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Caso Chandler-parte 3 "O Mais sórdido, cruel, sem escrúpulos que pude encontrar."


“O mais sórdido, cruel, sem escrúpulos que eu pude encontrar "



Se Evan Chandler tinha sinceras suspeitas, por que não ir à polícia? Por que contratar um advogado sem escrúpulos? Por que traçar um plano e pagar a outras pessoas? Quem eram essas pessoas e qual o papel delas no esquema? Não podemos responder a todas essas perguntas, mas uma coisa é certa: não é preciso seguir planos quando se diz a verdade. Muito menos se apoiar em pessoas como Barry Rothman.
O mais lógico e correto seria procurar a polícia e denunciar Michael Jackson, mas Eva Chandler preferiu procurar por um advogado. E não qualquer um. Ele escolheu o advogado mais sórdido que ele pôde encontrar, dentre todos que havia consultado, como ele mesmo disse, na transcrição que se encontra no capítulo anterior.
Barry Rothman foi apresentado a Chandler por Mark Torbiner. Rothman tornou-se cliente de Evan. Na verdade, decidiram trocar os serviços advocatícios pelos odontológicos.
"Este advogado que eu encontrei, eu escolhi o filho da p*** mais sujo que eu poderia encontrar", Chandler disse na conversa gravada com Schwartz.  "Tudo o que ele quer fazer é levar isso a público o mais rápido possível e da forma mais alarmante possível e humilhar tantas pessoas quanto puder. Ele é safado, ele é mau, ele é muito esperto, e ele está com fome de publicidade".
Essa foi a maneira como Chandler o descreveu para Dave Schwartz. Para seus empregados, Barry Rothman era ainda pior. Ele era o demônio.
“Conhecer Barry Rothman é acreditar que ele poderia ter arquitetado aquele plano todo. Ponto final.” Disse Geraldine Hugues, uma antiga secretaria de Rothman que trabalhou para ele durante todo o escândalo envolvendo Jackson e que manteve uma espécie de diário sobre o que era discutido entre e Rothman e Evan Chandler.
“Isso (fazer acusações falsas contra Michael) é tipo de coisa que faz parte do caráter dele.” Completou Geraldine.
Nota: Geraldine Hugues é autora do livro “Redemption” (Redenção: A verdade por trás das acusações contra Michael Jackson).
Geraldine seria testemunha de defesa se o caso tivesse ido a julgamento. Ela afirma em seu livro que Evan e Rothman arquitetaram um plano contra Michael com o intuito de extorquir-lhe dinheiro e critica o descaso da polícia em relação à acusação de extorsão que Michael apresentou contra os dois. Segundo ela, a polícia jamais levou a acusação de extorsão a sério, jamais fizeram uma busca no escritório de Rothman, se tivessem feito, ela diz, teriam encontrado provas.
Antigos sócios, clientes e empregados revelaram um padrão de manipulações e fraudes cometidas por Rothman.
Conforme o excelente artigo “Was Michael Jackson Frammed”, escrito por Mary Fisher e publicado na revista GQ, Barry Rothman fez tantos inimigos que sua ex-mulher uma vez disse que era surpreendente que alguém ainda não o tivesse assassinado. Ele tem uma reputação de canalha.
“Ele parece ser um caloteiro profissional... Ele não paga a ninguém.” Concluiu o investigador Ed Marcus em relatoria ao Tribunal Superior de Los Angeles, como parte de uma ação judicial contra Rothman. Depois de analisar o perfil financeiro do advogado, que exibia mais de trinta credores que o estavam perseguindo.
Mais de vinte ações civis foram registradas contra Rothman no Superior Tribunal Justiça, diversas reclamações foram feitas à Comissão do Trabalho e ações disciplinares em três incidentes foram abertas contra ele pela ordem dos advogados da Califórnia.
Em 1992, ele foi suspenso por um ano. Mas a suspensão foi revogada e o colocaram sob observação.
Em 1987, Rothman devia US$16.800.00 em pensão alimentícia para os filhos.
Por meio de um advogado a ex-esposa, Joanne Ward, ameaçou penhorar os bens dele. Ele concordou em pagar a dívida. Mas um ano depois, como Rothman ainda não tinha pagado, o advogado de Ward tentou penhorar a valiosa casa dele em Sherman Oaks. Para sua surpresa, Rothman disse que não era mais proprietário da casa. Três nãos antes, ele tinha lavrado a escritura da casa para a Tinoa Operations Inc., uma empresa panamenha.
Segundo o advogado de Ward, Rothman alegou ter US$200.000,00 em dinheiro da Tinoa em sua casa, quando foi vítima de assalto. Transferir a casa foi a única maneira de devolver o dinheiro para a Tinoa. Ele alegou.
A ex-mulher e seu advogado suspeitaram de que aquilo não passava de uma artimanha de Rothman, mas nunca puderam provar.
Apenas quando teve seu Rolls Royce rebocado foi que ele resolveu pagar a dívida.
Documentos apresentados ao tribunal Superior de Los Angeles parecem confirmar as suspeitas de Ward e seu advogado. Eles mostram que Rothman criou uma elaborada rede de contas bancárias no exterior e empresas de fachada, aparentemente para esconder alguns dos seus bens, em particular a casa e grande parte dos US$531.000.00 decorrentes de sua eventual venda, em 1989.
As empresas, inclusive a Tinoa, podem ser ligadas a Rothman. Ele adquiriu uma empresa panamenha não operacional, embora existente, e arranjou as coisas para que seu nome não estivesse na lista de executivos, mas ele detinha poder incondicional como procurador e isso o deixava no controle da movimentação financeira.
Ex-empregados contam que tinham que implorar por seus salários. E às vezes os cheques que ele dava, eram devolvidos. Ele menosprezava as secretárias, humilhava. Diz uma delas. Por essa razão não conseguia manter secretárias especializadas na área jurídica.
Ele contratava empregados temporários por uma ou duas semanas e em seguida os demitia aos berros, dizendo que eram incompetentes. Não pagava pelos serviços alegando terem sido insatisfatórios.
Não demorou a que as agências de emprego percebessem o engodo e passassem a exigir pagamento antecipado.
Em 1992, ele sofreu uma medida disciplinar pela ordem dos advogados de Los Angeles fundamentada em um caso de conflitos de interesses.
Rothman tinha sido demitido no ano anterior por sua cliente Muriel Metcalf, a quem ele representava em um processo de custódia e pensão alimentícia.
Metcalf o acusou de superfaturar a sua conta. Quatro messes depois de ser demitido, Rothman passou a representar a empresa do ex-marido dela, sem que houvesse notificado a ex-cliente quanto a isso.
O que chama mais atenção neste caso, é que Metcalf acusou o marido, Bob Brutzman, de abusar do filho deles, um menino de 12 anos, quando Rothman ainda a representava. Brutzman negou a acusação.
O fato de Rothman conhecer a acusação não o impediu de representar Brutzman, o que lhe rendeu a medida disciplinar. Conta Mary Fisher em seu artigo.
O fato de Rothamn ter se envolvido no caso citado demonstra, também, que ele estava familiarizado com acusações de abuso sexual. A acusação contra Butzman, tudo indica, foi falsa e apenas uma artimanha de Rothman para tentar forçar Brtzman a aceitar um acordo que beneficiasse a ex-esposa. Mas quando ela se voltou contra ele, ao descobrir que estava sendo lesada, a acusação de abuso sexual contra o marido desapareceu.
Em 1992, Rothman tentava fugir de diversos credores. A Folb Management, uma agência imobiliária estava entre eles. Rothman devia a Folb US$ 53.000,00 em aluguel e juros por um escritório na Sunset Boulevard. Processado pela Folb, Rothman alegou que a segurança do prédio era tão inadequada que um dia assaltantes conseguiram roubar mais de US$ 6.900,00 em equipamentos de seu escritório. O advogado da Folb disse ao tribunal: “O senhor Rothman não é o tipo de pessoa em cuja palavra se possa acreditar.”
Em novembro de 1992 o escritório de advocacia de Rothman faliu, listando 13 credores, com dívidas montando em US$ 880.000,00 e bens não declarados.
Depois de analisar os documentos da falência, um ex-cliente que Rothman estava processando por custos judiciais em US$ 400.000,00, notou que Rothman tinha deixado de colocar na lista uma propriedade de US$ 133.000,00 e ameaçou denunciá-lo por fraude contra credores. Encurralado, Rothman desistiu do processo contra ele em questão de horas.
Rothman e Evan se conheceram no consultório deste último. Era maio de 1993 e os dois estavam, como se pode notar, em péssima situação financeira.
Durante uma festa de formatura, Evan confrontou a ex-mulher com suas “suspeitas”, ameaçando ir a público com as provas que tinha. Que suspeitas, se ele jamais viu nada? Quais provas, se ele nunca apresentou alguma?
“Ela considerou aquilo tudo uma bobagem.” Disse o advogado dela, Michael Freeman. Ela disse ao ex-marido que ia tirar as crianças da escola para poderem acompanhar Michael na segunda parte da Turnê. “Evan ficou irado e ameaçou ir a público. Que pai em sã consciência iria arrastar seu filho para os holofotes públicos?” Questiona Freeman. “Você iria querer proteger o seu filho.”
Foi Rothman quem instruiu Evan a procurar o psiquiatra Mathis Abrams, segundo consta nos diários de Geraldine Hugues.
O psiquiatra seria peça fundamental no esquema, uma vez que, por lei, estava obrigado a informar às autoridades sobre qualquer suspeita de violência contra crianças. Assim, Evan não se comprometeria, nem correria o risco de ser acusado de perjúrio ou difamação. Pois a denúncia viria do médico. Evan nunca acusou Michael formalmente, ele jamais assumiu essa responsabilidade.
Por que um pai hesitaria em avisar às autoridades sobre a suspeita de abuso sexual contra seu filho? Por que Evan Chandler não procurou uma delegacia assim que começou a suspeitar?
Pela mesma razão pela qual ele nunca falou sobre as suspeitas com o juiz que julgava seu processo de custódia: ele não queria proteger Jordan e punir Michael Jackson. Queria dinheiro.
Procurar o psiquiatra, como dito, foi parte do plano. O laudo que ele confeccionou viria a ser usado como uma arma contra Michael Jackson, um instrumento usado por Evan para chantageá-lo.
O que Evan queria? O que ele quis dizer com ganhar tudo que queria? O que ele disse a Michael que queria?
Segundo Michael, o que Evan desejava e exigia dele eram os vinte milhões, metade do dinheiro que a Sony disponibilizou para que Michael criasse uma empresa de produções cinematográficas. Essa questão é confirmada dor David Noradahl.
E faz sentido, pois no encontro que Evan teria com Michael em seguida, ele usou o laudo dado por Mathis Abrams para tentar coagir Michael a lhe dar os vinte milhões.
Interessante que a mãe e o padrasto do menino estavam ao lado de Jackson. Durante todo o tempo que Michael esteve com Jordan Chandler, o menino estava na companhia dos outros adultos, também. Evan Chandler sempre afirmou não ter visto nada de errado, portanto nada aconteceu na casa de Evan. E a mãe? Ela teria visto? É de se imaginar que a mãe testemunhou algum abuso e com ele foi conivente? E além de permitir que o filho sofresse abusos, ainda apoiava o agressor contra o pai do garoto?  Por que June Chandler faria algo tão sórdido?
A resposta imediata para isso é sempre “dinheiro”. Mas June não era uma pessoa pobre, seu marido possuía uma empresa, eram de classe alta, não eram pessoas desesperadas por dinheiro. Não é razoável imaginar que ela prostituísse o próprio filho.
Segundo o depoimento de June ao delegado, Michael era o único homem em que ela confiava, o único que ela queria perto de seus filhos. Pois todos os outros homens de sua vida a tinham decepcionado.
No mesmo dia em que June e Dave Schwartz mostraram a fita a Michael, Pellicano se encontrou com Jordan Chandler e sua meia irmã Lilly, no apartamento de Michael em Century City. Sem a presença de Michael, Pellicano diz ter olhado nos olhos do garoto e ter lhe feito perguntas diretas como: “Michael já tocou em você?” “Alguma vez você o viu nu na cama?” A resposta a todas essas perguntas foi NÃO. Jordan negou repetidas vezes que alguma coisa ruim tivesse acontecido.
Como Evan disse a Dave, ele pretendia se encontrar com Michael, June e Jordie, para conversarem e tentar “um entendimento”. Isso seria no dia 10 de julho de 1993. Mas os três não compareceram à reunião.
Quando Michael recusou-se a encontrar com Chandler, ele e Rothman passaram para a segunda parte do plano.
Em 11 de julho de 1993, deram início aos atos necessários para conseguir a custódia do menino. Evan pediu à ex-mulher que deixasse Jordan com ele por uma semana.
Bert Fields disse mais tarde em uma declaração ao tribunal, que June Chandler permitiu que o menino fosse por causa de uma garantia dada por Rothman a Fields de que o menino voltaria no tempo especificado, não esperando que a palavra de Rothman não tivesse valor algum e que Evan Chandler não devolveria o menino.
Wylie Aitken, advogado de Rothman, afirma que quando seu cliente deu a apalavra ele tinha realmente a intenção de devolver o garoto à mãe. Porém quando soube que ele seria levado para fora do país, para acompanhar Jackson na turnê, mudou de ideia.
Mas na verdade, Evan já sabia que June tinha a intenção de tirar os filhos da escola e levá-los na viagem, desde a festa de formatura em junho. Evan chegou mesmo a dizer, na conversa telefônica com Dave, que June não sabia, mas ela e o menino não iriam a lugar algum. Evidente que ele já pediu pela visita de uma semana com o intuito de não devolver o filho.
A conversa foi gravada em 9 de julho, antes de Evan pedir a visita. E na fita fica claro que Evan e Rothman nunca tiveram a intenção de cumprir o acordo de visita.
No dia 12 de julho, apenas um dia após Evan Chandler assumir o controle de seu filho, ele exigiu que a ex-mulher assinasse um documento, preparado por Rothman, que a impedia de tira o menino de Los Angeles.
Isso significava que Jordan não poderia acompanhar Michael na turnê.  Ele não poderia ir sequer a Neverland, já que ela fica em Santa Bárbara. De acordo com o depoimento de June ao delegado responsável pela investigação contra Michael, ela não queria assinar os documentos, pois queria viajar na companhia do cantor, mas ela contou, Michael pediu que assinasse, pois assim Evan ficaria mais tranquilo.
Isto demonstra que Michael não fazia questão da companhia de June e nem do filho, mas ela, sim, queria viajar com ele. Deparamo-nos com uma questão: Se Michael tinha desejo sexual pelo garoto, por que ele mesmo insistiria para a mãe assinar um documento que, como consequência, os manteria afastados?
June contou ao tribunal que assinou o documento sob coação, exercida por Evan.  “Ele disse que eu não teria o menino de volta para mim.” Contou ela.
Daí se seguiu uma difícil batalha pela custódia, piorando a relação entre os pais e tornando ainda mais complexas as acusações de má-conduta feitas por Chandler contra Michael Jackson.
Enquanto isso, Rothman tratou de contratar um perito a fim de conseguir respaldo para as acusações que estava em vias de fazer. Ele ligou para o psiquiatra Mathis Abrams e pelo telefone apresentou a ele uma situação hipotética.
Sem ter se encontrado com Chandler, o filho dele ou Michael Jackson, o Dr. Mathis Abrams escreveu uma carta de duas páginas que enviou a Rothman no dia 15 de julho. (Seria ele uma das tais pessoas envolvidas a que Evan se refere na gravação?)
Nesta carta ele afirmava haver uma “suspeita razoável de que abuso sexual pudesse ter ocorrido”.
Abrams ainda advertiu que se a situação fosse real, ele teria o dever de comunicar às autoridades, o Departamento de Serviços para  Crianças e a Família (DSCF) de Los Angeles.
De acordo com as anotações existentes nos diários de Geraldine Hugues, ex-secretária de Rothman, feitas no dia 27 de julho, era óbvio que Rothman estava guiando Evan no plano.
Rothman redigiu uma carta para Chandler, aconselhando-o sobre como denunciar abuso de crianças sem se responsabilizar, diz a anotação.
Até esse ponto, nenhuma acusação formal tinha sido feita, apenas insinuações, afirmações veladas, que se interligavam com a feroz batalha pela custódia.
Em 4 de agosto de 1993, porém, as coisas se tornaram muito claras. Chandler e seu filho se encontraram com Jackson e Pellicano em uma suíte no West Wood Hotel Marquis. Ao ver Jackson, diz Pellicano, Chandler deu um abraço afetuoso no cantor (?!) e disse “É bom te ver Michael”.
“É bom te ver Michael”?! Evan considerava bom rever o homem que ele acreditava ter molestado seu filho?! E deu-lhe um abraço afetuoso?! Não há coerência entre o que Evan Chandler dizia e suas atitudes.
Pellicano diria mais tarde, ao falar sobre esse dia, que teve certeza de que aquele homem estava mentindo. Pois se ele, Pellicano, tivesse a mais remota suspeita de que seu filho havia sido molestado e tivesse a chance de se encontrar com o algoz, ele estaria no corredor da morte, pois certamente mataria o sujeito.
Mas Evan Chandler tinha uma postura muito diferente de Pellicano. Ele deu um abraço no homem que acusava de ter molestado seu filho. E ainda disse que era bom vê-lo!
Jordan também correu em direção a Michael e o abraçou. Eles não se viam há algum tempo e o menino disse ao astro que sentido sua falta.
Os quatro se sentaram, Jordan e Evan em um sofá diante de Michael e Pellicano. Evan foi direto ao ponto. Disse a Michael que acreditava que ele havia feito sexo com Jordan. Chocado, Michael olhou para o garoto e perguntou: “Sobre o que ele está falando Jordie?” Mas o menino, abaixou a cabeça, envergonhado.
Evan continuou dizendo que queria vinte milhões de dólares, que deveriam ser usados para produção de quatro roteiros de cinco milhões cada um. Roteiros escritos por ele mesmo, é claro. Ou iria a público apresentar suas acusações.
Ele ameaçava ir a público. Procurar a imprensa, fazer um escândalo se não recebesse o dinheiro. Não disse que iria denunciar Michael à polícia, como seria certo fazer. Como havia dito a Dave Schwartz na conversa telefônica: “Será um massacre se eu não conseguir o que eu quero.”
O dinheiro, ele disse, serviria para pagar os estudos de Jordan, um psiquiatra para o menino e para ele, Evan, se aposentar.
O que David Noradahl contou a Deborah Kunesh faz todo sentido, não?
Michael Jackson negou que tivesse tocado em Jordan e disse que não daria a Evan dinheiro algum. Então Evan retirou do bolso a carta escrita por Abrams e a leu.
Quando Chandler leu as partes sobre abuso sexual infantil, o menino, diz Pellicano, abaixou a cabeça e, em seguida, olhou para Jackson com uma expressão de surpresa, como se dissesse “Eu não falei isso.”
Michael ficou perplexo com o que ouviu e disse que nem mesmo conhecia aquele médico. De fato, Abrams colocou naquela carta conclusões vazias, suposições, feitas a partir de uma situação hipotética; ele não tinha se encontrado com as partes. Mathis Abrams nem mesmo é um especialista no assunto, ele não é um pediatra e nem trata casos de pedofilia.
Michael não cedeu à chantagem, afirmando veementemente que jamais havia tocado em Jordan. Pellicano pôs Evan para fora da suíte. Quando chegou à porta, Evan apontou o dedo para Michael e o ameaçou:
“Eu vou arruinar você.”
Segundo Pellicano, Evan ainda teve a desfaçatez de perguntar se Jordan poderia ficar com o computador que Michael deu de presente a ele. Pellicano não sabia do que se tratava, mas disse que não poderiam ficar com porcaria nenhuma.
Mais tarde, naquela mesma noite, em um encontro com Pellicano no escritório de Rothman, Chandler e Rothman voltaram a fazer a exigência de US$ 20.000.000,00.
Em 13 de agosto, houve outra reunião no escritório de Rothman.
Pellicano voltou com uma contraproposta - um acordo para um roteiro de US$ 350.000.00. Pellicano diz que fez a oferta como uma forma de resolver a disputa da custódia e dar a Chandler uma oportunidade de passar mais tempo com seu filho, trabalhando em um roteiro juntos. Chandler rejeitou a oferta. Rothman fez uma ultima tentativa: um acordo para três roteiros ou nada - que foi rejeitada. No diário de Geraldine Hugues, uma anotação de 24 de agosto revela a decepção de Chandler: "Eu quase consegui um negócio de US$ 20.000.000.00", ela ouviu Chandler dizer a Rothman.
A oferta, segundo Pellicano e Fields, era uma tentativa de resolver a questão de forma a não prejudicar o menino, por quem tinham simpatia e, acreditavam, estava sendo vítima da ambição do pai. Usado por Evan para extorquir dinheiro de Michael.
 Michael Jackson também acreditava que Jordan estava sendo forçado. Assim como June Chandler e Dave Schwartz também pensavam, conforme seus depoimentos ao delegado demonstrariam.







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