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Caso Chandler-parte 10 "Se Michael for a julgamento, estamos perdidos..."

“Se Michael for a julgamento estamos perdidos...”




Gloria Allred foi contratada pelos Chandlers como advogada e em uma conferência de imprensa, em 2 de setembro de 1993, no Regent Beverly Hills Wilshire Hotel ela disse: “Meu cliente quer que a verdade apareça. Ele está pronto, ele está disposto, ele é capaz de testemunhar.”

Mas ela estava muito enganada quanto à verdadeira situação. Evan não queria que Jordan desse seu testemunho juramentado, em interrogatório, sob o risco de perjúrio. Ele nunca veio a testemunhar, realmente.

Suas medidas naquele ponto demonstram que eles não queriam entrar em um tribunal. Cinco dias após a conferência, Glória Allred foi demitida e repreendida pelo que falou e foi imediatamente substituída por Larry Feldman, advogado poderoso, que ajuizou a ação civil contra Michael, em 14 de setembro de 1993, pleiteando uma indenização de 30 milhões de dólares.

Na verdade, foi o próprio Feldman quem mandou a carta de demissão para Allred e ainda advertiu-a de que se voltasse a falar sobre o caso, ela seria punida pela Associação de advogados de Los Angeles, a qual ele presidia.

Os advogados de Michael responderam à ação civil negando as alegações.

Interessante que os Chandlers tenham citado com corréus as empresas de Michael e sua seguradora.
Essa medida é comum e necessária, em certas ações, quando há o chamado direito de regresso, responsabilidade subsidiária ou solidária entre os indicados para o polo passivo da demanda.
Explico:
Em um processo por acidente de ônibus, por exemplo, a vítima pode mover uma ação contra o motorista que dirigia o veículo, a empresa transportadora, que é quem tem a responsabilidade objetiva de indenizar e ainda deve indicar a seguradora, contra quem a empresa tem direito de regresso, ou seja, tem o direito de pedir o reembolso da quantia que gastar com a indenização.
Mas é peculiar essa medida em uma ação cujo fundamento para o pedido de indenização era abuso sexual. Na verdade, os Chandlers não alegaram que Michael tivesse molestado Jordan, no processo civil, eles acusaram o cantor de negligência. Eles alegaram que a convivência com Michael causou abalo psicológico em Jordan. (Tremenda desfaçatez da parte deles, tendo em vista que essa convivência foi incentivada ao extremo pelos pais). Era em público, na imprensa, que eles acusavam Michael de abuso sexual. A denúncia, como já dito, partiu de Mathis Abrams, nunca dos Chandlers.
Negligência é uma acusação vaga e muito usada em ações de indenização. Aas ações deste tipo são consideradas causas ganhas, pois qualquer descuido pode vir a ser considerado negligência.
Os Chandlers indicaram no processo civil as empresas de Michael e a seguradora para garantia do pagamento. Foi, de fato, a seguradora quem pagou o acordo de cerca de 22 milhões de dólares.
Em entrevista a Larry King, o advogado Brian Oxman esclareceu que, em ações deste tipo, o que se busca é justamente um acordo com a seguradora, pois o acusado pode gritar o quanto quiser que não paga um centavo, que nada adianta, pois a seguradora paga. A menos que ela seja livrada de sua responsabilidade.
A seguradora tinha o direito de interferir no processo e propor um acordo, para evitar prejuízo maior para si, já que Michael tinha o direito de exigir reembolso de qualquer quantia de que tivesse que dispor. Para impedir que a seguradora assim procedesse, Michael Jackson teria que romper o contrato que tinha com ela. O que poderia ser tão financeiramente prejudicial quanto pagar pela indenização, ele mesmo.
É mais que claro que ações civis com pedido de indenização nos Estados Unidos se tornaram uma forma de fabricar dinheiro. São milhares de ações desse tipo por ano, sendo que, na maioria das vezes, o fundamento é absurdo e os pleiteantes são pessoas em busca de ganho fácil.
Há inúmeros casos de pessoas que, embora culpadas por um acidente, processaram a empresa exigindo indenização. E venceram! Os Arvizos (que viriam a acusar Michael em 2003) são um ótimo exemplo desta deficiência no sistema judicial americano, no que se refere às ações civis.
Os Arvizos intentaram contra empresas várias vezes e, em alguns dos casos, saíram vitoriosos, embora as empresas, como a JC Penny, (onde eles foram pegos furtando) fossem a verdadeira vítima.
São inúmeros os casos e em razão deles, muitos dizem que, para pagar uma indenização nos Estados Unidos, não é preciso ter culpa, basta ter dinheiro.
Bem, dinheiro era tudo que os Chandlers queriam. Daí a indicação das empresas de Michael e de sua seguradora para o polo passivo da demanda, eles estavam se resguardando, de todas as formas, que a indenização seria paga.
Não foi errado Michael aceitar o acordo para por fim ao processo civil. Acordos em processos civis são corriqueiros e é o que se busca em todos os casos.
A forma enganosa como a imprensa retratou, e retrata, essa medida é o que faz as pessoas terem uma concepção totalmente equivocada do que aconteceu. E dos motivos que levaram o cantor a por fim ao processo civil com um acordo.
Se Michael fosse julgado criminalmente e provasse sua inocência, o que certamente ocorreria, ele teria mais força em um processo civil.
Por isso, Fields pediu a suspensão de processo por até seis anos, quando o direito de processar Michael penalmente estaria prescrito. Fields queria que o processo penal ocorresse primeiro porque acreditava na inocência de Michael e que sairiam vencedores. Assim, enfrentariam o processo civil com toda força que a vitória no criminal lhes daria, caso ele ocorresse.
Mas os Chandlers não queriam um julgamento, nem mesmo um julgamento civil, eles queriam pressionar Michael, fazê-lo sofrer, humilhá-lo publicamente até que ele não suportasse mais e cedesse. Ciente de que um processo penal seria sua ruína, Feldman fez de tudo para evitá-lo, ao mesmo tempo em que usava a imprensa a seu favor, vazando informações que os tabloides tratavam de distorcer, transformando Michael Jackson em um monstro perverso.
Em 2005, durante seu testemunho no julgamento de Michael, June Chandler disse que Glória Allred tinha sido advogada deles por dois segundos. E riu.
Larry Feldman também se divertiu à custa da ingenuidade de Allred em relação à verdade por trás das acusações e seu desejo de justiça. Ele viria a falar dela com cinismo no Seminário Frozen In Time, em 2010. Ele ri agora, mas quando ela anunciou na conferência de imprensa que queriam um julgamento, todos ficaram aterrorizados e trataram de calar-lhe a boca. Ele mesmo a advertiu de que seria punida se voltasse a falar no assunto.
Ele partiu para seu jogo de manipulação com a mídia, oferecendo o descarado argumento de que se preocupavam com os sentimentos de Jordan: “O garoto será crucificado, todo mundo está batendo nesse menino em todos os jornais”.
Que tamanha mentira! A imprensa nunca atacou Jordan, o único crucificado foi Michael. Foi ele quem teve sua imagem destruída pela irresponsabilidade e ganância dos tabloides e até mesmo da imprensa dita séria. O que facilitou muito a vida de Larry Feldman, pois acelerou a decisão por um acordo. Que era o que os acusadores queriam, desde o início.
No dia em que propôs a ação civil, Feldman também falou algo interessante como forma de justificar a medida. Ele disse que a investigação criminal contra Michael demoraria muito para ser concluída, então era preciso o processo civil para acelerar as coisas. Ele também disse que não sabia se a investigação resultaria em um indiciamento.
Interessante não? Como ele sabia que a investigação demoraria muito para ser concluída? E por que ele demonstrou descrença de que ela resultasse em um indiciamento? Eles não tinham provas? Não deveria haver outras vítimas, já que Michael sempre teve acesso a inúmeras crianças? Por que seria difícil conseguir evidências que corroborasse a acusação?
Feldman cometeu um deslize ao dizer isso. Ele sabia a verdade e deixou que transparecesse. Infelizmente poucos, muito poucos, na verdade, prestam atenção a esses detalhes.
As investigações realmente foram longas e seria muito mais se Michael não tivesse sucumbido à tortura promovida pela mídia e os conselhos de seus amigos e até advogados, o que o levou a aceitar o acordo.
Milhões de dólares foram gastos com as investigações comandadas por dois departamentos de polícia. Santa Bárbara e Los Angeles. O promotor distrital de Santa Barbara perseguiu Michael Jackson com tanta fúria que muitos passam a pensar que ele tinha problemas pessoais com o cantor.
Na verdade, Sneddon queria apenas se promover em cima de um grande caso e conseguir sua reeleição. Sneddon era um dos mais poderosos promotores dos Estados Unidos e comandava um gabinete repleto de brilhantes promotores. Ele vez uma aberta campanha contra Michael na imprensa e pediu que as vítimas aparecessem para contar suas histórias para que ele pudesse jogar Michael na prisão.
Ele chegou a contratar uma empresa especializada em administração de páginas da web para criar um site onde as pessoas poderiam fazer denúncias contra Michael Jackson. Havia um canal direto para que membros da imprensa pudessem entrar em contato com seu gabinete.
Sneddon, por sua forma agressiva e obsessiva de perseguir os acusados, recebeu a alcunha de “cachorro louco”. O promotor de Santa Bárbara não era apenas determinado e implacável em sua perseguição, ele era desonesto, inescrupuloso, manipulador. As provas que ele não encontrava, ele forjava. As testemunhas que ele não tinha, ele criava, os motivos que ele não possuía, ele inventava. Mas nem mesmo ele, com toda sua fúria, foi capaz de convencer os dois Grandes Júris reunidos de que Michael devia ir a julgamento. Os dois Júris, concluíram que não havia fundamento para a acusação e não indiciaram Michael.
Deixem-me esclarecer algo sobre o processo criminal americano:
Para uma pessoa ser julgada, ela precisa ser indiciada por um Grande Júri, que é composto por 23 membros, em que pelo menos 17 precisam votar pelo indiciamento. Esses membros se reúnem em segredo e aprecia as provas apresentadas unicamente pela acusação. Não há defesa nesta fase do processo. Sem a presença das partes, eles decidem se há indícios suficientes de que o suspeito tenha cometido o crime.
Se a decisão do grande Júri for positiva, eles a informam ao juiz através de uma carta chamada Bill of Indictment ou True Bill. O sujeito passa de suspeito a acusado e é levado à presença de um juiz, numa audiência chamada Arraignment. Onde se declarará culpado ou inocente. Se declarar inocência é levado a julgamento perante um júri, denominado Petit Júri ou Trial Júri, diante do qual, aí sim, comparecem ambas as partes com seus representantes para um julgamento de fato.
O Grande Júri, em suma, tem a função de fazer uma triagem dos processos, só remetendo a julgamento aqueles em que há evidências de que o crime foi realmente praticado.
Leiam mais sobre o Grande Júri no link a seguir:

Dois Grandes Júris foram formados, Sneddon apresentou suas provas e testemunhas e os dois Grandes Júris decidiram que não havia indícios de que Michael Jackson tivesse cometido um crime.

Ridícula, descabida e totalmente equivocada a ideia de que Michael “pagou para não ser acusado”, algo que seus detratores adoram insinuar e a imprensa tendenciosa vem repetindo há 13 anos. O acordo pôs fim ao processo civil, o criminal nunca viria a acontecer, por decisão dos Grandes Júris, não pelo dinheiro.
Mas antes que o júri fosse formado, Larry Feldman, que o temia como temia o diabo, tratou de tomar medidas para acelerar o processo civil e abocanhar uma gorda quantia a título de honorários advocatícios, é claro.
Em setembro de 2010, Larry Feldman foi palestrante no seminário “Frozen In Time”. Na ocasião ele fez piada da incapacidade da imprensa em entender as questões legais “para entender o que estava legalmente acontecendo”, ele riu.

Ele também disse que, embora ninguém tivesse entendido o que realmente estava acontecendo sobre aquela hostória de seis anos (referindo-se ao pedido de adiamento no processo civil, feito por Fields), todo mundo "adorou e pegou". Ele falou sobre a pertinência da medida adotada por Fields e citou o direito de Michael, garantido pela Quinta Emenda, a um julgamento justo. Na verdade, descobriu-se que os repórteres de tabloide não conseguiam entender a terminologia jurídica, e todo mundo estava manipulando palavras e termos para, assim, desinformar o público.

Feldman também disse em 2010 "E como eu iria assistir na televisão, com a minha boca aberta, advogados de destaque, no Today Show, na ABC, falando sobre o caso Michael Jackson, e eles não tinham ideia do que os fatos eram, do que eles estavam falando, eles estavam simplesmente falando, e eles estavam muito felizes de estar falando."

Feldman demonstra na citação acima, o que ele pensava sobre os ignorantes membros da imprensa que nada entendiam sobre o que estavam falando, mas adoravam fazer estardalhaço encima do caso, que nem mesmo estava ao alcance da compreensão deles. E isso serviu perfeitamente aos interesses de Feldman.
Larry Feldman foi contratado pelos Chandlers em setembro de 1993. Ele substitiui Glória Allred. O caso começou com Rothman, mas este teve que ser dispensado, quand os “podres” dele forma revelados, comprometendo o sucesso do plano tão bem arquitetado. Glória Allred representou os Chandlers por apenas 36 horas.
No discurso que proferium, durante o seminário Frozen In Time, em 2010, Feldman disse:
"Outra coisa sobre a qual acabei de pensar é que o que esses casos tinham em comum, mesmo com dez anos de diferença, é que nenhum dos advogados, creio que exceto Ron Zonen, eram os originais do primeiro. No primeiro caso, o caso do primeiro menino, que foi resolvido, ele inicialmente foi representado por um advogado de nome Rothman, e depois Gloria Allred assumiu por 24 horas, 36 horas, deu uma coletiva de imprensa e acabou! (risos) Então, entrei para o caso."

Essa é uma jogada inteligente da parte de Larry Feldman. Em vez de falar sobre o conteúdo do caso, discutindo a diferença de suas estratégias e esclarecendo para a ansiosa plateia o porquê de ele ter substituído Gloria Allred, Larry Feldman transforma todo o assunto em uma piada e desvia a atenção do público ao pensamento de que os serviços de Gloria foram insatisfatórios para o cliente, que preferiu Larry Feldman.
Mas o que de fato aconteceu? Por que Allred deixou o caso logo após ter dado uma coletiva de imprensa, afirmando acreditar em seu cliente e dizer que ele queria “seu dia na corte”?
Desde o início Allred demonstrou que seu foco era o processo criminal. Ela queria justiça e afirmou estar em busca dos verdadeiros fatos do caso.
O LA Times disse sobre a abordagem de Gloria Allred:

“Determinada a focar a atenção no que ela chama de ‘acontecimentos reais’ a advogada Gloria Allred falou na quinta-feira pela primeira vez em nome do menino que acusou o super astro Michael Jackson de molestá-lo, dizendo que o garoto de 13 anos é 'corajoso’ e que ‘quer um julgamento’."

Allred recusou-se a falar sobre as alegações de extorsão dizendo que ela representava apenas a criança. "O que tenha ocorrido entre adultos não deve afetar o direito dessa criança de estar segura, protegida e de ser representada no tribunal", disse ela.
"Meu cliente quer... que a verdade seja revelada. Ele está preparado, disposto e capaz de testemunhar."
Ao ser perguntada se planejava um processo civil em nome do menino, Allred respondeu: "Estou reservando e preservando todas as opções para a criança, e não excluo nenhuma possibilidade."
Uma semana depois, o LA Times informou:

“A advogada Gloria Allred, que anunciou em meio a grande alarde, semana passada, que estava representando o menino de 13 anos que alegou ter sido molestado por Michael Jackson, disse, na sexta-feira, que não está mais no caso.”

"Exato", disse Allred. Ela se recusou a responder quaisquer perguntas sobre por que estava abandonando o caso, dizendo apenas: "Não posso comentar mais nada a respeito, infelizmente."
O verdadeiro motivo da dispensa de Allred é revelado no livro de Ray Charmatz, irmão de Evan, entitulado “All That Glitters”.
Na página 167 de "All That Glitters”, Ray Chandler descreveu a agonizante decisão que June, Evan e Dave Schwartz, tiveram que tomar ao escolher Feldman em vez de Gloria Allred:
“No fim da reunião, June e Dave, assim como Evan antes deles, não tinham dúvidas em trocar Gloria Allred por Larry Feldman. A escolha veio entre agitar uma campanha através da mídia para pressionar o promotor a conseguir o indiciamento através de um júri popular ou conduzir negociações sutis, por trás das cortinas, para um rápido e discreto e muito lucrativo acordo. Para evitar o trauma que um longo processo penal ou civil causaria a toda a família, principalmente a Jordie..."

Note como Ray Charmatz deixa claro que os Chandlers não queriam julgamento eles queriam um acordo altamente lucrativo. Eles queriam ganhar dinheiro à custa das vidas de Michael e Jordan!
Por mais que eu odeie Jordan Chandler, não posse negar que tenho repugnância pela forma como ele foi usado pelos pais.
Ray diz mais:
"Allred tinha boas intenções; ninguém duvidava da sinceridade e preocupação dela. E se o acusado fosse outro e não Michael Jackson, sua estratégia teria sido mais interessante. Mas a perspicácia de Larry e Bob fazia muito sentido. Conseguir uma condenação contra Michael Jackson seria quase impossível sem uma segunda vítima."


Aqui ele deixa claro que estavam sendo orientados por Larry Feldman e Robert Saphiro, a quem ele chama de Bob.
Lembram-se de que June teve a desfaçatez de negar que sabia quem era exatamente Robert Saphiro? E Larry Feldman teve coragem de negar que tivesse conhecimento de uma acusação de extorsão feita por Michael contra os Chandlers?
Bem, como eles explicam, então, a presença de Robert Saphiro, um famoso advogado criminalista, em suas reuniões?
A canalhisse dos envolvidos e tão evidente que chega a ser revoltante. Como alguém pôde, mesmo que por um momento, acreditar em tais pessoas?
Mas vamos nos ater as declarações do idiota do Ray, que na sua tentativa de lucrar espalhando mentiras acabou nos dando informações precisosas.
Pelo que ele disse, somente podemos concluir que os promotores envolvidos no caso precisariam ser pressionados para convocar um Grande Juri, na verdade, o promotor de Los Angelis declarou que pretendia esperar pelas provas produzidas, se é que haveria alguma, no processo civil, pois as investigações criminais não resultaram em nada. E era essa pressão que Glóra Allred pretendia fazer. Mas ela foi substuituída por alguém que entendeu melhor o propósito da família.
Ray também disse algo muito intrigante. Que seria impossível condenar Michael sem uma segunda vítima. Lembrando que, se um processo criminal ocorresse primeiro, Michael teria que ser condenado de qualquer jeito, ou as chances dos Chandlers de conseguir uma indenização seria nula.
Mas como eles sabiam que não havia uma segunda vítima? Não deveria haver outra vítima, se Michael era pedófilo e vivia cercado de crinaças?
Deveria haver outra vítima, certamente. Deveria haver centenas delas, pois não existe pedófilo com uma única vítma. Segundo os psiquiatras especialistas neste distúrbio, um pedófilo faz cerdade de 140 vímas ao longo da vida, se não for detido.
Michael sempre teve acesso a crianças. Se ele fosse pedófilo, a lista de vítimas seria maior que a lista de músicas dele.
Então, os espertinhos não queriam correr o risco de ver Michael absolvido na esfera criminal, o que fulminaria as chances de eles abocanharem uma bolada. Era preciso acelerar o desenrolar do caso, forçar Michael a pagar. E é claro, que os advogados tinham grande interesse nisso, pois a eles caberiam grande parte do dinheiro. Na verdade, Larry Feldman ficou com 6 milhões!
Insisto: Se as suspeitas eram verdadeiras, por que eles temiam um julgamento? Por que decidiram demitir Allred? E como sabiam que não havia outra vítima?!
Se Michael fosse pedófilo, certamente que não teria apenas uma vítima, pois pedófilos naõ se satisfazeem, eles colecionam um grande número de vítimas ao longo da vida, a menso que sejam detidos.
Michael sempre esteve cercado de crianças, ele semrpe teve acesso a elas, então, como não haveria outra vítima?
Como pode um pedófilo viver cercado de crianças sem fazer mal a elas? Por que apenas Jordan? Por que Michael não molestou os Cascios? Por que ele não molestou Amer Betti? Ou Jimmy Safeshuck? Ou os filhos de Donald Trump, com quem ele passava as tardes brincando? Ou os filhos de Depak Choppra?Ou Bert Barnes e Wade Robson? E por que não Macaulay Culkin?
Todas essas crianças defenderam Michael, negaram qualquer abuso, portanto, obviamente ele nunca fez mal a elas e como isso seria possível se ele fosse realmente pedófilo?
Você poderia dizer, mas talvez existissem outras que não aquelas por quem ele tinha amizade.
Mas se tais vítimas existissem certamente teriam sido encontradas, pois a polícia investigou com muita determinação. Gastaram milhares de dólares viajando atrás de crianças que conviveram com Michael. Mas todas defenderam o cantor, embora os policiais fizessem de tudo, até mentir, para forçá-las a dizer o que eles queriam que dicessem.
Não encontraram outra vítima porque nunca houve vítima alguma e seus acusadores sabiam disso.
Quem não sabia da verdade era Glória Allred e por isso ela estava disposta a lutar por “justiça” e queria um julgamento. Larry Feldman, no Seminário Fozen In Time, em 2010, fez piada de sua colega ao dizer “Pobre, pobre, Glória Allred, ela queria justiça para o menino enquanto estava totalamente às cegas a respeito do verdadeiro estado das coisas no caso.”
Maureen Orth, jornalista que se opunha abertamente a Michael Jackson, escreveu um artigo, em janeiro de 1994, onde fala sobre os motivos que levaram Glória allred a abandonar o caso:
"A advogada feminista e exibicionista, Gloria Allred, que representou o menino brevemente, rapidamente convocou uma coletiva de imprensa e anunciou que seu pequeno cliente queria ir em frente e contar sua história. Os pais, horrorizados, então, contrataram o irrepreensível Feldman, um ex-presidente do LA County Bar Association e do LA Trial Lawyers’ Association, cuja esposa, também advogada, trabalha com pessoas que sofreram abusos sexuais. Ele demitiu Allred através de uma carta e a avisou que se falasse sobre o caso poderia ser disciplinada pela ordem dos advogados."


Foi Feldman que demitiu Glória Allred a mando dos Chandlers, que, como disse o artigo, ficaram horrorizados com o que ela havia dito na coletiva: “o menino quer contar sua hostória”.
Por que as palavras de Allred deixaram os Chandlers horrorizados?
Certamente eles não se preocupavam com a exposição de Jordan, já falamos sobre esse ponto. Se em algum momento tivessem se preocupado com Jordan, nunca teriam usado a imprensa, Evan não ficaria ameaçado fazer escândalos, mas, sim, teria procurado a polícia, coisa que ele nunca fez. Se houvesse desejo em preservar Jordan, nunca teriam consentido que Ray escrevesse “All That Glitter”, onde ele se refere a Jordan como “um viadinho, amante de Michael Jackson”.
Ray sempre afirmou que receberu carta branca de Evan Chandler para escrever o livro que, aliás, começou a ser produzido antes que o caso chegasse ao fim.
O que não queriam era um longo processo penal, onde suas máscaras fatalmente cairiam.
Era preciso por um ponto final no assunto e o “irrepreensível” Larry Feldman era especilaista em conseguir o que eles queriam: gordas indenizações.
Vejam que Feldman advertiu Allred a não falar sobre o caso ou seria punida. Mas ela não havia dito nada de errado, apenas que o menino queria contar sua história, Allred deixou claro naquela coletiva, que acreditava em Jordan e queria um julgamento, uma ação civil estava em segundo plano.
Era esse o problema com Allred? Colocar a justiça em primeiro lugar, quando os Chandlers buscavam por dinheiro e nada mais?
Glória se enganou redondamente. Jordan não queria testemunhar, nunca quis, e nunca o fez.
A piadinha que Feldman fez sobre Allred no seminário tem propriedade.
Se Michael fosse indiciado e julgado, certamente provaria sua inocência e, assim, os acusadores se veriam em péssima situação, acusados de perjúrio, calúnia, tentativa de extorsão e teriam, eles, que indenizr o cantor.
Ray Charmatz conta em seu livro que Evan estava morrendo de medo de ir para a cadeia, acusado de tentar extorquir dinheiro de Michael.
Ao dizer que não queria um julgamento para “poupar o menino de traumas que um longo processo, civil ou penal, poderia provocar” Ray Charmatz deixa claro que não queriam julgamento algum. Eles estavam interessados em um acordo silencioso e lucrativo. Como ele afirmou na página citada.
Na página 128, Ray confirma que o interesse era unicamente o dinheiro. Ele, de certa forma, critica Michael pelo erro que cometeu, por não pagar no “momento oportuno”.
"Se Michael tivesse pagado os 20 milhões de dólares a ele exigidos, em agosto, e não em janeiro do ano seguinte, talvez tivesse passado os 10 anos seguintes como o artista mais famoso do mundo, ao invés de o pedófilo mais infame do mundo."

Michael não pagou em agosto, antes do escândalo, porque não devia nada. Não era culpado. Ele não queria, nem precisava dar um “calaboca” para Evan, como a imprensa insinua até hoje. Ele estava disposto a lutar.
Quando decidiu pelo acordo ele o fez pressionado por todos os lados.
Ele foi empurrado para essa solução, achincalahdo, massacrado por uma imprensa inescrupulosa e burra; bombardeado por todos os lados, até que sua saúde estivesse em risco e seus próprios conselheiros e amigos, comessacem a dizer que ele deveria pagar e acabar com aquilo de uma vez.
O LA Times também cita as palavras de Jordan em uma de suas entrevistas, em que o assistente social percebe que era unicamente um acordo financeiro o que estava na mente da família do garoto.
"Em 17 de agosto, em um relatório detalhado das alegações feitas pelo menino de 13 anos que alega ser vítima de abuso sexual, um assistente social da região escreveu: ‘O menor afirma que ele e seu pai e advogados, encontraram-se com Michael Jackson e advogados; e o confrontaram com alegações, em um esforço para fazer um acordo e evitar o julgamento."


É facil acreditar na desculpa dos Chandlers e de Larry Feldman de que o motivo para se esquivar de um julgamento era poupar Jordan de um trauma. Realmente poderia ser desagradável para o menino ser exposto e ver coisas terríveis ser relatadas diante de um juri e ainda ser repetidas na imprensa.
Mas, esperem um segundo? Não era Evan Chandler que, desde o início, ameaçava tornar o caso público? Evan não ameçava Michael e também June, dizendo que procuraria a imprensa se ele não conseguisse o que queria? E ele não contou a Dave Scwartz que seu advogado inescrupuloso, Barry Rothman, tinha sede de publicidade?
Agora, alguém me explique. Como esse homem poderia dizer que queria poupar Jordan de traumas que, possivelemte, seriam provocados pela exposição do caso em detalhes?
Para constatar se Evan, ou qualquer um dos envolvidos estavam preocupados com os sentimentos de Jordan, basta analisar a seguinte situação: logo após o acordo ser firmado, entre Michael e os Chandlers, Ray Charmatz passou a tentar vender seu livro. Aliás, como não conseguiu uma editora que o publicasse, ele criou a própria editora, com dinheiro dado a ele por Evan (ou seja, dinheiro de Michael!) e publicou o famigerado livro.
Violando os termos do cordo, ele publicou o livro “All That Glitter”, no qual se gaba de ter recebido carta branca de Evan para relatar o caso em detalhes. Ele se refere ao sobrinho com gay e amante de Michael Jackson espondo-o de forma vil, ao falar sobre sórdidas histórias (falsas é claro) entre os dois.
Já Larry Feldman tratou de entregar à imprensa, dez anos após o ocorrido, uma gravação em que Jordan acusa Michael de ter se comportado mal com ele.
A declaração de Jordan é bem hesitante, na verdade, ele disse: “O que Michael Jackson fez comigo foi nuito feio. E ele nem me ligou depois.”
Eles está aborrecido com o que relamente? Com o que Michael “fez” ou por ele não ligar depois? E o que Michael fez, que ele disse ser “feio”? Na verdade, o que o garoto disse não diz nada.
Mas se os interesses de Jordan eram um mero pretexto para não ir ao tribunal, quais seriam as verdadeiras razões para evitar qualquer tipo de processo, penal ou civil?
Certamente foi a total falta de provas. Não havia nada que incriminasse Michael, não havia vítimas, não havia outros acusadores, nenhuma prova material, testemunhal ou física, como disse fontes da própria polícia.
Após diversos mandados de busca relaizados nada foi encontrado. Após milhares de dólares serem gastos na investigação, nada foi encontrado que sustentasse uma cusação. Mesmo os policiais tendo viajado até a Austrália, na esperança de encontrar uma vítima, nada obtiveram. A “perseguida vítima”, aliás, era Bert Barnes, que defendeu o cantor.
Os acusadores tinham a seu favor apenas suas menstes perversas e o apoio da imprensa tabloidiana, que transmitia informações falsas, como a de que fotos de crianças nuas tinham sido encontradas na casa de Michael.
Absurdo! Pois pornografia infantil por si só é crime e se tais fotos existissem, Michael já estaria encrencado o suficiente, obviamente que teria sido preso e indiciado. Por dois crimes, na verdade, possuir pornografia infantil e abuso sexual, pois as fotos seriam um forte indício do crime de abuso sexual, já que demonstraiam um pervesidão.
A cobertura desonesta da imprensa foi fator preponderante no caso. O massacre à imagem de Michael Jackson por órgãos da mídia minou as forças do cantor e deu aos Chandler o que eles precisavam. A imprensa entregou a cabeça de Michael em uma bandeja para seus inimigos.
Não havia nada que corroborasse as alegações, Michael não seria condenado, ele sequer foi indiciado, pois os dois Grandes Juris negaram o indiciamnto por falta de evidências. Mas os Chandlers temiam que o indiciamento ocorrese e fizeram de tudo para evitar o julgamento e também que o processo civil fosse suspenso.
O que eles tinham contra Michael?
Nada, além da palavra de um garoto submetido ao amytal sódico e sob o domínio de um pai violento e intimidador!










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