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Livro Michael Jackson Conspiracy, Capítulo 30 "Will You Be There"


“Will You Be There?”



O juiz Melville ameaçou expedir um mandato de prisão no dia em que o advogado de Hollywood, Mark Geragos decidiu que ele não apareceria no tribunal para testemunhar como marcado. Geragos, advogado original de Jackson, foi intimado a testemunhar na sexta feira, dia 13 de maio, mas em razão de um conflito no calendário dele, o famoso advogado enviou um associado ao tribunal de Santa Maria, no dia anterior, pedindo que o testemunho dele fosse adiado.


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Livro Michael Jackson Conspiracy, Capítulo 31 " I Want Yuou Back"

“I Want You Back”




Os jurados ficaram paralisados quando viram o apresentador do programa The Nonight Show, o comediante Jay Leno, entrar no tribunal cedo pela manhã. A defesa tinha chamado a estrela de TV, bem conhecido por fazer humor sobre Jackson, para falar sobre algo bem sério. Por anos, Jay Leno tem sido um grande apoiador de caridades para crianças. Tem feito trabalho com organizações infantis, entre elas, Phone Friend e Make A Wish.
Mesereau pediu a Leno para descrever os tipos de ligações recebidas de crianças doentes, de crianças em hospital que precisam se alegar um pouco e o comediante descreveu receber ligações de crianças que pediam coisas simples, perguntando sobre Britney Spears, perguntando sobre as estrelas que ele tem visto no próprio show. Leno explicou que não há um procedimento que ele siga. Se ele recebe um pedido de uma organização legítima, ele faz uma lista de crianças que querem receber uma ligação. Toda semana, Leno faz cerca de quinze ou vinte ligações para crianças que querem falar com ele.
Leno disse ao júri que ele faz ligações para crianças do país todo, usualmente segue a ligação, presentes como bonés, fotos e outros brindes do programa. Ele mencionou que ele tem um assistente que seleciona as ligações, mas disse que ele era “muito acessível”, seja através do número principal do Tonigh Show ou o número pessoal dele no programa.
“Há quantos anos você tem lidado com organizações infantis, como as que você descreveu?” Mesereau perguntou.
“Bem, eu tenho feito The Tonigh Show há cerca de treze anos e, certamente durante este tempo e antes disso, mais informalmente”, Leno disse.
“E seu trabalho com crianças envolve simplesmente falar com elas por telefone, ou você faz visitas e coisas do tipo?”
“Todo esse tipo de coisa”, Leno disse. “Às vezes com a Make-A-Wish você tem uma situação onde... aquelas que estão especialmente tristes, porque, às vezes são crianças doentes terminais. Eles dirão ‘Oh, esta crianças tem quinze anos e ele sempre quis passear em um Lamborghini’, ou coisas assim.”
Jay Leno descreveu muitas coisas que ele tem feito por crianças, realizando eventos para arrecadar dinheiro, tendo celebridades autografando itens, fazendo doações para caridade, distribuindo ingressos para o programa dele. Leno disse que, às vezes, ele leva uma criança para garagem para mostrar a coleção de carros dele, às vezes ele leva uma criança para os bastidores, para ficar no set do Tonight Show e segurar o microfone e fingir ser um apresentador. O comediante disse que isso variava de forma individual e testemunhou que, na maioria das vezes, ele apenas faria uma ligação telefônica. Parecia que a maioria das crianças fica muito feliz com isso.
“Você alguma vez rejeitou ligações dos pais ou de crianças?”, Mesereau perguntou.
“Eu não sei se ‘rejeitar’ é a palavra mais adequada. Se vem através de uma organização legítima, não, você nãos as rejeita”, Leno disse a ele. “mas, às vezes, você considera estranho, você sabe, ‘Eu sou um fazendeiro. Nossa colheita foi ruin, ou nosso trator está quebrado, ou nossas plantações não estão indo bem’ e o endereço do remetente é do Brooklyn, New York. Portanto, você vai ‘Hmmm. Isto parece um pouco suspeito. ’ Então, você sabe, você os pega caso por caso.”
Quando Mesereau perguntou a Jay Leno quão fácil seria para as pessoas chegar até ele na NBC, Leno disse ao júri que as pessoas podem fazer uma ligação para o programa dele e, às vezes, ele pega o telefone e, daí gasta dez minutos convencendo a pessoa de que é ele mesmo.
Quanto mais Leno falava como era fácil as pessoas ligarem diretamente para ele, mais o comediante fazia as pessoas no tribunal rirem.
“Eles ligam para o estúdio para falar diretamente com você?” Mesereau especificou.
“Sim e provavelmente eu terei muito mais ligações depois disto!” Leno disse. “Meu telefone vai tocar amanhã. Obrigado por isso!”
“Se eles ligam para o estúdio, eles falam diretamente com você?”
“Às vezes eles ligam diretamente para mim, na verdade. Sim, eles podem. Até hoje, eles podiam ligar diretamente para mim. Até poucos minutos atrás você poderia chegar até mim facilmente!”
Leno fez todo mundo no tribunal cair na gargalhada.
Mas Mesereau e Jackson não estavam interessados em piadas.
Jackson não estava rindo, nem um pouco.
Jackson queria que o júri escutasse sobre uma ligação telefônica que tinha sido feita a Jay Leno por Gavin Arvizo, ele queria que Mesereau perguntasse a Leno sobre a conexão dele com o dono do Laugh Factory, Jamie Masada. Foi Masada que inicialmente falou a Leno sobre o pequeno garoto moribundo, que tinha uma estranha forma de câncer.
“Você se lembra de, há dois anos, receber uma ligação de uma criança chamada Gavin?” Mesereau perguntou.
“Sim”, Leno testemunhou.
“E aproximadamente quando isso aconteceu?”
“Bem, vejamos. Foi há poucos anos. Eu creio que 2000, talvez.”
“E você sabia que Gavin tinha câncer?”
“Sim.”
Leno se lembrou que lhe tinham contado sobre o câncer de Gavin, ele disse as circunstancias foram um pouco confusas. Explicando que algumas das conversas dele sobre Gavin aconteceram juntas, mas ele se lembrava de falar com a mãe de Gavin. Leno disse que ele fez uma ligação para o hospital e foi redirecionado para um quarto e disse que ele falou com Gavin, possivelmente com o irmão dele e a mãe dele.
“Agora, como você soube de Gavin?” Mesereau perguntou.
“Eu peguei o número em uma mensagem de voz dele. Foi assim que eu fiquei ciente”, Leno disse.
“E o senhor tem indicado, senhor Leno, você pensa que falou com a mãe de Gavin, correto?”
“Eu creio que sim. Sim.”
“Tudo bem. E você se lembra se ela ligou para você, ou se você ligou para ela?”
“Não, eu liguei. Eu liguei para o quarto do hospital. Eu peguei o número em uma mensagem de voz da criança e eu liguei para o quarto do hospital.”
“Você se lembra do que Gavin disse a você?”
“Na conversa no hospital, ou em alguma das mensagens de voz?”
“Bem, vamos começar com as mensagens de voz?”
“Certo. As mensagens de voz que eu recebi eram, ‘Oh, eu sou um grande fã. Você é o maior. ’ (Ele era) efusivo demais para uma criança de doze anos.”
“Quando você disse efusivo demais, o que você quer dizer?” Mesereau perguntou.
“(O garoto disse) ‘Jay Leno, você é o maior. ’ Você sabe, ‘Eu o considero maravilhoso. Você é meu herói’, coisas assim, o que pareceu um pouco estranho para mim, naquele momento, para alguém tão jovem. Por que um comediante em seus cinquenta anos seria, sabe? Eu não sou o Batman. Você entende o que eu quero dizer? Isso pareceu um pouco incomum. Mas tudo bem.”
Jay Leno disse ao júri que na maioria das vezes, quando ele falava com crianças, era muito difícil que elas falassem muito. Essencialmente, Leno disse que era difícil fazer crianças dizer qualquer coisa de conteúdo no telefone. Estranhamente, ele se lembrou que as mensagens que ele recebeu de Gavin Arvizo soavam como se elas viessem de um adulto.
“Isto era... soava como... uma conversa muito adulta. Apenas, você sabe, chamou minha atenção naquele momento”, Leno testemunhou.
Leno disse que ele recebeu três ou quatro mensagens similares da criança, que ele ligou para o hospital e falou para um garoto que estava um “pouco grogue” no momento. No banco de testemunha, o comediante relembrou que ele falou com Gavin Arvizo, que ele também falou com a mãe dele, lembrando de que ele pediu a eles para virem visitá-lo no estúdio do Tonigh Show, quando o garoto melhorasse.
Leno disse que a mãe estava muito agradecida no telefone e testemunhou que ele subsequentemente falou com Louise Palanker, uma comediante do Laugh Factory, que tinha interesse nos Arvizos, que disse a Leno que Gavin e a família dele estavam muito emocionados por falar com ele.
“Certo. Em algum momento, você reclamou a Louise Palanker sobre as mensagens que você estava recebendo de Gavin?” Mesereau queria saber.
“Não era bem uma reclamação”, Leno explicou. “Eu apenas disse a ela ‘Qual é a estória aqui? Isto... isto não parece uma pessoa de doze anos. Soa como uma pessoa adulta. ’ Eu creio que as palavras que eu usei (foram) ‘O discurso dele parece um pouco roteirizado. ’”
Leno disse que a comediante Louise Palanker tentou explicar porque a ligação de Gavin soou “roteirizada”, dizendo a Leno que o garoto queria ser um comediante, que Gavin “escrevia tudo antes de falar, daí ele meio que lê isso.”
Para Leno a explicação de Palanker “meio que” fez sentido. Jay Leno não queria pensar muito sobre isso, naquele momento.
“Este foi apenas mais um típico dia no escritório, até agora”, Leno disse.
“Você alguma vez perguntou a Louise Palanker quem estava escrevendo estas questões para Gavin?” Mesereau perguntou.
“Não, eu não creio que eu disse isso. Eu creio que eu apenas disse, você sabe, isso soa realmente roteirizado. Soa como...não soa como (uma criança)...” Leno fez uma pausa. “E ela disse, ‘Bem, ele é muito maduro e ele quer ser um cômico, portanto ele se preocupa muito com o que ele diz’ e eu disse ‘Oh, está bem. ’”

“Aquilo pareceu incomum para você?”
“Bem, era apenas incomum uma criança contatar-me diretamente. Porque normalmente, como eu disse, pelo menos, um pai, um médico, ou uma enfermeira, um professor, Phone Friends, Make-A-Wish, estas pessoas ligariam e diriam ‘Você receberá uma ligação deste garotinho ou desta garotinha. ’ Receber uma ligação de repente, era um pouco incomum.”
“Quando você diz roteirizado, você quer dizer orientado?” Mesereau perguntou.
Mas a pergunta foi objetada.
“Em algum momento”, Mesereau perguntou, “você pediu a Gavin para parar de ligar?”
“Eu pedi a Louise, eu disse, você sabe, ‘Eu tenho recebido muitas destas ligações’ e ela disse, ‘Oh, está bem, eu cuidarei disso. Não se preocupe.”
“E quando você disse a Louise, era seu desejo que as ligações parassem?”
“Sim.”
“E por que foi assim?”
“Por que era meio que as mesmas ligações, da mesma forma, de novo e de novo.”
“A criança parecia ligar mais do que a maioria das crianças ligam?” Mesereau perguntou.
“Bem, a maioria das crianças não ligam”, Leno explicou. “Você liga para elas e você faz acompanhamentos, coisas assim.”
“Você se lembra da mãe estar ao fundo na sua ligação para Gavin.”
“Eu me lembro de alguém ao fundo, mas eu não posso poderia dizer se era a mãe. Poderia ser uma enfermeira. Eu me lembro de escutar alguém falando enquanto ele estava falando.”
O senhor Leno reiterou a conversa dele com Gavin, a qual ele disse que foi muito breve. Ele se lembrou de perguntar a Gavin como ele estava se sentindo e disse ao garoto “Hei, escuta, mantenha as suas esperanças.”
Enquanto os jurados estudavam Jay Leno, escutando a sinceridade na voz dele, cada um deles ficou com uma expressão estranha nos rosto deles. Parecia que todos eles estavam lembrando-se de Gavin sentado no banco de testemunhas, dizendo a eles que ele nunca conversou com Jay Leno.


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Livro Michael Jackson Conspiracy, Capítulo 32 " Leave Me Alone"

“Leave Me Alone”


 


Quando Michael chegou ao tribunal, no dia repleto de estrelas, em que o comediante Jay Leno e Chris Tucker testemunharam, ele estava ladeado pelos pais dele, Katherine e Joe.
Katherine parecia confiante, mas Joe parecia preocupado, talvez, se perguntando como o júri reagiria ao ver mais estrelas do cinema e da TV. As pessoas tinham sido distraídas por George Lopez e Macaulay Culkin e havia previsão de que Elizabeth Taylor e Stevie Wonder poderiam aparecer para testemunhar.
Os observadores no tribunal não conseguiram evitar olhar Michael e a família Jackson, mas, com mais estrelas aparecendo foi humanamente natural ficar distraído, fixar nas roupas de uma celebridade, nos gestos delas, na pessoa “real” delas. Pela expressão de Joe, havia uma ansiedade de que as estrelas pudessem ofuscar os testemunhos e Joe Jackson não queria isso.
Das sessenta testemunhas de defesa chamada para a tribuna, talvez, o mais convincente tenha sido a estrela de Rush Hour, Chris Tucker, que testemunhou que Michael Jackson era um amigo dele, que eles se conheciam há três ou quatro anos. Ironicamente, os dos tinham se conhecido através dos esforços deles em ajudar Gavin Arvizo. Chris Tucker disse aos jurados que ele conheceu o menino Arvizo no Laugh Factory, o famoso clube de comédia na Sunset Strip. O comediante se lembrava de que David Arvizo abordou-o para dizer que o filho dele, Gavin, simplesmente o adorava. Foi David Arvizo quem disse a Tucker que o Laugh Factory estava organizando um evento beneficente para Gavin, que disse ao comediante que Gavin estava morrendo de câncer.
“Tudo bem. Então o pai disse a você que haveria um evento beneficente para arrecadar dinheiro para as despesas médicas de Gavin?” Mesereau perguntou.
“Sim”, Tucker disse.
“Tudo bem. E você compareceu ao evento beneficente, certo?”
“Sim.”
“Quem mais você viu lá, se você se lembra?”
“Eu encontrei muitas crianças e eu conheci o irmão dele, Star. E isso foi meio que obscuro no clube, mas pelo que me lembro, foi onde eu conheci Star. Eu creio que Star e o pai dele, e foi isso.”
“E você se lembra se você contribuiu com algum dinheiro naquela ocasião?” Mesereau perguntou.
“Não naquela noite. Mas eu contribuí algum dinheiro, sim”, Tucker testemunhou.
“Explique isso, se você puder.
“Eu fui pedido, poucos dias depois, que desse algum dinheiro, porque eles não arrecadaram nenhum dinheiro, eles não fizeram dinheiro nenhum”, Tucker explicou. “Então, eu dei. Eu entreguei algum dinheiro para a fundação deles.”
“Quem disse a você que eles não conseguiram nenhum dinheiro no evento beneficente?”
“Gavin me disse.”
Quando Chris Tucker disse aos jurados que ele doou 1.500 dólares para os Arvizos depois que Gavin abordoou sobre dinheiro, depois que Gavin reclamou que não havia fundos suficientes arrecadados com o evento beneficente, as pessoas pareceram perplexas. Eles já tinham escutado de inúmeras testemunhas que tinha vido ao banco de testemunhas para falar sobre ser atropelados pela família Arvizo em busca de dinheiro. Algumas pessoas tinham assinado cheques para os Arvizos de milhares de dólares. Outras levaram brinquedos e presentes de Natal para a casa deles.
Muitas doações privadas foram feitas pelas estrelas de Los Angeles, os Arvizos tinham recebido muito dinheiro, a certa altura, Janet Arvizo tinha pagado 23 mil dólares por um Ford SUV. A defesa introduziu os cheques de Janet, assinados para a Hollywood Ford, como evidências, mostrando aos jurados o que Janet estava tentando fazer com o dinheiro. Em relação ao carro, Janet perdeu a coragem e desistiu dos negócios. Mas ela gastou os 23 mil do mesmo jeito, tudo enquanto recebia cheques assistenciais e procurava por outras formas de assistências.
Os jurados escutaram de uma editora de jornal, a quem foi implorada que colocasse um anuncio gratuito no jornal local, pedindo doações em nome de Gavin, apenas para descobrir depois que aas despesas médicas de Gavin Arvizo eram inteiramente coberta pelo seguro de saúde do pai dele. Uma mulher que arrecadou dinheiro para a família testemunhou que levou à família Arvizo um gigante peru para o Dia de Ações de Graças, mas ela foi mandada embora pela mãe, que disse que ela preferia dinheiro, em vez de peru. Parece que nenhuma das pequenas coisas que as pessoas faziam, os Arvizos sentiam que era bom o bastante.
Chris Tucker testemunhou que ele “esperava” que o dinheiro que ele enviou aos Arvizos tivesse sido usado para pagar despesas médicas, mas o tom dele demonstrava o contrário. Ele descreveu um dia, quando ele levou a família Arvizo a Knott’s Berry Farm, onde eles aproveitaram um dia em brinquedos, refeições e todo o tipo de doces que eles puderam comer.
A estrela tentou minimizar a bondade dele mencionando que tinha levado a família Arvizo ao shopping algumas vezes, comprando para eles alguns artigos esportivos, sem entrar em detalhes. Mas Mesereau não deixou o assunto cair.
“Agora, você disse que comprou roupas para as crianças Arvizo naquele shopping, isto está correto?”, Mesereau esclareceu.
“Sim”, Tucker disse.
“E explique o que você disse, se você puder?”
“Nós fomos a um tipo de loja de esportes. Eles gostam dos Raiders, então eu comprei coisas dos Raiders para eles. Sapatos, bonés e coisas assim.”
“E quem estavam como você quando você comprou estas roupas para as crianças Arvizos?”
“O pai deles, David.”
“Você alguma vez encontrou a mãe?”
“Eu a encontrei, pela primeira vez, em Las Vegas.”
Chris Tucker explicou as circunstâncias sob as quais ele conheceu Janet Arvizo, contando ao júri que ele estava filmando um novo filme em 200; que ele não tinha muito tempo para conversar com os Arvizos, que tinham viajado até lá, sendo convidados para o set, pela estrela.
“Eles vieram para o set do filme, certo” Mesereau perguntou.
“Sim”, Tucker testemunhou.
“Você os encontrou lá”
“Sim.”
“Você sabe se eles ficaram muito tempo?”
“Que eu saiba, eu soube que eles ficaram por um tempo. E eles estavam tentando fazê-los sair, mas eu não sei, porque estava muito ocupado.”
Chris Tucker disse ao júri que ele era “simpático” com os Arvizos e disse que quando ele voltou a Los Angeles, poucos meses depois que terminou as filmagens do filme dele, Gavin o ligou, procurando por Michael Jackson. Gavin estava esperando para visitar Neverland, mas Jackson não pôde ser localizado naquele momento. Chris Tucker disse que ele recebeu inúmeras ligações de Janet, que estava chorando e chorando sobre a saúde do filho dela. Janet Arvizo estava tão perturbada, dizendo a Chris Tucker que ela sentia que ele era como um “irmão” deles. De alguma forma, Tucker se sentiu obrigado a ajudar toda a família Arvizo.
Desde o momento em que eles se encontraram pela primeira vez, Gavin pediu o número do telefone de Chris Tucker, Tucker disse que deu o número de telefone a Gavin porque queria ser acessível. Ele queria fazer tudo que pudesse, ele queria ajudar o garoto. Tucker testemunhou que recebeu incontáveis ligações de Gavin e da mãe dele. O comediante fez o possível para ser gentil com aquelas pessoas, fazendo pequenas coisas, como dar a eles tênis Nike e jogar basketball com eles, mas também queria manter certa distancia.
Muitas vezes a estrela de Rush Hour convidava os Arvizos para a residência dele em Los Angeles. Eles estiveram lá pelo menos três ocasiões. Quando estava visitando a casa dele, Gavin pediu dinheiro a Tucker. Aparentemente o menino fez uma cara de cachorrinho triste e Tucker concordou em colocar dinheiro na conta dos Arvizos.
Em certe momento, os meninos Arvizos começaram a ligar pedindo pelas chaves de um dos carros dele, uma SUV, que Tucker não estava usando muito e Tucker ofereceu o carro a eles, mas, depois, ficou “nervoso” com isso, especialmente quando as crianças Arvizo continuaram ligando, atormentando a namorada de Tucker.
Tucker disse ao júri que ele passou a suspeitar do número de ligações. Quando ele mais tarde soube que Michael já tinha emprestado uma SUV à família, ele disse à namorada dele para não entregar as chaves do carro. Tucker disse que ele não entregou as chaves do carro, porque pensou que já tinha feito “muito” pela família.
E era verdade.
Houve muitos privilégios que os Arvizos desfrutaram à custa de Tucker. A estrela os levou a inúmeros passeios a Neverland, mesmo quando Michael não estava presente. Dentre outras coisas, Chris Tucker tinha levado os meninos Arvizos e o pai deles, de avião, para ver o jogo dos Raiders, em São Francisco, área da Baía.
“Houve mais alguma coisa que eles fizeram que te deixasses desconfiado?” Mesereau perguntou.
“Bem, eu penso que eles fizeram muitas coisas que eu não vi, que muitas pessoas estava dizendo para eu observar”, Tucker disse a ele.
“Quem eram essas pessoas?”
“Meu irmão, alguns dos meus assistentes, que estavam no set comigo, estavam observando tudo, o comportamento de Gavin, o comportamento de Star. Pois eles estavam falando comigo. Mas eu estava trabalhando. E eles estavam falando comigo, você sabe, era hora de eles irem embora.”
“A sua desconfiança era baseada no que você observou, ou no que outras pessoas disseram a você?”
“Eu observei muitas coisas, mas eu sempre dei a ele o benefício da dúvida. Eu sentia por muito por Gavin e eu também queria tentar ajudá-lo e eu deixei um monte de coisa passar. Mas eu sabia sobre o que eles estavam falando.”
Chris Tucker disse aos jurados que ficou consciente, nos set em Las Vegas, de que a família Arvizo estava tentando melhorar as acomodações deles, que eles queriam se mudar para o hotel do astro. Os Arvizos queriam ficar em uma suíte comparável a de Tucker, pela qual a estrela estava pagando do seu próprio bolso.
“Você crê que eles estavam tirando vantagem de você?” Mesereau perguntou.
“Eu estava esperando que não estivessem, mas quando eu volto a mim, sim. Era o que parecia”, Tucker disse.
“Alguma vez um membro da família Arvizos se referiu a você como parte da família deles?”
“Sim.”
“Quem?”
“A mãe, Gavin e Star.”
“Qual foi sua reação sobre isso?”
“Eu fiquei, você sabe, um pouco nervoso, porque tudo que eu queria era ajudar os garotos, não ficar ligado a toda família. Não assim”, Tucker testemunhou.
“Eu apenas queria tornar a vida deles um pouco mais fácil, então eu disse, eu preciso me policiar, eu sou visado”, ele explicou. “Você sabe, eu tenho que ser cuidadoso, porque, algumas vezes, quando as pessoas veem o que você tem, elas irão tirar vantagens de você. Portanto, eu tentei ser cuidadoso e recuar um pouco.”
Chris Tucker disse ao júri que Gavin sempre se referia a ele como “irmão mais velho” e diria a ele, “eu amo você”, constantemente. Star Arvizo também se referia a Tucker como sendo “como um irmão” para ele. Todas as três crianças puxaram as cordas do coração dele, dizendo a Tucker o quanto o amavam.
Não foi surpresa que, quando o documentário de Bashir foi ao ar na Inglaterra, quando a mídia pela primeira vez veio bater à porta deles no leste de Los Angeles, que Tucker foi a pessoas a quem os Arvizos ligaram para reclamar do alvoroço. Eles queriam que Chris localizasse Michael. Eles queriam fugir da mídia. Eles queriam que Chris Tucker os ajudasse.
“A mídia estava perseguindo-os e eles queriam encontrar Michael. Eles queriam sair da cidade e encontrar Michael”, Tucker testemunhou. “E eu disse, ‘está bem’, eu estava tentando ajudá-los a sair da cidade, assim eles poderiam, você sabe, ficar em paz.”
“E Gavin disse a você que eles queriam ficar com Michael?” Mesereau perguntou.
“Sim, eles estavam procurando por Michael e eles queriam encontrá-lo. Eles o descobriram em Miami, de alguma forma, e eles queriam ir para Miami.”
Tom Mesereau colocou gravações telefônicas na tela, mostrando aos jurados as ligações feitas a Chris Tucker pelos Arvizos, em 4 de fevereiro de 2003. Ele pediu a Tucker para esclarecer que as ligações foram feitas dos Arvizos para ele, e não o contrário.
Chris Tucker estava certo de que os números de telefone e os horários estavam de acordo com a memória dele e disse aos jurados que ele ofereceu levar os Arvizos, de avião, para fora da cidade, que ele ofereceu fretar um avião, para levar os Arvizos para Miami.
Quando essa informação veio para o júri, as cabeças estavam girando.
As pessoas simplesmente não podiam acreditar no que estavam ouvindo.
Por meses, os promotores tinham arguido que os Arvizos foram virtualmente forçados a ver Jackson em Miami. Os Arvizos, Janet, Davellin, Gavin e Star, tinham, cada um, testemunhado que não foi ideia deles voar até Miami. No banco de testemunha, cada um dos Arvizos agiu como se eles tivessem sido coagidos a fazer a Jackson um grande favor, coagidos a embarcar em um avião com Chris Tucker, a viajar para um resort em Miami, às custas de Michael.
“Você perguntou a Gavin como ele soube que Michael Jackson estava na Flórida?” Mesereau perguntou.
“Eu não consigo me lembrar. Eu tenho quase certeza de que eu perguntei e eu pensei que ele estava ligando para o pessoal de Michael e ele descobriu, de alguma forma”, Tucker disse.
“Agora, naquele momento, dada toda a conversa que você teve com Gavin, os pedidos dele por dinheiro, a conversa sobre automóveis, o que você viu no set, você considerava Gavin alguém muito sofisticado para alguém da idade dele?”
“Sim.”
“E explique o que você pensava disso.”
“Ele era muito esperto e ele era por vezes astuto, mas eu sempre deixava isso passar, porque eu sentia pena dele. Eu sabia que ele era um garotinho, mas eu sabia que ele era astuto. E o irmão dele, Star, era definitivamente astuto.”
“Quando você diz “astuto”, explique o que você está dizendo.”
“Sempre coisas como, ‘Ele está doente’, você sabe, ‘Ele tem muitos problemas, problemas familiares’, portanto eu sempre ignorava isso.”
Chris Tucker disse ao júri que na noite que ele fretou o avião para levar Janet Arvizo e os filhos dela para Miami, o clã Arvizo parecia, “satisfeita de sair da Califórnia”, e eles estavam todos animados por fazer a viagem para ver Jackson. Enquanto eles estavam no voo, Janet convenceu Chris a deixar que ele emprestasse a SUV e Tucker concordou a dar as chaves uma vez que eles estivessem estabelecidos em Miami.
Tucker se lembrou que exatamente depois do voo terminar, antes dos garotos dormirem, Gavin estava feliz, absolutamente exultante, por estar indo ver Michael Jackson de novo. Era 5 de fevereiro de 2003, apenas poucos dias depois que o documentário de Bashir foi ao ar na Inglaterra, quando nenhum dos Arvizos sabia o que estava sendo alegado na obra de Bashir.
“Algum dos Arvizos deu a você a impressão de que eles estavam viajando contra a vontade deles?” Mesereau perguntou.
“Não”, Tucker disse.
“Agora, quando você chegou à Flórida, o que você fez?”
“Eu encontrei com meu irmão no aeroporto e nos fomos direto para o hotel.”
Tucker disse que o irmão dele tinha um carro esperando por eles no aeroporto executivo e testemunhou que, em vez de checar o quarto deles, as crianças Arvizos insistiram em encontrar Michael, assim eles todos foram para a cobertura, para rapidamente dizer olá.
“Você se lembra de dizer alguma coisa a Michael no aposento dele?” Mesereau perguntou.
“Apenas disse olá e que estava feliz em vê-lo”, Tucker disse.
“E você discutiu co ele sobre os Arvizos?”
“Discuti.”
“O que você disse?”
“Mais tarde, eu disse. Eu apenas disse a ele para ficar de olho em Janet, porque eu estava desconfiado dela.”
“E você disse a Michael Jackson por que você estava suspeitando de Janet Arvizo?” Mesereau perguntou.
“Sim, porque... e ela até me deixou mais desconfiado depois. Mas, primeiro, como eu disse, eu dei a ela as chaves (da SUV) e naquele momento, eu soube que alguma coisa não estava certa. E daí, eu estava tentando falar com Michael e ela estava sempre interrompendo. E eu estava como... eu não sabia por que ela estava fazendo isso.”
“E, daí eu apenas... eu tentei puxar Michael no quarto e eu disse ‘Você precisa ficar de olho nela. Tome cuidado. ’ Assim, foi muito breve e, então, eu fui embora.”
“Agora, por que a conversa foi breve?” Mesereau perguntou.
“Porque os telefones estavam tocando, as crianças estavam por toda parte, e foi, você sabe, Michael estava muito ocupado. Então, sempre alguém o chamava”, Tucker disse.
“Você se lembra se Michael respondeu ou não, quando você disse ‘Tome cuidado com esta gente.’?”
“Sim, ele respondeu. Ele estava escutando. E nós falamos sobre outras coisas e, então, eu fui embora.”
“Você se lembra de Janet dizendo, alguma vez, sobre Michael Jackson ser como um pai para a família deles?” Mesereau perguntou.
“Oh, sim. Oh, sim. Isso foi pouco antes de entrarmos no quarto”, Chris Tucker disse aos jurados. “Ele estava francamente dizendo que Michael é um pai. Eu sou irmão. E foi quando eu disse a Michael. Eu o levei para o quarto e eu estava tentando falar com ele e eu disse, ‘Algo não está certo. ’ Eu disse, ‘Mike, alguma coisa não está certa. ’”





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Livro Michael Jackson Conspiracy, Capítulo 33 " Moonwalk"


“Moonwalk”




Depois do comparecimento de Chris Tucker, a defesa encerrou o caso deles. Quando Mesereau sentou atrás da mesa da defesa, ele pôde ver o sangue fugindo da face de Sneddon. Sneddon tinha pedido para mostrar a gravação da entrevista policial de Gavin e o juiz garantiu o efeito direto da tréplica do Estado. Sneddon e o time dele tinham esperado por meses, certos de que a entrevista policial de Gavin Arvizo provaria ser o grande dia de testemunho no julgamento. Para a promotoria, o momento mais crítico deles tinha chegado.
Nos bastidores, Tom Mesereau tinha arguido que a entrevista policial era um inadmissível boato, mas o juiz Melville decidiu que o júri poder examiná-la, não como evidência, mas para mostrar o comportamento de Gavin. Com isso, Mesereau requereu que a família Arvizo fosse levada de volta a Santa Maria. Mesereau insistiu que os Arvizos estivessem presentes para ser questionados na tréplica, uma opção que a defesa raramente reclama.
Tom Sneddon exultou, quando ele mostrou aos jurados a entrevista policial e as pessoas assistiram atenciosamente, enquanto o menino dava uma sequência cronológica do tempo que ele passou com Jackson. As pessoas estavam simpáticas enquanto elas assistiam Gavin falar sobre o câncer dele. Gavin disse que ele ficou pela primeira vez no quarto de Michael, quando ele não tinha cabelo na cabeça. Gavin parecia fascinado por Jackson e disse aos detetives que durante anos ele tentou manter contato com o pop star, mas Jackson sempre tinha novos números de telefone e era difícil de ser encontrado. Gavin se lembrou de que uma vez visitou Jackson no Universal Hilton, em Burbank, tendo sido levado lá, pelos pais dele, quando ele ainda estava recebendo tratamento contra o câncer.
Em setembro de 2002, Gavin disse que ele recebeu uma ligação de Jackson, pedindo a ele que viesse para Neverland para gravar um vídeo sobre o câncer dele ter sido curado. Depois da entrevista com Bashir ir ao ar, Gavin disse que ele ficou chateado por ver o nome dele nos noticiários. A CNN mencionou o nome dele muitas vezes e Gavin alegou que ele foi solicitado a voar para Miami para fazer uma coletiva de imprensa com Jackson. Gavin disse aos detetives que ele ficou bêbado em Miami, que Jackson tinha dado vinho a ele, então ele poderia “relaxar”.
Para grande desgosto dos jurados, Gavin foi vago, quanto aos detalhes dos alegados atos de assédio que ele disse que aconteceram “quatro ou cinco vezes”. O menino estava sendo evasivo.  Enquanto os jurados observavam Gavin alegar que ele tinha sido inapropriadamente tocado pelo senhor Jackson, alguns deles tinham expressões confusas nos rostos deles. Muitas das coisas que ele disse parecia orquestradas. O garoto parecia estar escolhendo as palavras dele, quase interpretando. Contudo, era difícil dizer o quanto Gavin estava sendo manipulado pela polícia.
“Gavin, amiguinho, você tem sido realmente corajoso”, um oficial disse a ele.
“Gavin, nós queremos que você faça isto. Você está fazendo a coisa certa”, o oficial encorajou.
O aluno de oitava série disse ao policial que ele tinha bebido álcool em Neverland, frequentemente, insistindo que, depois que ele voltou de Miami, ele tinha bebido vinho ou licor com Jackson todos os dias. Ainda, Gavin alegou que Jackson lambeu o cabelo dele no voo de Miami para Santa Bárbara, algo que ele nunca mencionou enquanto estava no banco de testemunhas.
Gavin disse aos detetives que “tudo aconteceu depois de Miami”, mas ele não tinha um lampejo de tremor na voz dele enquanto ele falava. Gavin, sem expressão, disse que ele nunca viu as partes íntimas de Jackson, que ele não tinha certeza sobre o que aconteceu durante os alegados atos sexuais e que ele não tinha certeza do que era uma ejaculação. Algumas pessoas se perguntavam como um garoto de treze anos poderia não ter certeza de algo assim.
No entanto, a mainstream mídia pensou que a gravação policial era impactante. Eles correram para as tendas de notícias para relatar as alegações do acusador, neste momento, escolhendo as palavras dele cuidadosamente. Depois de assistir a gravação policial a mainstream mídia sentiu que os conservadores jurados de Santa Maria condenariam Jackson. Algumas pessoas reportaram que o time de defesa de Jackson estava afundado.
Quando o estado acabou de apresentar o caso deles, a família Arvizo já tinha chegado a Santa Maria. Eles estavam sendo apresentados em uma casa secreta e pessoas de dentro souberam que os Arvizos tinham sido preparados pela promotoria na noite anterior e estavam prontos para se dirigir ao júri, novamente.
O pessoal da mídia estava ansioso por escutar Mesereau questionando os Arvizos pela última vez. As pessoas estavam se provocando, dizendo como eles pareciam ansiosos por escutar mais uma versão do “Arvizo show”. Mas no último minuto, a defesa mudou de ideia. Quando Sneddon terminou a tréplica dele, encerrando o caso contra Michael Jackson, Tom Mesereau anunciou, “A defesa encerrou.”
Com estas palavras, Tom Sneddon ficou branco. O promotor parecia estupefato e encarou o juiz Melville. Parecia que o homem estava tentando, com dificuldade, compor-se. Sneddon não podia acreditar que Mesereau tinha desistido dos Arvizos. Mesereau tinha aplicado o soco final dele na promotoria.
O promotor estava devastado por ter perdido a oportunidade de interrogar a família Arvizo novamente. A promotoria precisava mudar a percepção sobre os Arvizos e o promotor poderia ter feito isto, permitindo aos Arvizos que explicassem novamente as coisas, por ter os Arvizos preenchendo as lacunas e buracos no testemunho anterior deles. Se Sneddon pudesse transformar os Arvizos em testemunhas credíveis, ele parecia pensar que ele conseguiria algum veredito de culpado, fosse de conspiração, por servir álcool a um menor, ou por atos lascivos.
Mesmo sem os Arvizos, era claro que o promotor Sneddon e o time dele sentiam que o júri condenaria Jackson por alguma acusação. Eles estavam ansiosos por ver Jackson passar um tempo na prisão e eles tiveram uma particular celebração de vitória dias antes do veredito. Sneddon sabia que se ele vencesse o julgamento, ele e o time dele seriam conhecidos no mundo inteiro. Todos eles se tornariam instantaneamente famosos.

Durante os argumentos finais, apresentados primeiramente pela promotoria e depois pelo time de defesa e, novamente, pela promotoria, a mídia estava ocupada se preocupando com posições sobre os vereditos, tentando predeterminar quanto tempo o júri a iria deliberar. Havia específicos lugares estabelecidos para as “análises” dos argumentos finais. O coordenador da mídia, Peter Shaplen, queria evitar o tumulto da mídia, como evidenciado no veredito de Marta Stewart, e ele estava lidando com centenas de pessoas da imprensa que estavam competindo pelos limites dos assentos da mídia no tribunal. Mesmo na sala de escuta, com o fechado circuito de TV, estava ficando lotado e não tinha espaço para permitir que todos os cabos, jornais, rádios e estações de TV transmitissem o roll de acusações.
Enquanto os jurados deliberavam, o pessoal da mídia ficou frenético. Eles não estavam realmente preocupados com Jackson, eles estavam preocupados com o estrondo e com as filmagens. A mídia tinha que lidar com segurança reforçada, o que incluía a polícia de Santa Maria, os xerifes de Santa Bárbara, a Força de Campo Móvel de Santa Bárbara, o time da SWAT, e cães farejadores. Para os vereditos, segurança adicional foi fornecida por caminhões e engrenagens do lado de fora das baias da mídia, tudo o que pareciam mais complicações para jornalistas e produtores cansados.
Havia muitas régras a seguir, havia muito trabalho para a mídia pegar qualquer coisa próxima ao tribunal, as pessoas estavam alteradas. Havia muitas instruções específicas sobre “credenciais” e todos os membros da mídia tinham que mostrar credenciais oficiais do tribunal, uma regra que era reforçada pelos oficiais o tempo todo.
 Todo o pessoal da mídia foi sujeitado à revista por armas e dispositivos de gravação e a tensão estava alta. Nenhum membro da mídia tinha permissão para ultrapassar os trilhos que separavam a galeria do tribunal, da área de litígio, portanto não havia chance de se aproximar de Jackson ou nenhuma dos personagens principais. A lista de procedimentos e regulamentos era surpreendente e as régras tinham tirado os nervos de todo mudo.
Quando a mídia soube que o juiz Melville tinha dedicado dois dias para as instruções do júri, as pessoas fizeram ansiosas súplicas para que fossem permitidas câmeras no tribunal para transmitir o veredito, ao vivo. No momento mais importante, quatro equipes de câmeras foram colocadas no caminho do tribunal, cinquenta e duas câmeras posicionadas estavam mapeadas para a audiência da TV, e cinquenta câmeras em posição imóvel estavam alocadas em faixas, dando à mídia que tinha pagado por um “Taxa de Impacto Municipal”, pelo privilégio de cobri o julgamento. Havia preparativos para uma conferencia de notícias do júri, da promotoria e conferências de notícias da defesa, de um helicóptero e da prisão. Se aplicada.
No dia em que o juiz Melville leu para o júri um complexo de instruções estabelecidas, Melville releu as específicas acusações contra Jackson, explicando as específicas leis que deviam ser seguidas. O juiz Melville disse aos jurados que eles poderiam considerar alegados atos anteriores apenas se eles tendessem “a mostrar intenção” da parte de Jackson, em relação a crimes com os quais Jackson estava sendo atualmente acusado.
Jackson poderia receber sentenças concomitantes e especialistas legais estavam prevendo que, se o pop star de quarenta e seis anos fosse condenado por todas as alegações, Jackson estaria enfrentando uma possível sentença de prisão de dezoito anos e oito meses. Isso era sério e, dependo das circunstancias agravantes, o montante total do tempo de Michael Jackson estaria enfrentando atrás das grades poderia ser igual a uma sentença de morte, somando cinquenta e seis anos. Para os telespectadores, os especialistas de TV descreviam as exatas acusações que Jackson estava enfrentando, a sentença que cada acusação carregava:
Acusação Um: Conspiração envolvendo sequestro de criança, cárcere privado e extorsão. A acusação carregava uma sentença mínima de dois anos, uma máxima de quatro anos e multa de 10 mil dólares.
Acusação Dois a Cinco: Ato lascivo com uma criança abaixo da idade de quatorze anos. Cada acusação era punível com uma obrigatória sentença de prisão de três a oito anos.
Acusação Seis: Tentativa de ter uma criança abaixo dos quatorze anos de idade cometendo atos lascivos com o senhor Jackson. A acusação apresentava uma sentença de prisão de três a oito anos.
Acusação Sete a Dez: Administração de um agente intoxicante, álcool, para ajudar na prática de atos lascivos com uma criança. Cada acusação apresentava uma sentença de prisão de dezesseis meses a três anos de prisão.
Os especialistas da TV explicaram que o juiz Melville também deu aos jurados a opção, em relação às últimas acusações criminais, de condenar Jackson de quatro infrações menos graves, por fornecer álcool a um menor, que é uma contravenção.

No dia em que Michael Jackson foi julgando “inocente” quatorze vezes. Muitas pessoas estavam chorando em silencio no tribunal. Houve uma onda de choque que bateu todo mundo e o pessoal da mídia que esperava um veredito de culpado parecia estar em um estado de incredulidade, de queixos caídos.
Depois que Jackson e a família dele deixaram o recinto, depois que o público espectador saiu em ordem, a mídia saiu e viu o mundo por uma nova perspectiva. Os fãs estavam exalando alegria e amor, abraçando e beijando uns aos outros e pulando. O mundo parecia colorido, com banners e buzinando, com centenas de pessoas dançando nas ruas.
Quanto à mídia, muitos dela tinham previsto um veredito de culpado, as pessoas perceberam que eles tinham gastado meses reportando apenas um lado da estória e tiveram que admitir que eles estavam errados.
Assim que a ordem de mordaça foi retirada, a mídia quis escutar o júri, e uma pequena conferencia de imprensa foi realizada no tribunal de Santa Maria.
Identificados apenas por números, o júri, entre a idade de vinte nove a setenta anos, tinham testemunhado um julgamento cheio de testemunhos obscenos, momentos dramáticos e abundância de celebridades. Quando as oito mulheres e quatro homens falaram com os repórteres, eles tentaram explicar por que eles consideram Michael Jackson “inocente” de todas as acusações.
Eles responderam incontáveis perguntas, muitas sobre o status de superstar de Jackson afetar o julgamento deles, o que apareceu insultá-los. Os jurados insistiram que eles não tinham tratado Jackson diferentemente porque ele é uma celebridade, dizendo que eles gastaram muito tempo estudando seriamente as evidências e olhando os testemunhos. Eles disseram à mídia que nenhuma peça de evidência superou nenhuma outra, alegando que eles consideraram todas as evidências igualmente “importantes”. Porém, o primeiro jurado Paul Rodriguez, mais tarde, confidenciou que a confissão de Gavin para a polícia foi crítica, dizendo que os jurados a assistiram inúmeras vezes.
Alguns jurados admitiram publicamente que eles consideraram a família Arvizo ser com artistas, que estavam tentando armar contra Michael Jackson. Outros sentiam que não havia prova cabal, que a promotoria simplesmente não tinha provado o caso deles. Ainda, a promotoria, sem evidências físicas, tinha sido capaz de humilhar Jackson publicamente, eles tiveram sucesso em fazer piadas com a pele dele, a sexualidade dele e o estilo de vida dele, tudo enquanto apresentavam um monte de evidências desprezível e falsos testemunhos.
Depois da conferência de imprensa, os jurados forma seguidos aos carros deles, cercados pela mídia que estava oferecendo transporte em limusines e passagens de avião para New York, implorando para que eles aparecessem em populares talk shows pela manhã. Mas a maioria dos jurados não estava interessada. Eles estavam exaustos e sobrecarregados e eles apenas queriam ir para casa. Os jurados tinham passado muitas noites sem dormir, ponderando o caso e eles pareciam não querer nada mais com o espetáculo público.
Mas dois meses depois, dois jurados rastejaram para fora da toca para tentar vender os próprios livros. Esperando por acordos de livros, eles apareceram na rede MSNBC e ambos os jurados publicamente afirmaram que eles se sentiram forçados a votar o veredito “inocente”, colocando uma nuvem negra sobre a veracidade do sistema do júri.
Telespectadores consideraram ultrajante que aqueles cidadãos americanos, que tinham prometido servir o país deles, tiveram audácia de vir à televisão alegar que eles foram forçados. As pessoas consideraram isso ofensivo que jurados estivessem tentando ganhar dinheiro em cima de Jackson, não dizendo a verdade, mas manchando o sistema de justiça americano.
O primeiro jurado, Rodriguez, mais tarde insistiria que as duas versões isoladas dos dois jurados sobre os eventos não era acurada. Rodriguez deixou claro que ninguém torceu os braços de ninguém, que atrás das portas fechadas cada membro do júri agiu de mente clara e chegaram ao veredito de “inocente” de livre vontade.
Dentro do tribunal, alguns membros da mídia fizeram tentativas de mascarar a surpresa deles sobre o desfecho do caso. Muitos repórteres não podiam acreditar que os vereditos eram verdadeiros, que Jackson era um homem livre e tinha escapulido do escrutínio público. É claro, na maior parte, a mídia ainda queria relatar sujeira e já estavam especulando que Jackson estava deixando o país.
Quando Tom Mesereau e o time dele saíram do tribunal, vitoriosos, eles inicialmente se recusaram a dar uma conferência de imprensa. Contudo, na manhã seguinte, Tom Mesereau concordou em aparecer em todos os três programas matutinos de TV, dizendo aos telespectadores que não havia nenhuma falsidade no caso da defesa, afirmando que havia “muita falsidade” no caso da promotoria. Naquela mesma noite, Mesereau daria uma entrevista a Larry King Live, oferecendo os pensamentos dele sobre o julgamento por uma hora inteira.
Mesereau apareceria mais tarde no The Tonight Show, dizendo a Jay Leno, “Se Você conhece a filosofia de vida de Michael, você sabe que ele nunca machucou uma criança.” Não muito depois do fim do julgamento, Mesereau foi aclamado como “uma das mais fascinantes pessoas do mundo” e ele gravou um segmento do prime-time com Barbara Walters, insistindo que o caso contra Jackson “foi construídos sobre a areia”.
Depois que tudo estava feito, depois das lágrimas, a alegria, as orações, e do adeus do público a Jackson, uma jornalista estudaria um obscuro elemento de uma exibição introduzida como evidência. Era uma nota escrita pelo superstar, gravado dentro de um dos livros dele. E foi esta gravação permanente, que capturaria para sempre a essência de Michael Jackson. No livro, o supertar tinha escrito as palavras:

“Olhe para o verdadeiro espírito de alegria e felicidade no rosto destes meninos, esse é o espírito da meninice, Uma vida que eu nunca tive e com a qual eu sempre sonharei.”

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Casos de Falsas Acusações de Abuso Sexual, parte VI "Martinsville"

Marteisville



O fenômeno não se circunscreveu aos Estados Unidos, onde tudo pode acontecer; o Canadá não escapou ao fenômeno. Na cidadezinha de Martensville, perto de Saskatoon, na Província de Saskatchewan, uma menina de 2 anos e meio, que ia à creche da família Sterling, apareceu em setembro de 1991, com uma irritação na pele, certamente produzida por fraldas molhadas. A mãe da criança, influenciada pelo ambiente de caça ao pedófilo, suspeitou de abusos sexuais e avisou a Polícia, que encarregou a agente Claudia Bryden de interrogar todas as crianças da creche. Esta foi ajudada pelo agente Jim Elstad, com alguma experiência nestes casos, e por vários terapeutas [25].
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