa dizer que eles pensaram que Jackson iria perder?”
Nem um pouco”, explica o advogado de seguros, Lewis Kaplan. Empresas de seguros “quase sempre fazem acordos. Isso é o que elas fazem. Não é uma admissão de culpa. É uma tentativa de evitar um processo legal longo e caro e onde há sempre um risco. Você nunca sabe o que um júri pode fazer. Neste caso, com o réu no valor de centenas de milhões de dólares, fazer um acordo é a coisa mais lógica. É claro que eles iriam fazer um acordo”.
E antes que eu me esqueça, deixe-me citar o acordo de confidencialidade entre MJ e os Chandlers, que afirma explicitamente que este acordo não os impede de depor em tribunal:

“No caso do Menor, dos representantes legais do Menor, do guardião Ad Litem do Menor, os advogados do Menor, Evan Chandler ou June Chandler... recebererem qualquer intimação para obter informações a partir de qualquer pessoa ou entidade que tenha afirmado, ou esteja investigando, qualquer reclamação contra Jackson ou os lançamentos de Jackson ou a ação ou as reivindicações, eles concordam em dar aviso, por escrito, aos advogados de Jackson sobre a natureza e o alcance de qualquer pedido de tal mandado, para informação, na medida permitida por lei.”
Se houvesse algum “suborno” pago, então Sneddon teria imediatamente acusado MJ por obstrução da justiça, que é definida como “todos os atos ilícitos que as pessoas participam para obstruir, impedir, ou retardar a administração da justiça”. Inclui, mas não está limitado a, os seguintes atos: subornar testemunhas, ameaçar ou intimidar os jurados, resistência à prisão, e ajudar e ser cumplice de um criminoso. 










Feldman e Sneddon
 

Portanto Sneddon poderia ter intimado Ray, Evan, e Jordie em 2005 (na verdade, ele intimou June Chandler), mas optou por não o fazer. Poxa, eu me pergunto por quê? Pode ser que ele não confiasse no testemunho deles?

Agora, vamos olhar para uma fonte ainda melhor que confirmará que o acordo não era “suborno”: Larry Feldman!
Aqui está a declaração dele sobre a liquidação: 

Larry R. Feldman, advogado do garoto, não disse que o cliente dele estaria disposto a testemunhar em um caso criminal. Embora ele tenha dito que “ninguém comprou o silêncio de ninguém” com o acordo civil, ele também salientou, repetidamente, que os psicólogos acreditam que a melhor coisa para o garoto seria começar com a vida dele, em vez de continuar lidando com as alegações.
Então, Feldman diz que os psicólogos acreditam que seria melhor para Jordie não depor em tribunal criminal, mas eles não tinham absolutamente nenhum problema com Jordie trstemunhando em tribunal civil ou dando um depoimento (que é o que ele teria que fazer se a seguradora de MJ não tivesse feito o acordo)?

Aqui está outro trecho de “Unmasked” que desmascara o mito “MJ os subornou”. Das páginas 101-104:

Nos 15 anos desde que Michael Jackson resolveu o processo civil com Jordan Chandler, um mito perigoso cresceu – o mito de que o acordo impediu Jordan Chandler de depor contra Jackson em um potencial caso criminal. Na verdade, não há uma palavra nos documentos do acordo que impede Chandler de dar testemunho contra Jackson. O próprio advogado de Jordan, Larry Feldman, deixou isso claro após a liquidação.
O autor concordou que processo deve ser resolvido”, declarou Feldman. “Ninguém comprou o silêncio de ninguém. Ele está autorizado a testemunhar contra Jackson em um processo criminal”.
No entanto, tem havido literalmente dezenas de milhares de versões da mídia que implica que foi o acordo que impediu uma ação penal. Entre os piores a esse respeito está Diane Dimond, cuja reportagem incentivou esse mito.
“Logo ficou cada vez mais claro para ambos os promtorores, Gil Garcetti de Los Angeles e Tom Sneddon de Santa Barbara, que, sem o testemunho de Jordan Chandler, ou algum outro queixoso, eles não poderiam vencer um processo contra Michael Jackson”, escreve ela.
Os dois promotores poderiam ter intimado Jordan a depor. Jordan já havia assinado um depoimento longo detalhando o abuso que havia ocorrido. Mas o fato é que se Jordan tivesse aparecido em um julgamento criminal, ele poderia ter sido interrogado sob juramento, sob pena de perjúrio. Se a justiça era o objetivo, e não o dinheiro, por que não depor?

Essa é uma questão que iria surgir novamente uma década depois, quando outro rapaz levenataria acusações de abuso similares contra Michael Jackson. Sneddon e Garcetti precisavam muito de Jordan Chandler para estabelecer um padrão.

 

Por agora, Sneddon e Garcetti foram ficando cada vez mais desesperados. Cada um havia convocado o próprio grande júri separado para ouvir testemunhas. Mas a evidência estava ficando escassa. Ambos haviam realizado as próprias investigações na maioria das, então, ditas testemunhas que afirmaram que poderiam corroborar histórias de abuso de Jackson. Embora a variedade desorganizada de ex-funcionários descontentes tenha feito convidados sensacionais no Hard Copy, os procuradores distritais evidentemente haviam descoberto que o testemunho e credibilidade deles eram perto de inútil.

Por mais cinco meses após o acordo de Jordan, dois grandes júris um em Los Angeles, um em Santa Barbara – continuaram a ouvir evidência, escasso como poderia-se imaginar.

Para o júri de Garcetti, as evidências colhidas foram magras. O testemunho do grande júri é secreto, mas entre as testemunhas chamadas estava a mãe de Jackson, Katherine, que, presumivelmente, não ofereceu nada de substância. Sneddon chamou a ex-empregada, Blanca Francia, alguns pais de “ex-amigos especiais” de Jackson, e ex-marido de Janet Jackson, James DeBarge.

Além de Francia, as únicas testemunhas do grande júri com o potencial de infligir danos reais eram um grupo de guardas de segurança, que, uma vez, trabalhou para Jackson – mais tarde conhecidos como os Neverland Five. Os cinco alegaram ter informações condenatórias que poderiam corroborar muitas das reivindicações de Jordan Chandler. É impossível saber o que o grupo disse ao grande júri, mas em anos posteriores, quando os cinco ex-funcionários entraram com uma ação contra Jackson, a credibilidade deles estaria tão manchada que não é surpreendente que as histórias deles tenham causando pouca impressão sobre os jurados.
Depois de mais de oito meses e incontáveis ​​milhões de dólares gastos na tentativa de solidificar o processo contra Jackson, Sneddon e Garcetti realizaram uma conferência de imprensa conjunta em 21 de setembro de 1994. Eles anunciaram que não haveria apresentação de acusações criminais contra o cantor. Ao anunciar a conclusão da investigação, eles não conseguiram mencionar que eles não haviam encontrado uma única peça de provas ou testemunhas credíveis para garantir uma acusação. Em vez disso, mais uma vez, Garcetti iria perpetuar o mito de que o caso tinha parado porque Jordan não iria cooperar.
Depois de cerca de 13 ou 14 meses de investigação, esta é a nossa conclusão”, ele disse à imprensa reunida. “Nós temos uma testemunha muito importante que nos disse ‘Eu sinto muito. Eu não quero e não vou depor’. E eu estou dizendo a vocês que, se ele avançar um mês do não, dois meses a partir de agora, e dizer: ‘Agora eu quero testemunhar’ gostaríamos de reavaliar nosso caso na época.”
Mais tarde no mesmo dia, Jackson emitiu a própria declaração: “Eu sou grato que a investigação tenha chegado a uma conclusão. Eu sempre mantive minha inocência. Sou grato a toda a minha família, amigos e fãs que me apoiaram e também acreditaram na minha inocência”.
O que os inimigos de MJ e a mídia não parecem entender é o seguinte: Se MJ fosse realmente culpado e quisesse “pagar” aos Chandlers, então por que ele não os pagou antes de ele ter sido forçado a se submeter àquela busca sem roupa embaraçosa? Por que ele não os pagou em agosto de 1993, antes de o escândalo vir a público? Em “All That Glitters”, Ray Chandler admite, em termos inequívocos, que Evan teria varrido tudo para debaixo do tapete se os US$ 20 milhões que ele exigiu de MJ para o negócio do filme tivessem lhe sido dados! A partir da página 128:
Se Michael tivesse pagado os 20 milhões de dólares exigido dele em agosto, em vez de janeiro do ano seguinte, ele poderia ter passado os próximos dez anos como artista mais famoso do mundo, em vez de o mais infame abusador de crianças do mundo.”

Aqui está outro trecho que confirma que eles nunca quiseram processar MJ, pois eles só queriam dinheiro! A partir da página 167:

“Até o final da reunião, June e Dave, como Evan antes deles, não tinham dúvidas sobre a mudança de Gloria Allred para Larry Feldman. A escolha era sobre lançar uma campanha da mídia para pressionar o PD a buscar um indiciamento do Grande Júri, ou a realização de negpciações sutis, por trás das cenas, para um acordo rápido, tranquilo e altamente rentável. Evitando o trauma que um longo processo penal ou civil traria para toda a família, especialmente para Jordie, foi uma decisão unânime.”
 

Nota da tradutora:
O cinismo ao dizer que a ideia era evitar traumas é gritante. Pois eles não tiveram pudor em expor Jordan na imprensa. E a existência do livro All That Glitters é a prova de que eles não se importavam com Jordan nem um pouco. Quem leu o livro sambe como Ray Chandler trata o caso com ironia e muito sarcasmo. E ele fez isso com o aval de Evan Chandler. Aliás, muito leva a crer que o verdadeiro autor do livro é o próprio Evan. 

Agora, aqui está uma bomba que eu descobri recentemente, enquanto pesquisava para este artigo. O Promotor Distrital de Los Angeles, Gil Garcetti, estava tão desesperado para conseguir que os Chandlers depusessem no tribunal criminal, que ele tentou fazer com que a lei fosse alterada de modo que ele seria imediatamente capaz de forçá-los a testemunhar! Se o seu filho foi molestado, que a polícia tem que “forçar” você a testemunhar? Claro que não!
Infelizmente, a tentativa dele não foi bem sucedida, e os Chandlers foram capazes de pegar o dinheiro e correr! Essa história totalmente oblitera essa mentira que Ray Chandler vomitou sobre os Chandlers não testemunharem porque não seriam colocados no programa de proteção às testemunhas. Se os Chandlers tivessem realmente precisado de proteção, Sneddon e Garcetti teriam contratado o serviço secreto para protegê-los! Leia o artigo “Oficiais Desperados para Agarrar Jackson” apara obter mais informações. Aqui está um trecho:

LOS ANGELES - A criança no caso de abuso sexual contra Michael Jackson tomou uma nova – e feia – medida.
Os promotores de Los Angeles e Santa Barbara estão lutando para salvar o que restou das investigações criminais sobre as denúncias de abuso sexual contra a estrela da música pop.
O Promotor Distrital de Los Angeles, Gil Garcetti, instou os legisladores estaduais, na semana passada, a alterar de uma lei que, agora, proíbe forçar as pessoas que dizem ter sido vítimas de violência sexual a depor em processo penal.
Se aprovada, a mudança entraria em vigor imediatamente e permitiria que Garcetti obrigasse o garoto de 14 anos de idade, com quem Jackson chegou a um acordo fora dos tribunais no mês passado, a testemunhar em qualquer julgamento criminal que surgir da amplamente divulgada acusação de que o superstar abusou sexualmente dele.
Portanto, se o acordo de confidencialidade afirma explicitamente que os Chandlers “poderiam testemunhar em tribunal se eles quisessem”, e se Larry Feldman declarou explicitamente que “ninguém comprou o silêncio de ninguém, então você poderia pensar que os meios de comunicação relatam que foram os Chandlers que escolheram não testemunhar, certo? ERRADO!
Vamos olhar para o que Maureen Orth tinha a dizer sobre o acordo na coluna dela na Vanity Fair em junho de 2005, a CSI Neverland:

Michael Jackson foi finalmente liquidado em um tribunal acusado de pedofilia, um desastre que pessoas o haviam alertado há anos que estava chegando. Em 1993, a polícia da Califórnia investigou alegações de que ele havia molestado um menino de 13 anos de idade, cujo silêncio Jackson comprou por US $ 25 milhões. Outro menino, filho de um da ex-empregada doméstica, já declarou que Jackson começou a tateá-lo quando ele tinha sete anos. A mãe do menino recebeu US $ 2,4 milhões pelo o silêncio.

Nota da tradutora:

É inacredtitável como a imprensa pode mentir sem ser punida por isso. Jornalistas estão acima da lei. Maureen Orth não deve ser nem uma débil mental, e ela sabe muito bem que o acordo civil não comprou o silêncio de ninguém, assim como ele sabe, ou deveria saber, as leis do país dela que foram determinantes no desfecho do caso. Mas ela prefere fingir que não sabe e dizer mentiras. E ainda fez questão de aumentar o montante pago e, claro, ela jamia smencionaria a seguradora e o direito dela em fazer o acordo contra a vontade de MJ, porque a intensão de “jornalistas" como Orth é desinformar. Quando ao filho da empregada, Jason Francia negou ter sido molestado por Michael, mas estavam vendendo histórias para os tabloides, onde, claro, não precisavam provar nada. O dinheiro dado a Francia foi para que ela deixasse MJ em paz. Mas em 2005, Jason teve a chance de testemunhar e o testemunho dele foi absolutamente desprezado peslos jurados em raão das mentiras flagrantes. Mas não poderíamos esperar um arti decente de uma pessoa que escreveu algo como Michael Jackson fazendo feitiços para matar Stieve Spilberg, podemos?
Maureen Orth apenas contradiz a si mesma! Como ela pode dizer que MJ comprou o silêncio de Blanca e Jason Francia, quando ambos testemunharam em tribunal?! Bem, talvez seja porque ela não é uma advogada com anos de experiência, certo? Ela é apenas uma jornalista que escreve um artigo mal pesquisado que e aepnas preenchido com as informações derivadas de tabloides e outras fontes não confiáveis​​, certo? Certamente, um advogado nunca diria que um réu “comprou o silêncio” de um acusador, certo? Errado! Vou te dar alguns exemplos mais adiante neste artigo!
Outro exemplo de um jornalista picareta que tentou insinuar que MJ “fugiu disso”, em 1993, é Martin Bashir, alguém tão desprezado na terra natal dele que ele foi eleito o quinto pior britânico de todos os tempos em uma pesquisa de 2003. Durante o infame lixomentário dele, “Living With Michael Jackson”, ele afirmou o seguinte a MJ: “a razão que tem sido dada como o motivo pelo qual você não foi para a cadeia é porque você chegou a um acordo financeiro com a família”.  Vamos analisar essa declaração por um momento:

 

 

 










Bashir está insinuando que MJ “comprou a liberdade dele”, por fazer um acordo no processo civil. Mas como eu já disse anteriormente ao discutir as diferenças entre lei civil e criminal, você não pode ser condenado à prisão se for considerado culpado em tribunal civil! Você só pode ser condenada a pagar uma indemnização pecuniária! E como também já foi dito, os Chandlers não tinham vontade de testemunhar no tribunal criminal, assim Bashir e o resto dos meios de comunicação deveriam culpar os Chandlers por MJ não ir para a cadeia se eles realmente sentiam que ele é culpado! Eu não acho que eu já ouvi qualquer inimigo de MJ criticar os Chandlers! 

(O interrogatório de Bashir sobre o acordo começa às 3:48)

Istoo é o que MJ deveria ter feito logo que Bashir começou a interrogar sobre o acordo, bem como a cirurgia plástica, dormi com crianças, et.Cetera!!!

Aqui está a dito comediante Joan River falando do acordo! Neste áudio ela alega que ela e MJ compartilhavam o mesmo empresário e que ele lhe mostrou um cheque de US $ 35 milhões de dólares que foram pagos para os Chandlers. Isso é errado em tantos níveis que eu não vou nem tentar resolver tal alegação ultrajante. É uma coisa a dizer isso em sua rotina de comédia standup tola, mas outra coisa é dizê-lo em uma entrevista, e esperar ser levado a sério! Eu acho que MJ deve ser a celebridade mais irresponsável que já existiu, quando se trata de gerir os cheques de “suborno” dele! Porque a irmã dele, Latoya também afirmou ter visto os cheques também!
Neste vídeo, com início às 1:50, Latoya retratou o que ela disse na conferência de imprensa, alegando que ela foi ameaçada para ler o que foi colocado em frente a ela, e ter queagir” como se ela acreditasse no que ela estava dizendo para evitar ser surrada pelo marido abusador dela.
Mas neste artigo da revista Time é, provavelmente, o exemplo mais flagrante de distorção da mídia sobre o acordo. Ele afirma, explicitamente, que houve um “acordo verbal” entre MJ e os Chandlers para que Jordie não depusesse, o que implica que, se não fosse pela liquidação, eles teriam testemunhado no tribunal criminal. Se os Chandlers realmente quisessem testemunhar no tribunal criminal, então eles não teriam movido um processo civil contra MJ em primeiro lugar!  

Nota da tradutora:

E vamos lembrar que o advogado dos Chandlers, Larry Feldman, fez tudo ao alcance dele para evitar que o julgamento criminal ocorresse primeiro. No livro “All That Glitters”, de Ray Chandler, está trancrita uma conversa telefônica entre Evan e Larry Feldman onde Larry conta ao clinete dele, que Bert Fields, advogado de Michael que pediu a suspensão do processo civil (o que foi negado) tinha sido substituído por Jhonny Cochran e que ele acreditava que Cochran aceitaria um acordo o que era muito bom para eles, pois eles não queriam um julgamento criminal. Lógico que não, pois em julgamento criminal MJ teria a chance de provar a inocência dele e que estava sendo vítima de extorsão e os Chandlers teriam que pagar por isso.  

Aqui está um trecho do artigo do Times: 

A outra luva finalmente caiu. Na semana passada, representantes de Michael Jackson e o garoto de 14 anos de idade, que o acusou de abuso sexual concordaram em resolver a ação civil do menino. Nenhuma promessa foi feita por escrito – e nenhum juiz iria tolerar tais promessas –, mas entendeu-se que o menino não vai depor na pendência da investigação criminal de Jackson perseguida pelos procuradores de Los Angeles e Santa Barbara. Enquanto isso, a estrela começa a sustentar a inocência dela. O preço foi estimado entre US $ 15 milhões e US $ 50 milhões – parte paga em dinheiro, parte para ser alimentada em um fundo fiduciário para o menino.
E uma última coisa a pensar sobre esse “suborno” absurdo: por que MJ, ou qualquer outro réu, pagaria milhões em dinheiro por silêncio quando não há qualquer incentivo para o acusador de permanecer em silêncio? Se a liquidação de MJ realmente era “suborno” e os Chandlers aceitaram, e depois tivessem uma mudança de coração e testemunhassem de qualquer maneira, que recurso legal MJ teria contra eles? Ele poderia processá-los por quebrar a palavra? Claro que não!
É ilegal subornar alguém para não testemunhar, e MJ teria sido completamente semde sorte. Não só os Chandlers testemunhariam contra ele, mas eles poderiam dizer: “Ei, ele me pagou todo esse dinheiro para ficar quieto! Olhe para meus extratos bancários!” Se MJ fosse culpado, e queria silenciar os Chandlers, em seguida, em vez de oferecer dinheiro, ele os teria AMEAÇADO!
Pense sobre isso: se os traficantes de drogas e gangues “pagam” testemunhas dos crimes deles para mantê-los em silêncio! NÃO! Eles ameaçam matá-las, e essa é a razão número um por que tantos assassinatos na periferia da cidade ficam sem solução. E se os Chandlers realmente quissem depor, mas fossem ameaçados pela comitiva de MJ, então, eles pediram e receberiam toda a proteção que eles precisassem, e Sneddon teria alegremente anunciou ao mundo que MJ os estava ameaçando. Espero que esse cenário coloque fim a esse mito de “suborno” de uma vez por todas!
Agora, aqui está outro exemplo de uma companhia de seguros resolvendo processos judiciais sem o consentimento do segurado. Vocês irão rir em voz alta, porque a pessoa que foi forçada fazer um acordo foi ninguém menos do que Evan Chandler! Não só foi ele frivolamente processado por negligência médica por vários ex-pacientes depois que ele recebeu o acordo, mas ele também foi falsamente acusado de molestar um deles também! Oh, a ironia! Da página 226 de “All That Glitters”, página 226:
Depois que a mídia anunciou que Evan controlava fortuna do filho dele, vários dos pacientes de Evan, de repente, ameaçaram processos por erro médico contra ele. A maioria dessas reclamações foi tão frívola que morreu uma morte rápida. Um ou dois foram pagos, porque o montante era tão pequeno que era mais caro para a companhia de seguros dse efender que lutar. E um foi a julgamento, mas foi julgado improcedente, quando a autor, sabendo que ela estava perdendo, tentou, no meio do caso, que novas evidências, de uma memória reprimida de ela sendo molestada sexualmente quando estava sedada na cadeira odontológica, fossem adminidas.”
Gostaria de saber se os inimigos de MJ diriam que Evan era culpado de negligência médica, com base no acordo com os ex-pacientes dele. Ou se ele era culpado de abuso sexual, mas “comprou a fuga” com o dinheiro que ele extorquido de MJ?

 

 




Processo Civil de Blanca & Jason Francia:
 
Agora, vamos discutir “outra vítima” de MJ, Jason Francia. Ele é o filho de Blanca Francia, que trabalhava como empregada doméstica em Neverland até que foi demitida em 1991 por tentar furtar um relógio, remexer nas carteiras de MJ, e por atraso. Depois que escândalo de 1993 atingiu as ondas de rádio, Blanca foi cortejada por Diane Dimond para fazer uma exclusiva entrevista
“contando tudo” sobre as experiências dela em Neverland. Ela mentiu e disse que ela testemunhou MJ tomando banho nu com garotos em algumas ocasiões, e como resultado, ela “saiu em desgosto”.
A ela foi pago 20 mil dólares pelo Hard Copy pelas mentiras obscenas, mas ela foi obrigada a se retratar enquanto sob deposição pela equipe de defesa de MJ. Blanca admitiu que nuncaviu Jackson tomando banho com ninguém nem o tinha visto nu com meninos na banheira de hidromassagem dele. Eles sempre estavam com roupas de banho, ela reconheceu.
O filho de Blanca, Jason, muitas vezes a acompanhou ao trabalho, tanto no rancho Neverland quanto no condomínio de MJ em Century City. Muitas vezes, ele e MJ entrarriam em brincadeiras de cócegas e outras formas de brincadeiras inocentes. Essa brincadeira seria explorada pela polícia agressiva, que procuraram forçar Jason a fazer uma acusação. Ele foi interrogado pela polícia após o escândalo estourar, e ele inicialmente negou qualquer irregularidade por MJ, e Blanca ficou muito desconfortável com a forma como ele estava sendo entrevistado. A polícia mentiu para ele para que ele acusasse Jackson. Eles lhe disseram que Jackson estava “molestando Macaulay Culkin, e que Corey Feldman era um viciado em drogas, que provavelmente iria morrer cedo, porque ele saiu com Jackson”. Eles queriam que Francia os “ajudasse” a ajudar a criança que estava sendo abusada (Jordie Chandler). Aqui está uma breve transcrição da entrevista da polícia:
Det. Neglia: Eu percebo o quão difícil isso é. Eu percebo o quão doloroso é pensar nestas coisas que você tentou tão duramente não pensar, mas você está indo muito bem. E você também está ajudando o garoto que ele está incomodando agora. 

Jason Francia: O que você quer dizer com ele está incomodando?
Det. Birchim: Ele está fazendo a mesma coisa.
Jason Francia: Macauly Culkin.
Det. Neglia: Só que ele está ficando muito mais nisso. Pois a sua mãe o puxou para fora de lá. A mãe de Macaulay não vai tirá-lo de lá. Eles os estão alimentando.

Det. Birchim: Ele está fazendo coisas piores.
Det. Neglia: É muito pior com ele. 

Embora ele tenha negado qualquer abuso, ele foi pressionado a fazer as alegações de que ele foi tocado inadequadamente durante brincadeiras cócegas. Diane Dimond manteve-se em contato com Blanca, e quando ela decidiu buscar um acordo extamente como os Chandlers fizeram (após o processo criminal ser fechado, em setembro de 1994), Dimond estava lá para oferecer "ajuda" dela. Quando os advogados de MJ se oporam a qualquer forma de liquidação, Diane Dimond transmitiu uma reportagem especial sobre as exigências feitas pelos advogados de Blanca, em dezembro de 1994, no Hard Copy, a fim de pressionar o time de MJ com publicidade negativa. A Sony, que estava prestes a lançar o novo álbum de MJ, "HIStory", interveio e obrigou os advogados dele a fazer um acordo com meros US $ 2 milhões para não sabotar a campanha de marketing de milhões de dólares para "HIStory" com publicidade negativa, independentemente dos fatos.
Esse acordo não era uma admissão de culpa, mas foi feito para evitar a publicidade negativa. Ponto. Os inimigos de MJ que tentam usar isso como um sinal de culpa teriam dito: "Onde há fumaça, há fogo" se as alegações tivessem ido a público. Se ele tivesse ido para o tribunal civil e sido absolvido, eles teriam chamado de "justiça de celebridade", por isso MJ seguiu o conselho da Sony, e apenas escolheu o menor de dois males.
Quando Mesereau interrogou Jason em 2005, perguntou-lhe se ele se lembrava de como ele inicialmente negou à polícia que ele tivesse sido molestado. Aqui está uma transcrição breve do interrogatório:
P. Você se lembra de afirmar naquela entrevista: “Eles me fizeram sair comum monte de coisas que eu não queria dizer. Eles continuaram pressionando. Eu queria me levantar e bater na cabeça deles”? Você se lembra disso?
R. Não.
P. Refrescaria sua memória de eu mostrasse a você a transcrição disso? R. Provavelmente não. Mas você pode me mostrar de qualquer forma.

P. Você se lembra de alguma coisa que você disse naquela entrevista no momento?
A. Não realmente. (4908-4909 (20-15))


Neste trecho, Jason é perguntado se ele se lembra de inventar uma história para a polícia, e é claro que ele, de repente, tornou-se uma vítima de amnésia! Mesmo depois que foi dado a ele transcrições oficiais da entrevista dele, ele se recusou a reconhecer o que ele disse!
P. Isso foi gravdo – tudo bem? – Quando perguntado se o Sr. Jackson disse alguma coisa sobre se você deveria discutir o que aconteceu, você se lembra de dizer aos entrevistadores: “Não, mas eu estou trabalhando nisso”?

R. Eu não me lembro disso.
P. Muito bem. Você se lembra de dizer aos entrevistadores, quando lhe foi perguntado se você se lembrava de alguma coisa que ele disse, você disse: “Não, eu estou trabalhando nisso”?
R. Não...
P... isso foi gravado – tudo bem? – Quando perguntado se o Sr. Jackson disse alguma coisa a você sobre se você deveria discutor o que aconteceu, você se lembra de dizer aos entrevistadores: “Não, mas eu estou trabalhando nisso”?
Resposta: Eu não me lembro disso.
P. Será que atualizaria sua lembrança se eu lhe mostrasse a transcrição?
R. Não. Mas... você pode trazê-lo.
P. Bem, eu não posso, a menos que você esteja disposto a ver se isso atualiza a sua memória.
A. Okay. Bring it over. I’ll give it a shot. I’ll read it just to see if it refreshes my memory.
R.Okay. Traga. Vou dar uma olhada. Vou lê-la só para ver se ele atualiza minha memória

P. PELO SR. Mesereau: Você já teve a chance de
rever essas páginas?
R. Eu tenho.
P... da  sua transcrição?Elas refrescam sua memória sobre o que
você disse sobre o assunto?
R. Não, não refresca.

P. Não refresca.
R. Desculpe.

O depoimento de Jason foi tão terrível no interrogatório da defesa que alguns dos jurados, na erdade, RIRAM dele durante um intervalo! O riso deles foi ouvido por alguns membros da mídia que posteriormente relataram o comportamento ao juiz Melville, na esperança de que eles fossem expulsos do júri por má conduta E aqui é a análise do depoimento risível de Jason por Mike Taibbi, um dos poucos jornalistas que foi realmente justo com MJ durante todo o julgamento. Como ele foi capaz de manter o emprego dele na MSNBC eu não faço ideia! Ele deve ter a posse! Além disso, no vídeo, eles mostram a cara feia Blanca Francia!
Aqui está uma entrevista que William Wagener fez com Tom Mesereau em dezembro de 2010, e Wagener descreveu um encontro casual que teve com Jason Francia. Jason negou qualquer irregularidade por Michael, mas é claro que ele flip-flop direito no banco das testemunhas! Wagner se lembra do encontro dele com Jason às 05:48:
Aqui está outro exemplo de encontrar um anel de diamante em uma pilha de estrume! Este trecho de "Unmasked" inclui a entrevista de duas ex-governantas de Neverland que explodiram Blanca Francia por mentir, e defenderam MJ com veemencia. A análise de Halperin da entrevista delas é fatal! Eu não poderia ter dito melhor! De páginas 71-72:
No entanto duas outras ex-governantas de Neverland vieram para desacreditar as alegações de Francia, contando à CNN que as histórias eram inventadas.
“Eu penso que isso é ridículo” declarou Shanda Lujan, que trabalhou em Neverland por quase um ano. “Eu quero dizer, não há nenhuma que Michael poderia ter feito isso. Michael simplesmente não é esse tipo de pessoa.”
Francin Orosco trabalhou para Jackson por dois anos e também disse que Jackson era incapaz do tipo de comportamento que ele estava sendo acusado. "Eu acho que é pura mentira. Eu acho que é apenas pura mentira. É nojento o que eles – o que eles poderiam acusar alguém de fazer, e eu acho que é apenas por dinheiro. Michael nunca poderia fazer algo assim. Nunca, nunca."
Ambas, Orosco e Lujan afirmaram que Francia tinha realmente sido demitida por causa de uma atitude ruim e estava obcecado com o astro pop.
“Você poderia dizer muita coisa, que ela tinha uma quedinha por ele. E muito ciúme das outras governantas e não queria ninguém perto de Michael. Houve... há muita inveja lá", disse Orosco.
“Ele era ótimo com crianças”, acrescentou Lujan. "Quero dizer, você sabe, se... eu acho que ele seria um bom pai. Quero dizer, ele é simplesmente maravilhoso com elas.” As ex-criadas disseram que as tarefas delas no rancho envolviam entrar no quarto de Jackson, às vezes, mas que nunca tinha visto nada suspeito.
O mais notável sobre as declarações foi que, no momento da estrevistas delas, cada uma das duas mulheres não estavam mais na folha de pagamento de Jackson e não foram pagas pelas entrevistas delas, e, portanto, não tinham incentivo para mentir.
Finalmente! Há realmente empregados de Neverland que são realmente honestos e têm integridade! Eu quase pensei que o termo “empregado honesto de Neverland honesto” era um oxímoro, até que eu li essa entrevista!
Em seguida, parte do testemunho de Kris Kallman, que representou Blanca & Jason Francia durante as negociações de liquidação contra MJ em 1995. (Ao abrir o link, role a página e abrir o link em seu nome para ver o so testemunho dele.) Ele confirma que o acordo não era uma admissão de culpa e não impedia os Francias de depor em tribunal (obviamente!), e que havia uma linguagem única asdicionada para reforçar a inocência MJ.
(Eu sei que esse testemunho é longo e monótono, mas pense comigo! Eu queria incluí-lo para dar aos leitores o escopo completo da explicação de Kallman sobre o acordo de Francia).


P. POR SR. SNEDDON: que foi o indivíduo a quem
12 a Reclamação é dirigida?
13 R. Sr. Jackson.
14 P. Em algum momento no tempo, você teve contato
15 com indivíduos que estavam representando o Sr. Jackson
16 sobre a proposta de ajuizar a criminal... da
17 reclamação civil?
18 R. Sim
19 P. E com que você fez contato?
20 R. Inicialmente nossos contatos foram com Johnnie
21 Cochran e o associado dele, Carl Douglas.
22 P. Você se lembra de aproximadamente quando foi que
23 que você fez contanto com o Sr, Cochran — ou quando
24 foi feito contato entre você e o Sr. Cochran e Sr.
25 Douglas?
26 R. Foi tanto no final de 94 e início de 95.
27 P. Você, depois de sua conversa com esses
28 indivíduos, ajuizou um processo civil?

 4953

1 R. Não.
2 P. Em algum momento no tempo, mais tarde, você estevem então,
3 lidando com outros advogados com relação ao
4 propósito de ajuizar uma ação civil?

5 R. Sim. Em certo ponto, a representação do Sr. Jackson
6 foi assumida per um advogado chamado Zia
7 Modabber, e um advogado chamado Howard Weitzman.
8 P. E você recorda aproximadamente quando foi
9 que você, então, começou a ter contato com esses
10 particulares indivíduos?
11 R. Eu acredito que no meio de 1995.
12 P. E o propósito desses contatos?
13 R. Bem, o…
14 SR. MESEREAU: Objeção. Vaga;

15 foundamentação.
16 O TRIBUNA: Superada.
17 Você deve responder.
18 A TESTEMUNHA: O propósito desses contatos
19era que eles sabiam que nós tínhamos uma Reclamação que
20 estávamos prestes a ajuizar na Corte Superior do Distrito de
21 Santa Barbara, e eles não queriam que fizéssemos isso.
22 SR. MESEREAU: Objeção. Boatos;
23 fundamentação.
24O TRIBUNAL: A resposta está atacada.
25 Sustentada.
26 P. PELO SR. SNEDDON: Como resultado dessas
27 conversas entre esses indivíduos, você
28 ajuizou sua ação civil?
4954

1 R. Bem, nós nunca ajuizamos a ação civil.
2 P. Vocês chegaram a um entendimento, a um
3 acordo?
4Sim, chegamos.
5 P. Vocês chegaram a um acordo no qual
6 Jason Francia recebeu compensação monetária
7 do Sr. Jackson?
8 R. Sim, senhor.
9 P. Você recebeu — Você chegaram a um
10 acordo no qual Blanca Francia recebeu compensação monetária 
11 do Sr. Jackson?
12 R. Sim, nós chegamos.
13 P. Durante o tempo que você esteve
14 representando — durante o tempo que você tinha
15 preparado uma Reclamação pronta para ser ajuizada e você estava
16 em contato com advogados que representavam o Sr. Jackson,
17 você pode dar às senhoras e cavalheiros do júri uma
18 ideia de quantos anos Jason Francia tinha naquele particular
19 ponto no tempo?
20 R. Bem, ele tinha cerca de 14 anos. Ele tem 24
21 agora, como eu suponho, e nós estamos falando sobre
22 coisas que aconteceram por volta de exatamente dez anos
23 atrás.
24 P. E na sua posição como o advogado civil,
25 no memento em que um indivíduo é menor, na
26 idade de 14 anos, como você lida como representar uma
27 pessoa assim?
28 R. Bem, uma criança…

 4955

1 SR. MESEREAU: Objeção. Vago;
2 fundamento; relevância.
3 O TRIBUNAL: Superada.
4 Você deve completar sua resposta.
5 A TESTEMUNHA: Uma criança, sob a lei da Califórnia,
6 com menos de 18, não está autorizada a entrar
7 em um contrato. Eu suponho que ele ou ela poderiam, mas isso
8 seria executável. Portanto a única forma de uma criança
9 poder atuar legalmente é através de um guardião ad litem. E
10 é normalmente os pais e normalmente a mãe.
11 P. PELO SR. SNEDDON: Foi esse o caso, nesta situação
12 particular?
13 R. Sim.
14 P. Agora, durante o curso de tempo que você
15 esteve envolvido em obter um acordo do Sr.
16 Jackson em nome dos Francias, você lidou
17 pessoalmente com Jason em algum momento?
18 R. Sim. Claro.
19 P. Em que respeito?
20 R. Bem, eu sabia quem ele era, eu me encontrei com ele. Eu
21 me encontrei com ele e a mãe dele. Ele era um adolescente, e
22 um jovem legal.
23 P. Agora, em algum momento, foi requerido a Jason
24 que assinasse algum tipo documento em
25 conjunto com o acordo?
26 R. Sim. Quando ele completou 18, parte da
27 condição era que ele assinasse um acordo de
28 confidencialidade.

 4956

1 P. Agora, com relação à confidencialidade…
2 e, que você saiba, ele assinou isso?
3 R. Sim.
4 P. E com relação ao acordo
5 de confidencialidade, tinha uma provisão que exigia que 
6 o Sr. Jackson fosse informado no caso de Jason 
7 Francia falar com alguém?
8 SR. MESEREAU: Objeção. Induzindo; mova para
9 ataque.
10 O TRIBUNAL: Superada.
11 Você pode responder.
12  A TESTEMUNHA: Eu acredito, sim.
13 P. PELO SR. SNEDDON: E o que era 
14 a exigência de notificação no acordo de confidencialidade 
15 com relação a notificar o réu? 
16 R. Eu acredito que sejam cinco anos.
17 P. E você foi, em algum momento, em contado pelo Sr.
18 Zonen de nosso departamento com relação a entrevistar
19 seu — Jason Francia?
20 R. Sim.
21 P. E, nesse caso particular você
22 indicou ao Sr. Zonen que você teria que fazer
23 algo, antes de você pudesse concordar com isso?
24 R. Sim.
25 P. E o que era isso?
26 R. Bem, eu teria que notificar alguém no time legal
27 do Sr. Jackson que eles queriam falar  
28 com ele.

 4957

 

1 P. E você fez isso? 
2 R. Sim. Sim. Desculpe-me.
P. E você, então, obteve permissão do Sr. 
4 Zonen para ter uma conversa com seu — com Jason 
5 Francia? 
6 R. Sim.
7 P. Agora, você estava presente durante a

8 conversa entre Jason Francia e Sr. Zonen?
9 R. Eu não acho. Eu acho que eu estava lá, e,
10 então, eu tive que ir a outro tribunal ou
11 algo assim. Eu não me lembro de der estar
12 em nenhuma parte integral dessas... se houve mais de uma
13 eu nunca soube.
14 P. E eu estou falando sobre a conversa que
15 ocorreu depois que você notificou o réu
16 neste caso, ou notificou ao Sr. Jackson. Que você saiba
17 o Sr. Cannon estava presente?
18 R. Eu acredito que sim. Pelo menos em parte disso.
19 Novamente, em não estou certo.
20 P. Você se lembra de quando foi que você
21 finalmente… o ano que você finalmente conseguiu
22 o acordo com o senhor. Jackson?
23 R. Sim. Foi há muito tempo. Mas foi
24 um grande negócio. E eu me lembro…
25 SR. MESEREAU: Objeção. Não está respondendo;
26 mova para ataque.
27 O TRIBUNAL: A resposta está atacada.
28Não respondendo.
4958

1P. PELO SR. SNEDDON: Apenas…
2 P. Sim.
3 P. E que anos foi aquele, aproximadamente?
4 R. Foi em 95 ou 96, Eu acredito.

 

Interrogatório Cruzado de Kris Kallman por Tom Mesereau

 P. Sim. Okay. Agora, o promotor perguntou a você
13 algumas questões sobre previsões
14 no acordo, okay? E uma das questões que foram 
15 cuidadosamente negociadas pelos representantes do Sr. 
16 Jackson foi que ele nega qualquer má conduta no 
17 acordo, certo?
18 R. Novamente, a melhor evidência de que seria
19 isso um acordo. Eu não me lembro de o que estava

20 lá.

21 P. Okay. Bem, deixe-me… o promotor leu para
22 você uma cláusula, perguntou a você sobre isso.
23 Deixe-me perguntar a você sobre isso: Houve
24 linguagem nesse acordo que disse: “As partes 
25 reconhecem que Jackson tem escolhido fazer um acordo
26 quanto às alegações simplesmente em razão do potencial impacto
27 que litigar poderia ter no futuro da reputação
28 dele, ganhos e potenciais rendas, e não

 4968

 

1 por causa de nenhuma conduta inapropriada da parte
2 dele”, certo?

3 R. Se você está me perguntando se isso está no
4 documento, eu aceitarei sua palavra por isso. Você
5 não precisa me mostrar isso. Isso soa muito
6 padrão para mim.
7 P. O acordo também disse… perdoe-me, deixe-me
8 reformular isso.
9 Ambos os acordos, um envolvendo Jason e
10 um envolvendo Blanca, a mãe dele, ambos tinha
11 linguagem que dizia: “Este acordo não deve,  
12 de nenhuma forma, se considerado como uma admissão por Jackson
13 de que ele atuou inapropriadamente com respeito 
14 Francia, Blanca, ou qualquer outra pessoa, ou nada, ou
15 que Francia ou Blanca têm qualquer direito, qualquer um,
16 contra Jackson ou os lançamentos de Jackson. ” Soa
17 familiar para você?
18 R. Isso soa como linguagem padrão em
19 virtualmente todas as quitações nas quais trabalhei. Mas sim,
20 soa familiar.
21 P. Na verdade, há todo um paragrafo separado
22intitulado “Negação das alegações pelo Sr. Jackson,”
23 correto?
24 R. Não sei.
25 P. Refrescaria sua memória se eu lhe mostrasse
26 uma cópia?
27 R. Refrescaria.
28 SR. MESEREAU: Posso me aproximar, Excelência?
 
4969

1 O TRIBUNAL: Sim.
2 TESTEMUNHA: Isso refresca minha
3 memória.
4 P. PELO SR. MESEREAU: Okay. E você recorda essa linguagem
5 como estando em ambos os acordos?
6 R. Eu acredito, sim, senhor.

7 P. Okay. Em adição a essa linguagem que eu
8 li, há ainda linguagem que diz:
“Jackson especificamente nega qualquer responsabilidade,
10 e negou quaisquer atos inapropriados contra, Francia, 
11 Blanca ou qualquer pessoa e pode continuar a fazer 
12 publicidades, na medida do razoavelmente necessário, 
13 para responder a quaisquer questionamentos a esse respeito”. Certo?

14 R. Correto?
15 P. Diz também: “As partes reconhecem 
16 que Jackson é uma figura pública, e que o nome e
17 imagem dele, e semelhanças tem valor comercial e são
18 importantes elementos de capacidade de gerar renda”. Correto?
19 R. É verdade.
20 P. E essa linguagem estava em ambos os
21 acordos, um envolvendo Blanca Francia e um
22 envolvendo Jason Francia, correto?
23 R. Eu não me lembro disso. Eu aceitarei sua
24 palavra por isso. Você não precisa refrescar minha
25 memória. Soa como isso deveria ser ou
26 seria.
27 P. Agora, Sr. Kallman, cláusulas na quais uma
28 parte em um acordo nega responsabilidade são bastante comuns

 4970

1 em acordo, certo?
2R.  Verdade.
3 P. Mas a linguagem que ei acabei de ler para
4 o júri não é linguagem padrão em um
5 acordo de liquidação, é?
6 R. Esse não é um caso padrão, ou não foi.
7 E não, você está certo. Isso foi cuidadosamente elaborado
8 pelo time de advogados, e nós concordamos com os termos.
9 P. E a razão por que esses termos são diferentes é
10 porque o Sr. Jackson não é um indivíduo comum em
11 termos de necessidade de preservar a reputação e
12 a imagem publica dele, assim, ele podem ganhar a vida, certo?
13 SR. SNEDDON: Chama por especulação nisso.
14 isso não foi elaborado por ele. Sem fundamentação.
15 SR. MESEREAU: Eu penso que isso foi elaborado por
16 essa testemunhas.
17 O TRIBUNAL: Tudo bem. Eu sustentarei a
18 fundamentação.
19 SR. MESEREAU: Okay.
20 P. Quando vocês aceitaram essas questões – e eu estou
21 falando sobre matérias envolvendo Michael Jackson,
22 Blanca Francia, e Jason Francia – você colocou em
23 linguagem envolvendo negação das alegações pelo Sr. Jackson
24 que não era linguagem padrão em um típico
25 acordo de liquidação, certo?
26 SR. SNEDDON: Excelência eu
27 irei objetar a essa pergunta como carente de fundamentação; que
28 ele colocou a linguagem lá.

 4971

1 O TRIBUNAL: Bem, essa era a fundamentação que
2 eu estava procurando.
3 Portanto eu permitirei que você responda à pergunta desde que
4 você entenda as limitações da sua
5 resposta.
6 O TRIBUNAL: Bem…
7 O TRIBUNIAL: Se você colocou a linguagem lá.
8 A TESTEMUNHA: Eu não elaborei aquele acordo de liquidação.
9 O TRIBUNAL: Okay.
10 P.  PELO SR. MESEREAU: Advogados do seu escritório
11 elaboraram o acordo?
12 R. Não.
13 P. Quem elaborou o acordo?
14 R. Alguém do escritório da Senhora Modabber, a firma
15 Katten, Muchin, Zavis & Weitzman, em Century
16 City.
17 P. Você teve alguma participação na linguagem
18 do acordo?
19 R. Apenas a revisão disso. E se houvesse uma  
20 linguagem que considerássemos censurável, nós poderíamos atacá-la,
21 eu suponho.
22 P. Okay.
23 R. Mas eles quiseram isso lá e eu não considerei 
24 isso censurável.
25 P. Okay. Agora, você fez uma declaração, eu acredito,
26 em resposta á pergunta do promotor, que se 
27 alguém da polícia quisesse falar com seu cliente 
28 você tinha que, primeiro, notificar os representantes

 4972

 

1 do Sr. Jackson, verdade? 
2 R. Verdade.

3 P. Essa… essa linguagem não está realmente naquele
4 acordo, está?
5 R. Eu não sei.
6 P. Então por que você diria isso?
7 P. Porque ela parte… em um dos acordos,
8 eu tenho que notificar o time de defesa.
9 E eu uma vez notifiquei o Sr. Sanger.
10 E, depois, quando eu fui intimado, da sexta-feira, eu
11 notifiquei a Sra. Modabber em Los Angeles.
12 P.Mas a notificação de que você foi intimado deveria ter sido dada 
13 ao time de defesa não envolve requisições da justiça 
14 para falar com seu cliente, envolve? 
15 R. Eu presumo que se alguém na polícia 
16 quisesse falar com meu cliente, havia um requerimento para notificar   
17 alguém do time de  
18 defesa.
19 P. Em nenhum lugar nesse acordo de liquidação há
20 linguagem para esse efeito, há?
21 R. Eu não tenho ideia.
22 SR. SNEDDON: Objeção como imaterial;
23 irrelevante.
24 SR. MESEREAU: O promotor trouxe isso
25 no interrogatório direto, Excelência.
26 O TRIBUNAL: A objeção está superada. E a resposta
27 veio como: “Eu não tenho ideia.”
28 P. PELO SR. MESEREAU: Seria contra a política

4973

 

1 pública que um litigante civil colocasse linguagem em um 
2 acordo de liquidação impedindo alguém de 
3 cooperar com a força policial, não seria?
4 R. Em minha opinião, sim.
5 P. Advogados não têm permissão para ter esse tipo de linguagem
6 em acordos de liquidação, certo?
7 R. Errado.

8 P. Perdoe- me?
9 R. Não. É um pedido de notificação. Não um 
10  pedido de impedimento. 

Bingo! Mesereau chegou onde queria. O pedido do time de defesa de MJ, se é que houve, já que não consta em nenhuma cláusula do acordo, era apenas para ser informado, não era uma proibição para que qualquer pessoa colaborasse com a polícia ou a promotoria. Qualquer um poderia colaborar quando bem entendesse e se acaso não quisessem notificar, não haveria nada que os obrigasse a isso. Portanto a tentativa de Sneddon em dizer que os advogados de MJ tentaram impedir alguém de testemunhar é absolutamente ridícula.

Na parte 2, discutirei sobre outros atletas e artistas que foram extorquidos com ações cíveis, e analisarei a hipocrisia da mídia em não tratar os acordos deles comosinais de culpa! Eu também discutirei exaustivamente a extorsão de Janet Arvizo contra a JC Penney!

Fique ligado!
 

Atualização, 8 de outubro de 2010

 Aqui está uma história a partir de setembro de 1993, quando MJ visitou a Rússia para o primeiro concerto dele lá. Isso um cronograma de eventos até setembro de 1993. Mesmo nos estágios iniciais do escândalo, a mídia estava relatando que “suborno” poderia ser pago a Evan Chandler, e isso foi mencionado às 4:14.
Às 04:45 escuta-se Pellicano tocando uma fita de Rothman dizendo que ele ficaria “surpreso” se o MJ não “aceitasse este negócio”, porque seria uma “grande jogada” para ele.
Às 5:12 você vê LaToya dando uma declaração nada apoiadora sobre a inocência do MJ, que, como todos sabemos, foi apenas um prelúdio do que estava por vir! Eu me pergunto se Jack Gordon a “forçou” a dizer isso também?
E por pura distração, em 5:21 você vê Gloria Allred (antes de ela cortar o cabelo! LOL!) Afirmando que Jordie está “pronto, disposto e capaz” para depor, mas alguns dias depois ela foi demitida! (O que eu descrevi no artigo.)

Por fim, o repórter às 7:30 citou a polícia de Los Angeles, dizendo que eles “não serão intimidados sobre acusar Jackson!”. Nós todos sabemos que foi uma farsa total, especialmente com a tentativa desesperada que Garcetti para ter a lei mudada, de modo que ele pudesse forçar Jordie a testemunhar! Ele estava tão desesperado para processar Jackson, que ele não tinha que ser intimidado!
 

Devamını oku...