Conspiracy, Capítulo 29 "Ask Me How I Know"
“Ask Me How I Know”
A voz de Michael Jackson:
Exibição 5009-A, 5009-B, 5009-C, parte cortada da entrevista com Martin Bashir.
Em toda a parte cortada da gravação do documentário de Bashir, o qual o júri viu por duas horas e meia, havia uma esmagadora sensação de intimidade. Michael tinha o vídeo cinegrafista dele próprio gravando simultaneamente, o que permitiu momentos sinceros o bastante, para pegar uma sensação do verdadeiro eu do pop star. Era estranho assistir a Jackson, sentado em um travesseiro no chão; da cintura para cima, parecendo da realeza, da cintura para baixo, vestindo confortáveis calças de pijama.
Quando a entrevista começou, Bashir disse a Michael que ele é um gênio musical, afirmando que o documentário dele iria transferir duas coisas: a genialidade de Michael e o trabalho de caridade que Michael tem feito pelo mundo todo. Bashir não queria embaraçar Michael com muito elogio, mas insistiu que o mundo deveria saber sobre os esforços de Michael para ajudar crianças.
Michael reclamou que a mídia sempre relatava “coisas negativas” sobre ele e Bashir respondeu chamando os repórteres de tabloides de “escória”. Quando a câmera estava focada apenas no rosto de Michael, nós escutamos Bashir insistir que as reportagens que ele tinha escutado sobre Michael são “desagradáveis” e “equivocadas”.
Michael reclamou, cansado de estúpidos boatos.
Bashir prometeu que ele não iria produzir aquele tipo de “lixo”.
Exatamente quando as câmeras de Bashir começaram a rodar, Bashir brincou com a afinidade de Michael pela Grã Bretanha, pedindo a Michael para “fazer um sotaque inglês”, mas o pop star é tímido. Michael apenas sorriu, desviando os olhos da câmera e se declinado educadamente.
Bashir começou as perguntas, falando sobre o amor de Jackson por crianças inocentes, então, mudou a conversa rapidamente para a genialidade musical de Jackson, perguntando se o sucesso de Jackson deixava as pessoas com inveja.
Michael disse a Bashir que “o sucesso faz isso” e alegou que a inveja é algo com o que ele convive, é algo com o que ele precisa lidar o tempo todo. Michael sente-se um alvo, mas parecia dizer que fazia parte de ser um super star. Ele afirmou que cada passo, que a cada degrau do sucesso, as pessoas criavam mais boatos sobre ele.
O ícone pop explicou para Bashir que quando ele começou a quebrar todos os recordes de álbuns mais vendidos de todos os tempos, quase simultaneamente, ele foi chamado de “estranho”. Jackson estava tenso e parecia magoado falando sobre como as pessoas o chamavam de estranho e “Wacko”, sobre as pessoas especulando que ele era uma “garota” ou “homossexual”. Jackson insistiu que os boatos eram falsos, dizendo a Bashir que muito sobre ele é “completamente inventado”. Quando Jackson começou a ficar confortável com Bashir, ele mencionou que as pessoas ficariam surpresas se vissem quão normal e simples era a forma como ele vive.
Bashir falou para Jackson que ele é “o maior artista musical vivo, hoje” e falou sobre Jackson ter produzido “a música de maior sucesso que o mundo, que o globo, já viu”. Bashir perguntou se o sucesso poderia ter jogado as pessoas contra ele.
Michael é sincero sobre as pessoas e inveja. Ele falou sobre artistas, figuras históricas, que eram maiores que a vida e como as pessoas em volta deles se tornaram invejosas. Ele usou o exemplo de Michelangelo que, aparentemente, teve o nariz dele quebrado por um colega artista durante uma discussão sobre quem era o maior artista. “As pessoas fazem isso comigo, mas de uma forma diferente”, Jackson afirmou.
Jackson explicou como a “opinião” pode ser mais poderosa que a espada e expressou a tristeza dele pela mídia ir “tão longe”. Ele disse a Bashir que ele é humano e insistiu que o machucava escutar mentiras, especialmente porque ele sabia que as crianças estavam por aí escutando todos os boatos.
Quanto a lidar com o público, Jackson explicou que sempre quando ele saia, por causa da mídia, ele se disfarçava. Ele disse que, às vezes, em razão de uma emergência ou algo assim, ele tinha que correr para dentro de uma loja e fugir e relembrou de uma ocasião, quando ele estava em uma loja de departamento, de repente, cercado por uma multidão de pessoas, que estavam empurrando e quebrando as vitrines, tentando tocá-lo.
Jackson lembrou para Bashir que quando ele estava nesta loja de departamento, as coisas ficaram loucas e ele foi cercado pelos guardas de segurança. Ele falou sobre um menininho que abriu caminho pela multidão, caminhou até ele e perguntou, “Michael Jackson, é verdade que você toma pílulas de hormônio feminino para deixar sua voz mais aguda?”
Jackson parecia magoado pela pergunta e ele odiava os boatos que se espalhavam selvagemente entre as crianças. O pop star lembrou Bashir que a voz dele é naturalmente de tenor, explicando que o avô dele era um tenor e que os cantores de maior sucesso eram tenores. “Eu nunca vi uma pílula de hormônio feminino em minha vida”, Jackson disse. “Eu não saberia como isso se parece.”
Bashir tem curiosidade sobre o interesse de Jackson por Peter Pan, perguntando por que Peter Pan é tão inspirador para o cantor.
Jackson explicou que Peter Pan representa algo que é muito especial para o coração dele: juventude, infância e nunca crescer. Ele insistiu que ele amava a ideia de magia e voar e admitiu que maravilha e mágica são coisas das quais “eu nunca me desliguei”.
Bashir perguntou se Jackson jamais quis crescer.
“Não. Eu sou Peter Pan no meu coração”, Jackson disse a ele.
Jackson falou sobre a música e a dança que ele criava e explicou que isso “vinha deste lugar de inocência”. Ele falou para Bashir sobre uma árvore especial em Neverland, a “árvore das dádivas” dele, a qual inspirou muitas das músicas dele, incluindo “Heal The World” e “Will You Be There?” Ele falou sobre a árvore ser para meditar e escrever músicas.
Bashir quis saber por que, se Jackson é tão inspirado por Peter Pan, alguma das músicas dele são “tão adultas”.
“Bem, isto é verdade, mas minha música apenas vem. Eu não penso sobre nada disso”. Jackson disse a ele. “Por isso que eu sei que é música dos espíritos, realmente é.”
Bashir perguntou sobre Neverland, o que ele chamou de “um lugar extraordinário e empolgante”. Ele pediu a Jackson para explicar o que inspirou a criação de Neverland.
Jackson disse que ele foi inspirado simplesmente por tudo que tinha a ver com ser uma criança, dizendo que Neverland é um lugar onde ele reúne todas as coisas que ele desejava poder fazer quando criança.
Bashir perguntou por que, quando os portões abriam, havia música sendo tocada por toda a parte em Neverland.
Jackson falou sobre o amor por árvores e disse que as pessoas costumavam fazer piadas de outros que falavam com as plantas deles, insistindo que havido cada vez mais evidências de as plantas respondem a outros seres vivos. “Plantas, grama e árvores respondem à música”, Jackson afirmou. “Elas têm emoção. Elas sentem. Elas têm sentimentos. Quando elas escutam música, elas crescem mais bonitas. As borboletas se aproximam. Os pássaros se aproximam.
Jackson falou sobre música ser uma força curativa, ter efeito na condição humana, observando que, há uma razão para que música seja tocada dentro de lojas de departamentos e elevadores, uma razão para música ser tocada dentro de empresas. Jackson sabe que a música está lá para manter os compradores calmos, para manter todo mundo de bom humor.
Bashir mudou o assunto, perguntando a Jackson sobre as estátuas por toda Neverland, perguntando se Jackson considerava os manequins como “amigos” dele.
Jackson confidenciou que ele vive com manequins no quarto dele, porque eles pareciam aliviar a solidão dele. O superstar disse a Bashir que no auge da carreira dele, durante “Thriller”, ele caminharia até estranhos e diria “Você gostaria de ser meu amigo?” Jackson confessou que tudo que ele sempre quis foi que alguém o amasse simplesmente por ser ele. Porque ele nunca conseguiu encontrar isso, Jackson se fechou no mundo dele e fica com os animais e os manequins dele como uma forma de lidar com a isolação.
Bashir parecia confuso. O jornalista não conseguia entender por que Jackson afirmaria que ele não tinha amigos.
Jackson disse a Bashir que a maioria das pessoas em volta dele, são pessoas dos negócios da música. Ele falou sobre as pessoas “ver Michael Jackson” e, de repente, “Ele não são mais eles mesmo.” Na câmera, Jackson parecia ansiar para ter um pouco de simplicidade, vida cotidiana. Ele disse a Bashir que ele muitas vezes lê pichações, apenas para descobrir como é a “normalidade”. “Porque era muito difícil encontrar isso. Eu nunca tive isso.”
Na conversa fora das câmeras, Bashir disse ao pop star que ele é maravilhoso e verdadeiramente inspirador. Bashir garantiu a Jackson que a sincera entrevista dele inspiraria as pessoas por todo o mundo. Enquanto uma mulher retocava o rosto de Jackson, enquanto a luz era rearranjada, Bashir elogiou ambos, Jackson e a maquiadora de artistas dele, Karen. Tímido, Michael mudou o assunto.
Jackson perguntou se Bashir gostava de voar.
Bashir afirmou que ele odiava voar e disse que as pessoas nos aviões bebiam muito, porque eles tinham álcool de graça (insinuando que ele sempre voava de primeira classe).
Michael disse que ele adorava conversar com as aeromoças, mas Bashir não achou que valesse a pena discutir aquilo. Michael continuou com o assunto, provocando Bashir sobre aeromoças, mencionando que ele gostava da forma como as mulheres cuidavam dele. Mas Bashir escolheu mudar de tópico.
Bashir leu músicas de Jackson, as quais ele afirmava inspirar as pessoas: “Você não está sozinha, porque eu estou aqui com você. Embora estejamos separados, você sempre estará em meu coração.” Bashir perguntou a Jackson como ele se inspirava para escrever este tipo de poesia.
Jackson é humilde e de nenhuma maneira condescendeu quando ele disse a Bashir que ele não podia receber créditos por esta música, em particular, explicando que a citação que Bashir fez, era de uma música composta por R. Kelly. Jackson explicou que ele ajudou Kelly a formar a música. Certificando-se que a música estava corretamente estruturada, formando toda a composição.
Bashir cumprimentou Jackson sem pudor, assegurando que a música era importante e tinha servido de inspiração pra milhões.
Jackson agradeceu a Bashir e falou sobre adorar ser capaz de ver as pessoas por todo o mundo se identificar com a música dele. “Da Rússia a China, da Alemanha a América, pessoas jovens são todas iguais, por todo o mundo”, Jackson disse. O pop star explicou que em todo lugar que ele se apresentava, a audiência chorava da mesma forma, e demonstravam alegria, da mesma forma.
“Há um momento no show, quando um grande tanque de guerra surge e eu o paro e há uma garotinha que vem com uma flor. Esse tanque de guerra vem e ele aponta a arma para mim. Toda a plateia assobia, e isso em todos os países que vamos”, Jackson explicou. “Assim, quando a garotinha vem com a flor, todo mundo chora.”
Jackson falou sobre “Earth Song”, outra música a qual todas as pessoas por todo o mundo respondiam, sempre ascendendo isqueiros e segurando-os no ar. Ele disse a Bashir que em qualquer lugar onde ele cante “Earth Song”, todo o estádio é iluminado. “Eles sabem sobre o que a música fala, é sobre a terra, é sobre o planeta. É sobre conservação e preservação”, Jackson disse. “E eles apóiam isso. Eles querem isso. Eles querem curar o mundo, eles realmente querem.”
Mais de uma vez, Bashir perguntou se Jackson se sentia sozinho.
O pop star disse a Bashir que ele está quase sempre sozinho em hotéis, mesmo quando há milhares de fãs gritando na rua. Mesmo quando os faz estavam gritando o amor deles por ele, Jackson descreve as experiências como algo que o fazia chorar: “Há todo aquele amor lá fora. Mesmo assim, você realmente se sente preso e sozinho. E você não pode sair.”
Jackson falou sobre as poucas vezes em que ele saiu e como ele foi escrutinizado pelas pessoas em volta dele. “Por que Michael Jackson está comprando isto? Por que ele está lendo isto? Ele mencionou que nas raras ocasiões em que ele vai a uma boate, os DJs sempre tocam a música dele e as pessoas começam a gritar para ele dançar, o que, de certo modo, torna-se um trabalho tudo de novo.
Bashir perguntou repetidamente se Jackson gostaria de levar uma vida normal, se, alguma vez, ele desejou poder ir a um supermercado. Bashir ressaltou que todos os tipos de pessoas têm “este tipo de coisa” perguntando por que as cirurgias plásticas se tornaram um tipo de problema público para Jackson.
Jackson disse a ele que celebridades fazem cirurgias plásticas todo o tempo e pareceu ofendido que a mídia o apresente como alguém que é obcecado por cirurgia plástica. Jackson afirmou que ele não fez a quantidade de cirurgias que as pessoas alegavam, insistindo que os olhos dele nunca foram tocados, os ossos da bochecha eram dele mesmo, os lábios eram dele mesmo.
Bashir perguntou se Jackson pode fazer, alguma vez, qualquer coisa que é certa.
Jackson disse que não importa o que ele faça, sempre há alguém que dirá algo negativo sobre isso. Ele disse que não importa o quanto sejam boas as intenções, sempre há uma pessoa de espírito pobre que tentarão derrubá-lo.
Bashir perguntou sobre algo que era “segredo”. Era chamado International Children’s Holiday e isso era visão de Jackson, algo que Jackson esperava ajudar a materializar.
Jackson falou sobre o fato que nós celebramos o Dia das Mães, o Dia dos Pais e disse que nós devemos celebrar o Dia das Crianças. A visão de Jackson é ver esse feriado celebrado no mundo todo. Ele vê isso como um feriado. Um dia sem escola, onde os pais passam o dia levando os filhos deles ao parque, à praia, à loja de brinquedo e apenas fazendo tudo que a criança quer fazer.
“Se eu tivesse este dia quando eu era crianças, crescendo, meu relacionamento com meu pai seria totalmente diferente”, Jackson confidenciou. “Eu nunca brinquei um jogo com ele. Ele nunca brincou um jogo comigo. Nenhuma brincadeira. Se ele fosse forçado, mesmo em um feriado, se ele tivesse dito ‘Está bem, Michael, é o Dia das Crianças, você gostaria de ir à loja de brinquedos? ’ Meus sentimentos por ele seriam totalmente diferentes.”
Jackson falou sobre os crimes que pessoas viam em escolas, hoje; e afirmou que estes crimes são uma súplica por atenção, dizendo que, muitas vezes, as crianças são negligenciadas. Ele insistiu que se as crianças recebessem mais amor e atenção na vida delas, não haveria tremenda raiva dentro delas.
Bashir mencionou que uma das coisas que eles planejavam fazer era ir à África, a uma região particular, onde muitas crianças não chegavam ao quinto aniversário delas, por causa da AIDS. Ele queria saber o que um feriado internacional poderia fazer por aquelas crianças morrendo na África.
“Aquelas crianças na África?” Jackson perguntou. “Oh, homem, isto levaria muita alegria a uma criança, se elas tivessem apenas uma hora. Eu tenho visto crianças morrendo se iluminarem com alegria. Eu tenho visto crianças que foram pronunciadas como tendo uma semana de vida. Elas têm me dito que eles têm câncer por todo o corpo deles. E eu disse, ‘deixe-me cuidar destas crianças, dê a ela apenas um pouco de tempo comigo. ’ E elas vêm para Neverland.”
Enquanto as pessoas estudavam Jackson no vídeo, os observadores no tribunal ficaram hipnotizados. Alguns membros do júri pareciam aturdidos quando eles escutaram Michael dizer que tinha visto pacientes de câncer se recuperar completamente. Jackson se referiu a um garotinho que tinha ganhado todo o cabelo dele de volta, livrando o corpo dele do câncer, completamente, depois de visitar Neverland.
Jackson falou a Bashir sobre o poder do amor e da oração.
Então, Bashir disse “Corta”.
Fora das câmeras, Bashir segurou as mãos de Jackson para agradecer a ele por ser tão “especial”. Ele prometeu a Michael que ele diria às pessoas a estória da vida de Michael. Bashir elogiou Jackson pelo cuidado com crianças negligenciadas e constantemente perguntou por que a mídia apenas mostrava coisas negativas sobre o ícone pop. Bashir fala sobre como é maravilhoso assistir a Michael levantando o espírito das crianças.
Enquanto os dois homens esperavam que as câmeras e a maquiagem fossem ajustadas, Michael perguntou a Bashir se ele gostava de viver na Inglaterra. Bashir disse que ele preferia viver em Roma e Michael disse que ele adora Roma, embora ele não possa lidar com os paparazzi, que o seguem por toda parte, em bicicletas. Quando Michael ficou quieto, esperando que as câmeras e a luz ficassem prontas, o pop star disse alguma coisa sobre o Papa João Paulo II, perguntando sobre a saúde dele. A menção ao Papa estimulou a conversa sobre a história do papa e da Igreja Católica:
Jackson: Eles não se casam, certo? Eles são casados com Deus?
Bashir: Sim, mas é claro, o problema é, veja o que todos os sacerdotes estão fazendo?
Jackson: Sim, com crianças. Eles estão com problemas.
Bashir: Eles estão com grande, grande problemas.
Jackson: Oh, sim.
Bashir: Grande, grande problema.
Jackson: Porque eu sei que a mulher, a freira, é casada com Deus. Os homens são também.
Bashir: Você sabe, é estimado... a Vanity Fair vez um estudo recentemente e eles estimaram que sessenta por cento dos sacerdotes da Igreja Católica têm abusado sexualmente de pelo menos uma criança. Sessenta. Você entende o que eu quero dizer?
Jackson: Mesmo?
Bashir: Ocultados pela Igreja. E você sabe que houve estes caras (que) foram removidos para muitas igrejas e estes bispos, ninguém foi responsabilizado.
Jackson: Onde eles estão? Em Roma?
Bashir: Não, eles estão aqui, na América. E eles tem se mudado para diferentes estados.
Jackson: Isso acontece muito com os Mormons.
Bashir: Oh, grande estilo!
Então as câmeras de Bashir começaram a rodar novamente e o assunto morreu.
Bashir quer falar sobre “um dia muito especial em Neverland”, quando Jackson recebeu centenas de crianças, que não tinham que pagar nenhum dinheiro, que não tinham nenhuma restrição, que desfrutaram das instalações de Neverland durante o dia.
Jackson explica que ele tem feito trabalho de caridade para crianças por muitos anos, mesmo quando ele era garotinho. Jackson diz que sempre lhe disseram que a verdadeira caridade, significa que você deu de coração e diz que ele adora fazer crianças sorrirem. Jackson pensa que ele está fazendo o que ele deve fazer, dizendo a Bashir que todos devem ajudar crianças.
Bashir quer saber mais sobre a especial “conexão” de Jackson com crianças.
Jackson diz que ele vê Deus através das crianças, explicando que tudo que ele faz, desde apresentar-se a compor músicas, coreografar e dirigir, tudo é inspirado por crianças. “Eu tenho dito isto antes e eu direi novamente: se não fosse pelas crianças, eu teria me atirado de uma torre. Porque eu não me importaria com mais nada. Eu estou falando sério. Eu não me importaria, eu sentiria que eu não tenho mais nenhuma razão para viver”, Jackson confidenciou. “Tudo do meu coração, é para elas.”
Jackson diz que ele vê Deus através das crianças, explicando que tudo que ele faz, desde apresentar-se a compor músicas, coreografar e dirigir, tudo é inspirado por crianças. “Eu tenho dito isto antes e eu direi novamente: se não fosse pelas crianças, eu teria me atirado de uma torre. Porque eu não me importaria com mais nada. Eu estou falando sério. Eu não me importaria, eu sentiria que eu não tenho mais nenhuma razão para viver”, Jackson confidenciou. “Tudo do meu coração, é para elas.”
Bashir perguntou sobre os animais de Jackson, perguntando se eles também tinham um impacto sobre a estrela. Jackson falou sobre o amor dele pelos animais de estimação e Bashir perguntou a Jackson o que tinha acontecido com Bubbles, o chimpanzé.
Jackson explicou que os treinadores disseram a ele que Bubbles deveria ser levado de Neverland, quando ele chegasse a certa idade, porque chimpanzés ficam rebeldes. Aparentemente, eles são muito fortes e podem se tornar perigosos. Jackson disse a Bashir que ele se arrependeu de ter deixado Bubbles ir, quem ele disse que poderia viver até os seis anos de idade. Descrevendo a proximidade dele com Bubbles, Jackson deu a estranha ideia de querer dar uma “festa de animais celebridades” para Bubbles. Jackson contou a Bashir sobre os planos de convidar Cheetah, a chimpanzé de Tarzan, assim como Benji, Lassie e estrelas animais de outros programas, para comparecer à festa dele para Bubbles.
A ideia de uma festa para animais celebridades, mais tarde renderia muitas risadas “dentro” da imprensa. Mas, como o resto da filmagem cortada, nenhum destes detalhes chegaria o público. Foi estranho que ninguém disse nada sobre a tática de Bashir, as quais foram mostradas no tribunal. Quando as pessoas relatavam as notícias delas, o assunto Bashir e a filmagem cortada que exonerava Michael, simplesmente nunca aparecia.
Bashir pediu a Jackson para voltar ao assunto crianças e afirmou que ele viu em “uma interação muito especial” entre Jackson e os próprios filhos, afirmando que “foi um privilégio” e um “ensinamento”, apenas observar Jackson sendo um pai.
Jackson falou sobre o relacionamento dele com os filhos, com quem ele pode conversar “francamente, porque eles não julgam você”. Jackson disse que ele se conecta com crianças porque eles apenas querem se divertir, que é algo que ele pode entender. Jackson diz que uma vez que ele começou a perceber que ele perdeu “muito” quando criança, ele começou a desenvolver um forte amor por crianças.
Bashir perguntou se ele tinha encontrado em crianças o tipo de amizade que ele não conseguiu encontrar em adultos.
Jackson admitiu que sim, ele preferia crianças a adultos, porque ele não tem sido traído ou enganado por crianças. “Adultos têm me decepcionado. Adultos têm decepcionado o mundo”, Jackson afirmou. “É a vez das crianças, agora. E a hora de darmos uma chance a elas. Como a bíblia diz ‘Uma criança deve ser líder de todos eles’”.
Bashir repetidamente pergunta por que as pessoas criticam Jackson.
Jackson diz que as pessoas que o criticam são ignorantes, explicando que elas não têm aprendido sobre a verdade. Ele diz que há pessoas que têm as mentes corrompidas, que não conseguem pensar em ele se divertir com uma criança, como algo que é simplesmente puro. Jackson sente muito por essas pessoas.
Novamente, Bashir quer saber o que crianças significam para Jackson.
“As estrelas, a lua, o universo. Mas todas as crianças, não apenas as minhas. Eu não sou territorial”, Jackson disse ao jornalista. Ele fez um circulo com as mãos, falando para o Bashir que ele sempre sentiu que era responsabilidade dele cuidar dos outros. Ele diz que leva os filhos dele a hospitais com ele o tempo todo. “Eu vou a hospitais, tanto quanto faço concertos, sabe? E eu não espero que a imprensa relate isso, mas eles não querem relatar isso, sabe? Eu estendo a mão, eu tenho feito isso por anos”. Jackson diz. “Eu pego brinquedos, arrumo tudo e os surpreendo.”
Bashir, fora da câmera, fala para Jackson que o que ele está falando sobre cuidar de crianças pelo mundo todo é “a jóia da coroa”. Bashir felicita Jackson por se expressar tão lindamente. O jornalista relembra Jackson de por que é tão importante que este documentário seja feito, falando para o pop star “As pessoas são escória e há muita inveja. O problema é: ninguém vem aqui para ver isto. Mas eu vi isso aqui ontem, o espiritual... E o que eu quero mostrar é o gênio da música e também o que nós vimos (aqui em Neverland com crianças), ontem.”
A fita acabou.
Quando a última entrevista de Bashir com Michael Jackson aconteceu, foi meses mais tarde e os dois homens estavam em um quarto de hotel em Miami. Michael parecia estar com um pouco de pressa, de saída para o funeral de uma lenda da música. Bashir se ofereceu para escrever para ele “alguma coisa” para dizer na triste ocasião e Michael gentilmente aceitou a ideia, embora parecesse que a estrela não planejava levar a oferta de Bashir realmente.
Michael parecia solene. Ele manda que o cinegrafista dele filme Bashir fazendo perguntas. Bashir brinca que se ele estiver em uma única foto que seja, isso custará a Jackson 5 mil dólares, cada uma. Enquanto Michael se aplica um pó de última hora, todos os celulares e telefones do hotel estão desligados e exatamente quando as câmeras começam a rodar, Jackson suavemente canta uma melodia.
Bashir pergunta se Jackson pode se lembrar das palavras da música “With a Child’s Heart”.
Mas Jackson diz que ele não consegue se lembrar. Ele era muito jovem e havia muitas músicas. Enquanto Michael fala, ele balança a cabeça para frente e para trás, ajustando a rica camisa de cetim marrom dele. Embora seja altamente estilizado, Michael é tímido e ele continua incomodado com a câmera, ajustando a camisa dele e o cabelo.
Bashir pergunta Jackson por que ele pensa que ele está qualificado para liderar a causa para um feriado internacional das crianças.
Jackson diz a Bashir que um feriado para as crianças tem sido o sonho dele por muitos anos, Jackson explicou que não tem havido um reclame pelos direitos das crianças e diz que ele sente que o laço familiar se quebrou. Jackson fala sobre a era tecnológica, lamentando o fato de que crianças gastam muito tempo com vídeo games e computadores. Jackson quer um Dia Internacional da Criança, para ser um tempo quando as pessoas se unem (ele bate as mãos) e fazem todo o dia sobre crianças.
Jackson diz que ele pensa que ele está qualificado para chamar por um dia das crianças, por pré-definição, porque ninguém mais está fazendo nada sobre isso. “Este é o nosso futuro e eu os amo em pedaços”, Jackson insiste. “Eu quero lutar por eles, se a voz para os que não têm voz”.
Bashir traz as alegações de 1993 que foram feitas sobre Jackson e um menino. Bashir pergunta o que as pessoas dirão, escutando Jackson pedir por um feriado internacional das crianças, quando eles ainda têm perguntas sobre o que aconteceu em 1993.
“Eles não me conhecem. Todo isso é falso. Eu nunca faria isso. (Estende os braços dele) Eu cortaria meus pulsos antes de machucar uma criança”, Jackson disse a Bashir. “Você não pode julgar alguém. Como alguém pode olhar uma fotografia de alguém em uma notícia um dia e dizer ‘Eu o odeio! ’”
Jackson falou sobre ser criado em um mundo com adultos e explicado que quando crianças estavam brincando, ou em casa, aninhados na cama, ele estava se apresentando em boates às três horas da manhã e o show de striptease viria depois da atuação dele. Jackson disse a Bashir sobre não ter amigos quando criança, sobre como ele e os irmãos trabalhavam e trabalhavam e trabalhavam.
Jackson acredita que por que ele foi criado como uma rígida Testemunha de Jeová, ele está sendo compensado por nunca ter tido nenhum Natal ou festa de aniversário. Ele diz que Neverland é um lugar onde as pessoas podem ver animais e todo tipo de coisas divertidas das quais ele foi privado.
“Há doces em todos os lugares”, Jackson diz rindo. “É legal.”
Bashir menciona a riqueza de Jackson, mas afirma que o pop star nunca parece verdadeiramente conseguir aproveitá-la.
Jackson diz a ele que ele aproveita a riqueza dele através dos filhos dele. Ele disse que ele pode apenas aproveita a riqueza dele atrás dos portões, explicando que quando ele tenta sair e se divertir, “torna-se trabalho, tudo de novo”.
Bashir quer saber se Jackson considera a apresentação dele um trabalho.
Jackson diz que não é trabalho e diz que ele se torna “um” com a música, com a dança, explicando que um artista que está “pensando” todo o tempo, não está se aproximando da arte dele da melhor forma possível. Ele explicou que ele pode dizer quando o dançarino está contando (ele fez os movimentos de dança que são marca registrada dele) e diz que contar e pensar são conceitos errados para a dança. Jackson diz que música e dança são sobre sentimento, sobre se tornar um com os instrumentos musicais. “Você precisa sentir. Tornar-se o baixo. Tornar-se a bateria. Tornar-se a guitarra, os acordes.”
Bashir fala para Jackson que depois de todo o tempo que eles passaram viajando juntos, ele sente que a estrela é realmente solitária. Bashir diz que ele “se preocupa” com Jackson e pergunta se Jackson já foi feliz alguma vez.
Jackson confidencia a Bashir que muitas coisas o deixam triste, que são por que ele quer que Neverland seja sempre um lugar alegre. Jackson diz que o machuca ver reportagens sobre crianças matando umas as outras, sobre crianças usando armas, sobre violência em escolas públicas, dizendo a Bashir que ele não assistirá os noticiários porque ele não consegue suportar escutar reportagens sobre crianças sendo sequestradas e mortas.
“Isso me mata, este tipo de coisa. Portanto, eu tento não assistir aos noticiários”, Jacson diz. “Eu sinto esta dor. Eu sinto isto. (Ele segura as mãos contra o peito.) Eu sinto.”
Bashir sugere que se apresentar é a única coisa que pode fazer Michael feliz.
Jackson diz que ele adora se apresentar mais que qualquer outra coisa. “provavelmente porque eu passei toda a minha infância no palco.”
Bashir percebe que Jackson tem se cercado de pessoas que sempre dizem “sim”. Bashir perguntas se isto é saudável. O jornalista dá um exemplo de um momento quando eles estavam juntos na Alemanha, apontando que ninguém lá disse a Jackson para não pendurar o bebê dele do lado de fora do balcão.
“Minha governanta estava lá. E eu estava segurando o bebê com força e firmeza. E eu sei”, Jackson insistiu, dizendo a Bashir que ele tinha visto pais jogarem os filhos para o alto e apará-los, assegurando a Bashir que não havia nada de errado com o que ele fez. Jackson reclamou que ele estava apenas tentando dizer olá para os fãs alemães, que estavam pedindo para ver o novo bebê e disse que decidiu mostrar “Blanket” por um minuto, assim eles puderam ver um relance do bebê e afirmou que a mídia mostrava a cena em câmera lenta, de propósito, para dramatizar.
“Eu tenho que pegar o momento. Eu estava segurando com firmeza. E aconteceu por cerca de dois segundos. Mas, quando quanto aparece no noticiário, eles mostram devagar”, Jackson diz, movendo as mãos dele devagar. “Eles me fazem parecer como se eu fosse este excêntrico idiota, balançando o bebê do lado de fora do balcão, como um louco. Eles não mostram a você toda a história.”
Bashir citou uma notícia, declarando, “Depois do que aconteceu em Berlim, as pessoas devem se preocupar com o bem estar dos filhos de Jackson.”
“Eles não me conhecem” Jackson disse. “Como eles podem dizer isso, se eles nem me conhecem?”
Sarcasticamente, Bashir perguntou se Jackson estava realmente “feliz” por ter balançado o bebê dele do lado no balcão.
“Eu não estou feliz por ter pendurado o bebê do lado de fora do balcão, não. Mas eu estou feliz por ter deixado as crianças acenarem para ele”, Jackson disse a ele. “Eu não percebi que ele estava do lado de fora do balcão. Mas eu o tinha firme. Eu não deixaria o bebê cair. Eu não sou louco. Eu sou muito inteligente. Você não pode chegar tão longe no sucesso e ser um idiota. (Ele sorri.) Você pode cometer erros. Mas isto não foi um erro”, Jackson disse a Bashir.
Prometendo a Bashir que não houve nada de errado com o que ele fez, que não houve nada errado em ir até o balcão e dar um aceno com o filho dele. Jackson insistiu que se outra pessoa tivesse feito isto, se tivesse acontecido com outro artista no mundo, “Nada seria dito.”
Bashir pergunta novamente sobre o que aconteceu em Berlim. O jornalista menciona que o bebê de Jackson estava coberto, assim, os fãs não podiam realmente ver o bebê.
Com isso, Jackson elevou a voz, dizendo a Bashir, “Eu não quero um bebê Lindbergh. Alguém levou o bebê Lindbergh, o bebê de Charles Lindbergh. Levou-o para floresta e o queimou até a morte. Eu não quero que isso aconteça com meus filhos, por isso eu coloco véus neles. Eu não quero que as pessoas os vejam. A imprensa, eles podem ser muito malvados. Eu não quero que eles se tornem psicologicamente loucos por causa das coisas malvadas que eles (a imprensa) podem dizer a eles.
Bashir mudou para um assunto mais suave e lembrou Jackson de que quando eles estavam no hotel em Berlim, o pop star jogou travesseiros para os fãs dele.
Jackson disse a Bashir que ele sempre enviava cobertores e travesseiros para os fãs, porque as pessoas dormiam do lado de fora e é frio. Jackson disse que mandava os seguranças dele comprar dez ou quinze pizzas e ele enviava lanches para os fãs porque ele se preocupava com eles. Enquanto Jackson fala, ele bate as mãos nos joelhos, como se ele estivesse se movimentando no ritmo da música que está na cabeça dele.
É claro, Bashir não ficou neste assunto “alegre” por muito tempo, ele levou Jackson de volta à adolescência dele, mencionando fotos de Jackson quando adolescente que mostram o rosto dele com muitas espinhas.
“Sendo tímido como eu sou, e era, isso era ainda pior. Era terrível. Era como uma doença (as espinhas no meu rosto). Era muito ruin, eu não podia sair”, Jackson admitiu , contando a Bashir que, de volta aqueles dias, ele mal podia ir a uma reunião sem chorar atrás das portas fechadas. Jackson confidenciou a Bashir que ele não sabia se aproximar das pessoas em reuniões formais de negócios e se sentiria sempre como um “peixe fora d’água”.
Bashir afirmou que o que Jackson tem feito para “superar” a timidez dele e o embaraçamento sobre a aparência dele é mudá-la.
Jackson negou a Bashir que a aparência dele tenha mudado drasticamente, dizendo que o que as pessoas chamam de mudança ele chama de “adolescência”
“Isto se chama crescer e mudar. Eu não tenho feito cirurgias plásticas o meu rosto, apenas no meu nariz, isso me ajuda a respirar melhor, assim eu posso alcançar notas mais altas”, Jackson insiste. O ícone pop diz a Bashir que a mídia tem inventado mentiras sobre ele, repetindo que ele não fez cirurgias plásticas nos olhos, no queixo, ou nas bochechas. Ele mencionou outras estrelas que fizeram plásticas no nariz, além dele, Marlyn Monroe e Elvis Presley e perguntou por que a imprensa implica com ele, quando há outros que fizeram muito mais.
“Eles só querem implicar comigo”, Jackson disse, levantando as mãos dele. “Cher fez muita coisa, o bumbum dela, o nariz, os dentes. Ninguém a aborrece; e eu amo Cher. Eu a amo. Nós costumávamos tratar nossa pele juntos.”
Bashir não pode acreditar que Jackson está honestamente dizendo que ele fez somente uma operação.
“Não, não, não”, Jackson esclareceu. “Eu fui gravemente queimado e fia cirurgias por isso. Mas no meu nariz, eu só fiz duas cirurgias.”
Bashir mencionou fotos antigas de Jackson, afirmando que elas parecem bem diferentes.
“Não, não, não. Eu me pareço com meu avô”, Jackson diz, elevando a voz novamente. “Cirurgias plásticas não foram inventadas por Michael Jackson. Todo mundo faz isso.” Enquanto Jackson fala, ele bate as mãos no ritmo da música, que parece ter aumentado.
Bashir perguntou sobre as pálpebras de Jackson, sugerindo que algo foi feito para dar a ele uma aparência mais feminina.
“Nada foi feito com meus olhos, jamais”, Jackson diz, explicando que porque o nariz dele foi operado, porque o nariz dele foi diminuído, isso fez os olhos dele parecerem maiores.
Bashir pergunta sobre as bochechas dele.
“As maçãs do rosto? Não. Meu pai tem a mesma coisa”, Jackson disse a ele. “Nós temos sangue de índio.”
Bashir pergunta sobre a covinha de Jackson.
“Você pode acabar com esse lixo sobre cirurgia plástica?”, Jackson pediu exasperado. “Isso é coisa de tabloide. Você é maior que isso. Você é um jornalista respeitado. Você está sendo tabloide. (Pausa). Isto é estúpido.”
Bashir muda o assunto de volta apara Joe Jackson, lembrando Michael da infância dele e de como Michael uma vez falou sobre querer fugir do pai dele.
“Eu escondia, eu costumava me esconder. Ele não sabe disso até hoje, mas eu entrava em uma sala e se ele estivesse lá, eu desmaiaria”, Jackson confidenciou, dizendo a Bashir que, quando se tratava de Joe, ele não pensava que o pai dele tinha percebido o quanto ele o assustava e machucava-o. Michael chamou o pai dele de gênio, mas de alguma forma, parecia morrer de medo dele.
Bashir relembrou Michael de que Joe batia nele quando ele era uma criança.
Michael disse a Bashir que talvez ele não tivesse o nível de afeição por crianças, se ele tivesse sido criado diferente.
Bashir insinuou que algumas pessoas pensam que, talvez, o que saiu de uma infância angustiada, foi um homem obcecado pelo rosto.
“Bem, eu sei o que tem dentro da minha cabeça”, Jackson disse com tranquilidade. “Isso é tudo.”
Bashir perguntou se Jackson pensa que as pessoas vão muito longe com cirurgias plásticas.
Jackson disse que tudo bem, que ele não tem realmente uma opinião sobre isso, afirmando que praticamente todo mundo em Hollywood, praticamente todas as estrelas, foram operadas.
Enquanto Bashir continua com o assinto cirurgia plástica, ele pergunta por que Jackson é perseguido pela mídia em relação a este assunto.
“Barbara Walter acaba de esticar o rosto dela, de novo. Ela nunca menciona isso. Você pode ver, é só olhar para ela”, Jackson disse a Bashir, assim ele listou algumas outras pessoas que recentemente tinha feito lift no rosto, incluindo Mick Jagger e Paul McCartner.
Bashir quis saber por que Jackson é tão defensivo.
“Eles implicam comigo”, Jackson disse, “como se eu fosse o único que faz isso.”
Quando eles fazem outro intervalo, Bashir diz a Jackson, “tem um pouco de água, chefe”, Bashir novamente promete a Michael que ele fará o melhor trabalho que puder, sugerindo que ele tem dado a Michael a plataforma perfeita para esclarecer as coisas ao colaborar com este documentário.
Jackson lembra Bashir de entrevistar Elizabeth Taylor e Bashir age como se ele soubesse tudo sobre o relacionamento entre Michael e Liz, porém quando Jackson pergunta se Bashir conversou com Liz, Bashir admite que ele apenas sabe coisas que Elisabeth tem dito sobre Jackson em público.
Pouco antes das câmeras de Bashir rodarem de novo, Bashir prometeu arranjar uma entrevista com a senhora Taylor, mas isso nunca aconteceu.
Bashir pediu a Jackson para descrever a amiga dele, Elizabeth Taylor, e insinuou que o público vê Jackson e Elizabeth como “dois excêntricos”, que são grandes amigos.
“Isso não é legal. Por que um cara jovem, não pode ser legal com uma dama mais velha? Nós tivemos a mesma infância. Nós temos muito em comum. Nós temos as mesmas vidas. Nós atravessamos todo o sistema do mesmo jeito”, Jackson confidenciou. A estrela disse a Bashir que ele se relaciona com Liz porque ela é como uma criança por dentro, dizendo que ele morrer de amor por ela.
Bashir pediu a Jackson para falar sobre Paris e Prince e a forma como os filhos dele estão sendo criados.
Jackson diz que eles riem o dia todo e abraçam. Ele diz que são crianças maravilhosas.
Bashir perguntou por que Prince uma vez disse que ele não tinha mãe.
“Quantas, quantas mães têm filhos sem pai? Isto tem mudado, e isto parece melhor”, Jackson disse defensivamente. “Uma pai deve ter esta oportunidade também.”
Bashir pergunta se Jackson sabe que papel Debbie Rowe quer ter com os filhos dela.
“Eu não quero ir longe no assunto”, Jackson explicou. “Mas ela (Debbie) fez isto por mim. Paris se chama Paris porque ela foi concebida em Paris. Prince foi concebido em Los Angeles, mas ela disse, ‘Eles são seus, leve-os’. Ela quis fazer isso por mim, como um presente.”
Bashir pediu a Jackson para explicar o casamento com Debbie Rowe.
Jackson disse a Bashir que é difícil ser casado, como artista, afirmando que ele se casará novamente em algum momento, depois que ele passou por dois divórcios. “Eu sou casado com meus fãs. (Pausa). Eu sou casado com Deus. Eu sou casado com as crianças.”
Bashir terminou a entrevista dizendo a Jackson que quando ele o viu com Prince e Paris, “quase me fez chorar”.
“Eu sou louco por eles. Eu morreria por eles”, Jackson diz. “E eu gostaria de ter mais filhos, é claro.”
Para os observadores no tribunal, a filmagem de Bashir parecia ser eterna. Havia muitas partes cortadas, todas deixadas na sala de edição e quando o júri viu Jackson sendo entrevistado,eles ficaram claramente comovidos pela sinceridade, pelo espírito honesto dele, pelo comportamento humilde dele. Era óbvio que eles pensavam que Bashir foi injusto. Por escolher omitir detalhes importantes, por escolher inserir os próprios comentários tendenciosos dele em toda a inocente gravação, Bashir tinha apresentado um retrato injusto de Jackson ao mundo.
Foi interessante notar que durante as filmagens cortadas, quando o pop star ficou muito emocionado, pelo menos três jurados tinham lágrimas nos olhos deles. Uma jurada asiática, uma mulher de quarenta anos, literalmente caiu no choro, quando Jackson falou sobre ser espancado quando criança.
Quanto à mídia, ninguém parecia tocado. Nenhum deles era novato na “saga de Jackson”. A mídia estava cansada. Embora eles pudessem ver a tática de propaganda enganosa de Bashir, estranhamente, ninguém na mídia realmente falou sobre isso. Era estranho que nenhum repórter revelasse nada sobre as injustas táticas de Bashir nas reportagens deles.
De duzentos e vinte jornalistas credenciados, apenas dois jornais fizeram menção a injustiça da obra de Bashir, USA Today, descreveu o estilo de entrevista de Bashir como “demasiadamente intrusiva” e o New York Times, que se referiu ao jornalismo de Bashir como “insensível interesse próprio mascarado com simpatia”.
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