,

Discrepâncias entre as histórias de Jordan e June Chanlder


Discrepâncias entre as histórias de Jordan e June

Escrito por vindicatemj

Traduzido por Daniela Ferreira



                                        Eles estavam sempre juntos...


Este post foi solicitado pela discrepância encontrada por um membro do IMDB entre a entrevista Jordan Chandler com o psiquiatra Dr. Richard Gardner (para quem ele foi enviado para avaliação de sua história em 06 de outubro de 1993) e o testemunho de June Chandler no julgamento Arvizo 2005.

Eu decidi fazer um rápido resumo de várias outras coisas contraditórias nos documentos dos Chandlers. O pacote incluirá a dita declaração de Jordan Chandler, ou declaração de Larry Feldman, em 28 de dezembro de 1993 (não um depoimento, ele nunca fez um!) E uma coleção de mentiras contadas por Ray Chander em vários momentos.

A lista de discrepâncias está longe de ser completa, mas eu decidi não deixar para amanhã o que posso fazer hoje e escrever o que temos para o momento - nós podemos voltar para a lista e completá-la com novas informações a qualquer momento.

1. Ela começa com a descrição de qual partido, Michael Jackson ou os Chandlers, queria comunicação com a outra parte após a sua primeira reunião em maio de 1992.

Ray Chandler diz que foi Michael Jackson quem quis. Ele fala sobre isso em uma conversa com Larry King, discutida aqui:

CHANDLER: Foi assim que eles se conheceram. Michael pegou o número de telefone do menino.


KING: Conseguiu isso bem lá? A mãe ou o padrasto não tinham reclamações sobre Jackson pegar o telefone? Não havia nenhuma razão para pensar em nada?


CHANDLER: Não, naquele momento, era muito inocente.
Ou parecia inocente.

June Chandler disse que ela deu para o número de Michael Jordan e permitiu que Michael ligasse (veja a transcrição do julgamento, por favor), apesar da esposa de um empregado, que estava presente naquele momento, ter dito que June praticamente atirando o filho para Michael ("Era quase como se ela estivesse forçando [o menino] contra ele", lembra Green. “Acho que Michael achou que devia a algo menino, e foi aí que tudo começou").

No julgamento de 2005, onde June Chandler testemunhou, ela disse o seguinte:
P. Você se lembra de quanto tempo você esteve com o Sr. Jackson e Jordan naquele dia?
R Brevemente. Cinco minutos. Dez minutos.
P. E... houve qualquer informação trocada entre você e Jackson Sr. naquele dia?
R. Sim.
P E o que foi isso?

P. Eu disse: "Se você quiser ver Jordie ou se ele poderia ligar para você ou se você gostaria de falar com ele, aqui está o nosso número e você pode telefonar para ele.”
P. E você deu aquilo ao Sr. Jackson?
R. Sim, eu dei.


E Jordan Chandler disse em sua entrevista com o Dr. Richard Gardner que foi o seu padrasto, David Schwartz, que deu o telefone para Michael, implorando-lhe para ligá-lo:

Jordan: Meu padrasto levou [Michael] para escolher um carro para ele usar. “E eu acho que quando meu padrasto estava lá fora, ele disse, ‘Você não tem que pagar para o carro se você pegar o número de Jordie e der uma ligada para ele.”



Dr. Gardner: "Por que seu padrasto disse isso?”
Jordan: "Porque o meu padrasto sabe que eu estava interessado em Michael Jackson e sua música”.


Dr. Gardner: "E isso foi em sua presença?
Jordan: “Não”. Foi-me dito isso pelo meu padrasto. "
Dr.Gardner: "Então, o que aconteceu depois?”
Jordan: "Depois, ele [Michael] partiu”
Dr. Gardner: "Ele aceitou o trato?”
Jordan: "Sim".
Dr. Gardner: "Ok, então o que aconteceu?
Jordan: "Eu não me lembro de quantos dias mais tarde, mas ele me ligou.”


Assim, Michael ligou para Jordan apenas porque era um negócio com o padrasto de Jordan! Ele estava simplesmente cumprindo sua promessa a ele! Se ele soubesse o que decorreria disso...

... mas a imprensa preferia mostrar apenas Michael e Jordan.

2. A duração das ligações telefônicas entre Michael e Jordan Chandler também é um grande mistério.

A mãe de Jordan diz que ela sempre esteve presente durante todas as conversas telefónicas entre Michael e Jordan. No total, foram de 8 ou 10 delas que durou de 10 minutos a uma hora e meia.


Na declaração da Jordan a duração das conversas telefônicas se estende até três horas. Ele diz que a primeira chamada de três horas foi feita da casa de seu pai e isso foi repetido não apenas uma vez.
No entanto, conforme June Chandler e de outras fontes sabemos que Jordan ficou na casa de seu pai em raras ocasiões, as conversas tão repetidas e prolongadas de casa Evan Chandler estão simplesmente fora de questão sob tais circunstâncias:

"Recebi muitos telefonemas de Michael Jackson. Na ocasião, eles duraram até três horas.
Depoimento da mãe dele:

P. A senhora estava presente na casa durante o tempo para observar a duração das conversas entre seu filho eo Sr.Jackson?
R. Sim, eu estava.
P. Em mais de uma ocasião?
A. Certamente.

Pergunta: Então, com base em suas observações, dê-nosr uma estimativa do número de vezes, que você saiba que o Sr. Jackson ligou para seu filho, Jordan.
Resposta: Eu diria oito a dez vezes.
P. A senhora poderia dar ao júri alguma ideia de quanto tempo durou essas conversas?
A. Foi cerca de, talvez, dez minutos à uma hora, ou uma hora e meia.

3) Jordan diz que em sua primeira visita a Neverland Michael levou ele e Lily a Toys-R-Us para pegarem qualquer coisa que quisessem. Parece que eles estavam sozinhos lá. E a mãe diz que ela foi acompanhá-los.

DECLARAÇÃO da Jordan:


"Uma noite ele levou a mim e Lily a Toys-R-Us e fomos autorizados a pegar qualquer coisa que quiséssemos".
A mãe dele:

"Lily, Jordie, Michael e eu fomos. E eles se divertiram. Eles foram fazer compras e Michael comprou um monte de coisas para eles. Eles escolheram coisas e eles soterrados de presentes maravilhosos da Toy-R-Us."


Michael sempre tinha Lily em seus braços...


4) Jordan diz que ele ficou em Las Vegas por uma semana. Sua mãe diz que foi uma viagem de 2 a 3 dias apenas.

A diferença de opinião é importante, pois mostra que nada de extraordinário aconteceu durante essa visita, embora ambos aleguem que foi quando “começaram a dormir no mesmo quarto” e que isso foi acompanhado por uma discussão acalorada e "choro”.

Mentirosos! Eles nem se lembram de quanto tempo durou aquela viagem notável!


Declaração da Jordan:

No final de março de 93, minha mãe, Lily e eu omos para Las Vegas como convidados de Michael Jackson. Ficamos em um grande suíte no hotel Mirage cerca de uma semana.

A mãe dele:

P. E quando você foi a Las Vegas, onde você ficou, o hotel?
A. O Hotel Mirage.
P. Você se lembra de quanto tempo você ficou em Las Vegas nesta ocasião?
A. Dois ou três noites.


5) As histórias deles sobre o início das noites no mesmo quarto são bem contraditórias.

Primeiro, eles não concordam sobre a duração daa estadia em Las Vegas e agora eles não sabem quando começaram a dormir na mesma cama (seria de imaginar que sendo uma questão tão importanteos, pelo menos nisso, eles estariam de acordo, mas não.).


Jordan diz que a festa do pijama começou um dia durante a "semana", porque ele estava com medo de ficar sozinho no quarto após o filme Exorcista:

"Nós ficamos no hotel Mirage, durante uma semana (?). Uma noite, Michael Jackson e eu assistimos ao Exorcista no quarto de Michael Jackson. Quando o filme acabou, eu estava com medo. MJ sugeriu que eu passasse a noite com ele, o que eu fiz. Embora nós tenhamos dormido na mesma cama, não houve contato físico”.

Como sabemos, sua mãe diz que eles se hospedaram no hotel Mirage, durante 3 dias apenas. Sua história começa com uma declaração que surpreendeu até mesmo Tom Sneddon - na primeira noite no hotel, os quatro ficaram no mesmo quarto da suite de três quartos dele (por isso a "festa do pijama" separada foi descartada nessa noite):

P. Agora, quando estava em Las Vegas, você teve - obviamente você teve um quarto - em The Mirage.
A. correto
Q. E quem estava em seu quarto quando você chegou lá? Quem estava em seu quarto?
A. Jordan, eu, Lily e Michael.
Q. Todos no mesmo quarto?
A. Correto.



 
... mas a imprensa focava em Jordan.


Agora vem o ponto de "como tudo começou".

June Chandler diz que na segunda noite os arranjos de sono deles mudaram. O resumo da história dela:


Jordan e Michael estavam indo ver um espectáculo do Cirque du Soleil. Estava começando em torno de 11 horas, na noite, mas, de repente, eles voltaram para o hotel às 11h30, Michael estava "chorando" e perguntou: "Por que vocês estão fazendo isso? Por que você não está permitindo que a Jordan fique comigo?" A conversa durou cerca de 30 a 40 minutos depois da meia-noite. Então ela diz que "cedeu" e permitiu que seu filho dormisse no quarto de Michael pela primeira vez.


Para mais ou menos conciliar a versão que Jordan contou ao Dr. Gardner (sobre O Exorcista) o depoimento da mãe dele, temos que assumir que eles assistiram ao filme (se é que realmente o fizeram) depois que eles voltaram para o hotel e ocorreu a chorosa discussão com June Chandler. Isto é bastante possível, embora dada a duração do filme (aprox.2: 30) deva ter terminado às 3 da manhã e no dia seguinte deixaram Las Vegas.

Ok, mas o que June Chandler diz obre o filme Exorcista afinal?

Ela diz que "foi-lhe dito que tinham visto":



P. Ok. Em algum momento vocês todos viram um filme Exorcista?
R. Não.
P. Você se lembra de alguém assistir a um filme Exorcista?
P.Foi-me dito que Jordan e Michael assistiram a um filme Exorcista.

Tudo isso é muito legal, claro, exceto por um fato, no entanto: ao Dr. Richard Gardner Jordan disse que a notável novela com "choro" e protestos de Michael com sua mãe sobre a possibilidade de ficar em seu quarto pela primeira vez teve lugar depois de terem visto o filme e Jordan já estava hospedado no quarto de Michael e June descobriu este fato no dia seguinte apenas e foi só então que tudo esse "choro" realmente aconteceu:

Jordan: "Depois de minha mãe e Kelly foramdormir, fomos assistir ao filme O Exorcista. Estávamos em seu quarto, em sua cama. E quando acabou eu estava com medo, e ele disse, porque você não fica aqui. E eu fiquei e nada aconteceu. "
Dr. Gardner: "Quando você diz que ficou no quarto -”
Jordan: "Ficamos na mesma cama.”
Dr. Gardner: "Dormiram na mesma cama?”
Jordan: "É isso mesmo.”
Dr. Gardner: "Quando você dormiu na mesma cama houve qualquer contato físico?”
Jordan: "Não."

Gardner: "Era uma cama grande?”
Jordan: "Sim, eu penso que sim.”
Dr. Gardner: "Portanto, não houve contato físico. Quais foram seus pensamentos quando ele disse: vamos dormir na mesma cama? "
Jordan:”. Bem, eu estava com medo, e eu não acho que nada ia acontecer “
Dr. Gardner: "Você estava com medo dele ou com medo do filme?”
Jordan: "Do filme. Então eu disse, 'Ok, tudo bem. "Foi como uma festa do pijama regular.”
Dr. Gardner: “Ok, não há nada mais a dizer sobre esse evento?”
Jordan: "Apenas simplesmente que nós falamos sobre como eles tiveram a ideia de O Exorcista." Então, na manhã seguinte, eu estava com a minha mãe sozinha e... "
Dr. Gardner: "A sua mãe sabe que você tinha dormido na cama com ele?”
Jordan: "Bem, eu estou chegando lá. Eu disse, 'Eu dormi com Michael na mesma cama na noite passada, e ela disse: 'Bem, só não faça isso de novo.'
"
Dr. Gardner: "Será que ela falou com Michael?"

Jordan: "Bem, eu vou chegar lá. Então, quando eu disse a Michael a notícia do fato de que ela disse não faça isso de novo - não dormir na mesma cama - estávamos sozinhos, Michael e eu, e ele explodiu em lágrimas e disse: 'Ela pode montaram barricadas assim, "e" nada pode acontecer, é apenas uma festa do pijama e ' Não há nada de errado com isso. '”

Dr. Gardner: "Ele disse, nada vai acontecer, não há nada de errado com isso e é como uma festa do pijama?"

Jordan: "Certo. E assim, ele veio - não me lembro de se eu estava chorando ou não, mas ele decidiu que tinha que enfrentar a minha mãe com seus sentimentos sobre o que ela disse. O que ele me disse que ele disse, 'Não há nada errado com isso, você deve permitir, porque é simples e divertido, e você não deve criar barreiras. ’ E ele fez minha mãe se sentir tão culpada que ela simplesmente se desmanchou em lágrimas e decidiu que, tudo bem, eu acredito em você. E Michael de alguma forma a fez concordar que não haveria dúvidas frequentes. E assim a partir desse ponto eu estava na sua cama até o fim do nosso relacionamento.”

Pessoal, vamos deixar claro:

Na versão de June Chandler dos eventos que eles primeiro tiveram uma discussão com muito choro e, em seguida, Jordan foi finalmente autorizado a dormir no quarto de Michael. Quanto ao Exorcista, June Chandler diz que não sabe nada sobre isso, então vamos supor que eles o viram exatamente naquela noite muito depois que ela permitiu uma festa do pijama.

E na versão de Jordan Chandler primeiro viramz o exorcista, então sua mãe encontrou-o, desafiou Michael Jackson com suas perguntas, ele chorou por isso e foi depois disso que ela também chorou e "cedeu" à coisa toda.
Agora, graças ao leitor atento também temos notado que, na versão de choro antes de assistir ao Exorcista, Jordan estava supostamente presente na conversa chorosa, enquanto na versão de choro após o Exorcista Jordan não estava presente na conversa, Michael apenas o contou o que houve.

Bem, como você prefere ?

6) Outra discrepância interessante está relacionado com os chamados "30 dias seguidos", que Michael Jackson supostamente gastou na casa junho dos Chandlers.

Ray Chandler trovejou sobre isso:

Ray Chandler fala a Larry King em 25 de novembro de 2003: http://edition.cnn.com/TRANSCRIPTS/0311/25/lkl.00.html

CHANDLER: E um outro lugar, que eu acho que, você sabe, é muito importante entender que isso também ocorreu na casa do rapaz, onde ele estava vivendo com sua família, então. Michael dormia no quarto do menino por trás de portas fechadas por 30 noites seguidas. Trinta noites seguidas.

Mas isso não está correto. Apesar de June Chandler ter falado sobre "30 dias", ela foi bem clara sobre eles nunca terem acontecido em uma linha. Segundo ela, a estadia de Michael podia ser de uma semana ou duas de uma só vez:

P. Depois de voltar de Mônaco, Michael Jackson passaou noites em sua casa?
R. Sim.
Q. Foram as 30 noites que você descreveu depois de voltar de Mônaco?
R. Não.
P. Quantas noites depois de voltar de Mônaco você acha que Michael Jackson ficou em sua casa?
A. Oh, talvez uma ou duas semanas.

Deixe-me explicar essa coisa de Monaco - Jordan alegou, em sua declaração de 28 de dezembro de 1993, que foi em Mônaco que "as coisas saíram do controle" - o que era no início de maio (09 de maio de 1993). Até Diane Dimond, como um grande perito em Michael Jackson, também disse que "ele" começou em Mônaco.

No entanto, segundo June, os '30 dias 'não ocorreram depois de Monaco. Foram antes dele. O que significa que, mesmo de acordo com a Jordan ou Diane Dimond o período antes de Mônaco foi nada de especial no "relacionamento" entre Michael e Jordan.

Uma simples dedução de 30 dias a partir do início de maio nos leva ao início de Abril que é aproximadamente o momento chamado por June Chandler e Jordan como o momento em que Michael convidou-os para Las Vegas e onde Jordan supostamente se hospedou no quarto de Michael pela primeira vez.

Acabamos de ouvir de June Chandler que Michael passou 30 dias na casa dela depois de Las Vegas (final de março) e antes de Mônaco (09 de maio) com estadias consecutivas não sendo mais que "uma semana ou duas de cada vez". Este calendário apertado não os impediu de ficar (pelo menos durante a noite) em Neverland duas ou três vezes e também ir para a Disneylândia, na Flórida, em duas ocasiões, permanecendo lá por dois ou três dias de cada vez. Por favor, note que entre a Flórida e Mónaco cerca de duas ou três semanas decorreram de acordo com o testemunho de June, periodo dentro do qual, conforme June, ela viu Michael apenas “às vezes”.
Bem, não disse a você que era difícil compreender isto?

Eu não entendo também e ficaria muito grato se alguém pudesse me explicar como é possível apertar os 30 dias em questão, bem como inúmeros outros eventos (com todos os intervalos entre eles) para o máximo de 40 dias que se passaram entre Las Vegas (no final de março) e Monaco (no início de maio) - principalmente se você considerar que, além dos Chandlers Michael tinha outros assuntos para atender?

Por exemplo, Michael trabalhou em "Whatsupwithu" vídeo com Eddy Murphy naquele momento, o qual foi ao ar em 11 de abril, e atendeu algumas instituições educacionais do Centro-Sul no âmbito do programa Heal Los Angeles, em 26 de abril, e foi com Lisa-Maria Presley para um evento organizado por Jimmy Carter em Atlanta dentro do projeto mundial Heal the World, em 5 de maio.


Se você não acredita em mim, por favor, verifique se o testemunho de June Chandle sobre o mesmo cronograma:

P. Houve outras visitas a Neverland Valley Ranch, depois de voltar de Las Vegas?
R. Sim, houve.
P. Você se lembra de quantas ocasiões?
Resposta: Eu diria duas ou três vezes.
P. Agora, houve ocasiões depois de voltar de Las Vegas - deixe-me - onde o Sr. Jackson realmente foi convidado a permanecer em sua residência onde você vivia naquele momento?
R. Sim.
P. Agora, em qual cidade você vivia naquele momento?
R. Santa Monica.
P. Nós estamos falando de 1993, na primavera, certo?

R. Correto.

P. E durante este tempo, o Sr. Jackson alguma vez passou a noite em sua residência?
R. Sim, ele passou.
P: E você se lembra de quantas vezes o senhor Jackson passou a noite em sua residência?
R: Eu diria mais de 30 vezes.
P. E foram algumas dessas ocasiões em dias consecutivos ou noites?
R. Sim.
P. E quanto tempo consecutivamente você acha que aconteceu?
A. Oh. Pode ser uma semana ou duas de cada vez.
P. E quando você foi para a Disney World com o Sr. Jackson, quem mais foi com você?
R. Jordan e Lily.
P. Você se se lembra de onde você ficou?
R. Lembro. O Grand Floridian foi um hotel.

P: E durante o tempo que - você se lembra de quantos dias - você foi lá em mais de uma ocasião?
R. Sim, nós fomos.
P. Quantas vezes?
R. Duas vezes.

P. Você - Eu acho que você respondeu isso, mas apenas no caso, quantos dias você acha que ficou na Flórida?
R. Oh, eu realmente não lembro, mas foi provavelmente mais do que duas noites. Duas, três noites.
P. E depois que você voltou da Florida, você se lembra de onde você foi?
A. Depois disso, eu acho que a próxima viagem foi para Mônaco.
P. Entre o tempo que você foi para a Flórida e para Mónaco, você se lembra de onde você estava - onde ficaram pessoalmente?
R. Não. Eu acho que em casa.
P. Você se lembra de quanto tempo decorreu entre as duas viagens?
R. Não, não mesmo.
P. Foi mais de um mês, mais de uma semana? Obviamente, era mais do que um ou dois dias.
R. Sim. Era um par - poderia ser de três semanas.
P. E durante esse tempo quando você voltou da Flórida até o momento que você partiu para Mônaco, você estava com o Sr. Jackson?
R
. Às vezes.

7) O parte acima é notavelmente inconsistente também pelo convite de June Chandler a Michael para ficar em sua casa logo após a visita a Las Vegas.

"O senhor Jackson realmente foi convidado a permanecer em sua residência."


O que me impressionou sobre esta declaração foi a forma passiva como June Chandler a confirmou. Mas como você pode ser convidado para a casa de alguém, se o dono da casa não o convida? Não foi outro senão June Chandler quem convidou Michael para a sua casa imediatamente após Las Vegas – o que foi exatamente depois do confuso episódio Exorcista / du Soleil, que supostamente apreocupou e fez com que ela chorasse?


Recentemente eu encontrei outra prova de que toda a conversa sobre Michael Jackson ser o iniciador de passar tempo com Jordan Chandler foi uma completa invenção. Surpreendentemente, a descoberta foi feita no lugar menos adequado para ela - num dos artigos escritos por Maureen Orth.


Ela diz que:

Pellicano não fica incomodado por admitir que Jackson dormiu com Jamie em casa de Jamie, pelo menos, 30 dias seguidos, também. "Eles convidaram Michael para ficar lá. Michael não caiu na casa deles. Ele não disse, ‘Eu quero ficar aqui.’ Eles queriam que ele ficasse lá."

De acordo com Pellicano, não havia motivo para alarme em Jackson ter um amigo como Jamie. "Se Michael não tem preferência sexual de uma forma ou de outra, homem ou mulher, ao meu conhecimento, e os pais das crianças estão permitindo isso, você tem de olhar para ele, no contexto, especialmente no rancho. Eles saem e eles jogam e eles vão nos passeios e eles têm lutas de água e fazem todas essas coisas. E então eles meio que caem no sono. Agora, Michael está sempre totalmente vestido." Mesmo na casa de Jamie? "Quando [Jamie] foi para a cama, ele tinha pijamas e Michael estava usando pijamas também. Michael vai para a cama com o seu chapéu. Estou falando sério.
"

Quanto ao chapéu eu posso facilmente acreditar nas palavras de Pellicano - Michael foi associar-se com Jordan Chandler exatamente após a primeira perna da turnê Dangerous sobre a qual sabemos (de Karen Faye) que Michael foi para lá com seu couro cabeludo ainda não curado.

Então, ir para a cama com um chapéu era uma coisa muito natural para fazer, considerando que Michael ainda tinha uma cicatriz e um local semi-curado queimado lá. Não há necessidade de rir, eu estou falando sério, pessoal.

8) Ok, e a última interessante discrepãncia - ou melhor, uma omissão notável - é conectada com a descrição que Jordan Chandler fez da genitália de Michael.

A descrição inicial foi amplamente divulgada na imprensa e foi originalmente encontrada na primeira entrevista de Jordan com Débora Linden, assistente do xerife - no entanto, estava completamente ausente na declaração que ele fez com Larry Feldman, vários meses depois.

Alguma vez você já se perguntou por que aquela mancha branca  “que era a cor do seu rosto" e "pênis circuncidado", descrito por Jordan em setembro de 1993, desapareceu de sua história até o final de dezembro de 1993, quando Jordan deu a sua conta do alegado abuso sexual de novo?

O que aconteceu entre essas duas declarações que contribuíram para a omissão notável de tão crucial evidência?
Sim, sim, você está certo – foi a busca corporal suportada por Michael Jackson que não apoiou a história inicial da Jordan e que fez a mídia, a promotoria, Jordan Chandler e seu advogado, Larry Feldman, conjuntamente esquecerrem, em dezembro de 1993, as palavras ditas em setembro do mesmo ano por Jordan.


(Lembrando que a descrição estava errada, o que foi provado com as fotos tiradas de Michael, e isso levou Feldman a pedir que tais fotos fossem desentranhadas do processo.)
Foi apenas doze anos mais tarde (em 2005) que a descrição iria ressurgir na declaração de Tom Sneddon, mas desta vez ele viria em uma versão totalmente alterada - agora ele não quis falar da "mancha branca, da cor do seu rosto", mas citaria algum ponto indefinido escuro encontrado no “local relativamente igual", sem mencionar a questão da circuncisão, absolutamente.

Isto é o que Tom Sneddon considera “combinar”.

Devamını oku...

Transcrição das Reportagens de Mtt Drudge

Transcrição da defesa veemente de Michael, em 2005, por Matt Drudge, parte 1 de 3
8 de Agosto de 2011
Por: lcpledwards
Traduzido por Ellen
Algumas semanas atrás eu postei um artigo que refutou o comentarista conservador Andrew Breitbart de sua noção ridícula de que a mídia "liberal" afagou Michael Jackson durante sua vida, e que os "reais" conservadores não gostavam ou apoiavam Michael Jackson. Uma das melhores peças de evidência para apoiar a minha réplica, foi o apoio esmagador dado a MJ por Matt Drudge, o mentor do comentarista conservador Breitbart!  Que ironia!
Nesse post, eu incluí alguns clipes de quatro episódios de seu então programa semanal de rádio, mas nessa postagem incluí a transcrição completa e analisada para cada episódio. Você irá pular de seu assento e saltar para trás quando ouvir a totalidade do que Drudge tinha a dizer!
The Matt Drudge Show: 27 de Fevereiro de 2005
Em 27 de fevereiro de 2005 o episódio começa no inicio, e em 6 de março de 2005 o episódio começa em 5:34:
Há um pedaço de uma história que sai amanhã, no 1 º dia do julgamento de Michael Jackson, e antes de você rolar seus olhos1, eles podem colocar esse cara preso para o resto de sua vida, e eu sei que é engraçado, que é inteligente, sei que gostamos de pendurar nossos malucos bem na praça da cidade, mas e se isso acabar se tornando um caso falso, nós estaremos fazendo um linchamento público! 2  O que aconteceria se este caso se tornar completamente falso? Completamente! Então o que você faria ao procurador? O que você faria a todos esses repórteres? Estes Diane Dimonds? O que você faria com eles? Se eles têm empurrado falsas informações lá fora a tal ponto, e para manchar de tal maneira, que nós pegaremos o caso desmoronando.  Mas há uma interessante história chegando em breve do Smoking Gun, e você sabe que eles estão com dificuldades, foram liberando todos esses documentos. Não há nenhum documento que eles não tenham visto. Irão alegar de manhã, o que tenho dito, de que o acusador de 15 anos de idade, alega que ele sabe mais sobre sexo do que Michael Jackson sabe!
Ele disse aos detetives que sabia mais sobre sexo do que Michael Jackson. Eu não sei como chegou a esse ponto. Nós não sabemos mesmo o suposto nome dele, certo? Eu recebi a nota aqui no Clear Channel? Que nós não sabemos o suposto nome dele? OK, vamos ser bons. Vou chamá-lo de relatório Drudge, eu não tenho vergonha! Se você tem coragem suficiente para ir lá e começar a apontar o dedo, e poder dizer: "Bem Drudge, não é justo", tudo bem, já foi mostrado uma imagem da mãe, que agora se chama "Janet Jackson", porque se casou com um cara chamado Jackson, que já mostraram seu rosto, e esse menino já deu esta entrevista a Bashir para a ABC, que foi transmitida no Channel 4 na Grã-Bretanha e na ABC aqui, e quantas vezes Bashir mostrou o clipe? Bashir deve ir para a cama recitando letras de Michael Jackson. Este Bashir vai ser a primeira testemunha de Sneddon com a abertura desses argumentos amanhã. Mas acontece que este inocente cordeiro disse aos detetives que ele sabia mais sobre sexo do que Michael Jackson sabia! Esta avaliação surpreendente do menino, que agora tem 15 anos, veio durante uma entrevista de janeiro de 2004 com xerifes de Santa Barbara, e eles gravaram. O menino, que tinha 13 na época, e que alegou abuso sexual, respondeu que "Michael sempre tentar me dar conselhos sobre os pássaros e as abelhas, mas ele não sabia muito. Eu sabia mais do que ele. " 3 Pelo menos é isso que a alegação é. (Neste ponto, Drudge começa a rir de si mesmo.)
Oh, aquele depoimento vai ser bonito. Aquele depoimento vai ser algo mais. E para crédito do juiz, o julgamento será feito por esse inocente cordeiro de 15 anos de idade, que irá para o tribunal e testemunhará diante de todos.  E não é em algum quarto com uma pequena câmera, Sneddon, mas na frente do tribunal, em frente ao júri, na frente de Michael Jackson, ele mesmo! Se você vai colocar esse cara preso para o resto de sua vida, você que está acusando necessita ter que encará-lo. E isso é exatamente o que o juiz ordenou aqui. 4 A seguir  a reconstituição do E! Channel para você. Eles fizeram uma seleção de elenco para isso? Talvez Corey Feldman pudesse jogar com o garoto de 15 anos abusado. Corey precisa de trabalho certo? Ridículo, essa coisa toda. Bem, começa amanhã, a cortina se abre com o 1 º dia do circo da corte, abrindo os argumentos, e eles realmente estão indo depois dessa mãe dizer que não houve abuso e como ela disse que houve abuso nos documentos do tribunal, seu divórcio e assim por diante e sobre toda a coisa do furto da loja JC Penney, e eles tocaram nela e não tocaram nela ,oh, isso é louco. 5
Mas os promotores dizem "Bem, o que isso tem a ver com o menino sendo molestado por Michael Jackson? Você pode dizer o que quiser sobre a mãe, ou o irmão, ou o irmão da mãe, ou a irmã, ou as contas bancárias, ou o câncer, ou o ponto de interrogação.” Eu entregarei isso a Mesereau, o advogado de Michael Jackson, que vai chegar lá e pedir a contagem de células sanguíneas do menino! Vai ficar desagradável! Eu acho que há uma linha tênue, e você não pode desligar o júri demais. Talvez eles não façam nada. Talvez deixem Sneddon continuar com sua cara de pateta. Óculos pendurados fora de sua cabeça. Louco. 6 Vai ser divertido de assistir. Assim, como no The Smoking Gun, em uma entrevista com o garoto, que diz que sabe mais sobre sexo do que Michael Jackson sabe! Como pode isso! Eu não sei como eles nunca chegaram a esse ponto. Isso é muito curioso. Você coloca aqui, você coloca lá, e você faz isso, e você faz aquilo, os pássaros e as abelhas, lá em cima em Neverland.

Fonte: vidicatingmj@wordpress
Devamını oku...

, ,


Em Defesa de Michael Jackson


 Escrito por Josephine Zonhy
 Traduzido por Daniela Ferreira

 Eu sou um fã de Michael Jackson. Não tenho dúvidas sobre isso. Eu amo sua música, eu amo a dança. Inferno, eu amo até mesmo aquelas caneleiras douradas brilhantes que ele tanto usa em ocasiões especiais. Mas eu sou um fã jovem, no momento que eu soube quem Michael Michael Jackson era, o final dos anos oitenta. Ele já tinha sido ataxado com bizarro pela imprensa mundial, portanto virtualmente nada que se passou com ele, desde então, me chocou.

Um monte de pessoas nascidas nos anos 80 cresceu abraçando aquele Michael Jackson, aquele que passou a ser sinônimo de praticamente tudo estigmatizante e lúgubre. Estranho, porém, que Michael Jackson era aceitável, pelo menos, até as acusações de abuso sexual infantil começar a sair.

Quando o primeiro escândalo quebrou, ele deu às pessoas uma razão legítima para não gostar de Michael Jackson, um pouco mais consistente que estranheza. Deu uma desculpa para questionar o seu talento inquestionável, uma vez, mas é um pouco ridículo pensar que um imenso talento como o dele iria convenientemente deixar de existir exatamente quando a opinião pública mudou. 

O caso em 1993, pelo quak foi processado, mas nunca acusado de abusar sexualmente de-um menino de 13 anos de idade, aparentemente, deu ao público permissão para vê-lo menos como um ser humano e mais como um lemingue, que eles adorariam ver se atirar de um penhasco.

Detratores de Michael Jackson dizem que ele trouxe esse escárnio sobre si mesmo, mas foi a mídia que escolheu deixar as alegações definerem Michael Jackson, e não seu trabalho. Michael Jackson não se tornou irrelevante musicalmente, de repente, quando acusado. 

As críticas foram imediatas. Ele "roubou" o catálogo de Paul McCartney. Ele profanou as preciosas músicas dos Beatles ao licenciá-las para comerciais. Por esta altura, o epíteto de "Wacko Jacko" surgiu. Houve as mesmas críticas em relação a Sir Paul, quando ele comprou os direitos de publicação de música de outros artistas? Não, ele foi elogiado por sua visão de negócios. Mas a compra de Michael Jackson do catálogo ATV marcou uma das primeiras vezes que uma pessoa negra (desde que o próprio mentor de Jackson, Berry Gordy da Motown) tornou-se uma força a ser reconhecida na indústria da música e, consequentemente, no mundo dos negócios. 

E, de fato, o catálogo continua a ser o cerne de muita especulação, com os detratores esperançosos a construir estórias elaboradas de Jackson à beira da falência, a perda do catálogo precioso como iminente: Ele emprestou 200 milhões dólares de um príncipe saudita para saldar suas dívidas. Ele vai perder o catálogo. Não, espere, ele emprestou os US $ 200 milhões da Sony. Espere! Eles estão negando isso? Bem, então, ele pegou emprestado da Bank of America. Qualquer dia, eu juro para você, ele vai perder o catálogo. Fontes? Claro que tenho minhas fontes. Primos do tio do segundo marido da ex-empregada do vizinho de Jackson me disse isso.

Bem, já se passou 18 anos e Jackson ainda possui o catálogo e ainda esta especulação infundada persiste. McCartney enfrenta a mesma especulação, embora os catálogos que ele possui incluam o trabalho de muitos artistas negros? Claro que não. McCartney vive luxuosamente sem uma sobrancelha levantada ou um risinho sarcástico sobre a sua habilidade financeira. Mas porque Michael Jackson comprou os Beatles, ele tem todos os Josés-sarcasmo em seus apartamentos ávidos pela ruina financeira dele.

Por que esta diferença de tratamento em relação aos dois artistas? Indiscutivelmente, a raça entra em jogo. Jackson foi acusado de jogar a carta da raça durante esta situação atual, bem como durante a sua muito pública briga com ex-presidente da Sony Music, Tommy Mottola.

Pode-se argumentar que aqueles que investigam as práticas financeiras de Jackson, mais que aqueles comparáveis brancos, sente a necessidade de minar essa defesa particular. Especialistas e comentaristas da mídia de todo o mundo, desde as senhoras do The View a Bill O'Reilly à Rolling Stone, "voz de todas as coisas negras", Toure, tentou tira-lo de suas realizações profissionais, e agora eles estão tentando despi-lo de sua raça. (embora reconhecidamente "Homem Negro" esteja agora escrito com destaque na, agora famosa, ficha policial dele).

Se a mídia faz escárnio dizendo que Jackson não enfrenta nenhum componente racial, alguém poderia esperar que ele ainda ganhasse a sua crítica vinda da mídia mundial, mais ou menos como o outro suposto pedófilo Roman Polanski foi capaz de fazer. 

Se não fosse sobre a raça, a fiança de Michael Jackson não teria sido definida em US $ 3 milhões, enquanto o assassino acusado de Phil Spector teve a fiança fixada em uma quantia comparativamente insignificante de US $ 1 milhão. Apologistas do Condado de Santa Barbara argumentam que a fiança foi fixada de acordo com a riqueza de Jackson, para assegurar que uma proporção significativa de seu dinheiro estaria em risco se ele saísse da cidade. Mas, espere ele não estava à beira da falência? Componham suas mentes, já!

Nota da tradutora: A Constituição Americana proíbe que a fiança seja fixada tendo em vista o patrimônio do réu. Uma moção foi apresentada pelos advogados de Michael alegando inconstitucionalidade e pedindo restituição do valor excedente. Mas o juiz Melville manteve a fiança em 3 milhões, embora tenha declarado na fundamentação de sua decisão que a reconhecia inconstitucional, sob o argumento de que Michael Jackson pagou sem reclamar e que isso demonstrava que ele não teve dificuldade em fazê-lo e que a fortuna dele era muito extensa, por isso, 3 milhões não eram problema para ele. Ou seja, ele usou o argumento que levou a inconstitucionalidade, como forma de desculpá-la!

O fato é que a pessoa de Michael Jackson será sempre intrinsecamente ligada aos sentimentos da América sobre raça: na melhor das hipóteses, a transcendência daltônica, na pior das hipóteses, auto-aversão.

Porque Jackson tem sido uma estrela desde a infância, a sociedade parece acreditar que o possuem, e quando ele excedeu os limites do que a sociedade achava que ele deveria ser em termos de poder, eles sentiram que era seu dever podá-lo. O homem que integrou a MTV era amado quando ele apenas cantava e dançava como a sociedade queria que ele fizesse, quando ele não representava nenhuma ameaça, quando ele se parecia como qualquer homem negro inofensivo “deveria” parecer.

Em 1993, Michael Jackson foi sem dúvida a maior estrela internacional do mundo, atingindo pessoas de todas as cores e credos, esmagando os recordes de vendas por todos os lados, em nível global com sua turnê de enorme sucesso Dangerous e sua entrevista televisionada de recorde internacional com Oprah Winfrey e seu esforço filantrópico, a Fundação Heal the World. Mas ele também estava muito diferente de como ele era quando o adorado álbum Thriller saiu e ele acabara de assinar seu contrato de quase um bilhão de dólares com a Sony.

E, em seguida, as alegações de abuso sexual surgiram pela primeira vez. Mas é a solidão estranha demonstrada em "Stranger in Moscow" (de 1995 do álbum HIStory) menos bonita por que ela veio depois que as alegações em vieram? As intrinsecamente orquestradas minor-cords e linha lider de ritmo em "Who Is It" ( de 1991, Dangerous) não atraente e angustiante, por que a música foi gravada após a "descida à loucura?" A delícia funk de "Rock You My World "( Invincible, 2001) perdeu-se por que o Michael que a cantou carregava apenas uma ligeira semelhança física com o homem na capa de Thriller? Eu, por exemplo, não compro essa ideia, mas a maioria do público, aparentemente sim, uma vez que todos os esforços musicais de Michael Jackson parecem ser cada vez mais ridicularizados, independentemente do mérito. 

Pode ser que a ideia de um homem negro, especialmente aquele que se recusa a obedecer a praticamente qualquer normas sociais e expectativas, tenha um efeito tão profundo é profundamente assustador para alguns.

Em sua canção de 1997, "Is It Scary" Jackson promete "Se você quiser ver esquisitices excêntricas, eu vou ser grotesco diante de seus olhos" e de fato, nessa linha simples Jackson fez um comentário social importante, em termos de percepção pública, ele é o que as pessoas querem que ele seja.

Talvez inconscientemente, as excentricidades de Michael Jackson foram uma forma de dizer "f - você" para aqueles que ele sentia que estavam encaixotando-o, para aquilo que a sociedade educada considerava aceitável para um homem negro.

Mas em destruir as restrições colocadas sobre ele, esses desvios da norma, seus empreendimentos empresariais, a sua transformação com cirurgia plástica, seus casamentos com filhas de famosos ícones pop falecidos, também criou a atmofera propícia para alguém acreditar em qualquer coisa sobre ele.

Isso, por sua vez, permitiu as alegações de abuso sexual infantil (ambos, as passadas e presentes) para servir tão prontamente como munição para destruir a dinastia que ele começou a criar, quando ele era apenas um garotinho, em Gary, Indiana.

Agora, após uma acusação do júri, Michael Jackson prepara-se para ser julgado de várias acusações de abuso sexual infantil, a administração de um agente intoxicante, e conspiração. Começa um processo no qual o mundo inteiro vai descobrir mais sobre Michael Jackson do que jamais pensei que seria e isso trará muitas surpresas, eu suspeito, independentemente de suas opiniões atuais sobre ele. Se o nosso sistema de jurisprudência é eficaz, então e só então, qualquer um de nós saberá esta verdade particular sobre Michael Jackson.

Mas outras verdades permanecerão intocadas. Nesse meio tempo, eu não vou jogar fora a minha cópias de Dangerous e HIStory, e eu não vou esquecer tudo o que Michael Jackson tem significado para tantas pessoas, não só em termos de seu enorme talento, mas também a sua capacidade de dar de si mesmo para ajudar os outros com sua igualmente enorme riqueza e as barreiras raciais que ele rompeu no entretenimento e nos negócios mundiais. Não importa o resultado de sua viagem através do sistema judicial e apesar do que muitos nos querem fazer crer, ele sempre foi e sempre será mais do que apenas essas acusações.

Fonte: http://www.popmatters.com/pm/feature/050209-michaeljackson


Devamını oku...

, ,

O Sonho Americano tem que morrer com Michael Jackson?


Traduzido por Caroline MJ para o blog The Untold Side of the Story. Se reproduzir, colocar créditos.

- O público americano exige jornalismo honesto -
Por Forbes Everett Landis

Você acha que é uma boa ideia ficar em silêncio sobre os ataques contra um dos empreendedores de maior visibilidade do Sonho Americano? Não estamos privando o futuro de nossas crianças nas mãos de bullies? Não é hora de falarmos sobre o estrago que o jornalismo oportunista tem feito à nossa cultura? --

Ano passado, as notícias sobre a morte prematura do super astro do Pop Michael Jackson chocaram o mundo. Por ser um fã de música clássica, não um conhecedor de música pop de nenhuma de suas estrelas, a morte de Jackson não evocou nenhuma emoção em particular em mim. Simplesmente, deixei pra lá.

Mas conforme os dias se passavam, e eu passivamente ficava de molho em mais e mais notícias sobre a morte de Jackson, comecei a me sentir cada vez mais desconfortável. Um homem tinha falecido: Que necessidade tinha a mídia mostrar de maneira tão ansiosa imagens humilhantes de como Jackson estaria em seu leito de morte? Eu estava instigado a investigar o caso mais minuciosamente.

Depois de um ano, mesmo não sendo eu um fã de Michael Jackson, em uma inspeção mais próxima, passei a admirar sua grande escala de contribuições e mensagens humanitárias adotadas em músicas dele. E apesar de minha visão cética até aqui de comentários frenéticos feitos pelos seguidores hardcore de Jackson, sinto a necessidade de dizer isso:
Para manter o Sonho Americano vivo para nossas crianças, devemos parar de abusar dos nossos espíritos talentosos e criativos por causa de inveja e falta de entendimento.

Jackson teve que lidar com a mídia condenando-o como um estranho, esquisito, e até rotulando-o como bizarro, tanto figurativamente como literalmente. Minha opinião sobre isso é clara: Apesar de, às vezes, a olhos individuais, Jackson possa ter parecido "diferente", metade dessa excentricidade era devido ao fato de que ele nasceu para ser um artista inevitavelmente diferente dos outros por causa de sua natureza imaginativa e criativa, e a outra metade era porque ele era forçado a ser tão não-convencional por um grau de pressão da mídia e da fama que poucos, se é que alguém vivenciou. Ser diferente dos outros não é a mesma coisa que ser prejudicial aos outros. Desde que a pessoa não viole os direitos humanos dos outros, ela tem o direito de ser ela mesma. Em uma sociedade que prioriza direitos humanos e liberdade, não encontro justificativa para ataques dolorosos a pessoas que são consideradas "diferentes". Esses tipos de ataques são especialmente sórdidos quando envolvem a difusão de rumores intencionalmente falsos para ganho financeiro. Depois que Jackson foi declarado inocente das acusações relacionadas a um menor, em 2005, alguns jornalistas, como Aphrodite Jones, deram um passo à frente para confessar que a maior parte da mídia intencionalmente colocava a objetividade de lado na cobertura do caso Michael Jackson, fragmentando os fatos divulgados no tribunal e apresentando apenas relatos anti-Jackson.

A raça humana frequentemente deve seu progresso artístico ou científico aos "esquisitos" e aos "excêntricos". Vamos considerar, por exemplo, Galileu Galilei, que foi acusado por discutir abertamente a teoria de Copérnico, um conceito visto como pecaminoso e inteiramente condenado naquela época. Mais tarde, claro, essa teoria acabou se tornando o padrão aceito do entendimento científico do universo. Também devemos parar e considerar quão traidora a ideia de democracia já foi, e quão perigosa a aristocracia a achava. Mais tarde, a democracia se tornou filosofia política predominante. Também podemos lembrar que o conceito de igualdade entre homens e mulheres, diferentes etnias, ou religiões diferentes era ridicularizado quando surgiu. Se ela não tivesse pensado de maneira diferente dos outros, teria Madre Teresa viajado para as favelas da Índia e arriscado sua vida pela humanidade?

Mantendo a história dessas histórias e pessoas excepcionais em mente, posso quase garantir que se alguém tivesse matado todos os "bizarros" dentre nossos ancestrais australopitecíneos há 3.5 milhões de anos, nossa espécie talvez não tivesse chegado ao século XXI. Poderíamos muito bem ter continuado como uma espécie bem mais primitiva, uma que não usasse o fogo e a roda, sem falar de uma orquestra, ou democracia, ou computadores. Não é, afinal, a diversidade que permite a evolução?

Em outras palavras, "esquisitice" é, às vezes, o resultado inevitável de uma capacidade imaginativa excepcional que não vê fronteiras na busca por todas as possibilidades criativas. Já que tais indivíduos não nos causam danos, devemos deixá-los em paz. É nosso dever sermos respeitosos com aqueles que são diferentes não apenas porque todo ser humano tem o direito à liberdade, mas também porque diversidade é a raiz da sobrevivência humana; diversidade ou "diferença" é que permite novos modos de ver as coisas e, de fato, que ocorram inovação e progresso.

Para aqueles que acham que a voz falada de Jackson é peculiar, eu diria que não vejo importância nisso. A voz falada não pode ser desconectada da voz cantada que tantos enaltecem. Também pode ser de grande ajuda considerar essa informação para que se amplie o entendimento do contexto global: há países em que as pessoas respeitam aqueles que falam suavemente, de maneira calma e não agressiva. O padrão americano, onde uma voz alta é aparentemente necessária para firmeza, não é o único padrão no mundo. Para aqueles que criticam o Rei do Pop por comprar Neverland, apresento a seguinte pergunta: Você teria sobrevivido sem comprar uma propriedade residencial do tamanho de Neverland se, na realidade, você nunca pudesse explorar nenhum lugar sozinho, sem que fosse cercado por uma mídia subsequente e por um frenesi público cada vez que desse um passo pra fora da porta? Uma residência enorme com um jardim imenso pode ter sido o único jeito possível pra que esse mega-astro global pudesse relaxar e aproveitar um pouco de ar fresco sem a intrusão constante do público. Em conversas como a que teve com a ativista pelo bem-estar animal Drª Jane Goodall, ele falou sobre seu amor e preocupação com os animais e com a natureza, pelos quais ele gostava de estar rodeado em seu retiro pessoal. Afinal, Jackson ganhava seu dinheiro através de seu incrível trabalho duro e de sua ética no trabalho perfeccionista. À luz de seu recorde no Guinness por ajudar nada menos que 39 instituições de caridade, deve ser muito hipócrita criticar seus gastos. Vale a pena notar que Jackson regularmente doava sua parte nos lucros dos shows para caridade, e durante sua carreira, ele doou mais de 300 milhões de dólares a esforços filantrópicos.                                           
                                                                                  Rascunho de "Innocent Man"
(Unrealized) by Michael Jackson

Tendo demonstrado que não há nada inerentemente errado com viver de maneira não convencional, a questão se vira para se Jackson já causou danos a alguém com seu comportamento. Aqui, discutirei alegações contra ele relacionadas a crianças.

Ao discutir as duas ocasiões de alegações que Jackson enfrentou, gostaria de focar minha atenção principalmente no caso de 1993, já que as acusações mais recentes (2003-2005) terminaram com Jackson sendo totalmente inocentado em todas, sendo a extrema baixa credibilidade da mãe do acusador um dos fatores nessa defesa. Em outras palavras, Jackson foi considerado inocente, então creio que devemos excluir esse caso.

Considerando que as leis da maioria dos estados dos EUA dão o direito de processar qualquer um sem que se seja processado de volta apenas em retribuição ao processo de alguém, ser processado é algo relativamente fácil. Portanto, a extorsão de pessoas populares e ricas é uma manobra cada vez mais atraente para aqueles que procuram dinheiro fácil. Dinheiro fácil e rápido pode ter sido uma vez preço pessoal, tendo esse saído da comunidade de alguém. Mas, com as cidades crescendo e se tornando mais impessoais, a importância da reputação local do indivíduo está encolhendo, resultando em mais espaço para roubalheira. Para algumas mentes travessas, o risco de exposição como chantagista talvez pareça pouco quando comparado com os enormes benefícios financeiros potenciais de uma fraude. Como resultado, um milionário, especialmente aqueles cujo valor profissional é enormemente amplificado pela fama, está mais vulnerável do que nunca. De acordo com o National Center For Child Abuse And Neglect, em 1998, 71% dos relatos de abuso eram falsos e infundados. A taxa de falsas acusações aumenta em mais de 90% quando uma batalha de custódia e dinheiro está envolvida (assim como era o caso entre os pais do acusador das alegações de 1993 contra Jackson, que era amigo da mãe da criança). No caso de 1993, as acusações nunca foram a julgamento, mas foram resolvidas fora do tribunal.

O relatório ilustra que o pai do acusador com problemas financeiros tinha se aproximado de representantes de Jackson anteriormente com um pedido monetário bem antes de processá-lo por suposto abuso sexual, demonstrando que ele teria não aberto um processo em troca de dinheiro. Algum pai que se importasse de verdade com justiça e com o bem-estar de sues filhos faria esse acordo?

Como evidência para minha posição, apresento a conversa telefônica gravada, em que se ouve o pai do acusador dizer que tudo está indo "de acordo com um certo plano," que ele iria "se dar bem" e que Jackson estaria "arruinado para sempre"... se ele não conseguisse o que queria. Na mesma conversa, ao ser perguntado como isso afetaria seu filho, o pai respondeu: "Isso é irrelevante para mim..." Isso soa mais como as palavras de um mercenário do que as de um pai preocupado com justiça para seu filho.

Geraldine Hughes, que trabalhou no gabinete da promotoria no caso de 1993 contra Jackson, revela o que realmente aconteceu nos bastidores, com todos os detalhes que a mídia fracassou em admitir e relatar, sobre como o pai do garoto muito antes havia ido até Jackson exigindo 20 milhões de dólares para um contrato de filme, do contrário, ele faria alegações de abuso. Quando Jackson negou-se, o pai do menino não foi à polícia, mas sim para um advogado civil e as alegações, não muito tempo depois, vazaram para a mídia. Foi apenas depois da cobertura da história estourar que Jackson foi fortemente aconselhado por seus advogados a fazer um acordo no processo civil e o assentamento foi pago pelo seguro da carreira do cantor. As preocupações que levaram a esse conselho para estabelecer um acordo foi a violação do direito de Jackson na Quinta Emenda de não depor contra si mesmo em um caso criminal, o estrago que uma implacável cobertura unilateral da mídia sobre as acusações estava causando à sua reputação e carreira, sua saúde rapidamente em declínio devido ao estresse durante o período, e a potencial parcialidade do júri. Também se deve notar que estatísticas mostram que cerca de 95% dos processos civis terminam em acordos fora do tribunal e, de maneira pertinente, acordos civis não podem ser interpretados como admissão de culpa.

Depois do assentamento do processo civil, Jackson estava preparado para lutar no corte criminal. Em qualquer situação, um caso criminal não pode ser resolvido fora do tribunal. Depois que o acordo foi acertado, entretanto, nenhuma acusação criminal foi aberta pelo pai do garoto, e o garoto de 13 anos no centro das alegações negou-se a testemunhar em um caso criminal. Deve-se enfatizar que Jackson nunca foi indiciado mesmo depois de uma investigação intensiva de 13 meses, incluindo interrogatórios de mais de 400 testemunhas de dentro e de fora do país, uma extensiva busca em suas propriedades residenciais, e até uma revista corporal completa de 25 minutos. Dois Grandes Júris negaram-se a acusar o cantor por falta de provas, e, nos 6 anos antes de a prescrição penal expirar, nenhuma acusação criminal foi aberta.

O FBI, que investigou o cantor durante as acusações de 1993 e 2003, também não encontrou nenhuma evidência contra ele, como foi revelado quando o arquivo do FBI de Jackson veio a público depois de sua morte.

Julgamento pela mídia
Tendo discutido a má caracterização de Jackson como o que as pessoas podem dispensar como "esquisito", e tendo deixado clara a falsidade das alegações feitas contra Jackson, acusações que a meu ver parecem suspeitosamente extorsivas, como destacado acima. Agora, eu gostaria de considerar a conduta moral de Jackson com referência à caricatura dele apresentada:


No que se trata de integridade, o estilo de vida e os feitos de Jackson, exceto as histórias fabricadas pela mídia, mantiveram-se inocentes e apropriados. Na verdade, sua decência o fez parecer quase antiquado, mesmo quando era jovem, quando comparado ao deleite de muitos artistas ao sexo, álcool ou drogas. Em entrevistas, Jackson demonstrava que achava extremamente inapropriado comentar publicamente sua vida sexual. Isso me revela como um exemplo de sua dignidade e modéstia. Entretanto, essa reserva pode ter, ironicamente, alimentado mais especulações sem base sobre a orientação sexual de Jackson. Quero perguntar: será que questionar publicamente a vida sexual de alguém não é muito mais inapropriado do que a escolha dessa pessoa de silenciar-se, como desejo de privacidade quanto a isso? O fato de Jackson não ter se envolvido em uma multidão de escândalos sexuais com mulheres, um fato que normalmente deveria atrair respeito, parece injustamente ter sido justificativa para que a mídia criasse uma doença para Jackson. Vai além do ridículo usar a falta de lascívia e escândalos como sendo ela própria escandalosa e suspeita.

Pessoas que conheciam o artista comentaram que era raro ver Jackson falar palavrões, especialmente quando era mais novo. Apenas depois de sofrer inúmeras campanhas de ódio baseadas em falsidades, ele inseriu uma quantia bem pequena de obscenidade em suas músicas como resposta a um mundo que o havia traído tão profundamente. Ainda assim, seu uso de obscenidade ficava longe de ataques mordazes, mas vinham mais como expressão artística de uma angústia profunda em músicas que descreviam sua frustração com a situação. Por exemplo, músicas como "Scream" ou "Tabloid Junkie", ambas do álbum HIStory. Alguns versos de "Tabloid Junkie" são assim:

"É calúnia com as palavras que você usa

...Assassinar e mutilar
Como a mídia perseguidora em histeria

...Você diz que não é pecado
Mas com sua caneta tortura homens
Então por que ficamos nos enganando

Só porque você lê em uma revista
Ou vê na tela da TV
Não tome como verdade..."

Jackson também enfrentou muitas acusações relativas à sua aparência e tom de pele mudado. Mas, virando pelo outro lado, o que isso poderia sugerir sobre aqueles que tanto examinaram a aparência dele? O que isso diz sobre suas próprias propensões e preconceitos? E quanto às pessoas que alegavam saber detalhes sobre cada procedimento cirúrgico pelos quais Jackson supostamente passou, chamando-o de aberração sem sequer tê-lo visto pessoalmente? Ou aqueles que se recusaram a admitir a doença destruidora de pigmentos, Vitiligo, da qual ele era um portador?

Depois das acusações de 2003, a mídia repetidamente exibiu fotos de Jackson parecendo esgotado sem falar sobre seu bem-estar, mas aparentemente apenas para zombar dele. Enquanto Jackson começava a parecer bem abatido durante o julgamento, pegar a aparência física cansada de alguém como evidência direta de anormalidade interna não apenas revela nossa própria superficialidade? Talvez, apenas talvez, qualquer um teria ficado igualmente fatigado se tivesse sofrido a angústia de incansavelmente lutar contra alegações cruéis e falsas enquanto era condenado no tribunal da opinião pública mesmo antes de ser considerado culpado pelo sistema jurídico. Ao passo que sob a lei, todos são considerados inocentes até que sejam verdadeiramente considerados culpados.
Julgamento pela imprensa

No tópico da moral: O que é mais admirável? Dar a pessoas esperança visitando e doando a hospitais e orfanatos regularmente, ou contar histórias escandalosas baseadas em especulações e mentiras? O que é mais desprezível? Buscar uma dedicação excepcionalmente rigorosa no aperfeiçoamento artístico, ou ceder à inveja e à cobiça para destruir um artista? A imprensa tabloidiana, claro, usa essa estratégia com a maioria das celebridades e figuras públicas. Alguém pode argumentar que Michael Jackson aprendeu a usar a imprensa tão cinicamente quanto ela o usou; que ele, principalmente, no início, acreditou que "toda publicidade é boa publicidade". Alguém pode até ir mais longe e dizer que Jackson ostentava suas excentricidades de propósito para gerar mídia e, em troca, vendas de álbuns. Ele tinha, afinal, uma percepção artística refinada do dramático. Talvez sim, mas isso só parece verdade apenas a esse ponto: pode ser o caso em que sendo uma manchete internacional, ele não poderia escapar dos tablóides em lugar algum que fosse, então tentou fazer dos limões uma limonada. Aqui, minha questão é em que o tratamento de Jackson pela mídia se desenvolveu, no fim, devorando-o. E o que isso diz sobre as normas e ética da sociedade.

Nessa questão, críticos sugerem que Jackson não se opôs a falsas informações de maneira suficientemente determinada. Ao refletir sobre essa acusação, suspeito que por ter sido abusado pela intromissão da mídia desde seus primeiros dias sob os holofotes, Jackson pode ter passado a se sentir vulnerável e vitimado. Ele relatou sentir-se desconfortável ao dar entrevistas à imprensa já que suas palavras eram frequentemente tiradas de contexto e até citadas erroneamente. De maneira conformada, ele confidenciou a um associado que a imprensa não daria destaque a coisas boas porque, para ela, notícias boas não vendem. Não importa o que ele fez ou alcançou. Ao contrário, o destaque era sempre na sensacionalização até do trivial, fazendo-o ter que lidar com uma equação em que visitar a unidade de queimados de um hospital para onde havia feito doações, e onde casualmente inspecionava o equipamento, foi traduzido em manchetes estranhas em que "Wacko Jacko" bizarramente estava dormindo em uma câmara de oxigênio. Falando realisticamente, se Jackson tivesse tentado lutar contra cada rumor relatado ou impresso sobre ele, ele não teria tempo ou até mesmo recursos para fazer qualquer outra coisa. Em lugar disso, ele declarou ter que "correr a corrida da resistência" para aguentar todas as agressões feitas contra seu nome durante sua carreira. No final, temos que perguntar a nós mesmo, o que é mais leal e verdadeiro. Rotular alguém como aberração sem ter sequer encontrado-o pessoalmente e sem possuir nenhuma evidência de transgressões feitas por aquela pessoa, ou mostrar coragem na face da hostilidade e simplesmente expressar quem realmente é deixando seu trabalho falar por si mesmo?

Alguns podem argumentar que os ataques que Jackson teve que sofrer da mídia e dos consumidores pode ser justificado com um preço natural a se pagar por sua fama e fortuna. Não, eu digo. Esse é um preço muito alto pra ser cobrado de um ser humano. Aqueles que conheciam Jackson dizem que o julgamento de 2005 e sua cobertura tiveram um impacto devastador nele. Aqueles ataques, depois de certo ponto, excederam todos os limites justificáveis. Vivendo sob escrutínio tão áspero, qual tipo de danos emocionais e psicológicos pode ser infligido naquele que o sofre? Devo notar que ele não foi pago para resistir à dor, mas por seu esforço e dedicação incansáveis ao seu ofício.

A mídia americana desgraçou-se exibindo ao mundo o bullying de pré-escola contra uma alma talentosa e criativa com grandes conquistas. Agora, considere como esse bullying público de uma figura lendária pode apresentar-se à nova geração da juventude, como pode agir em suas mentes e afetar sua moral... Que esse tipo de bullying público não desencoraje os jovens de hoje a buscar sua própria criatividade, sua própria diversidade interna, por medo de serem eles a causar a si próprios tal abuso.

A cobertura da vida de Michael Jackson apresenta, entre outras coisas, essas questões para os Estados Unidos: Será que realizar o Sonho Americano exige que alguém se submeta à intrusão midiática sem fim, a mentiras sobre esse alguém para que jornais sejam vendidos, e onde uma acusação não provada seja suficiente para desfazer anos e anos de realizações e todo o trabalho duro e iniciativa que seriam necessariamente parte do processo? Vocês querem que nossos filhos vivam em um mundo onde buscar o Sonho Americano envolva riscos de um pesadelo de desconfianças e exploração?

Refiro-me novamente aos jornalistas que mais tarde confessaram seus relatos propositalmente distorcidos e tendenciosos na cobertura dos casos de abuso infantil de Michael Jackson. Se nos lembrarmos por um momento do número enorme de jornalistas que cercavam o tribunal do Distrito de Santa Bárbara, pode-se deduzir que o punhado de jornalistas que esclareceram suas trapaças é apenas uma minúscula fração dos envolvidos.

Suspeito que haja centenas mais que se mantiveram em silêncio e que intencionalmente esconderam a verdade para vender jornais e aumentar sua audiência. Também suponho que haja multidões de pessoas que, tendo recebido informações unilaterais, uma vez acreditaram que o eterno Jackson era nada mais que um criminoso excêntrico, mas que, depois de sua morte, sentiram-se persuadidos a correr atrás dos fatos por si mesmos, e que agora passaram a vê-lo simplesmente como um de nós, um ser humano sobrecarregado, um pai carinhoso, que também era um artista talentoso de maneira única e um filantropo, que se mantinha para muitos como um embaixador mundial. Talvez, esses membros do público agora melhor informados passaram a duvidar da veracidade da própria mídia, não apenas quando se trata de Michael Jackson, mas em geral.

Creio que haja um sentimento dominante de que é mais seguro não dizer nada quando se trata de Michael Jackson por medo de ser automaticamente estigmatizado. Porém precisamos falar sobre as implicações de tal comportamento silencioso. O que o nosso silêncio sobre ataques que um dos mais visíveis empreendedores do Sonho Americano diz? O que ele diz à luz da declaração na Constituição Americana sobre o inalienável direito à vida, à liberdade, e à busca pela felicidade? Se ficarmos na zona de conforto, estaremos privando o futuro de nossas crianças nas mãos dos bullies. É hora de falarmos sobre os estragos que o jornalismo oportunista está causando em nossa cultura. Como Edmund Burke escreveu uma vez: "Tudo o que o mal precisa para triunfar é que os homens bons não façam nada."







Devamını oku...