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Conspiracy,Capítulo 2 "Music And Me"

“Music And Me”




Muito antes de haver um julgamento em Santa Maria, a mídia pareceu ter escolhido lados, condenando Jackson por atos indizíveis baseada nas acusações que estavam enchendo o mundo, por toda a Internet, em todos os tabloides. A maioria dos noticiários parecia deleitar-se com a capa negativa que estava cobrindo o pop star e Jackson pouco poderia fazer sobre isso.
Com o intuito de vender jornais e ganhar audiência, as
 reportagens desumanizavam-no de todas as formas possíveis e jornalistas aproveitavam todas as oportunidades de relatar as notícias “sujas” sobre Michael Jackson sem se preocupar em confirmar os detalhes. Durante o julgamento, mesmo quando as pessoas tomavam posição para testemunhar sobre as boas ações de Jackson, o lado de Michael Jackson nunca era relado pela mainstream media.
Sem perceber isto, muitas pessoas na mídia tornaram-se parte da conspiração para destruir Michael. As pessoas cobrindo o julgamento pareciam focadas na promotoria, contando apenas um lado da estória. E os produtores dos noticiários queriam que os jornalistas falassem qualquer coisa que fosse anti-Jackson. Quanto mais negativo o comentário, mais atenção a estória ganhava. Era um círculo vicioso que quase todo mundo na mídia entrou.
Mas vendo Michael interagir com fãs, a família dele, os advogados dele, os oficiais de justiça, e mesmo com a mídia, uma coisa era inegável, a aura de Michael Jackson. O pop star parecia ter uma luz branca em volta dele que transcendia a toda turba. Michael não parecia nem um pouco preocupado com as alegações sinistras sendo apresentadas no tribunal. Na verdade, a expressão facial dele, dentro do tribunal, fez a promotoria parecer um time de pessoas desesperadas. O promotor parecia se agarrar em qualquer palha e a reação de Michael Jackson às “evidências” parecia deixar os jurados saberem disso.
Quanto aos fãs, que faziam vigília e acampavam em volta de Neverland e do tribunal, eles estavam irado pelas acusações e sentiam que Jackson tinha se tornado um objeto da mentalidade de uma multidão enfurecida. Do lado de fora dos portões de Neverland, alguns descreviam Michael, fazendo um paralelo coma princesa Diana, outro ícone que cada movimento era usado contra ela no esforço de fazer manchetes sensacionalistas. Os fãs sentiam que a mídia queria usar Michael como uma experiência científica. Para os fãs, era como se Jackson tivesse se tornado um inseto preso em um jarro de vidro, que poderia se espetado e provocado; a quem não era permitido viver livremente. Ao contrário da Princesa Diana, cuja vida acabou tragicamente quando a mídia a perseguia, com Michael, a mídia queria mantê-lo vivo, para manter a audiência crescendo eternamente.
Os fãs dele insistem que Michael se tronou uma vítima da máquina da mídia que se recusava a ver a verdade. Mesmo quando ela estava sendo apresentada na Corte Superior da Califórnia. Os fãs falavam do apetite gigantesco da mídia, que tinha, de certa forma, decidido que Michael Jackson era um “free-game” para qualquer rumor e insinuação difamatória no mundo.
Como se percebe, virtualmente, tudo que Sneddon e o time dele tinham apresentado na corte foi desacreditado por Thomas Mesereau e o time de defesa dele. Uma figura imponente que não estava interessado na atenção da mídia, que não era presunçoso de forma nenhuma, Tom Mesereau se tornou conhecido como o advogado de defesa de cabelos brancos que significava negócios. Ele mesmo se retirou do foco da mídia na cobertura do julgamento. Diferentemente de outros advogados de casos de grande perfil, Tom Mesereau não estava interessado em câmeras e holofotes. Mesereau estava interessado em justiça e ele acreditava na inocência de Jackson com todo o coração.
No dia em que Jackson foi absolvido, Tom Sneddon se tornou o “Imperador Que Não Tinha Roupas”. Foi Tom Mesereau quem deixou o tribunal com humildade e graça.
Quando a verdade começou a ser revelada, os fãs próximos a Michael se perguntaram por que o grande público não soube nada sobre os fatos verdadeiros do caso. Eles se perguntaram por que as testemunhas mais importantes foram ignoradas pela mídia. Os tablóides teimavam em cobrir Jackson com uma capa de vulgaridade. Eles quase o transformaram em uma espécie de demônio, acusando-o do pior crime conhecido para um homem, mas ninguém provou nada disso no tribunal. Mais que relatar os detalhes da absolvição de Jackson, em vez de destacar os detalhes dados pelos garotos que apareceram para dizer que nunca ocorreu nada sexual no tempo que eles estiveram com Jackson, a mídia estava aficionada por trivialidades. Havia mais destaques sobre Jackson vindo ao tribunal de pijamas. Havia mais sarcasmos sobre Jackson tendo um relacionamento com o chipanzé, Bubbles. Havia infinitos vídeos mostrando Jackson segurando o filho recém nascido em uma sacada de hotel em Berlim. 
Os fãs estavam com raiva, porque a mídia nunca examinou completamente o testemunho dado por mais de uma centena de pessoas no tribunal. Testemunhos que mostravam que não havia provas de absolutamente nada sinistro na vida privada de Jackson. Os fãs sentiam que os testemunhos e as provas fotográficas apresentadas no tribunal, provavam que Michael Jackson era a pessoa mais humilde, infantil e carinhosa, que alguém poderia imaginar.
Mas a mídia quis ignorar isso.
Quando o julgamento acabou, Tom Mesereau confidenciou, que a absolvição de Jackson, na verdade, tinha custado bilhões de dólares para a imprensa mundial. Aparentemente, tivesse Michael Jackson sido enviado para a prisão, a indústria de tablóides teria criado uma fábrica de reportagens sobre a segurança de Jackson na prisão, a vida de Jackson atrás das grandes, o suicido de Jackson, sobre os detentos de Jackson e a infindável frenesi continuaria. Mesereau estava dizendo que certamente o pessoal da imprensa tinha feito negociações para seguir toda a programação de Jackson atrás das grades. Qualquer um que estivesse visitando Michael Jackson estaria criando uma estória por dia. Selvagens rumores surgiriam em abundância, dando às pessoas a idéia de que Jackson estava mais louco que nunca. Enchendo o supermercado de tablóides perpetuamente.
Dessa forma, dias após o veredito, a revista Star falsificou uma reportagem de que Jackson tinha planejado dar uma festa no hotel Bellagio, em Las Vegas, dando a entender que Jackson queria celebrar a vitória com os fãs. Isto era um absurdo. A reportagem não tinha base alguma.
Outro tablóide, o London’s Daily Mail, salpicou de destaques que Jackson estava “escondido em um deserto no Oriente Médio” relatando que “ele agora já enfrenta novas acusações sexuais.” Como foi revelado, aquelas acusações foram feitas por um desagradável homem em Nova Orleans. E ele foi completamente desacreditado. O homem alegava que ele tinha sido fisicamente atacado por Jackson com uma lâmina de barbear, e que Jackson o havia drogado, além de outras coisas. O tribunal da Louisiana queria que Michael Jackson, ou um representante, se apresentasse para uma audiência pública, em 17 de agosto de 2005, embora o acusador tivesse um recorde criminal por perseguição e fosse um confesso bígamo. Algum tempo depois, o caso foi completamente recusado.
Este foi um exemplo de mais um frívolo caso contra Michael Jackson, que significaria mais humilhações, mais danos para a imagem pública dele e mais problemas nos tribunais dos EUA para o Rei do Pop. Por causa da conduta incomum dele, a riqueza e a natureza dos negócios dele, Michael Jackson se tornou o maior alvo do mundo e o pop star encontrou-se no tribunal, mais e mais vezes.
Quanto ao julgamento criminal, o que aconteceu antes do tribunal foi, na verdade, o resultado de Michael Jackson tentar ajudar um garoto de dez anos com câncer. Michael envolveu-se com o garoto, Gavin Arvizo, quando ele foi diagnosticado com câncer no estágio quatro e ter recebido uma sentença de morte por uma equipe médica, em Los Angeles. Como era o último desejo de Gavin falar com Michael Jackson, Michael ligava para o quarto de hospital de Gavin, de qualquer lugar do mundo, travando longas horas de conversa com Gavin, sobre vídeo games, brinquedos e a beleza de Neverland.
Foi Jackson quem deu ao garoto uma razão para viver. Foi Jackson quem ajudou o menino a encontrar força para superar aquilo, embora o câncer estivesse comendo vários órgãos do garoto, incluindo o baço e um dos rins.
Neste ponto, o garoto doente e o resto da família dele tinham visitado Neverland enquanto ele ainda estava sob tratamento quimioterápico. Nesta primeira visita, Gavin Arvizo estava em uma carreira de rodas, sofrendo com perda de cabelo e de peso. Entre outras coisas, Gavin tinha perdido a auto-estima, mas era Michael Jackson quem poderia transformar tudo isso.
Nas palavras que o próprio Gavin escreveu, em uma nota no livro de visitas depois da primeira visita dele a Neverland Valley Ranch:
“Querido Michael: obrigado por me dar coragem pra tirar meu boné na frente das pessoas. E amo você, Michael. Amor, Gavin.”
Foi Michael quem deu a Gavin e a família dele o senso de esperança que eles precisavam. Foi Michael quem encorajou Gavin a encontrar a força para deixar a cama de hospital. Foi Michael quem ofereceu a Gavin e a família dele a emoção de ter uma limusine levando-os de um bairro do leste de Los Angeles ao esplendor de Neverland Valley Ranch. Mesmo assim, todas as boas ações de Michael têm sido deturpadas pela mídia, têm sido usadas contra ele por uma família faminta por dinheiro.
Tom Mesereau ficou irritado porque a mídia gastava horas cobrindo acusações danosas, nem uma fez falou sobre todo o trabalho de caridade que Michael devotava às crianças. Durante o julgamento, Mesereau continuamente pontuava que Michael era um humanitário que tinha ajudado centenas de milhares crianças em todo o mundo, que nunca deu um concerto sem visitar hospitais infantis primeiro, mas ninguém na mídia captava isso. Quando o julgamento acabou, Mesereau começou a falar sobre a injustiça da cobertura da mídia. Para Mesereau, a cobertura não imparcial do julgamento era ainda outro aspecto da rigorosa e incomum forma que Jackson tinha sido mal representado.
Uma vez que o julgamento criminal tinha acabado, Tom Mesereau falou sobre o acordo, de aproximadamente 20 milhões de dólares, feito com Jordie Chandler e a família dele e o efeito que esse acordo teve sobre outras pessoas que procuravam por dinheiro fácil de Michael Jackson. No caso dos Chandlers, Mesereau acreditava que Jackson tinha sido vítima de maus conselheiros. Mesereau estava convencido de que Michael escutou parceiros de negócios que estavam somente interessados em que Jackson fizesse dinheiro. Voltando em 1993, os conselheiros de negócios dele não estavam assinando os cheques, Michael Jackson estava; e comparando com a capacidade de Jackson gerar dinheiro naquela época, o montante de dólares de um acordo não parecia importar para aqueles que se levantaram para ganhar muito dinheiro em negócios futuros.
Naquela época, como sempre, todos em volta de Jackson tinha um esquema para produzir novos produtos de Jackson, novas músicas de Jackson, novos vídeos de Jackson. E eles queriam que ele continuasse com os negócios dele, como de costume. Os conselheiros de Jackson pareciam não ter tido nenhum interesse sobre qual tipo de efeito um acordo daquele tamanho criaria no tribunal da opinião pública.
No outro lado da moeda, os fãs de Jackson sempre estiveram convictos de que havia uma conspiração para destruir Michael. Fãs estavam certos de que pessoas poderosas da Sony tinham espalhados rumores com o intuito de destruir a carreira de Jackson. Alguns fãs acreditam que executivos da Sony quiseram forçar Jackson a vender a parte dele no catalogo SONY/ATV. Muitos fãs ficavam do lado de fora da corte, a cada dia, segurando cartazes sobre a Sony, gritando “Lute, Michael, lute!”
Fãs acreditavam que a campanha para destruir a imagem pública de Jackson surgiu da ganância da companhia, que não apenas alimentou o julgamento em Santa Maria, mas também esteve por trás das acusações de outro garoto e a família dele.
Para registro, transcrições de gravações secretas, algumas que remontam a 1987, sugerem conduta duvidosa por parte de muitas das pessoas que fizeram acusações sensacionalistas contra Jackson no passado. Muitas dessas gravações, bem com as correspondentes transcrições estão, agora, sendo usadas pelo governo federal dos Estados Unidos em um existente processo contra Antony Pellicano, o investigador particular de estrelas, que o time de Michael Jackson uma vez contratou, para descobrir a verdade sobre a família Chandler.
Quanto a Michael, o superstar tem estado em público com suas reclamações que os conspiradores têm tentado arruiná-lo como parte de uma tentativa de assumir o controle da participação no catálogo de música SONY/ATV, o qual inclui músicas de Elvis Presley e dos Beatles. Jackson se referiu à conspiração, e isto apareceu em um desagradável artigo da Vanity Fair que chegou as bancas dias antes do veredito, em Santa Maria.
A Vanity Fair ridicularizava a alegada crença de Michael Jackson de que o acusador e a família dele estavam sendo pagas pelos “inimigos”, que queriam assumir o controle do catálogo da SONY/ATV. O perverso artigo zombava de Jackson, quem acreditava que o ex-presidente da Sony, Tommy Mottola, e a “toda poderosa” Sony_ assim como o promotor Tom Sneddon_ eram os "principais conspiradores” contra ele.
Sobre tudo isso, o advogado de Michael Jackson, Tom Mesereau, manteve-se um tanto quanto neutro. Embora Mesereau não tenha verdadeiramente nenhuma evidência que prove a teoria de Jackson de que ele foi vítima de conspiração, o advogado concorda que isso seria perfeitamente possível que uma “conspiração subconsciente” entre a Sony e o promotor distrital de Santa Bárbara tenha existido.
“O que Michael Jackson disse sobre uma conspiração, tem sentido lógico, mas não há evidencias”, Mesereau confidenciou. “se Michael estivesse na cadeia ou na prisão, como ele poderia defender a propriedade dele no catálogo? Como ele se defenderia de todos estes processos frívolos? A Sony tinha muito a ganhar se tivesse ocorrido uma condenação e Sneddon ganharia status de celebridade. Essas pessoas não precisavam sentar para conspirar juntas. Elas podem ter ajudado umas as outras em um não planejado nível. Porque elas têm um interesse comum.”
Ironicamente, se uma conspiração contra Jackson existiu, talvez ela tenha sido conduzida por ex-empregados com interesses pessoais, alimentados por convidados incomuns, que queriam ganhar dinheiro e fortificado por certos membros do judiciário que tinham suas próprias razões egoístas para querer destruir Jackson.
Com Michael Jackson sendo, talvez, a pessoa mais famosa a enfrentar acusações criminais, as autoridades queriam abrir a excêntrica vida de Jackson para a inspeção pública. O promotor de Santa Bárbara tinha prazer em envergonhá-lo.
Por razões óbvias, o Rei do Pop fez pouquíssimas declarações e deu raríssimas entrevistas em relação ao julgamento dele. Logo no início, Michael transmitiu uma declaração sobre a inocência dele na Internet. Michael convidou Geraldo Rivera para uma breve audiência em Neverland e, mais tarde, uma entrevista de Jackson apareceu na Fox News, embora a controvérsia de Geraldo, de que Jackson estava sendo perseguido pelo promotor de Santa Bárbara, não tenha sido bem recebida pela imprensa. Durante o julgamento, Jackson falou para os fãs via rádio, em algumas poucas ocasiões, mas, na maior parte, o pop star não falava muito para a imprensa, mesmo, abrindo uma única exceção para o amigo e conselheiro espiritual, o Reverendo Jesse Jackson.
Em uma pontual transmição de rádio, a qual foi ao ar no domingo de Páscoa, em 2005, Michael disse ao Reverendo Jackson, “Eu sou totalmente inocente e isso é muito doloroso.”
Na rádio, Michael disse que ele era uma vítima de racismo, afirmando que fazia parte de muitos dos “black luminaries” que tinha se tornado uma vítima. Jackson disse que encontrava força no exemplo de Nelson Mandela e Muhammad Ali. Jackson disse que se sentia descriminado por ser uma pessoa de cor. Quando Jesse Jackson perguntou sobre uma possível conspiração da Sony, que poderia estar por trás das alegações no julgamento criminal, Michael tinha muito pouco a dizer.
Reverendo Jesse Jackson pediu a Michael que detalhasse exatamente o que estava no catálogo SONY/ATV, mas Michael não quis seguir por esta estrada.
Enquanto Jesse Jackson tentava conseguir informações sobre o problema entre a Sony e o ícone pop, ficou claro que Michael estava com medo de discutir o assunto. Quando perguntado sobre o cabo-de-guerra pelo catálogo da Sony, Michael foi cauteloso. Havia apenas uma coisa que Michael poderia dizer sobre o catálogo SONY/ATV, “É muito valioso. Gera muito dinheiro. E existe uma grande briga rolando enquanto nós falamos disso. Eu não posso comentar. Há muita conspiração. Eu direi que muita.”
Mas se sim ou não, alguém na Sony conspirou para arruinar Michael Jackson (e não há evidencias disso, efetivamente) realmente não havia interesse para Tom Mesereau no caso criminal. O que Mesereau tinha certeza, durante o curso do processo criminal, era que ele estava lidando com um grande grupo de pessoas que contribuíram para um plano em comum, uma conspiração, para destruir a imagem de Michael Jackson.
Aquelas eram pessoas, Mesereau provaria, que estavam em busca de qualquer tipo de fama e fortuna para elas próprias. E Michael Jackson era o veículo deles. Decidido a lutar contra Tom Sneddon e a promotoria, de uma vez por todas, Mesereau foi a primeira pessoa a ver o jogo sendo jogado nos bastidores. Ele veio a considerar todo o caso contra Michael Jackson, em si, era uma conspiração.
Segundo Mesereau, foi a família de acusadores de agiu de acordo com Tom Sneddon e estimulados por certos membros da mídia, que se engajaram em um bem arquitetado plano para tentar colocar Michael Jackson de joelhos. O advogado Mesereau, que há muito tem sido um vencedor por direitos civis na comunidade Afro-americana, confidenciou que quando ele deu uma olhada nas evidências, quando ele sentou e estudou as milhares de páginas de descobertas, ele ficou apto a tirar as próprias conclusões.
“A mídia estava basicamente dizendo, ‘Você não pode vencer este caso. Não há esperança, ’ mas eu não me importei com o que diziam, para ser honesto’”, confidenciou Mesereau. “Eu olhei as evidências, como sempre faço, eu fico conhecendo o cliente. Eu decidi que isso isto era um caso vencível e também decidi que teríamos um julgamento justo em Santa Maria.”
Os agentes públicos nunca imaginaram que as pessoas em Santa Maria teriam uma visão positiva de Michael Jackson. Por acaso, certos residentes confidenciaram a Tom Mesereau que eles sentiam que Tom Sneddon tinha uma séria rixa contra o pop star, embora Sneddon consistentemente negue isso. Os moradores de Santa Maria sentiam que Jackson era um grande trunfo para a comunidade deles e eles expressaram uma positiva sensibilidade sobre Jackson. Porém, sem a permissão de câmeras no tribunal, com reportagens tendenciosas sendo os únicos meios de o grande público se inteirar do julgamento, a mancha foi inevitável.
No sensacional julgamento dele, cento e trinta e cinco testemunhas depuseram, ao todo. Elas variavam de amigos crianças a estrelas de filme. De peritos criminais a contadores forenses. A quantidade de especialistas e funcionários que testemunharam era o bastante para confundir a mente. Muito dinheiro foi gasto no esforço de colocar qualquer coisa sobre a vida de Michael Jackson em m microscópio. Tudo que ele possuía foi questionado, todo livro, toda peça de arte, todos os itens da lavanderia dele. Tudo isso era sujeitado ao escrutínio público.
No momento em que as evidências foram apresentadas, as pessoas provaram que Jackson era diferente. Que ele levava a vida dele de uma forma que ninguém sonharia possível. Mais que nunca, as pessoas viram que Jackson vivia em um particular mundo de sonhos, um mundo onde ser criança fazia parte do quem Jackson era. O júri aprendeu que Michael confiava demais nas pessoas. Entre os detalhes que o júri ficou chocado em descobrir: Michael tinha nomeado conselheiros alemães como representantes legais, aparentemente sem entender as consequências de suas atitudes infantis.
Do outro lado do mundo, noticiários teriam pessoas acreditando que a Neverland de Jackson era cheia de subterrâneos escuros, com jogos sinistros para atrair crianças para uma armadilha. De qualquer forma, dentro do tribunal, onde isso realmente importava, revelou-se que o ícone pop, pelas próprias declarações gravadas, tinha convencido o júri que ele era um inocente joguete.












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