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Aphrodite Jones para Deborah Kunesh

Uma chance para um coração...

Entrevista com uma correspondente da Fox News e autora de Best Sellers, pelo The New York Times, Aphrodite Jones.

Traduzido por Daniela Ferreira


Depois de cobrir o julgamento de abuso sexual contra Michael Jackson, em 2005, para a Fox News e, originalmente, pensar que Michael era culpado, como o resto da mídia, Aphrodite Jones ficou chocada quando viu um “inocente” atrás do outro. Isso a fez repensar tudo que ela tinha acreditado até aquele ponto. Tanto que, ela não pôde mais parar de pensar no assunto.

Sentindo que precisava explorar além e mais profundamente, ela guardou documentos do tribunal e evidências tiradas do julgamento, fez sua própria pesquisa e chegou à conclusão que ela e o resto da mídia, estiveram errados todo o tempo, que Michael Jackson era, de fato, inocente daquelas acusações.

Leia esst entrevista exclusiva, abaixo, para aprender como o processo se desenvolveu e o que fez Jones mudar sua opinião e se sentir forte o bastante sobre as mudanças de suas crenças, que escreveu um livro sobre isso para certificar-se de que a verdade sobre esse caso, tão amplamente divulgado, seria conhecida.

 Aphrodite Jones é uma correspondente da Fox News que cobriu o julgamento sobre abuso sexual contra Michael Jackson, em 2005. Ela também é uma autora de Best Seller, segundo The New York Times e escritora de True Crimes, assim como é autora do livro  "The Michael Jackson Conspiracy”.

DK:  Deborah Kunesh
AJ:  Aphrodite Jones


DK: Voltando a 2005, você está cobrindo o julgamento para a Fox News, certo?

AJ:  Correto.

DK:  Quando você cobriu o julgamento, você tinha inicialmente pensado que Michael era culpado.

AJ:  Certo.

DK:  O que inicialmente fez você, e outros na mídia sentir, que ele era culpado? Isso era, de forma geral, pela forma como ele sempre se comportou?

AJ: Não, não. Para mim, havia dua coisas. Número um, que eu acho que é óbvio que todo mundo considera, o acordo no caso Jordie Chandler. Para mim, alguém fazer acordo se era realmente inocente naquela época, especialmente por aquela quantidade de dinheiro, eu sentia como se tivesse algo ali e, na verdade, eu falei sobre isso com alguns membros da mídia. Eles concordavam comigo, que, você sabe, que tinha alguma coisa ali. Havia uma pessoa, que era uma jornalista afro-americana, e ela disse para mim “Eu penso que havia alguma coisa por trás disso, eu não penso que haja alguma coisa agora”. Mas ela era a única naquele momento que se destacou da multidão para defendê-lo,e, naquele momento, eu meio que continuava com a opinião de, bem, tudo que eu podia ver era culpado. Eu não estava enxergando nada além de culpado. Embora ela tenha dito aquilo para mim e eu meio que tivesse reconhecido em minha mente, “mmm hmmm, eu vejo, sei aonde você quer chegar, mas eu não concordo.” 

A razão para eu não concordar era que eu sentia demasiadamente, naquela época... Eu estava basicamente sendo levada por pessoas como Diane Dimond ,que fez um ótimo trabalho vendendo a história de 1993, se você deseja, através da TV tribunal e outros lugares.... Hard Copy e por que não, era Michael Jackson. Ele era uma pessoa horrível e sinistra. Assim ela tinha descoberto a verdade. Isso eram Diane Dimond e Nancy Grace, que seguiu Dimond, em toda essa mentalidade e eu estava meio que procurando apenas pelo que o fizesse parecer culpado.

DK: Tá, eu entendi.

AJ:  Eu era muito parcial e eu penso que a maior parte da mídia era da mesma forma e eu preciso dizer isso não era apenas de minha parte, mas dos produtores. Não apenas a Fox, mas todos os produtores nos Estados Unidos, pelo menos.  Canadá era um pouco mais tolerante e tentava ser justo, mas na Inglaterra, na França, as pessoas com quem falei e, especialmente, nos Estados Unidos, todo mundo estava procurando, você sabe, o dia que Macaulay Culkin testemunhou, não apenas histórias obscena, mas sensacionalista.

DK:  Okay, está certo, está certo.

AJ:  Você entende o que quero dizer? Eles queriam escutar sobre o que ele estava fazendo exatamente antes de ele tomar posição. Eles queriam ouvir sobre o dia do pijama, eles queriam ouvir sobre qualquer coisa que parecesse louca, estranha e sensacionalista e eles não estavam realmente preocupados com detalhes chatos, você sabe, fatos.  Aquele velho ditado “Não me aborreça com fatos”, sabe? Essa era a mentalidade, é a mentalidade da notícia hoje, na maior parte da imprensa.

DK: Sim, eu concordo.

AJ: Quando realmente vamos começar a ver que, como sociedade, estamos começando a perceber que “oh, meu Deus” não podemos simplesmente acreditar no que a CBS ou qualquer outra agência de notícias, ou The New York Times, porque nós percebemos agora, eu acho, estamos começando a perceber que todo mundo tem um interesse e ao maior interesse de todos é vender sabão. Detergente. Você sabe, por que elas são chamadas “soap operas”? Sério, é por isso. Deriva do fato que os patrocinadores de dramas diários da TV eram produtores de sabão. Então você sabe, quando você percebe isso, você entende que com jornais é a mesma coisa. Que título tem para vender. Eles vão colocar qualquer coisa no jornal que chama a atenção. Certamente, o que vai prender a atenção das pessoas não é que este homem é um alvo, em vez de que, agora eles finalmente o “pegaram”. Isto é o que está sendo vendido e o que está sendo comprado; e eu era uma das grandes consumidoras disso.

Nota da tradutora: novelas são chamadas de “soap opera” nos Estados Unidos, daí o trocadilho que ela usou. A imprensa nada mais era que vendedores de sabão (produtores de sabão patrocinavam as novelas), ou seja, todos eram meros vendedores de melodramas baratos, já que novelas são consideradas, artisticamente, um trabalho de baixo nível.

DK: Alguma coisa mudou quando você começou a sentir que Michael Jackson era inocente. O que a fez começar a reconsiderar seus pensamentos anteriores e como foi para você aquele processo?

AJ: O que aconteceu foi uma coisa muito estranha. No dia do veredito, eu fui acreditando que ele seria condenado. Quando o veredicto “inocente” veio, isso foi, literalmente, como cair uma tonelada de tijolos sobre minha cabeça. Eu estava tão, eu fiquei assim, e você poderia ver que o resto da mídia também... você poderia ver o choque...Você podia ver os queixos caindo. Os fãs estavam chorando e felizes, mas não foi permitido a eles dizer nada e eles não podiam fotografar. Mas a mídia, eu estava sentada em frente à mídia, você podia ver, literalmente, os queixos caindo. Para mim, esse exato momento, foi como se de repente, The Emporer Had No Clothes, e eu vi Tom Sneddon como o homem, que tudo que queria era jogar lama em Michael Jackson, eu percebi...

Eu tenho conversado com alguns dos investigadores da promotoria e eles, basicamente, dizem coisas para mim como “Bem, mesmo se não ganharmos, temos alguma coisa pra provar aqui.” Em outras palavras, eles queriam destruir a reputação de Michael Jackson, mesmo que eles não ganhassem o caso e isso era algo que eu realmente não entendia naquela época, mas uma vez  que eu vi aqueles veredictos de “inocente”, foi quando todos os pontos se conectaram para mim. De repente tudo isso foi como “woah, espere um minuto.” Então ele não é culpado para esse júri que tem estado aqui por muitos meses e observado os rostos deles, que os estudaram e os viram e conheceram; e sabendo que eles são de nível médio, pessoas comuns. Não há nenhuma pessoa, você sabe, do entretenimento aqui. As pessoas que estão aqui não são estúpidas. Eles formavam um ótimo júri e para eles não verem nenhuma culpa, mesmo que o juiz, em minha opinião, estivesse tentando extrair isso deles... Deu-lhes mais oportunidades de condená-lo, quando acrescentou a contravenção “servir bebidas alcoólicas para um menor”, acusações adicionais, pela quais ele poderia ser condenado isoladamente e ele poderia ter possivelmente passado um tempo na prisão, por fim, eles poderiam dizer “ele é culpado”. Mas eles não disseram! E quando isso aconteceu, eu percebi “espere um minuto aqui”, eu não me lembro que conversa foi, quando eu tinha conversado sobre “qual é o seu compromisso?” O tipo de coisa como eles disseram "ganhar de qualquer forma" e eu disse: “O que eles quiseram dizer?”.

DK:  Sim, é uma estranha afirmativa.

AJ:  Então eu percebi que o que eles quiseram dizer é que eles queriam destruir a reputação dele. Eles tiveram sucesso de todo coração.

DK:  O que você acha que teria sido a motivação deles para querer arruinar a reputação dele?

AJ: Porque na cabeça deles ele era uma pessoa culpada. Na cabeça deles, ele tinha molestado alguém em 1993 e que ele escapou disso. Mesmo que eles não pudessem provar isso, eles estavam prestes a levantar muita sujeira. Tom Sneddon, na verdade, propôs uma lei na Califórnia especialmente para Michael Jackson. Ela é informalmente chamada “A Lei Jackson”. Mas era algo como “A alguma coisa Jackson”, eu esqueci agora, mas,basicamente, a lei permite que você volte em acusações pretéritas em um presente julgamento. Você não pode voltar em provas preterias em um julgamento atual, ainda menos em alegações pretéritas. Não era um indício. Era uma alegação e um acordo, porém, Sneddon, de alguma forma, decretou uma lei no estado da Califórnia, entre 1993 e 2005, a qual lhe permitia voltar em acusações pretéritas. Então, ele era tão sério assim. Quando eu tardiamente descobri isso, foi quando eu decidi escrever um livro, porque eu percebi que ele tinha ido à Austrália, ele percorreu todo o globo procurando por vítimas em potencial. Isso era uma missão para ele. Não era uma vingança, era realmente uma missão. Isso realmente me atingiu quando eu compreendi. Isso foi como “Espere um minuto. Esse cara colocou mais empenho em acusar e destruir Michael Jackson, que em perseguir um serial killer.”  Sabe?  Havia uma grande, como eu disse, uma missão. Havia um enorme desejo de destruir Michael Jackson.

Em essência, apesar de tudo, Michael foi declarado “Inocente”, por causa daquele longo e forte processo... e a conexão que a promotoria tinha com a mídia porque o promotor tinha  uma espécie de conluio, com alguns certos nervos da imprensa... Eu não vou dar nomes, mas vamos colocar dessa forma. Foi permitido que pessoas filmassem a busca em Neverland. O que só pode ter acontecido com a autorização da promotoria. Tinha que ter sido algum simpático, algum tipo de informação de linha cruzada lá, entre a mídia e a promotoria, muito antes de haver qualquer julgamento e isso ateou fogo, porque desde que as pessoas na mídia estavam pegando aquelas informações diretamente da promotoria, eles sentiram, bem, “nós sabemos a estória”. 


DK: Durante o julgamento, houve certo humor no tribunal ou isso mudava diariamente?

AJ:  No que diz respeito ao humor no tribunal, não nos era permitido fazer humor. Era muito sério. Eu quero dizer, a vida de Michael Jackson estava em jogo lá.  O  juiz não pegou leve. Você realmente não podia mostrar nem um tipo de humor ou emoção ou qualquer coisa dentro do tribunal. Essa coisa, eu percebi... pessoas falariam sobre Michael, se ele estivesse usando uma peruca, se ele estivesse usando drogas ou, você sabe,  coisas negativas ditas pelo pessoal da mídia, então, basicamente, minha opinião, agora olhando para trás, eram coisas como colocar o prego no caixão.

DK: No dia que o veredicto foi lido, você disse que ficou muito chocada com o veredito. Você teve a chance, agora, de ver como Michael Jackson e a família reagiram ou qualquer outra pessoa no tribunal reagiu ao veredicto?

AJ: Oh, Michael Jackson ficou agradecido. Ele sussurrou “obrigado” ao júri. Havia pessoas chorando no tribunal. A família de Michael estava muito composta. Eu corri até ele quando ele estava no detector de metal e eu estava lá cara a cara com ele e  naquele momento ele parecia extremamente assustado.

DK:  Oh, claro. Isto é compreensível.


AJ:  Eu não acho que era medo por culpa, eu acho que era medo por “O que as pessoas irão...” eles poderiam fazer alguma coisa a ele. Lá estava ele, nesta muito, muito tênue missão, ele estava preste a ouvir seu destino e mesmo ele não tendo feito nada de errado, como ele poderia saber o que aquelas pessoas iriam decidir sobre ele?  Lá está ele naquele tribunal cheio de estranhos, por tudo que ele sabe que acreditam na campanha publicitária... Eu, na verdade, pensava que ele não apareceria para o veredito. Obviamente, o advogado dele me disse que tinha garantido a ele que tinham vencido o caso. Tom Mesereau. Mas na minha cabeça, vindo de uma perspectiva diferente, eu, na verdade, pensei, você sabe, “Melhor você ir para o Bahrein, ou qualquer país agora que você pode, porque esse júri irá...eu não via a luz até muito tarde. Muito, muito, tarde.

DK: Eu sei que muitos disseram que a acusação e o julgamento tiraram muito dele,e parecia que onde quer que você tenha visto as fotos dele, parecia que a luz dos olhos dele tinha desaparecido.

AJ:  Você sabe, eu tenho dito que enquanto o julgamento tirou muito dele, porque ele tinha que ficar lá e assistir todo mundo que ele conhecia e sempre tinha ajudado, vir à frente para dizer coisas ruins sobre ele, houve pessoas que vieram para dizer boas coisas sobre ele também. Isso não foi registrado. Mas houve.

Então você sabe, ele tinha diferentes dias, foi um longo processo, mas no fim de tudo isso você precisa realmente entender que, eu não sei como alguém no mundo pode assistir toda a sua vida desfilar em frente de você por 5 ou 6 meses e resistir dia após dia e pessoas dizendo coisas. Você podia ver as expressões dele. Ele olhava para as pessoas que estavam mentindo e apenas balançava a cabeça, como “Você é um mentiroso”. Mas ele nunca disse isso. Você assiste a esses programas de tribunal e você tem pessoas falando, mas não Michael.  Ele realmente era uma pessoa de classe. Realmente elegante. Realmente eloquente. Sempre se levantava para o júri, sempre unia as mãos como que orando ou homenageando, como que implorando à mídia “Por favor, não me machuquem” e sendo respeitoso com todo mundo lá. Eu não acho que foi alguma coisa que ele foi orientado a fazer. Havia suspeita de que os advogados tinham dito “Você tem de fazer assim, você tem de vestir isto, você tem...” Michael não foi orientado a fazer nada. Apenas era assim que ele era.
Ele basicamente chegou a um ponto, em minha opinião, onde não admitiria mais que as pessoas o extorquissem e isso foi feito com ele e se ele precisava enfrentar o julgamento para que as pessoas pudessem ver a verdade, então ele ia enfrentar isso e ele enfrentou. Mas o julgamento tirou tudo dele? Com certeza. Eu acho que ele nunca se recuperou do julgamento e muitos outros jornalistas que cobriram o julgamento comigo mudaram de opinião ao longo do tempo, um de meus amigos um escritor do New York Times, disse a mesma coisa. Você sabe, quando Michael morreu, ele escreveu um artigo dizendo que ele nunca se recuperou do julgamento e esta é a opinião de Tom Mesereau, também, que Michael nunca, verdadeiramente, se recuperou do julgamento
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DK:  Eu imagino que seja terrível passar por uma coisa dessas.

AJ:  Sim. Eu quero dizer, pense sobre isso. Aqui está Debbie Rowe, a quem ele ajudou, a quem ele deu todo aquele dinheiro, que era sua amiga e mãe e esposa, e estava testemunhando contra ele? Então ela se levantou e começou a chorar e tentou chamar a atenção dele e ganhar a compaixão dele. Isso foi louco.
Muitos dos testemunhos foram assim, onde você “Espere um minuto”. Era difícil de acreditar naquelas pessoas. Você se perguntava por que essas pessoas concordaram em testemunhar para a promotoria, porque tudo que elas estavam dizendo era mentira ou agora eles estava mudando suas histórias. Eu quero dizer, muito disso aconteceu também com os acusadores e com a família dos acusadores. Você apenas “Está bem, nenhuma dessas pessoas tem histórias coerentes. Vocês apenas querem dinheiro.” Isso foi basicamente o que os jurados disseram para mim depois do fato, foi isso, você sabe, eles pensavam que aquelas pessoas eram apenas garimpeiros, incluindo os Chandlers e Martin Bashir.

DK: Quando o documentário original de Martin Bashir foi televisionado, eu não me lembro de ter visto. Eu assisti na internete depois que Michael se foi e o que eu imediatamente pensei é que foi praticamente uma armação para retratá-lo daquela forma. De uma forma muito negativa e quase tentando convencer o público a creditar que ele era um pedófilo.

AJ:  Foi uma total armação.

DK:  Eu me lembro de assistir e pensar “ele está tentando pegá-lo”.

AJ: Em minha opinião, foi uma total armação. Com certeza, sem dúvida.

DK:  Isso foi uma grande vergonha, porque ele finalmente confiou em alguém para mostrar como ele realmente era.

AJ: E resultou nele sofrer acusações criminais. Isso é enorme.  Isso não é só ser falado na mídia. É ter a mídia sendo usada contra você em um tribunal e você ser chamado de criminoso e ser acusado de conspiração e sequestro e extorsão. As acusações eram inacreditáveis, houve 10 acusações de crimes e 4 acusações de contravenção que eram “servir álcool para um menor”, que o juiz adicionou para poder dar ao júri uma opção para condená-lo de “alguma coisa”.

DK:  Isso foi uma das coisas de que os Arvisos o acusaram, de servir álcool a eles?

AJ:  Sim.

DK:  Uma vez que você decidiu escrever um livro, você procurou o juiz para pedir para ver todas as evidências e transcrições do julgamento, etc.?

AJ:  Sim.

DK:  O que especificamente, dentre o que você viu... Havia certas coisas que realmente se destacaram quando você viu todas as evidências que confirmaram o que você estava pensando. Que havia algo errado?


J:  Bem, as principais coisas foram, sem dúvida, que os acusadores estavam mentindo. E para mim parecia que eles foram incentivados pela polícia de Santa Bárbara, quando contaram a “história” deles pela primeira vez. Naquele minuto foi que eu comecei a pensar nisso, e percebi, em minha opinião, que ele não estava falando a verdade e que a polícia o estava provocando e eles estavam dizendo coisas como "Não se preocupe com isso, nós o ajudaremos a contar essa história. Está tudo bem, você pode, você sabe, nós já sabemos que Michael é uma pessoa má.” Esse tipo de coisa foi dito e era como , “ Oh, espere um minuto!” E o garoto não estava prestando atenção. Ele estava basicamente querendo ir e ter seu M&Ms ou alguma coisa, e era como, “Espere um minuto!” Essas coisas, em minha opinião, não se encaixam. Eu não acredito nele.



DK:  Eu sei que havia uma questão sobre as fotografias que foram tiradas em 1993, que não foram autorizadas no julgamento, em 2005, está certo?

AJ:  Certo, não foram.

DK:  Você mencionou em seu livro que o julgamento mostrou Michael vivendo uma vida diferente da que realmente pensamos, originalmente, para o Rei do Pop? Você mencionou ir através do julgamento e ver um lado da vida dele diferente daquilo que se podia esperar. Que tipo de coisa?

AJ:  Sim. Nós vimos que ele realmente gostava de Kentucky Fried Chiken.  E coisas como estas que você diria “Oh, wow!” Nós vimos o quarto dele e era uma espécie de confusão.

Nota da traduotora: Kentucky Fried Chiken ou apenas KFC é a especialidade de uma rede lanchonete que tem o mesmo nome. Trata-se de pedaços de peito de frango frito e caramelizado. Uma das comidas favoritas de Michael.
DK:  Quando você foi publicar seu livro, você tinha se aproximado de diferentes editoras e a reação deles foi “Não queremos nada pró-Jackson.” Como isso fez você se sentir, especialmente você sendo uma autora de Best Seller do New York Times?

AJ:  Eu fiquei mortificada. Eu fiquei totalmente aturdida. Ele tinha sido absolvido e porque ele tinha sido absolvido não havia nenhum livro negociado por ninguém. Os únicos livros negociados eram os livros escritos por pessoas que iam falar mal dele. Isso foi impressionante para mim, porque eu nunca tinha pensado no mundo editorial, como um mundo tendencioso. Eu nunca pensei. Esse não era um pensamento com o qual eu vivi.

DK:  Então você nunca experimentou isso antes, com nenhum livro que você tentou publicar?

AJ:  Não! 

DK:  Por que você acha que eles reagiram dessa forma?  Por causa da cobertura que houve?

AJ: Eu acho que eles já estavam com uma posição negativa e isso era tudo que eles queriam

DK:  Michael leu ou reconheceu o seu livro, “The Michael Jackson Conspiracy”?

AJ:  Não. Ele nunca reconheceu que eu tinha escrito esse livro. Eu sei que ele sabia sobre isso porque eu era capaz de chegar até ele através da Grace e de outras pessoas. Agora, o que eu penso sobre isso é que Michael, verdadeiramente ,não poderia enfrentar, como eu disse, eu acho que ele não podia enfrentar nada relacionado com aquele tempo de trevas em sua vida e eu acredito que, em algum lugar no fundo, ele estava feliz com o livro, mas ao mesmo tempo, era um lembrete daquele tempo horrível, horrível capítulo de sua vida, em que ele tentou ajudar este menino com câncer e acabou sendo vítima.




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