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Entrevista de Thomas Mesereau a Larry King

Entrevista concedida por Thomas Mesereau Jr., advogado de defesa de Michael Jackson, ao programa Larry King Live, um dia após o veredito.



Tradução de Niemand, revisada por Daniela Ferreira



Fala de Paula Zahn:
Então quem é a personalidade do dia?
Farida Garnen, fã de Michael Jackson que libertava pombas a medida que ela era absolvido; o líder da defesa de Jackson, Thomas Mesereau; ou o coordenador de mídia de Jackson, por persuadir o júri a falar para a mídia, depois que terminou?
E...55 % escolheu...o advogado Thomas Mesereau. Que absolveu o cliente dele de várias acusações.
Obrigada por se juntar a nós esta noite.
Começa Larry King Live:

Larry King: Ele vem até nós de Santa Maria, Califórnia, onde ele obteve, ontem, uma esplêndida vitória, uma vitória completa no julgamento por abuso sexual infantil, como Michael está hoje e muito mais. Ah, a propósito, Tom, Lauri Levenson, professora de direito de Loyola, disse que você é uma dos melhores que se tem visto. Isto é uma arte ou ciência?
Thomas Mesereau: É realmente uma arte, Larry. Eu estou muito lisonjeado com o cumprimento dela. Eu não sei se mereço completamente, mas, sim, é uma arte. É algo que você sempre está aprendendo a respeito, você nunca é um mestre completo e precisa manter sua cabeça aberta para aprender como se tornar melhor.
Larry King: Como você pegou o caso?
Thomas Mesereau: Eu conheço Randy Jackson há anos. Primeiramente, quando as buscas Neverland foram realizadas, eu recebi uma ligação pedindo que eu voasse para Las Vegas para me encontrar com Michael Jackson. Porém, naquela época, eu não podia ir, eu estava com muito trabalho, com o caso de Robert Blake, preparando-me para o julgamento. Mas com o tempo, acabei parando de trabalhar com o Sr. Blake e uns três meses depois, eu recebi uma ligação para ir á Flórida me encontrar com Michael, e uma coisa levou à outra.
Larry King: É comum, nos casos criminais, os advogados serem substituídos, assim como Blake te substituiu por outro e você foi para outro lugar?
Thomas Mesereau: Eu não sei se é comum, Larry, mas, você sabe, a defesa em casos criminais é muito tensa, é um negócio de alto risco, e os clientes ficam muito decepcionados às vezes. Eles estão emocionalmente muito vulneráveis e mudanças acontecem, de tempos em tempos.
Larry King: Você trabalhou com os outros advogados de Jackson:
Thomas Mesereau: Um pouco. Mark Geragos sempre foi gracioso e muito profissional. Eu o conheço há muitos anos. Ele é muito, muito decente, e um advogado muito, muito capacitado. Ele foi muito solicito durante a transição.
Larry King: Você disse não estar surpreso com o veredito, significa que você estava seguro. Mas a maioria dos advogados diz: “Nunca faça previsão do júri, nunca seja confiante”. Explique:
Thomas Mesereau: Eu estava muito confiante. Eu pensei que tínhamos destruído o caso deles completamente, com muitas investigações e exames, e eu achei que nós tínhamos testemunhas excelentes em nosso caso. E eu sabia que, quando tudo isso fosse reunido, eles teriam problemas.
Larry King: Como você prepara um cliente, psicologicamente, por exemplo, como você o alertou naquele dia? Disse que ele poderia estar na cadeia naquela noite? Vocês discutiram sobre isso em algum momento, ou vocês apenas falavam sobre coisas positivas?
Thomas Mesereau: Depende do cliente, Larry. Você precisa saber lidar com seu cliente. Você precisa explicar as possibilidades e as opções sem que pareça estar contra ele. E eu jamais agi assim com Michael Jackson, pois sempre pensei que nós ganharíamos o caso.
Larry King: E que tipo de cliente ele era:
Thomas Mesereau: Ele era um cliente maravilhoso. Ele foi um dos clientes mais fáceis de lidar que trabalhei. Ele é muito amável, muito gentil, coopera bastante. Ele é muito honesto. Uma pessoa muito decente. Eu gostei muito de representá-lo e o considero um amigo.
Larry King: Em algum momento você achou que ele deveria depor?
Thomas Mesereau: Sim. Quando eu fiz meu discurso de abertura, eu pretendia que ele testemunhasse também, mas com o desenvolvimento do caso, tornou-se claro para mim, que isso não era necessário. Nós examinamos tudo cuidadosamente. Nós mostramos ao júri um vídeo de duas horas e quarenta e cinco minutos com uma entrevista de Michael Jackson, onde ele explicava a vida dele, a filosofia dele e a música dele, as experiências dele, desde criança, reunimos tudo aquilo e percebemos que era tudo.
Larry King: Houve algum momento, Tom, quando vocês estavam por baixo?
Thomas Mesereau: Bem, você sabe Larry, é interessante. Todo caso tem altos e baixos, e todo caso temos surpresas. Mas, neste caso, eu senti que tudo era demasiadamente agressivo desde o início, quando examinamos as testemunhas deles. E o nosso plano era sermos extremamente agressivos para encurralá-los o mais rápido possível. E eu acho que conseguimos isso. Então, nós tivemos dias bons no tribunal. E eu estava sempre confiante.
Larry King: Havia aqueles dizendo que a promotoria era obcecada por Michael Jackson, você compartilha da opinião deles?
Thomas Mesereau: Sim. Eu compartilho absolutamente. Eu acho que eles não forma objetivos neste caso. Não foram objetivos com as testemunhas deles, nem com as teorias que tentaram provar, que eram improváveis, porque eram falsas. E eu acredito que a obsessão realmente os prejudicou.
Larry King: Você acredita que isso está conectado ao acordo feito anos atrás?
Thomas Mesereau: Eu não sei se está conectado, Larry. Parece ter sido naquela época que se desenvolveu essa obsessão por Michael Jackson neste departamento da promotoria, mas claramente eles não eram objetivos, quando se juntam as peças deste caso.
Larry King: Agora, por que, Thomas, eu quero dizer, eles tinham pessoas vindo até eles. Eles tiveram uma senhora vindo até eles e contando uma estória, por que eles cometeram o erro de ir em frente com isso?
Thomas Mesereau: Bem, antes de tudo, eles nunca investigaram o acusador e a família dele, a meu ver. E se você olhar nas primeiras entrevistas dos acusadores, você verá os acusadores simplesmente aceitando o caso sem verificá-lo e sem saber quem eles eram. Fomos nós que realmente encontramos todos os problemas com essas testemunhas. A promotoria se fingiu de cega para o que estava acontecendo. E acho que no meio do julgamento, eles estavam tentando negar a realidade e isso os derrubou.
Larry king: E quão efetivo foi Macaulay Culkin?
Thomas Mesereau: Ele foi uma testemunha maravilhosa para Michael Jackson. E eu sempre terei um enorme respeito por ele. Ele está no topo. Ele não precisava ir lá defender o amigo dele, mas ele fez meso assim. E nunca houve dúvida alguma de que ele viria testemunhar. Ele sempre disse: “Eu quero estar lá. Eu quero ajudar Michael Jackson, e eu quero contar a verdade”. Ele foi muito importante e é um homem de grande caráter.
Larry King: Você gosta de falar com os jurados depois de um julgamento, ganhando ou perdendo?
Thomas Mesereau: Eu gosto. Eu ainda não tive a oportunidade de fazer aqui, mas sim, eu gosto. Você sempre aprende coisas dos jurados. E eu nunca tive o privilégio de ser um jurado, eu sempre quis, mas nunca tive a oportunidade. Eu sempre sou descartado.
Larry King: Como eu imaginava. Nós tivemos um dos jurados que disse que acredita que Michael Jackson fosse ou é um pedófilo, mas que a promotoria não conseguiu provar neste caso. Como você reage a uma declaração destas?
Thomas Mesereau: Bem, eu acho que ele está errado. Michael Jackson não é um pedófilo. Ele nunca foi um pedófilo. A promotoria passou anos tentando bolar uma estória em que eles esperavam poder provar e falharam. Michael Jackson não é pedófilo. Ele nuca molestou uma criança e ele jamais iria sequer conceber algo assim.
Larry King: Então foram estórias inventadas?
Thomas Mesereau: Bem, certamente, eles inventaram tantos acusadores, e certamente a promotoria tentou inventar outras pessoas que foram molestadas. E eles todos apareceram e disseram que nunca foram molestados.
Larry King: A coisa incrível é que quando se tem cara diferente do normal, é fora do comum que um adulto durma com garotos. Mas se você tem o júri... Meu amigo Edward Bennet costuma dizer, se você consegue fazer o júri se colocar no lugar do seu cliente, se os jurados se colocam no lugar do seu acusado, você vence. Como você levou o júri a se colocar no lugar de Michael Jackson?
Thomas Mesereau: Bem, antes de tudo Larry, esta noção de que ele dorme com garotos é uma invenção da promotoria. O que ele disse abertamente é que ele permite famílias no quarto dele. Agora, o quarto dele é do tamanho de um duplex, são dois andares. Ele tinha mães dormindo lá, pais dormindo lá, irmãos e irmãs dormindo lá. A promotoria inventou essa estória de garotos porque eles achavam que iriam enganar o júri, mas eles falharam. E sim, nós tivemos que explicar que Michael Jackson é. Mas este é um país que tem orgulho de sua diversidade, da liberdade de ser quem você é. E nós nunca tiramos o foco de quem ele é. Nós nunca tentamos fazê-lo parecer quem ele não é. Ele nunca tentou se vestir diferente para o tribunal. Nossa intenção sempre foi mostrar Michael como ele é e orgulharmos dele e abraçá-lo por isso.
Larry King: Nós voltaremos logo com Thomas Mesereau, o advogado de sucesso de Michael Jackson. Nós teremos mais perguntas. Vamos atender seus telefonemas também. Ele ficará conosco todo o programa, não vá embora.
Declaração de Sneddon:
Quando uma vítima vem até você e diz que foi vitimizada, e você sabe que, de acordo com suas investigações, a acusação tem cabimento, você não olha para o “pedigree” deles. Nós olhamos para o que pensamos ser certo. Você faz a coisa certa por razões certas. Se isso não funciona, é o porquê de termos um sistema de júri popular. Mas nós fizemos as coisas certas, pelas razões certas.




Larry King: Thomas Mesereau é nosso convidado especial. Como é a angústia? Eu quero dizer, agora você pode se sentir tão confiante quanto quiser, mas quando eles entraram por aquela porta, como foi para você?
Thomas Mesereau: Você sabe, Larry, é muito tenso, desconfortável. Você nunca se acostuma a isso. Seu coração acelera e é uma coisa que nunca fico esperando que aconteça, porque, de uma forma geral, nunca é fácil.
Larry King: Você segurou nos braços de Michael Jackson, ou ele nos seus?
Thomas Mesereau: Sim. Quando o veredito estava sendo lido, eu segurei na mão dele. Ele apareceu gostar disso. Eu queria mostrar apoio a ele e também queria passar a mensagem de que nós estávamos ganhando o caso.
Larry King: O que ele disse quando a leitura das 10 acusações terminou?
Thomas Mesereau: Ele disse: “Obrigado, obrigado, obrigado.” A primeira reação dele foi de gratidão. Gratidão a Deus, gratidão ao time de defesa. Gratidão a família dele e aos amigos dele. Foi tudo que ele disse.
Larry King: E essa é a alegria de advogado de defesa, em um caso como este, certo?
Thomas Mesereau: Você está certo.
Larry King: O que aconteceu... Ele pagou uma fiança, não pagou? Isso retornou imediatamente? Como foi feito?
Thomas Mesereau: Bem, isso foi feito no começo do caso. Foi feito antes de eu estar no time de defesa.
Larry King: Isso foi devolvido imediatamente?
Thomas Mesereau: Sim. Sim. Quando ele foi inocentado, o montante foi revogado, e ele segue livre.
Larry King: Quanto a seu amigo, Mark Geragos, que esteve neste programa na semana passada, ele foi bastante crítico, ele estava até passando a idéia de que o sistema inglês de não permitir a cobertura de um julgamento é melhor. Qual é a sua opinião sobre isso?
Thomas Mesereau: A propósito, eu usei a palavra “revogada”. A fiança foi exonerada, não revogada. (nota do tradutor: revogar significa voltar atrás, desfazer. Exonerar significa liberar.)
Larry King: Ok.
Thomas Mesereau: Eu compartilho dos pensamentos de Mark Geragos. Eu acho que nós desenvolvemos uma indústria de “peseudos-especialistas” que não são profissionais, não possuem experiência, que são amadores quanto aos comentários e sobre o que estava acontecendo no tribunal. Eu acho que virou um teatro do absurdo e acho que atingiu o ponto mais baixo, neste caso.
Larry King: Você não estava sob nenhuma ordem para não assistir à TV. Como foi para você assistir?
Thomas Mesereau: bem, eu não assistia com frequencia, Larry. Eu estava ocupado demais com o caso.
Larry King: Mas você sabia o que estava acontecendo?
Thomas Mesereau: Sabia que muito estava acontecendo. Quando eu tirava um intervalo em meu apartamento, enquanto estava me preparando, eu ligava a TV e via que várias coisas eram aterrorizantes: Equívocos em relação aos fatos, a parcialidade evidente entre as pessoas como as da Court TV, que senti que foi, realmente, um braço da acusação, neste caso. Era muito amador, muito anti profissional e muito perturbador.
Larry King: Você diria que é difícil, ou impossível, prever o resultado de um julgamento que você não presenciou?
Thomas Mesereau: É muito difícil, porque você não sabe a química no tribunal. Você não está observando a interação entre as testemunhas, os jurados, o juiz e ambos os lados. Você perde muita coisa se você não está lá. E, além disso, como você poderia resumir seis ou oito horas de testemunho em minutos? Possivelmente você não será preciso.
Larry King: E quanto ao sistema britânico, onde, uma vez que ocorra uma prisão, a imprensa não pode cobrir?
Thomas Mesereau: Bem, certamente há muito que se discutir sobre Isso. Eu francamente gosto da liberdade de imprensa, mas está se tornando algo absurdo quando temos julgamento na América. Estamos obcecados por julgamento de celebridades. Acabou se tornando uma indústria de falsos especialistas tentando e tornar estrelas de cinema e não especialistas da área legal. E isso simplesmente chegou ao fundo neste caso. Felizmente o júri não foi afetado. Eles fizeram a coisa certa.
Larry King: O promotor, Sr. Sneddon, disse que já justiça de celebridades na Califórnia. Blake é um exemplo, OJ é um exemplo. Como você reage?
Thomas Mesereau: É ressentimento da parte dele. Vou dizer a você que injustiça com uma celebridade foi este caso. Foram enviados 70 oficiais para a casa de Michael Jackson, para uma busca. Foram colocados mais especialistas, mais oficiais e mais investigadores neste caso do que costumam fazer com serial killers. Isso é o que eu chamo de injustiça com uma celebridade. Portanto, de uma forma, ele está correto. Mas está olhando da forma errada. Michael Jackson teve um tratamento diferente, porque ele é uma celebridade.
Larry King: Então, celebridades têm vantagens, que podemos assumir que acontece com a maioria das pessoas iguais a elas?
Thomas Mesereau: Eu não considero necessariamente uma vantagem. Acho que jurados tende a ser muito cautelosos para não tratarem celebridades diferentemente e devem até voltar atrás para garantirem que não estão fazendo isso. Portanto, há muita injustiça direcionada ás celebridades. Elas são grandes alvos para promotores, para delegados, oficiais de polícia. São grandes alvos para pessoas que desejam fama e fortuna.
Larry King: Qual sua avaliação do desempenho da promotoria no tribunal?
Thomas Mesereau: Eles foram extremamente agressivos e preparados e muito determinados. Acredito que o maior problema deles é que não foram objetivos quanto ao caso deles. Acreditaram naquilo que queriam acreditar. Eles tentaram provar teorias que eram absurdas e tentaram transformar Michael Jackson em um demônio, de forma que pareceu absolutamente ridícula quando você checava a evidência de perto. E eles passaram do limite, e isso os derrubou.
Larry King: Você não muito preocupado quando aquela fita foi permitida no final?
Thomas Mesereau: Bem, eu estava preocupado. Penso que não havia uma base legal para aquilo. Mas depois de assistir pela segunda vez, e perceber quantas afirmações conflitantes o acusador fez naquela entrevistas e como ela mostrou o policial disposto a aceitar a história dele, mesmo antes de investigar o caso, quanto mais eu assistia, mais eu pensava que ele provavelmente nos ajudaria. E baseado nos comentários de alguns jurados, realmente nos ajudou.
Larry King: Emocionalmente, é difícil pressionar, durante um interrogatório, quando você interroga um acusador jovem, ou uma mãe?
Thomas Mesereau: Bem, você precisa dosar seu interrogatório para uma testemunha. Você não quer parecer um touro. Você não quer parecer que está tirando vantagem de sua posição. No entanto, você deve se adaptar, dependendo da personalidade à sua frente. Alguns jovens são extremamente maduros. E, como Cris Tucker falou sobre o acusador, ele era muito habilidoso e esperto. Tivemos que considerar tudo isso e fazer o interrogatório de acordo. E acho que você também que interrogar em diferentes velocidades e diferentes; e fazer o que quer que você pense que irá funcionar para aquela determinada testemunha.
Larry King: Estaremos de volta com Thomas Mesereau. Incluiremos suas ligações telefônicas. Amanhã Jermaine e Tito Jackson, irmãos de Michael, serão nossos convidados especiais. Quinta feira, teremos uma hora muito especial, com um homem muito especial, o reverendo Billy Graham. Voltamos já.


Declaração de Sneddon:
Acreditamos na criança. Nós acreditamos no caso e acreditamos que havia fatos que corroboravam o que as crianças disseram que ocorreu. Então, se é Michael Jackson ou John Smith ou quem quer que seja, este é um tipo de caso que o delegado investiga. O delegado acreditou no caso e seus detetives acreditaram no caso e nós acreditamos no caso. E, como eu disse, não vou pedir desculpa pelo que fizemos.
Larry King: Eu penso, Thomas Mesereau, que os jurados não concordaram.
Thomas Mesereau: Certamente não. Michael Jackson foi absolvido de cada acusação grave e de cada acusação leve. Foi completamente limpo.
Larry King: Você ficou preocupado com algumas das acusações leves?
Thomas Mesereau: Na verdade não. Porque para declará-lo culpado de qualquer uma delas, o júri precisava acreditar no acusador além de uma dúvida razoável. E, em minha opinião, isso não iria acontecer.
Larry King: Então, mesmo uma coisa pequena, como servir álcool, sem intenção sexual, foi descartada pelo júri?
Thomas Mesereau: Com certeza foi descartada pelo júri. Eles não acreditam nos acusadores. Não acreditam em nenhum testemunho daquela família em nenhum nível significativo.
Larry King: Você gostaria que tivesse câmera no tribunal?
Thomas Mesereau: Sabe, minha opiniões contraditórias sobre isso. Estou feliz por não ter havido câmera naquele tribunal, em particular. Penso que, do lado de fora, teria sido criado mais circo do eu já existiu. Gosto da idéia do público assistir ao que está acontecendo no tribunal, porque estamos conduzindo julgamentos públicos, mas acredito que devido à repetidas tentativas da mídia em criar um ambiente de circo em torno de julgamentos criminais, estou começando a mudar minha opinião. Talvez as câmeras não sejam para tribunais.
Larry King: Você gosta de ordens de silêncio?
Thomas Mesereau: Particularmente, não. Neste caso, acho que funcionou muito bem. Acho que a tentativa de advogados e promotores em se tornar astros de cinema e essencialmente se promoverem paras as câmeras é algo que tem de ser evitado se quisermos ter justiça em nosso sistema criminal.
Larry King: O senhor Mark Geragos foi uma testemunha boa para você?
Thomas Mesereau: Ele foi uma testemunha excelente. Foi uma testemunha muito, muito honesta. Realmente testemunhou pelo seu cliente. Explicou, de forma simples, cuidadosa e honesta, o que ele tinha feito para investigar aquela família, em razão das suspeitas que ele tinha sobre ela. Ele realmente foi lá para rebater para o cliente dele.
Larry King: Alguns apoiadores de Jackson ficaram preocupados com o fato de não haver nenhum negro no júri. Havia um negro como reserva. Você estava preocupado com a questão racial?
Thomas Mesereau: Bem, certamente Michael Jackson é parte de uma proeminente família afro-americana e inicialmente esperávamos que houvesse representante afro-americano no júri. Mas desde que o júri foi escolhido, sempre tive um sentimento positivo em relação a ele. Sempre senti que eles eram pessoas de opinião própria muito independente. Ninguém iria intimidá-los. Eles fariam o trabalho deles com seriedade e justiça. E eu estava certo.
Larry King: Você gosta de jurados que fazem anotações?
Thomas Mesereau: Ahn...Não tenho uma resposta para essa pergunta, Larry. Acho que fazer anotações significa que está prestando atenção e preocupado com seu trabalho. Mas, por outro lado, você também pode prestar atenção e observar o que está acontecendo sem precisar de anotações. Portanto, realmente não sei como responder a essa pergunta.
Larry King: Quando o júri fez aquelas perguntas ao juiz, elas não foram reveladas para a imprensa ou o público. Você ficou preocupado de alguma forma? Pode nos contar algo sobre o que eles perguntaram?
Thomas Mesereau: Bom, realmente não quero revelar. Não sei se o juiz Melville tirou a ordem de silencio sobre tais perguntas, ou não. Portanto, no momento, prefiro não discutir sobre isso.
Larry King: Mas você ficou preocupado com alguma delas? Sem nos contar quais foram.
Thomas Mesereau: Não me preocupei. Na verdade, fiquei encorajado por elas.
Larry King: Quer dizer que, quando você ouviu a pergunta, isso aumentou sua confiança?
Thomas Mesereau: Sim, aumentou.
Larry King: Como o juiz se saiu?
Thomas Mesereau: Ele foi um jurista notável. Acho que todos os juízes da América deveriam aprender com a forma como o juiz Melville conduziu este julgamento. Ele estava determinado desde o primeiro dia para que o julgamento não saísse do controlo. Ele foi determinado para que a justiça fosse feita dentro e fora do tribunal. Ele adotou alguns procedimentos muito criativos para que a ordem fosse mantida durante o julgamento. Ele fez um ótimo trabalho e tenho todo respeito pelo juiz Melville e a maravilhosa equipe dele.
Larry King: Mesmo ele tendo se zangado com você algumas vezes?
Thomas Mesereau: Sim, ele se zangou, mas com a promotoria também. Ele foi muito justo.
Larry King: Isso é tudo que você quer, certo? Equilíbrio e imparcialidade.
Thomas Mesereau: Isso, eu penso, é o que mais podemos esperar. E tivemos com o juiz Melville. Ele é um juiz de primeira linha.
Larry King: Estaremos de volta com Thomas Mesereau. Incluiremos sua ligação, nesta edição do Larry King Live. Não vá embora.
Poul Rodriguez: A mãe, quando ela olhou para mime estalou os dedos algumas vezes e disse: “Você sabe com é nossa cultura.” Piscando para mim. E eu disse: “Não, nossa cultura não é assim.”
Melissa Herard: Como uma mãe... os valores que ela tem, ensina a eles o que ela eles têm aprendido...E isso é muito difícil para eu compreender, sabe? Porque eu não queria que nenhum dos meus filhos mentisse para ganho pessoal.


Larry King: Estamos de volta com Thomas Mesereau. Nós certamente agradecemos a ele por ter nos dado este momento, esta noite, exclusivamente. Vamos receber algumas ligações.
Tulsa, Oklahoma, para o vitorioso advogado de defesa. Alô?
Telespectadora: Oi, ahnn, senhor... Oi, Larry!
Larry King: Oi.
Telespectadora: Senhor Mesereau, o senhor tem alguma idéia de quando Michael deverá fazer um pronunciamento.
Thomas Mesereau: Realmente não sei. Não conversei com ele sobre isso. Michael terá que atravessar um período de recuperação física. Ele está exausto. Ele não estava dormindo, não estava comendo. Foi uma experiência muito traumática para ele; e vai levar algum temo até que ele se recupere. Não posso antecipar se ele fará um pronunciamento muito em breve, mas suponho que é possível. Mas não conversei com ele sobre isso.
Larry King: Você, portanto, não recomenda uma entrevista, profunda, imediatamente?
Thomas Mesereau: Eu realmente não recomendaria. Penso que Michael precisa passar um tempo com seus filhos e sua família. Ele precisa saborear a vitória. Ele é uma pessoa muitíssimo grata, muito espiritual. Acredito que ele gostaria de ficar em paz, de se curar, restabelecer-se e seguir em frente.
Larry King: Todos eles foram de volta para Neverland após o veredito. Aonde você foi logo após o veredito?
Thomas Mesereau: Depois do veredito, fomos o juiz Melville e a equipe dele e agradecê-los pelo comportamento muito profissional com todos nós e, depois, também seguimos para Neverland.
Larry King: Indiana, Pensilvânia. Oi?
Telespectadora: Olá. Eu tiro meu chapéu para você, Larry, por sua postura justa nesta coisa toda. E para você, senhor Mesereau. Minha pergunta é que a mídia pintou Michael Jackson como uma aberração e um pedófilo. Como ele poderá recuperar o talento incrível que ele é?
Larry King: Boa pergunta.
Thomas Mesereau: Bem, eu penso que ele pode se recuperar, porque Michael é uma pessoa muito persistente. Sim, ele tem sido o alvo por muitos anos. Ele tem sido tratado com malícia. Ele tem sido alvo de escândalo, mas ele também é um dos maiores artistas do mundo e um dos maiores artistas humanitários do mundo. Michael tem todas as ferramentas e meios e apoio para se recuperar e seguir adiante, fazendo tudo muito bem.
Larry King: Você espera que ele volte aos palcos?
Thomas Mesereau: Larry, eu não sou um especialista na indústria musical, ou em negócios de entretenimento, mas eu sei que Michael é um artista. Ele é uma alma muito criativa. Você não pode subestimar a criatividade dele e eu não ficaria surpreso se dissessem “ele está de volta” e fizesse de forma bem efetiva.
Larry King: A família dele era fácil de lidar? Ou são um grupo difícil?
Thomas Mesereau: A família é muito fácil de lidar. Eles são pessoas maravilhosas. Amam e apóiam Michael. Há vários rumores de que eles são difíceis, mas não é verdade. Eles são muito agradáveis de lidar. Uma família muito amorosa.
Larry King: o que houve com Raymone Bain?
Thomas Mesereau: Bem, você sabe, eu trabalhei com Raymone Bain por alguns meses. Nós estávamos trabalhando de forma bastante efetiva juntos. Tivemos algumas diferenças no final, mas acontece em grandes casos, mas eu tenho muito respeito por Raymone Bain e sempre gostei de vê-la e trabalhar com ela.
Larry King: Por que afastá-la do caso quando estava próximo do final, então?
Thomas Mesereau: Você sabe, tem razões que são confidenciais. Houve algumas diferenças como já disse, mas no final, tudo muito insignificante. O fato é que nós éramos um time e ganhamos. E ela fez um ótimo trabalho.
Larry King: Há uma famosa fita de você, aparentemente, discutindo com, eu suponho, Brian Oxman. E foi um impacto forte, quando ocorreu aquele desentendimento na equipe de defesa de Jackson. O que foi aquilo?
Thomas Mesereau: Eu não vou falar sobre aquilo, Larry. Eu penso que é confidencial. Brian foi muito dedicado. Ele conhece os Jacksons há muito tempo. Ele os tem representado efetivamente em diversas áreas. Nós tínhamos diferenças. Acontece em grandes casos.
Larry King: Não é da nossa conta?
Thomas Mesereau: Está correto.
Larry King: Você disse que Michael foi vítima de mau conselho no passado, que fazendo o acordo no caso de alegações de abuso sexual infantil, estava tornando a ganância ainda maior. Você está dizendo que ele não deveria ter feito acordo algum?
Thomas Mesereau: Correto. Eu penso, olhando para trás, você sabe, mas eu penso que, se Michael pudesse voltar atrás, ele nunca deveria ter feito aquele acordo. Ele lutaria contra eles até o fim e a mensagem iria ser clara: não façam acusações contra Michael Jackson de novo, ou vocês irão a julgamento.
Larry King: Oxman ainda representa... ele disse a Paula Zahn, que ainda representa a família Jackson, certo?
Thomas Mesereau: Foi o que eu entendi, porém eu não falei com ele desde que ele saiu da equipe de defesa.
Larry King: Você está preocupado que possa haver um processo civil contra Michael após este caso? Ou isso acaba com tudo?
Thomas Mesereau: Bem, eu acho que seria uma loucura abrir um processo civil contra Michael, depois do que aconteceu neste julgamento, mas sempre é possível. Mas se houver, ele lutará até o fim e ganhará.
Larry King: Há quem diga que Deborah Rowe ajudou a defesa. Ela foi chamada pela promotoria. Ela apareceu e ajudou a defesa. Você concorda?
Thomas Mesereau: Sim, eu concordo. Ela nos ajudou muito.
Larry King: Por que ela foi chamada pela promotoria, então?
Thomas Mesereau: Você terá que perguntar isso aos acusadores. Eles a levaram para jantar na noite anterior. Pelo que eu sei, pressionaram-na muito, para que ela dissesse o que eles queriam que ela dissesse. Quando ela testemunhou, ela disse a verdade e explicou quem Michael era e isso foi muito efetivo para nós.
Larry King: Você se arrepende de alguém que tenha chamado?
Thomas Mesereau: Não. Na verdade, não, Larry. Você sabe, algumas testemunhas não disseram o que nós esperávamos, mas nos saímos bem. Nós fomos bem fortes depois. Eu acho que fizemos um bom trabalho examinando as testemunhas deles. Então, nós tivemos extraordinariamente muitos dias bons neste julgamento.
Larry King: Algumas vezes o réu é importante no caso, é envolvido. Algumas vezes, não. Michael estava envolvido com a defesa?
Thomas Mesereau: Sim, ele estava muito, mas Michael é um artista, Larry. Ele é um músico, não um advogado criminal. Mas ele estava sempre pronto para ouvir e fazer o que era aconselhado e, na verdade, era muito agradável trabalhar com ele.
Larry King: Então, em outras palavras, se você tivesse dito a ele “Michael eu acho que você também deve depor” ele iria?
Thomas Mesereau: Certamente ele iria. Na verdade, ele estava esperando por isso.
Larry King: Nós voltaremos com mais ligações telefônica neste Larry King Live, com Thomas Mesereau. Não vá embora.




Larry King: Nós estamos de volta com Thomas Mesereau. Vamos atender outras ligações. Glenolden, Pensilvânia, Olá?
Telespectador: Olá, Larry. Eu gostaria de perguntar ao senhor Mesereau se há a possibilidade que um processo seja aberto contra Tom Sneddon, promotor de Santa Bárbara?
Thomas Mesereau: Eu penso que seria possível, mas eu não discuti sobre isso com Michael Jackson. Nós tivemos o veredito recentemente, você sabe. Ele está se recuperando agora. Ninguém discutiu este assunto, até agora. Mas se você me perguntar...
Larry King: Você acha que ele foi malicioso?
Thomas Mesereau: Eu acho. Eu acho que Michael foi tratado de uma forma que ninguém jamais foi tratado antes. Foi porque ele é uma mega celebridade. Por que enviaram setenta policiais na busca em Neverland, baseado no que o acusador e a família dele disseram, antes de investigar o histórico deles?
Larry King: Então você está dizendo que, se ele quisesse, ele poderia abrir um processo contra eles e ter sucesso.
Thomas Mesereau: Eu não estou. Eu não vou dizer agora o que poderia acontecer. Isso teria de ser explorado. Mas eu acredito que houve malicia? Absolutamente.
Larry King: Você teve uma tragédia em sua família durante o julgamento. Sua irmã morreu de câncer no pulmão, certo?
Thomas Mesereau: Correto.
Larry King: Como isso afetou você... quero dizer, emocionalmente, como foi passar por isso, durante o julgamento?
Thomas Mesereau: Bem, foi muito difícil. Foi um momento muito difícil. Foi no início do julgamento. O juiz Melville me deu um tempo para lidar com o funeral e todas as coisas relacionadas a isso. Foi muito difícil, mas eu direi que uma de suas últimas mensagens foi a de que nós iríamos ganhar. E eu pensei muito nela durante o julgamento, sim.
Larry King: Quantos anos ela tinha?
Thomas Mesereau: Cinquenta e três.
Larry King: Ela fumava?
Thomas Mesereau: Sim, fumava. Ela fumava desde os treze anos e, infelizmente, aconteceu isso.
Larry King: Michael foi companheiro quanto a esta morte?
Thomas Mesereau: Ele não apenas foi companheiro, ele enviou a ela o mais bonito e maior buquê de flores que você já viu. Ele escreveu um pequeno poema para ela. Dele e dos filhos. E foi uma das coisas mais significativas e maravilhosas que ele poderia ter feito por ela em seus últimos dias.
Larry King: Como ele interage com os filhos dele?
Thomas Mesereau: Lindamente. Ele ama os filhos e eles o amam. Ele passa muito tempo com eles, ele é um pai amoroso, adorável, que se preocupa; e as crianças simplesmente o adoram.
Larry King: Quando você estava fazendo o seu pré-julgamento, questionando Michael, quando você teve de entrar nos assuntos delicados , foi difícil? Quando você teve de perguntar ao seu cliente: “Você fez isso com o garoto”?
Thomas Mesereau: Eu não responderei a esta questão. Tudo que eu pergunte a Michael Jackson é absolutamente confidencial.
Larry King: Claro, mas foi difícil para você?
Thomas Mesereau: Honestamente, não, porque quanto mais eu conhecia Michael Jackson, mas eu percebia o quão ridículas as acusações eram, e quão gentil, caridoso, bondoso e decente eu percebia que ele é, menos difícil ficava. Ele sempre foi uma pessoa correta, humilde. E o Michael Jackson que eu conheço não chega nem perto do o Michael Jackson que eles tentaram retratar. Então, ele era uma pessoa simples de lidar.
Larry King: E quando você fez perguntas, ele respondeu diretamente?
Thomas Mesereau: Claro que ele respondeu. Ele é muito honesto e humilde. Se você observar as poucas entrevistas que ele deu, verá uma pessoa muito, muito simples, humilde, muito honesto sobre quem ele é, honesto sobre a solidão dele, sobre a infância dele. Ele é uma pessoa muito decente, gentil e fácil de lidar.
Larry King: E confia muito nas pessoas?
Thomas Mesereau: Muito. E isto tem sido a ruína dele. Ele tem confiado nas pessoas erradas, se importado com as pessoas erradas. Tem tentado curar as pessoas erradas. Eles têm se voltado contra ele e tentado tirar vantagem dele através do sistema judicial.
Larry King: Ele será mais cuidadoso?
Thomas Mesereau: Sim, será. Já tivemos uma conversa sobre isso. Ele será certamente. Essa foi uma experiência horrível para ele e ele não permitirá que as pessoas corram livremente por sua casa novamente. E porque ele se importa com elas, que ajudá-las e curá-las, ele precisa ser mais firme e será.
Larry King: Você falou anteriormente que o deixava ser ele mesmo. Você não disse a ele para fazer isto ou aquilo. Mas em relação ao incidente do pijama, aquilo incomodou você?
Thomas Mesereau: Bem, aquilo não foi algo que alguém tivesse planejado. Ele estava no hospital. Esperava ficar lá por um curto período de tempo. O juiz Melville tomou uma posição muito firme, que ele tinha o direito de tomar e disse: “Tragam-no aqui rapidamente, ou eu expedirei um mandato de prisão”. Então Michael teve de correr direto para o tribunal. Ele obedeceu à ordem do juiz Melville. Aquilo não foi algo que alguém tivesse planejado, simplesmente aconteceu.
Larry King: Você acha que foi muito barulho por nada?
Thomas Mesereau: Concordo. Plenamente.
Larry King: Portanto, você não disse a ele como agir no tribunal? Sentar... senta assim, fazer isso, fazer aquilo, vestir isto, vestir aquilo?
Thomas Mesereau: Não! Sabe, eu queria que Michael Jackson fosse quem Michael Jackson é. E, sabe, os jurados são espertos, são intuitivos, e instintivos. Eles sabem o que eles têm de saber sobre  alguém na mesa defesa. E você não quer que seu cliente faça algo fora da realidade. Eu quis que Michael Jackson fosse exatamente o que ele é e tivesse orgulho disso. E foi o que ele fez. Não houve nada falso do nosso lado da mesa. Houve muita falsidade do lado da mesa da promotoria.
Larry King: Falsidade?
Thomas Mesereau: Sim.
Larry King: Significando que eles estavam fazendo algo que não estava certo?
Thomas Mesereau: Eu não entendo como eles puderam não enxergar isso. Olhe para a teoria de conspiração deles, por exemplo. Eles tentaram dizer que Michael Jackson tinha razões financeiras para basicamente seqüestrar a família e enviá-la para o Brasil. Foi a teoria mais ridícula que eu já ouvi. Não sei como eles falaram isso com a cara séria. E foi um tiro pela culatra. Como deveria ser.
Larry King: Voltaremos com mais de Thomas Mesereau e também e também com mais algumas ligações, nesta interessantíssima hora no Larry King Live. Não vá embora.

Sem vídeo:

Larry King: Estamos de volta. Você mencionou anteriormente, como você incentivou seu cliente e sempre tentou ser otimista. Mas você precisou falar com ele sobre a possibilidade de um veredito de culpado, contar-lhe o que poderia acontecer com ele, sobre como lidar com o que poderia acontecer?
Thomas Mesereau: Bem, Larry, você tem que ser honesto com seu cliente em todos os momentos. Você realmente tem deveres éticos e profissionais de explicar a situação em que seu cliente se encontra. Mas, ao mesmo tempo, se você realmente acredita em seu caso e é realmente otimista quanto às suas chances, você também tem que transmitir isso. E eu estive sempre otimista com o caso uma vez que aprendi sobre ele, porque quanto mais você analisava quem os acusadores eram e quem eram as testemunhas que a promotoria chamaria, mas ridículo tudo parecia.
Larry King: Então não havia razão alguma para dizer: “Michael, esteja preparado. Você pode estar na cadeia hoje á noite”?
Thomas Mesereau: Bem, você nunca sabe o que o júri vai fazer. Você não conhece aquelas doze pessoas. Elas não são seus amigos pessoais. Você não sabe o que os agrada. Mas eu sempre tive um bom sentimento em relação àquele júri. Sempre senti que nosso caso estava indo muito bem. E sempre pensei que a verdade prevaleceria. E realmente pensei que esses jurados eram pessoas de pensamento próprio, que ninguém iria influenciá-los, que eles seguiriam a lei e fariam o que é certo.
Larry King: Tempe, Arizona, para Thomas Mesereau. Alô?
Telespectadora: Alô, Larry! Adoro seu programa!
Larry King: obrigado.
Telespectador: Minha pergunta é: como você acha que a cobertura da mídia afetou o caso, senhor Mesereau?
Larry King: É. Afetou?
Thomas Mesereau: Bom, no final, tivemos o resultado certo. A justiça foi feita. Um homem inocente caminhou livre. Então, não posso dizer isso. Porém, no fim das contas, a mídia teve o efeito prejudicial com o qual eu estava preocupado em certos pontos do julgamento. O problema que eu tenho coma imprensa é que eles tentaram fazer do julgamento um circo, porque eles pensariam que isso despertaria o interesse da audiência. E tentaram fazer um circo fora do caso. E, em certa medida, eles fizeram. Mas, no final, a justiça prevaleceu, porque o júri não se influenciaria indevidamente por outras pessoas, ele faria o que era certo. E fizeram.
Larry king: Então você acredita que o júri não via televisão?
Thomas Mesereau: Acredito que não. Acredito que o júri levou as ordens do juiz Melville muito a sério. Acredito que conduziram o trabalho deles com muita seriedade e estavam decididos a não serem, influenciados, injusta e indevidamente, PR ninguém.
Larry King: Flórida. Alô?
Telespectador: Oi, senhor King. Adoro seu programa.
Larry King: obrigado.
Telespectador: Eu gostaria de saber se o senhor Mesereau poderia nos dizer qual foi o custo aproximado da defesa?
Thomas Mesereau: Desculpe. Não entendi a pergunta, exatamente.
Larry King: Se você poderia revelar o valor aproximado da defesa.
Larry King: não falarei sobre honorários ou custos. Isso é confidencial.
Larry King: Quanto custou ao estado?
Thomas Mesereau: Milhões. Disseram-me que ajunta de supervisores do condado de Santa Bárbara está com as mãos para o alto, por causa do custo deste caso. E se você analisar o número de oficiais, investigadores, especialistas, pessoal e promotores colocados nele, PE um absurdo. Eles não fariam isso em um caso de assassinato. Não fariam isso em um caso de Serial Killer, mas fizeram porque Michael Jackson é um superstar e queria derrubar um superstar.
Larry King: O quão importante foi seu investigador, Scott Ross?
Thomas Mesereau: Ele foi extremamente importante. Scott Ross fez um trabalho fabuloso assim com Jesus Castillo, nosso segundo investigador. Eles foram de suma importância. Eles foram implacáveis. Foram profissionais. Eles desenterraram os fatos, encontraram as testemunhas e levaram-nas á Corte. Esses caros foram simplesmente excelentes.
Larry King: Você usa muito sua equipe, Tom? Os outros advogados trabalham com você
Thomas Mesereau: Sim. Minha co-conselheira e parceira, Suzan Yu, foi absolutamente essencial para a defesa. Ela foi incansável na maneira como correlacionou as evidências, na forma como auxiliou na preparação. Bob Sanger, meu co-conselheiro de Santa Bárbara, foi um advogado inacreditavelmente efetivo. Ele foi um advogado de tribunal no tribunal. Ele argumentou nos recursos judiciais, fez a lei andar. Ele conhecia o sistema e os procedimentos locais. Tivemos vários assistentes nos ajudando, no escritório dele e no meu. Foi grande time que se esforço e teve sucesso.
Larry King: E voltaremos com mais momentos com Thomas Mesereau, perguntando sobre ele, o futuro dele




Larry King: Mais uma ligação. Gainesville, Geórgia. Alô?
Telespectadora: Sim. Gostaria de saber se o senhor Mesereau acredita que o senhor Tom Sneddon é responsável pelos testemunhos ao Grande Júri ter vazado para a imprensa?
Thomas Mesereau: Não sei sem Tom Sneddon é responsável pessoalmente por isso, mas certamente alguém do lado da promotoria, ao que parecia, foi responsável. E quando digo alguém do lado da promotoria, estou incluindo o departamento de delegado. Como vocês sabem, aquelas transcrições vazaram justamente quando o julgamento estava começando. E eu acredito que isso aconteceu como uma tentativa de prejudicar todo o processo. Eu sei quem fez isso pessoalmente? Não. Tenho conhecimento disso. Mas penso que alguém que estava a favor da acusação o fez. É no que acredito.
Larry King: Sabe se Michael vai ficar em Neverland?
Thomas Mesereau: Não sei responder, Larry. Não tivemos a chance de conversar muito sobre o futuro dele.
Larry King: Ele tem tanto interesse em crianças. Você acha que ele ainda terá, ou você vai aconselhá-lo em contrário?
Thomas Mesereau: Bem, novamente, eu realmente não conversei muito com Michael sobre o futuro dele. Eu realmente sei, como eu disse antes, que ele tem que ser mais firme com quem ele deixa entrar em sua vida e porque ele se preocupa e quem ele quer ajudar e salvar, porque ele realmente é um alvo.
Larry King: Perguntaremos aos irmãos dele amanhã. Uma outra coisa que eu não abordei: Você ficou surpreso...sei que você deixou o caso...com o veredito de Robert Blake?
Thomas Mesereau: não, não fiquei. S você se recorda, fiz as três semanas de audiências preliminares naquele caso.
Larry King: Eu lembro.
Thomas Mesereau: Eu vi que o caso estava cheio de buracos e de problemas.
Larry King: Você me disse.
Thomas Mesereau: Não fiquei de forma alguma surpreso.
Larry king: Você me falou, na ocasião, que achava que ele ganharia.
Thomas Mesereau: Sim.
Larry King: Ficou se arrependeu de ter deixado o caso.
Thomas Mesereau: Não, não. Larry, não. A vida continua, sabe? Tivemos uma falha e estas coisas acontecem no mundo de pressão da defesa criminal, mas ele contratou um advogado excelente, que fez um trabalho incrível e ele está livre.
Larry King: Interessantes coisas sobre  Thomas Mesereau, nascido em West Point, pai, tenente-coronel; trabalhou para parente em um restaurante de negócios, Mama Leone’s, um dos restaurantes mais bem sucedidos da América de todos os tempos, famoso em Nova York. Foi lutador de Box amador, representou rés de pena de morte no sul sem cobrar; dá assistência legal de graça para a Primeira Igreja Pentecostal Africana, em Los Angeles. Você ficou feliz com as desculpas do Senado, as desculpas que o Senado pediu ontem, pela escravidão e pelos enforcamentos?
Thomas Mesereau: Bem, Larry, ontem foi um dia muito atribulado. Que desculpas?
Larry king: O Senado pediu desculpas pelo tratamento dado aos negros americanos no passado.
Thomas Mesereau: Sim, sou totalmente a favor disso. Se for do jeito que foi feito e articulado, estou absolutamente de acordo.
Larry king: Você está em busca de mais casos criminais. Quero dizer, você está famoso, conhecido agora. Obviamente você receberá muitas ligações. Você está pronto para atacar novos negócios.
Thomas Mesereau: não, eu estou pronto para dormir.
Larry King: mas falando sério, você sabe que receberá bastante atenção, agora?
Thomas Mesereau: Eu tenho certeza disso e irei lidar com isso à medida que vier, sabe? Tenho fortes visões sobre minha profissão. Adoro o que faço. Tenho uma grande crença nos direitos civis e em assegurar que nosso sistema judicial funcione e que sigamos em frente. Sinto-me muito abençoado por Deus por ter feito parte deste caso.
Larry King: Quantos parceiros há em sua firma?
Thomas Mesereau: Apenas quatro. É uma firma pequena.
Larry King: Você pretende expandir, a gora?
Thomas Mesereau: Não sei. Teremos de agir à medida que as coisas forem acontecendo. Não tenho muitos planos a não ser dormir, ver minha família e amigos e seguir em frente.
Larry King: Tirar umas férias por enquanto?
Thomas Mesereau: Definitivamente eu poderia tirar, sim.
Larry King: Thomas, muito obrigado por esta hora tão informativa. Aprecio você ter nos dado uma hora, porque sabemos como você está cansado.
Thomas Mesereau: Eu agradeço a você por me receber.
Larry King: Este é Thomas Mesereau, um advogado de defesa muito bem sucedido, com uma carreira, vida e história incrível!
Fonte: CNN Website, YouTube e MJBeats

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