"Michael Jackson roubou meus Timberlands"
Traduzido por Caroline MJ para o The Untold Side of the Story. Se reproduzir, colocar créditos.
Fonte: The Veritas Project
"Michael Jackson roubou meus Timberlands"
E outras razões pelas quais você deveria sempre tomar seus remédios...
Descubra o que a mãe do acusador de Michael Jackson disse na frente do Grande Júri
Quantos anos eu tenho mesmo?
"Isso impedirá os assassinos!"
Sequestrados
Fuga de Neverland: Parte I e II
Assistentes sociais para o resgate... ou não.
Forçada a ir às compras
A conspiração do potinho urina
Fuga de Neverland: Parte III
"Não quero dinheiro do diabo"
Mas fala sério...
Quantos anos eu tenho mesmo?
Em uma recente moção da defesa, o advogado Brian Oxman indicou que a mãe do acusador de Michael Jackson "depôs na frente do júri sem o benefício dos medicamentos". Depois de ter lido centenas de páginas de seu depoimento, estou inclinado a concordar.
Janet Arvizo - que atualmente atende por Janet Jackson - fez várias alegações bizarras durante o procedimento do Grande Júri. Mais notavelmente, ela insiste que Michael Jackson sequestrou a ela e a seus filhos e, como um truque astuto para manipulá-los a dizerem coisas boas sobre ele na frente da câmera, convenceu os Arvizos que assassinos estavam atrás deles.
Queria eu estar inventando isso.
Se você quiser ver as transcrições por si próprio, clique no link: http://www.thesmokinggun.com/documents/crime/inside-michael-jackson-grand-jury
Devo avisá-lo que você estará indo na direção de uma enorme dor de cabeça se tentar ler tudo, especialmente porque a Srª Arvizo (ou seria Srª Jackson agora?) não fala nada com nada. Como um observador sem rodeios disse, ler o depoimento da Srª Arvizo é como "enfiar a cara em um muro de burrice". Verdade. Minutos após fazer o juramento, a Srª Arvizo já fica confusa de alguma maneira ao dizer ao tribunal que não faz idéia de quantos anos tem:
Inicialmente, achei que a Srª Arvizo havia falado algo errado. Talvez, ela quisesse dizer que não sabia a idade que tinha quando os filhos nasceram. Mas, novamente, na página 4, a surpreendente admissão de Janet Arvizo de que não sabe sua própria idade:
Claro, isso não significa necessariamente que Michael Jackson não teria sequestrado a família dela e molestado o filho dela, mas isso não é uma redação sobre a culpa ou inocência de Jackson, e sim sobre os méritos de tomar seus remédios. Continuemos.
De acordo com o depoimento de Janet Arvizo, a relação de sua família com Jackson azedou depois que o maldoso documentário Living with Michael Jackson foi ao ar. O programa de duas horas, que deu grande ênfase à natureza do relacionamento de Jackson com o filho da Srª Arvizo, Gavin, levou a um enorme escândalo que, como consequência, preparou a equipe de Relações Públicas de Jackson para se posicionar para desfazer os estragos. As medidas tomadas para restaurar a imagem de Jackson após a transmissão do documentário são agora a base da acusação de conspiração contra ele. A denúncia alega que Jackson teria conspirado com alguns funcionários para sequestrar, falsamente aprisionar e extorquir a família Arvizo.
E assim começa a história.
"Isso impedirá os assassinos!"
Depois que o documentário foi ao ar na Grã-Bretanha, Jackson supostamente teria ligado para a Srª Arvizo e insistido que o filho dela participasse de uma conferência de imprensa para evitar os assassinos:
Momento pop quiz! Alguém te liga e diz que assassinos estão atrás do seu filho e que a única maneira de pará-los seria fazendo ele participar de uma coletiva de imprensa. Você:
a) Chama a polícia e conta que assassinos estão atrás de seu filho
b) Pergunta a quem te ligou quem está atrás de seu filho e por quê
c) Questiona de que jeito uma coletiva de imprensa protegerá seu filho de assassinos
d) Todas as opções acima
e) Embarca no próximo vôo para a Flórida para participar da coletiva de imprensa, sem perguntar nada
Como qualquer mãe racional e estável, Janet Arvizo escolheu a opção (e). Ao receber a ligação de Jackson, ela teria ido a Flórida com seus filhos só para descobrir que *huhum* não havia nenhuma coletiva de imprensa. A fraude da coletiva de imprensa é ação aberta número 1 sobre suposta conspiração.
E se você acha que isso foi esperteza, espere até ouvir o que Michael Jackson teria feito em um hotel na Flórida:
Chocante! Ele pediu que Janet Arvizo não assistisse Living with Michael Jackson - Ação aberta número 2. Não faço idéia de como isso constitua sequestro, falso aprisionamento e extorsão, ou por que pedir que alguém não assista a um programa de TV seja ilegal, mas, droga, sou apenas um estudante de negócios, o que sei sobre Direito?
Em seguida, um dos parceiros de negócios de Jackson teria pedido que Janet Arvizo assinasse um papel em branco:
Bem, acho que, já que a coletiva de imprensa não deu certo, aqueles irritantes assassinos precisavam de alguma coisa para deixá-los felizes. Por alguma razão, a Srª Arvizo não teria questionado por que a folha de papel em branco com sua assinatura teria utilidade para um bando de assassinos. Mas, mais uma vez, esses hipotéticos assassinos estariam atrás de um garoto de 12 anos do leste de Los Angeles, então quem sabe, não é?
Se fôssemos acreditar a versão dos eventos de Janet Arvizo, sua assinatura teria sido sobreposta em outro documento no qual ela teria concordado fazer parte de um processo contra a emissora que transmitiu o Living with Michael Jackson. Parece plausível. É como se ela não estivesse feliz com isso.
Depois de tê-la manipulado a assinar o papel em branco, o "pessoal" de Michael Jackson teria tido a coragem de fazê-la assiná-la outro documento:
Esses malditos assassinos não estão nunca satisfeitos? Droga! Enfim, a declaração em questão deve ter sido a que Janet Arvizo liberou em fevereiro de 2003, onde se referia a Jackson como "o anjo de seus filhos". Ou ela teria sido enganada para assinar a tal declaração ou a Srª Arvizo está tentando agora justificar o fato de que ela enalteceu Michael Jackson publicamente durante todo o período em que ela estaria supostamente refém dele. Vou deixar vocês mesmos descobrirem isso.
Sequestrados
Depois da viagem à Flórida, a família Arvizo voou de volta para Santa Barbara em um jatinho particular com Jackson, três de suas babás, seus filhos, seu médico, Chris Tucker, a noiva de Tucker, Azja e alguns outros. E é aí que a história fica esquisita pra caramba.
De acordo com a Srª Arvizo, ela acordou no meio da noite e se deparou com uma visão bem perturbadora:
Em resposta a essa alegação, um defensor de Jackson que regularmente posta no King of Pop Fan Forum propôs o seguinte desafio a qualquer um que acredite na história de Janet Arvizo: tente lamber uma criança na frente dos pais dela e veja o que acontece. Até agora, ninguém tentou essa experiência, mas vou arriscar e presumir que qualquer um que tente isso vai acabar levando uma surra. Claro, Janet Arvizo claramente não é o a típica mãe e, na verdade, ela simplesmente teria ignorado o incidente e tomado como alucinação (lembram o que eu disse antes sobre tomar seus remédios?).
Interessantemente, a única pessoa que poderia corroborar a história da Srª Arvizo era seu filho mais novo, Star. Todo mundo no avião simplesmente estava dormindo na hora em que Michael decidiu espontaneamente começar a lamber a cabeça de Gavin. Não é notável?
Quando o avião aterrissou em Santa Barbara, Jackson supostamente teria mantido a família refém em seu racho Neverland (ação aberta número 4). De acordo com a Srª Arvizo, o parceiro de negócios de Jackson, Dieter Weisner, disse repetidamente à família que eles não eram permitidos a deixar Neverland porque Jackson queria que eles participassem de um vídeo de refutação ao documentário de Martin Bashir. Naturalmente, disseram para ela que isso impediria os assassinos. (ação aberta número 5).
Tudo que tenho a dizer é que Jackson e seus criados teriam preparado um belo de um esquema - convencer essa família que assassinos estavam atrás deles para que só assim eles pudessem conseguir um vídeo dos Arvizos elogiando Jackson. Aí vai um pensamento: por que Jackson e sua equipe simplesmente não pediram aos Arvizos que aparecessem no vídeo? Jackson havia ajudado Gavin a pagar suas contas médicas, com certeza essa família teria ficado mais do que feliz em defendê-lo eu uma entrevista. Esse esquema do suposto sequestro foi sequer necessário? Ou Michael Jackson é uma versão mentalmente desafiadora de Don Corleone ou Janet Arvizo está inventando essa coisa toda.
Não que isso importe, porque o vídeo dos Arvizo nunca sequer entrou na versão final do vídeo-resposta de Jackson. Meio que detona todo o propósito dessa conspiração de sequestro, não é?
Fuga de Neverland: Part I e II
Depois de dias sendo mantida como refém em Neverland, a Srª Arvizo finalmente decidiu procurar a ajuda do mordomo de Jackson, Jesus Salas.
Salas teria ajudado a família Arvizo a escapar de Neverland no meio da noite no que Janet Arvizo descreveu como um "carro caro". Embora ela agora estivesse livre das garras malvadas de Michael Jackson e de sua equipe transformada em capangas, a Srª Arvizo não ligou para a polícia nem contou a ninguém que ela havia acabado de escapar de um sequestrador. Porém, ela começou a receber inúmeras ligações do parceiro associado de Jackson, Frank Tyson, pedindo que ela voltasse a Neverland (ação abeta número 6).
Nossa, eu não sabia que sequestradores pediam que as vítimas fossem a lugares com eles. Eu achava que eles geralmente... humm... as sequestravam.
Bem, lá se vai meu sistema de crença.
Enfim, aqui está o que foi dito a respeito da decisão da Srª Arvizo de retornar à casa do sequestrador:
Frank Tyson também teria supostamente jurado à Srª Arvizo que "os alemães" (Deiter Weisner e o advogado Ron Konitzer) tinham sido demitidos depois que Jackson descobriu como eles haviam sido maus com a família. Isso, juntamente com a insistência de Tyson de que os filhos dela estavam em perigo, instigaram a Srª Arvizo a voltar para Neverland.
Mas quando os Arvizos chegaram, teriam ficado horrorizados ao descobrir que "os alemães" estavam de volta. Iiihh. Imediatamente, ao perceber que havia sido uma má idéia voltar ao lugar onde ela anteriormente teria sido mantida refém (quem poderia imaginar?), a Srª Arvizo mais uma vez pediu ajuda a Jesus Salas. Aparentemente, mesmo tendo se virado contra Jackson ajudando suas vítimas de sequestro a escaparem, Jesus Salas ainda trabalhava em Neverland. Isso foi extremamente legal da parte do Sr. Jackson. A maioria dos chefões do crime teriam demitido o cara - ou matado. Mas Jackson deve tê-lo assustado porque Jesus Salas disse a Srª Arvizo que não poderia mais ajudar a família.
Trágico.
Agora, Janet Arvizo notou que algo estava errado e exigiu que a mandassem de volta para casa:
A Srª Arvizo relutantemente teria deixado seus filhos com o sequestrador e teria voltado para a casa de sue namorado Jay Jackson em Los Angeles:
O quê? Eles não têm orelhões no leste de Los Angeles? Ou, aqui vai uma outra idéia: já que Michael Jackson tinha tão graciosamente garantido a Janet Arvizo sua completa liberdade, por que ela simplesmente não foi à polícia fisicamente e denunciou que seus filhos tinham sido sequestrados?
Bem. Ninguém é perfeito.
Assistentes sociais para o resgate... Ou não
Felizmente para Janet Arvizo, uma outra oportunidade de ter seus filhos de volta surgiu para ela em 17 de fevereiro, quando recebeu uma ligação de assistentes sociais que queriam entrevistar a família Arvizo.
Momento de outro pop quiz. Assistentes sociais te ligam e pedem para entrevistar seus filhos, que foram sequestrados por um malvado pop star. Você:
a) Diz aos assistentes sociais que seus filhos foram sequestrados por um malvado pop star
b) Liga para os sequestradores e diz: "Ei, vocês acham que poderiam trazer meus filhos de volta por um dia para que possam ser entrevistados por assistentes sociais?"
Acho que, já que os telefones dela haviam supostamente sido grampeados, a Srª Arvizo decidiu que seria uma má idéia contar aos assistentes sociais o que estava acontecendo. Ao contrário, ela ligou para Frank Tyson, que aparentemente não teve problema algum em trazer as crianças para uma entrevista sob uma condição: que Janet Arvizo voltasse a Neverland para dar uma declaração em vídeo sobre o quanto Michael Jackson ajudou sua família.
A Srª Arvizo teria concordado fazer o vídeo-resposta e Frank Tyson em levar as crianças para serem entrevistas pelo DCFS. Não é gentil quando sequestradores e a família da vítima conseguem passar por cima de suas diferenças e negociar? O vídeo, que nunca na verdade foi ao ar, foi mostrado ao Grande Júri:
Sim, senhora, eu tenho muitos "porquês" também, mas eles não tem nada a ver com nenhuma suposta atividade criminal vinda de Michael Jackson.
Depois de filmar o vídeo-resposta, a Srª Arvizo, teria sido supostamente aconselhada pelo investigador particular de Jackson, Brad Miller, a entrar em contato com um advogado antes de se encontrar com os assistentes sociais. A Srª Arvizo entrou em contato com Vicki Podberesky, que supostamente teria convencido a Srª Arvizo a elogiar Michael Jackson quando os assistentes sociais a entrevistassem ou seus filhos seriam retirados de sua custódia:
No dia da entrevista, a noiva de Chris Tucker, Azja, e um parceiro associado de Jackson chamado Asaf teriam aparecido no apartamento da Srª Arvizo. Quando os assistentes sociais disseram a Azja e a Asaf que eles não podiam ficar durante a entrevista, Asaf ajudou a Srª Arvizo a colocar um microfone. Enquanto alguém poderia argumentar que isso seria uma prova de conspiração, deve ser ressaltado que a Srª Arvizo desligou o aparelho com menos de um minuto de entrevista (a fita foi ao ar em sua totalidade ano passado), então, como ela pode alegar agora que mentiu para os assistentes sociais porque sabia que estava sendo escutada?
Vocês subestimam a Srª Arvizo se pensam que ela não tinha uma explicação para isso - mesmo tento desligado o aparelho, ela estava convencida de que o pessoal de Jackson ainda podia ouvir o que ela dizia porque Asaf a teria dito que havia outro gravador na sala. A Srª Arvizo diz que Asaf a disse isso depois de ela ter sido aparelhada, mas em lugar nenhum da fita pode-se ouvir Asaf fazendo tal declaração. Ao ser pedida uma explicação, aí vai o que a Srª Arvizo disse:
Certo. O pessoal de Jackson percebeu o quão prejudicial essa fita era e decidiu editar essa parte. Aí vai um pensamento - se eles acharam que a fita era tão incriminadora, por que simplesmente não a destruíram?
Claro, toda essa conveniência explica por que Janet Arvizo e todos os seus três filhos não tinham nada além de elogios reluzentes a Jackson quando foram entrevistados pelos assistentes sociais em 20 de fevereiro de 2003. Está além de mim entender por que Jackson iria sequer querer monitorar essa entrevista porque, de acordo com a linha do tempo da promotoria, nenhum tipo de assédio sexual teria ocorrido ainda. Por que Jackson forçaria a família a dizer que nenhum assédio sexual teria ocorrido quando, mesmo que se assumíssemos ele como culpado, nenhum tipo de abuso sexual teria de fato ocorrido naquele momento? Minha cabeça está começando a doer.
Forçada a ir às compras
Depois da entrevista com o DCFS, o empregado de Jackson Vinnie Amen supostamente teria entrado em contato com a Srª Arvizo e dito a ela que sua fita sobre Jackson não era suficientemente convincente. Como resultado, ela e seus filhos teriam que ser mandados para o Brasil. Chame-me de louco, mas não estou mesmo vendo a relação causa-efeito aqui.
Em 21 de fevereiro, Janet Arvizo retornou a Neverland, mas teria sido presa em uma casa de hóspedes e proibida de ver seus filhos. Alguns dias mais tarde, Jackson mudou a família para um hotel chique onde eles poderiam fazer ligações, ir à farra nas compras, e fazer refeições caras. Merda, por que eu não posso ser sequestrado por Michael Jackson?
A Srª Arvizo alegou que ela e seus filhos tentaram escapar do hotel, mas quando tentaram, Frank Tyson "ficou como um X na coisa do elevador e fez a mim as crianças voltarmos para o quarto". (página 54, segundo dia de depoimentos)
E enquanto os sequestradores bonzinhos a permitiam usar o telefone, ela não contou a ninguém que estava sendo mantida contra sua vontade:
A respeito de sua pequena farra nas compras, Janet Arvizo teve isso a dizer:
Então, ela foi manipulada para ir às compras? Faz muito sentido.
E agora, chegamos à minha parte favorito da história. Depois de sequestrar a família Arvizo, ameaçá-los, forçá-los a assinar documentos e a fazer declarações em sua defesa, e basicamente agir como um bundão, Michael Jackson não fez nada para impedir que Janet Arvizo entrasse em contato com um advogado civil. Em 25 de fevereiro, no meio de toda a conspiração de sequestro, Janet Arvizo se encontrou com o advogado Bill Dickerman. E pra deixar tudo ainda mais ridículo, teria sido um dos próprios funcionários de Jackson que a levou de carro para se encontrar com ele. Não acredita em mim? Leia você mesmo:
Cara, esse é o pior golpe de todos. Mas antes que você acuse Michael Jackson de ser uma anta, deve ser ressaltado que, de acordo com a Srª Arvizo, eram os capangas que na verdade estavam recebendo ordens, não de Jackson, mas do famoso advogado de defesa, Mark Geragos:
Que porcaria é essa?!? Então Geragos queria se envolver na conspiração, com o risco de perder a licença e possivelmente ser preso para que Michael Jackson conseguisse um vídeo idiota? Tá bom, continuando...
A conspiração do potinho de urina
Então, assim está o caso até agora: em fevereiro de 2003, Michael Jackson, Mark Geragos, um parceiro de negócios de Jackson, dois funcionários de Neverland, e dois outros advogados conspiraram para sequestrar uma família e forçá-la a gravar declarações em vídeo dizendo o cara ótimo que Jackson é. Apesar de o grande objetivo dessa conspiração ter sido combater a especulação de que ele era pedófilo, Michael Jackson escolheu esse exato período para começar a molestar Gavin Arvizo. Isso depois de ele já conhecer o garoto por 3 anos. Ele também supostamente teria entupido Gavin Arvizo e seu irmão com álcool.
Embora isso seja visivelmente o plano perfeito, um pequeno problema surgiu quando Gavin Arvizo teve que dar uma amostra de urina em uma consulta médica. Em um plano ingênuo para evitar que o médico detectasse álcool no organismo do garoto, Jackson teria supostamente usado seu capanga Vinne Amen para se livrar da amostra.
Bem, esse foi um plano ótimo, especialmente quando se considera o quão difícil a urina vem. Não é como se Gavin pudesse simplesmente - ah, não sei - ter mijado em um copo quando ele foi ao hospital.
Fuga de Neverland: Parte III
Em 11 de março, Janet Arvizo foi chamada ao tribunal para pedir um aumento na pensão alimentar. Embora estivesse na presença de um juiz, ela ainda não menciona o fato de que seus filhos estavam sendo mantidos reféns:
Acho que já que Vinne Amen estava lá a intimidando, ela se viu sem saída. (Ainda assim, não sei o que ele poderia ter feito a ela no meio de um bendito procedimento jurídico).
Finalmente, no meio de março, a Srª Arvizo tomou coragem e decidiu se levantar contra as forças de Neverland. Com ajuda do seu namorado, Jay Jackson, a Srª Arvizo arquitetou o seguinte plano:
Ainda gosto mais da minha idéia de encontrar um orelhão e ligar para a polícia mas, ei, o plano dela funcionou. A Srª Arvizo teria convencido Frank Tyson a levar as crianças à casa dos pais dela por alguns dias apenas, e esse foi o final de seus problemas. Só isso era preciso para passar a perna no pessoal de Michael Jackson? Uau.
Em vez de usar a força física para levar as crianças de volta a Neverland (como outros sequestradores teriam feito), o "pessoal" de Jackson meramente teria ameaçado não devolver os itens que haviam levado do apartamento da Srª Arvizo (página 93, segundo dia de depoimentos). Que diabos de ameaça é essa? "Ouça, vadia, ou seus filhos ou seus móveis, sacou?"
Agora, nosso pop quiz final. Depois de um mês de serem sequestrados, atormentados, perseguidos e ameaçados, você e seus filhos finalmente escapam. Você:
a) Liga para a polícia e conta que foi sequestrado, atormentado, perseguido e ameaçado.
b) Decide esquecer essa coisa toda.
Vamos descobrir qual foi a resposta de Janet Arvizo:
“Eu não quero o dinheiro do Diabo”
Aparentemente, a Srª Arvizo não perdoava tão fácil assim porque imediatamente procurou os serviços do advogado civil Bill Dickerman. Dickerman escreveu inúmeras cartas a Geragos exigindo que ele mandasse aos Arvizos todas as declarações que haviam feito em defesa a Jackson assim como quaisquer cópias que houvesses sido feitas. Nossa, imagino por que essas declarações eram de tamanha importância à família Arvizo. Será que é porque esse material se mostraria um grande problema se os Arvizos decidissem processar Jackson alegando abuso sexual?
Nem. Janet Arvizo nem está interessada no dinheiro de Michael Jackson:
Na verdade, de acordo com Janet Arvizo, Michael Jackson foi quem roubou dela:
Droga, acho que ter metade do catálogo da Sony/ATV não é tão lucrativo quanto se imagina. Quer dizer, roubar as botas Timberland de uma pobre mãe solteira? Isso é bem baixo. Janet Arvizo parecia muito irritada com a perda de suas botas:
Apesar de que eu adoraria responder a isso com um comentário sarcástico, não faço idéia do que ela está falando. Grãos de pipoca? Hein?
A pergunta sobre por que Janet Arvizo teria ido a um advogado civil se ela não estava interessada no dinheiro de Michael Jackson ainda continua. Aliás, ela foi a dois advogados civis antes de a polícia sequer ser envolvida. O segundo advogado civil coincidentemente é o mesmo homem que representou o primeiro acusador de Jackson em 1993 e que negociou um acordo multimilionário entre Jackson e a família do garoto. Coincidentemente, as crianças Arvizo finalmente pronunciam suas alegações de abuso depois de se envolverem com Feldman e terem sido ditos que sua família poderia fazer milhões se prosseguissem com um processo contra Jackson.
Tanto para não querer o dinheiro do Diabo.
Mas fala sério...
Deveria ser óbvio para qualquer um com um cérebro que funcione que o de Janet Arvizo é cheio de merda. Baseado em sua própria memória dos eventos, ela teve inúmeras oportunidades de contatar a polícia durante seu suposto sequestro, mas nunca o fez. Isso me leva a crer que ela não foi sequestrada na verdade, e só veio com essa história cômica para justificar o fato de que ela e seus filhos veementemente defenderam Jackson em fevereiro de 2003 - o mesmo mês em que Jackson teria supostamente molestado Gavin Arvizo.
Isso é o bastante para dizer que a única razão pela qual esse caso está em julgamento é porque o promotor Tom Sneddon é obcecado por Jackson desde que o caso de 1993 contra o pop star caiu por terra. Desde então, Sneddon tem repetidamente falado à imprensa sobre o caso Jackson e até reabriu a investigação em algumas ocasiões, unicamente em razão de reportagens incomprovadas de tablóides sobre outros acusadores. Mas mesmo depois de uma exaustiva perseguição de 11 anos a Jackson, isso foi tudo que Sneddon pôde trazer: uma família de vigaristas que fez alegações duvidosas de abuso sexual para ganho financeiro no passado.
Mas como qualquer um que esteja acompanhando o caso Jackson sabe, se você tem a mídia de massa a seu lado (bem como um gabinete de promotoria que reconhecidamente usa o Associated Press para espalhar histórias pró-promotoria) e um público generalizado que é rápido em assumir o pior sobre alguém que não adere às normas sociais, você pode fazer o público acreditar em qualquer coisa - até nas alegações sem sentido contra Michael Jackson.
Fonte: The Veritas Project
Traduzido por Caroline MJ para o The Untold Side of the Story. Se reproduzir, colocar créditos.
Fonte: The Veritas Project
"Michael Jackson roubou meus Timberlands"
E outras razões pelas quais você deveria sempre tomar seus remédios...
Descubra o que a mãe do acusador de Michael Jackson disse na frente do Grande Júri
Quantos anos eu tenho mesmo?
"Isso impedirá os assassinos!"
Sequestrados
Fuga de Neverland: Parte I e II
Assistentes sociais para o resgate... ou não.
Forçada a ir às compras
A conspiração do potinho urina
Fuga de Neverland: Parte III
"Não quero dinheiro do diabo"
Mas fala sério...
Quantos anos eu tenho mesmo?
Em uma recente moção da defesa, o advogado Brian Oxman indicou que a mãe do acusador de Michael Jackson "depôs na frente do júri sem o benefício dos medicamentos". Depois de ter lido centenas de páginas de seu depoimento, estou inclinado a concordar.
Janet Arvizo - que atualmente atende por Janet Jackson - fez várias alegações bizarras durante o procedimento do Grande Júri. Mais notavelmente, ela insiste que Michael Jackson sequestrou a ela e a seus filhos e, como um truque astuto para manipulá-los a dizerem coisas boas sobre ele na frente da câmera, convenceu os Arvizos que assassinos estavam atrás deles.
Queria eu estar inventando isso.
Se você quiser ver as transcrições por si próprio, clique no link: http://www.thesmokinggun.com/documents/crime/inside-michael-jackson-grand-jury
Devo avisá-lo que você estará indo na direção de uma enorme dor de cabeça se tentar ler tudo, especialmente porque a Srª Arvizo (ou seria Srª Jackson agora?) não fala nada com nada. Como um observador sem rodeios disse, ler o depoimento da Srª Arvizo é como "enfiar a cara em um muro de burrice". Verdade. Minutos após fazer o juramento, a Srª Arvizo já fica confusa de alguma maneira ao dizer ao tribunal que não faz idéia de quantos anos tem:
P E o segundo filho, quantos anos depois?
R Eu não sei mesmo a minha idade. Meus meninos nasceram em 89 e 90.
Inicialmente, achei que a Srª Arvizo havia falado algo errado. Talvez, ela quisesse dizer que não sabia a idade que tinha quando os filhos nasceram. Mas, novamente, na página 4, a surpreendente admissão de Janet Arvizo de que não sabe sua própria idade:
R E eu - - porque me casei tão cedo, eu meio que acabei querendo me esquecer de minha idade.
Claro, isso não significa necessariamente que Michael Jackson não teria sequestrado a família dela e molestado o filho dela, mas isso não é uma redação sobre a culpa ou inocência de Jackson, e sim sobre os méritos de tomar seus remédios. Continuemos.
De acordo com o depoimento de Janet Arvizo, a relação de sua família com Jackson azedou depois que o maldoso documentário Living with Michael Jackson foi ao ar. O programa de duas horas, que deu grande ênfase à natureza do relacionamento de Jackson com o filho da Srª Arvizo, Gavin, levou a um enorme escândalo que, como consequência, preparou a equipe de Relações Públicas de Jackson para se posicionar para desfazer os estragos. As medidas tomadas para restaurar a imagem de Jackson após a transmissão do documentário são agora a base da acusação de conspiração contra ele. A denúncia alega que Jackson teria conspirado com alguns funcionários para sequestrar, falsamente aprisionar e extorquir a família Arvizo.
E assim começa a história.
"Isso impedirá os assassinos!"
Depois que o documentário foi ao ar na Grã-Bretanha, Jackson supostamente teria ligado para a Srª Arvizo e insistido que o filho dela participasse de uma conferência de imprensa para evitar os assassinos:
P Certo. Martin Bashir. Quando Michael Jackson te ligou e teve essa conversa com você, qual foi o assunto? O que ele te disse?
R A maioria foi que Gavin estava em perigo. E que eles tinham que participar de uma coletiva de imprensa.
P Certo.
R Porque havia - -
P Ele disse por causa de quem ele estava em perigo?
R Porque havia pessoas que queriam matá-lo.
P Por quê? Ele disse por quê?
R Também não sei por quê.
Momento pop quiz! Alguém te liga e diz que assassinos estão atrás do seu filho e que a única maneira de pará-los seria fazendo ele participar de uma coletiva de imprensa. Você:
a) Chama a polícia e conta que assassinos estão atrás de seu filho
b) Pergunta a quem te ligou quem está atrás de seu filho e por quê
c) Questiona de que jeito uma coletiva de imprensa protegerá seu filho de assassinos
d) Todas as opções acima
e) Embarca no próximo vôo para a Flórida para participar da coletiva de imprensa, sem perguntar nada
Como qualquer mãe racional e estável, Janet Arvizo escolheu a opção (e). Ao receber a ligação de Jackson, ela teria ido a Flórida com seus filhos só para descobrir que *huhum* não havia nenhuma coletiva de imprensa. A fraude da coletiva de imprensa é ação aberta número 1 sobre suposta conspiração.
E se você acha que isso foi esperteza, espere até ouvir o que Michael Jackson teria feito em um hotel na Flórida:
Então, Davellin, quando ela me chamou, parecia assustada. Ela disse "mamãe, é melhor você vir aqui agora". E eu: "Por quê?" "Porque Michael está nervoso." E eu: "Por que ele está nervoso?" "Porque vamos assistir ao Bashir." Então, eu disse: "Certo, vou lá agora." Então corri. Quando entrei lá, Michael disse que não queria que eu visse.
P Ele mesmo te disse isso?
R Sim, ele mesmo.
P Ele disse por que não queria que você visse?
R Não.
Chocante! Ele pediu que Janet Arvizo não assistisse Living with Michael Jackson - Ação aberta número 2. Não faço idéia de como isso constitua sequestro, falso aprisionamento e extorsão, ou por que pedir que alguém não assista a um programa de TV seja ilegal, mas, droga, sou apenas um estudante de negócios, o que sei sobre Direito?
Em seguida, um dos parceiros de negócios de Jackson teria pedido que Janet Arvizo assinasse um papel em branco:
E o que Ronald me fez assinar foi uma simples folha de papel. E quando perguntei por que, ele disse: "Isso impedirá os assassinos. Isso impedirá os assassinos."
Bem, acho que, já que a coletiva de imprensa não deu certo, aqueles irritantes assassinos precisavam de alguma coisa para deixá-los felizes. Por alguma razão, a Srª Arvizo não teria questionado por que a folha de papel em branco com sua assinatura teria utilidade para um bando de assassinos. Mas, mais uma vez, esses hipotéticos assassinos estariam atrás de um garoto de 12 anos do leste de Los Angeles, então quem sabe, não é?
Se fôssemos acreditar a versão dos eventos de Janet Arvizo, sua assinatura teria sido sobreposta em outro documento no qual ela teria concordado fazer parte de um processo contra a emissora que transmitiu o Living with Michael Jackson. Parece plausível. É como se ela não estivesse feliz com isso.
Depois de tê-la manipulado a assinar o papel em branco, o "pessoal" de Michael Jackson teria tido a coragem de fazê-la assiná-la outro documento:
Depois conseguiram minha assinatura com Dieter, porque Dieter tinha dito que o que - - o que Ronald tinha feito não tinha dado certo.
P Certo. Foi em outra folha de papel em branco, ou foi - -
R Não, essa - - essa tinha algo escrito.
P Uhum.
R Então, ele me fez assinar abaixo no canto direito, por exemplo, não me lembro exatamente, mas coisas como, ele é pai, coisas - - tudo que ele é um pai, ele é - - só coisas diferentes assim.
P Coisas sobre Michael Jackson?
R Sim. E que iriam sossegar os assassinos.
Esses malditos assassinos não estão nunca satisfeitos? Droga! Enfim, a declaração em questão deve ter sido a que Janet Arvizo liberou em fevereiro de 2003, onde se referia a Jackson como "o anjo de seus filhos". Ou ela teria sido enganada para assinar a tal declaração ou a Srª Arvizo está tentando agora justificar o fato de que ela enalteceu Michael Jackson publicamente durante todo o período em que ela estaria supostamente refém dele. Vou deixar vocês mesmos descobrirem isso.
Sequestrados
Depois da viagem à Flórida, a família Arvizo voou de volta para Santa Barbara em um jatinho particular com Jackson, três de suas babás, seus filhos, seu médico, Chris Tucker, a noiva de Tucker, Azja e alguns outros. E é aí que a história fica esquisita pra caramba.
De acordo com a Srª Arvizo, ela acordou no meio da noite e se deparou com uma visão bem perturbadora:
R Isso foi depois que o tempo passou. Eles não me deixavam acordar. Não me deixavam olhar o que estava acontecendo. Então, nessa hora, quando eles estavam dormindo, eu quis ver onde estavam todos. E quando me levantei, foi quando vi Michael lambendo Gavin.
P Lambendo Gavin?
R (Balança a cabeça para cima e para baixo)
P Onde? Que parte do corpo dele?
R Do lado da cabeça dele.
P Eles estavam sentados um do lado do outro?
R Sim.
P Gavin estava acordado ou dormindo?
R Gavin estava dormindo.
P E você viu isso mais de uma vez ou só uma vez?
R Só nesse momento. Achei que eu estava perdendo a cabeça.
P Você não teve certeza do que estava vendo?
R É. E eu vi uma língua grande, comprida e branca. A língua dele é meio branca.
P Ele fez isso mais de uma vez?
R Sim. Ele continuou. Continuou e continuou. E eu achei que era - - Olhei para os lados, e achei que era eu que - -
P Você falou com algum de seus filhos depois a respeito disso?
R Não. Eu fui - - depois, quando tínhamos voltado, eu tinha perguntado a Gavin, sabe, Star, Davellin, "Vocês estão bem? Está tudo bem?" E isso me deixou satisfeita. Porque achei que eu é que havia imaginado algo que não tinha acontecido.
Em resposta a essa alegação, um defensor de Jackson que regularmente posta no King of Pop Fan Forum propôs o seguinte desafio a qualquer um que acredite na história de Janet Arvizo: tente lamber uma criança na frente dos pais dela e veja o que acontece. Até agora, ninguém tentou essa experiência, mas vou arriscar e presumir que qualquer um que tente isso vai acabar levando uma surra. Claro, Janet Arvizo claramente não é o a típica mãe e, na verdade, ela simplesmente teria ignorado o incidente e tomado como alucinação (lembram o que eu disse antes sobre tomar seus remédios?).
Interessantemente, a única pessoa que poderia corroborar a história da Srª Arvizo era seu filho mais novo, Star. Todo mundo no avião simplesmente estava dormindo na hora em que Michael decidiu espontaneamente começar a lamber a cabeça de Gavin. Não é notável?
Quando o avião aterrissou em Santa Barbara, Jackson supostamente teria mantido a família refém em seu racho Neverland (ação aberta número 4). De acordo com a Srª Arvizo, o parceiro de negócios de Jackson, Dieter Weisner, disse repetidamente à família que eles não eram permitidos a deixar Neverland porque Jackson queria que eles participassem de um vídeo de refutação ao documentário de Martin Bashir. Naturalmente, disseram para ela que isso impediria os assassinos. (ação aberta número 5).
Tudo que tenho a dizer é que Jackson e seus criados teriam preparado um belo de um esquema - convencer essa família que assassinos estavam atrás deles para que só assim eles pudessem conseguir um vídeo dos Arvizos elogiando Jackson. Aí vai um pensamento: por que Jackson e sua equipe simplesmente não pediram aos Arvizos que aparecessem no vídeo? Jackson havia ajudado Gavin a pagar suas contas médicas, com certeza essa família teria ficado mais do que feliz em defendê-lo eu uma entrevista. Esse esquema do suposto sequestro foi sequer necessário? Ou Michael Jackson é uma versão mentalmente desafiadora de Don Corleone ou Janet Arvizo está inventando essa coisa toda.
Não que isso importe, porque o vídeo dos Arvizo nunca sequer entrou na versão final do vídeo-resposta de Jackson. Meio que detona todo o propósito dessa conspiração de sequestro, não é?
Fuga de Neverland: Part I e II
Depois de dias sendo mantida como refém em Neverland, a Srª Arvizo finalmente decidiu procurar a ajuda do mordomo de Jackson, Jesus Salas.
P Esse é Dieter. Ele disse quem não podia sair?
R Eu e as crianças.
P E quando ele disse isso? Logo depois de sua chegada de Miami, ou mais no fim, quando você pediu ajuda a Jesus? Ou ele disse isso algumas vezes?
R Certo. Ele disse algumas vezes. Mas, depois, a última parte foi a gota d'água quando ele disse de uma maneira muito má, depois - - depois que Ronald tinha dito que ia ficar comigo e com as crianças - - ele podia nos apagar.
Salas teria ajudado a família Arvizo a escapar de Neverland no meio da noite no que Janet Arvizo descreveu como um "carro caro". Embora ela agora estivesse livre das garras malvadas de Michael Jackson e de sua equipe transformada em capangas, a Srª Arvizo não ligou para a polícia nem contou a ninguém que ela havia acabado de escapar de um sequestrador. Porém, ela começou a receber inúmeras ligações do parceiro associado de Jackson, Frank Tyson, pedindo que ela voltasse a Neverland (ação abeta número 6).
Nossa, eu não sabia que sequestradores pediam que as vítimas fossem a lugares com eles. Eu achava que eles geralmente... humm... as sequestravam.
Bem, lá se vai meu sistema de crença.
Enfim, aqui está o que foi dito a respeito da decisão da Srª Arvizo de retornar à casa do sequestrador:
P Tudo bem. O que te convenceu a voltar a Neverland depois que fez esse esforço para fugir? O que te fez voltar?
R Eles disseram que a vida de meus filhos estava em perigo, que eu deveria ver quantas ameaças de morte eles recebiam. E que eles queriam proteger as crianças, e que amavam as crianças e também me amavam.
Frank Tyson também teria supostamente jurado à Srª Arvizo que "os alemães" (Deiter Weisner e o advogado Ron Konitzer) tinham sido demitidos depois que Jackson descobriu como eles haviam sido maus com a família. Isso, juntamente com a insistência de Tyson de que os filhos dela estavam em perigo, instigaram a Srª Arvizo a voltar para Neverland.
Mas quando os Arvizos chegaram, teriam ficado horrorizados ao descobrir que "os alemães" estavam de volta. Iiihh. Imediatamente, ao perceber que havia sido uma má idéia voltar ao lugar onde ela anteriormente teria sido mantida refém (quem poderia imaginar?), a Srª Arvizo mais uma vez pediu ajuda a Jesus Salas. Aparentemente, mesmo tendo se virado contra Jackson ajudando suas vítimas de sequestro a escaparem, Jesus Salas ainda trabalhava em Neverland. Isso foi extremamente legal da parte do Sr. Jackson. A maioria dos chefões do crime teriam demitido o cara - ou matado. Mas Jackson deve tê-lo assustado porque Jesus Salas disse a Srª Arvizo que não poderia mais ajudar a família.
Trágico.
Agora, Janet Arvizo notou que algo estava errado e exigiu que a mandassem de volta para casa:
P Então, no final das contas, você disse que queria ir, e você queria ir para casa naquele momento?
R Sim. Imediatamente. Imediatamente.
P Você não queria ficar lá - -
R Sim. Eu disse a ele, eu e meus filhos, que havia uma emergência e que tínhamos que voltar para casa.
P Certo.
R E foi aí que Ronald e Dieter disseram que eu não poderia levar meus filhos.
P Certo. Te disseram isso absolutamente?
R Sim.
P Ambos?
R Uhum.
P E em que palavras - -
R Não ao mesmo tempo, simultaneamente. Primeiro foi Dieter e depois Ronald.
P Certo. E você decidiu ir embora sem eles?
R Eu não podia ir com eles. E, eu sabia que se ficasse ali, não sei o que podia acontecer. Porque quando eu tentei sair da última vez, o único que me ajudou foi Jesus. E Jesus não podia mais ajudar.
A Srª Arvizo relutantemente teria deixado seus filhos com o sequestrador e teria voltado para a casa de sue namorado Jay Jackson em Los Angeles:
P Certo. Como você se comportava no carro enquanto dirigia para Los Angeles?
R Eu estava assustada. Estava rezando. Não sabia o que fazer. Eu sabia que meu telefone - - ah, mais uma coisa, eles tinham me dito que se eu tentasse entrar em contato com alguém, eles saberiam. E todas as minhas - - todas as minhas chamadas - - foi quando eles disseram que todas as ligações que eu fizesse seriam ouvidas. E que - - então eu sabia que não podia pedir ajuda a ninguém. Então, eu estava rezando. Não sabia o que fazer.
O quê? Eles não têm orelhões no leste de Los Angeles? Ou, aqui vai uma outra idéia: já que Michael Jackson tinha tão graciosamente garantido a Janet Arvizo sua completa liberdade, por que ela simplesmente não foi à polícia fisicamente e denunciou que seus filhos tinham sido sequestrados?
Bem. Ninguém é perfeito.
Assistentes sociais para o resgate... Ou não
Felizmente para Janet Arvizo, uma outra oportunidade de ter seus filhos de volta surgiu para ela em 17 de fevereiro, quando recebeu uma ligação de assistentes sociais que queriam entrevistar a família Arvizo.
Momento de outro pop quiz. Assistentes sociais te ligam e pedem para entrevistar seus filhos, que foram sequestrados por um malvado pop star. Você:
a) Diz aos assistentes sociais que seus filhos foram sequestrados por um malvado pop star
b) Liga para os sequestradores e diz: "Ei, vocês acham que poderiam trazer meus filhos de volta por um dia para que possam ser entrevistados por assistentes sociais?"
Acho que, já que os telefones dela haviam supostamente sido grampeados, a Srª Arvizo decidiu que seria uma má idéia contar aos assistentes sociais o que estava acontecendo. Ao contrário, ela ligou para Frank Tyson, que aparentemente não teve problema algum em trazer as crianças para uma entrevista sob uma condição: que Janet Arvizo voltasse a Neverland para dar uma declaração em vídeo sobre o quanto Michael Jackson ajudou sua família.
A Srª Arvizo teria concordado fazer o vídeo-resposta e Frank Tyson em levar as crianças para serem entrevistas pelo DCFS. Não é gentil quando sequestradores e a família da vítima conseguem passar por cima de suas diferenças e negociar? O vídeo, que nunca na verdade foi ao ar, foi mostrado ao Grande Júri:
P Para as pessoas que assistem a esse vídeo, parece que você tem um carinho genuíno por Michael Jackson.
R Uhum.
P Você tinha um carinho genuíno por Michael Jackson naquele momento?
R Não. Eu tenho carinho por meus filhos.
P Certo. Você tinha alguma crença de que Michael Jackson tinha feito algo bom para seus filhos naquele momento - - no momento em que você gravou esse vídeo?
R Eu não sabia o que estava acontecendo. Tudo era confuso. Por que deixar meu país? Por que fazer isso antes do juizado de menores, de manhã? Por que - - por que as pessoas queriam matar meus filhos? Muitos porquês. Eu estava confusa.
Sim, senhora, eu tenho muitos "porquês" também, mas eles não tem nada a ver com nenhuma suposta atividade criminal vinda de Michael Jackson.
Depois de filmar o vídeo-resposta, a Srª Arvizo, teria sido supostamente aconselhada pelo investigador particular de Jackson, Brad Miller, a entrar em contato com um advogado antes de se encontrar com os assistentes sociais. A Srª Arvizo entrou em contato com Vicki Podberesky, que supostamente teria convencido a Srª Arvizo a elogiar Michael Jackson quando os assistentes sociais a entrevistassem ou seus filhos seriam retirados de sua custódia:
R Tudo bem. Ela me disse que ela tinha - que ela tinha que estar presente, e que estando ela presente eu não falaria de jeito nenhum. Porque ela tinha visto crianças serem arrancadas dos braços das mães. E eu disse: "Não. Eles são de fato um grupo de pessoas boas.""Não, Janet, você não sabe. Eles vão arrancar seus filhos se você disser qualquer coisa, qualquer coisa que indique Michael como algo diferente de uma figura paterna ou familiar, você nunca mais verá seus filhos. Você vai - - você nunca mais os verá durante anos.
No dia da entrevista, a noiva de Chris Tucker, Azja, e um parceiro associado de Jackson chamado Asaf teriam aparecido no apartamento da Srª Arvizo. Quando os assistentes sociais disseram a Azja e a Asaf que eles não podiam ficar durante a entrevista, Asaf ajudou a Srª Arvizo a colocar um microfone. Enquanto alguém poderia argumentar que isso seria uma prova de conspiração, deve ser ressaltado que a Srª Arvizo desligou o aparelho com menos de um minuto de entrevista (a fita foi ao ar em sua totalidade ano passado), então, como ela pode alegar agora que mentiu para os assistentes sociais porque sabia que estava sendo escutada?
Vocês subestimam a Srª Arvizo se pensam que ela não tinha uma explicação para isso - mesmo tento desligado o aparelho, ela estava convencida de que o pessoal de Jackson ainda podia ouvir o que ela dizia porque Asaf a teria dito que havia outro gravador na sala. A Srª Arvizo diz que Asaf a disse isso depois de ela ter sido aparelhada, mas em lugar nenhum da fita pode-se ouvir Asaf fazendo tal declaração. Ao ser pedida uma explicação, aí vai o que a Srª Arvizo disse:
R No momento em que pediram a eles, Asaf disse: "Posso falar com você um minuto?" E me levou, e essa parte está faltando aí. Sabe, então foi isso que ele me disse, me deu instruções sobre a fita - -
P Certo
R - - no gravador.
P Certo. Seria possível que a fita - - ela simplesmente não foi pega ou você acha que a fita foi de alguma maneira comprometida?
R Pra mim, acho que ela foi comprometida.
Certo. O pessoal de Jackson percebeu o quão prejudicial essa fita era e decidiu editar essa parte. Aí vai um pensamento - se eles acharam que a fita era tão incriminadora, por que simplesmente não a destruíram?
Claro, toda essa conveniência explica por que Janet Arvizo e todos os seus três filhos não tinham nada além de elogios reluzentes a Jackson quando foram entrevistados pelos assistentes sociais em 20 de fevereiro de 2003. Está além de mim entender por que Jackson iria sequer querer monitorar essa entrevista porque, de acordo com a linha do tempo da promotoria, nenhum tipo de assédio sexual teria ocorrido ainda. Por que Jackson forçaria a família a dizer que nenhum assédio sexual teria ocorrido quando, mesmo que se assumíssemos ele como culpado, nenhum tipo de abuso sexual teria de fato ocorrido naquele momento? Minha cabeça está começando a doer.
Forçada a ir às compras
Depois da entrevista com o DCFS, o empregado de Jackson Vinnie Amen supostamente teria entrado em contato com a Srª Arvizo e dito a ela que sua fita sobre Jackson não era suficientemente convincente. Como resultado, ela e seus filhos teriam que ser mandados para o Brasil. Chame-me de louco, mas não estou mesmo vendo a relação causa-efeito aqui.
Em 21 de fevereiro, Janet Arvizo retornou a Neverland, mas teria sido presa em uma casa de hóspedes e proibida de ver seus filhos. Alguns dias mais tarde, Jackson mudou a família para um hotel chique onde eles poderiam fazer ligações, ir à farra nas compras, e fazer refeições caras. Merda, por que eu não posso ser sequestrado por Michael Jackson?
A Srª Arvizo alegou que ela e seus filhos tentaram escapar do hotel, mas quando tentaram, Frank Tyson "ficou como um X na coisa do elevador e fez a mim as crianças voltarmos para o quarto". (página 54, segundo dia de depoimentos)
E enquanto os sequestradores bonzinhos a permitiam usar o telefone, ela não contou a ninguém que estava sendo mantida contra sua vontade:
P Por que você não pegou o telefone do hotel e - -
R Porque, nesse ponto, eles tinham me dito que toda conversa era - qualquer coisa - isso é muito estranho. Qualquer coisa fora de Neverland, eles disseram que minhas ligações estavam sendo ouvidas. Qualquer coisa dentro de Neverland, eles diziam que não era. Mas sim, eram sim.
P Eles eram - - houve muitas chamadas aparentemente feitas - -
R Sim.
P - - daquele quarto?
R Uhum.
P Foi você que as fez?
R A maioria delas.
P Pra quem você ligou?
R Azja.
P Certo.
R Meus pais, ( ), meu primo. Eu estava - - e Jay. Eu não tinha falado com Jay havia alguns dias.
A respeito de sua pequena farra nas compras, Janet Arvizo teve isso a dizer:
P ... fazer compras? Você comprou roupas?
R Sim. Porque eles nos disseram que os assassinos tinham chegado a Neverland e tínhamos que deixar o país imediatamente, e esquecer as roupas lá, que eles iam substituir as roupas que tínhamos.
Então, ela foi manipulada para ir às compras? Faz muito sentido.
E agora, chegamos à minha parte favorito da história. Depois de sequestrar a família Arvizo, ameaçá-los, forçá-los a assinar documentos e a fazer declarações em sua defesa, e basicamente agir como um bundão, Michael Jackson não fez nada para impedir que Janet Arvizo entrasse em contato com um advogado civil. Em 25 de fevereiro, no meio de toda a conspiração de sequestro, Janet Arvizo se encontrou com o advogado Bill Dickerman. E pra deixar tudo ainda mais ridículo, teria sido um dos próprios funcionários de Jackson que a levou de carro para se encontrar com ele. Não acredita em mim? Leia você mesmo:
P Certo. Quando foi a primeira vez que você se encontrou com Bill Dickerman? Não sei se você lembra a data, mas talvez tenha o contexto de acordo com o que você fazia.
R Foi no dia 25. E a razão pela qual me lembro de ter sido no dia 25 é porque estávamos a caminho do hotel na Sunset Boulevard.
Cara, esse é o pior golpe de todos. Mas antes que você acuse Michael Jackson de ser uma anta, deve ser ressaltado que, de acordo com a Srª Arvizo, eram os capangas que na verdade estavam recebendo ordens, não de Jackson, mas do famoso advogado de defesa, Mark Geragos:
R Bem, já mencionamos Geragos antes. Porque eles estavam seguindo muitas instruções de Geragos.
Que porcaria é essa?!? Então Geragos queria se envolver na conspiração, com o risco de perder a licença e possivelmente ser preso para que Michael Jackson conseguisse um vídeo idiota? Tá bom, continuando...
A conspiração do potinho de urina
Então, assim está o caso até agora: em fevereiro de 2003, Michael Jackson, Mark Geragos, um parceiro de negócios de Jackson, dois funcionários de Neverland, e dois outros advogados conspiraram para sequestrar uma família e forçá-la a gravar declarações em vídeo dizendo o cara ótimo que Jackson é. Apesar de o grande objetivo dessa conspiração ter sido combater a especulação de que ele era pedófilo, Michael Jackson escolheu esse exato período para começar a molestar Gavin Arvizo. Isso depois de ele já conhecer o garoto por 3 anos. Ele também supostamente teria entupido Gavin Arvizo e seu irmão com álcool.
Embora isso seja visivelmente o plano perfeito, um pequeno problema surgiu quando Gavin Arvizo teve que dar uma amostra de urina em uma consulta médica. Em um plano ingênuo para evitar que o médico detectasse álcool no organismo do garoto, Jackson teria supostamente usado seu capanga Vinne Amen para se livrar da amostra.
R Acredito que Vinnie tenha jogado fora a urina de Gavin. Mas ainda assim - - ainda assim fui ao laboratório. E eu fui - - só tinha isso de urina dentro de uma garrafa gigante assim.
Bem, esse foi um plano ótimo, especialmente quando se considera o quão difícil a urina vem. Não é como se Gavin pudesse simplesmente - ah, não sei - ter mijado em um copo quando ele foi ao hospital.
Fuga de Neverland: Parte III
Em 11 de março, Janet Arvizo foi chamada ao tribunal para pedir um aumento na pensão alimentar. Embora estivesse na presença de um juiz, ela ainda não menciona o fato de que seus filhos estavam sendo mantidos reféns:
P Então você foi àquela audição. Vinnie apareceu?
R Uhum. Sim.
Acho que já que Vinne Amen estava lá a intimidando, ela se viu sem saída. (Ainda assim, não sei o que ele poderia ter feito a ela no meio de um bendito procedimento jurídico).
Finalmente, no meio de março, a Srª Arvizo tomou coragem e decidiu se levantar contra as forças de Neverland. Com ajuda do seu namorado, Jay Jackson, a Srª Arvizo arquitetou o seguinte plano:
P Certo. Certo. Vamos - - vamos em frente. Qual foi o plano pelo qual vocês dois se decidiram?
R Que eu tinha dito a Jay que, já que eles ouviam as nossas ligações que me queriam muito de volta, e que eles queriam que eu e meus filhos saíssemos do país, que eu iria fazer aquela oferta para - - que em troca eu pudesse ver meus filhos, meus pais verem meus filhos. E, então meus pais fingiriam estar doentes.
Porque eu sabia que eles ouviriam os telefonemas, e quando ouvissem as ligações e confirmassem que meus pais estavam doentes, iriam permitir - - haveria uma troca. Eu - - eles vêem meus filhos, eu devolvo meus filhos. Eu iria me oferecer a eles.
Ainda gosto mais da minha idéia de encontrar um orelhão e ligar para a polícia mas, ei, o plano dela funcionou. A Srª Arvizo teria convencido Frank Tyson a levar as crianças à casa dos pais dela por alguns dias apenas, e esse foi o final de seus problemas. Só isso era preciso para passar a perna no pessoal de Michael Jackson? Uau.
Em vez de usar a força física para levar as crianças de volta a Neverland (como outros sequestradores teriam feito), o "pessoal" de Jackson meramente teria ameaçado não devolver os itens que haviam levado do apartamento da Srª Arvizo (página 93, segundo dia de depoimentos). Que diabos de ameaça é essa? "Ouça, vadia, ou seus filhos ou seus móveis, sacou?"
Agora, nosso pop quiz final. Depois de um mês de serem sequestrados, atormentados, perseguidos e ameaçados, você e seus filhos finalmente escapam. Você:
a) Liga para a polícia e conta que foi sequestrado, atormentado, perseguido e ameaçado.
b) Decide esquecer essa coisa toda.
Vamos descobrir qual foi a resposta de Janet Arvizo:
R Sim. Nesse momento, eu disse: "Perdoar, esquecer, perdoar, esquecer, esquecer. Vamos simplesmente perdoar e esquecer, perdoar e esquecer."
“Eu não quero o dinheiro do Diabo”
Aparentemente, a Srª Arvizo não perdoava tão fácil assim porque imediatamente procurou os serviços do advogado civil Bill Dickerman. Dickerman escreveu inúmeras cartas a Geragos exigindo que ele mandasse aos Arvizos todas as declarações que haviam feito em defesa a Jackson assim como quaisquer cópias que houvesses sido feitas. Nossa, imagino por que essas declarações eram de tamanha importância à família Arvizo. Será que é porque esse material se mostraria um grande problema se os Arvizos decidissem processar Jackson alegando abuso sexual?
Nem. Janet Arvizo nem está interessada no dinheiro de Michael Jackson:
P Você exigiu algum dinheiro de Michael Jackson?
R Nada. Nada.
P Você quer dinheiro de Michael Jackson?
R Não. Nunca. Não quero o dinheiro do Diabo.
P E você tem certeza disso?
R Sim. Porque ele é o Diabo.
Na verdade, de acordo com Janet Arvizo, Michael Jackson foi quem roubou dela:
R Não. E também quero deixar algo claro. Eles tinham roubado na viagem à Flórida, eles tinham roubado meu saco de lixo que estava preso à minha bolsa vermelha que eu mesma amarrei. Lá tinha dinheiro que Jay me deu. Minhas jóias, minhas loções, meu batom, minhas roupas íntimas, com meus sapatos Timberland. Eles foram colocados na minha bolsa Turnberry dentro do saco de lixo. E depois sumiu.
Droga, acho que ter metade do catálogo da Sony/ATV não é tão lucrativo quanto se imagina. Quer dizer, roubar as botas Timberland de uma pobre mãe solteira? Isso é bem baixo. Janet Arvizo parecia muito irritada com a perda de suas botas:
R O motivo pelo qual digo que foram roubados é porque agora, no meio da sua investigação, um ano e um mês depois aparece? Aparece?
P Bem, o que apareceu?
R Não tudo.
P O que apareceu?
R Meus sapatos Timberland. Meus sapatos preferidos.
P Certo. E o que mais?
R O que eles disseram foi - - que eles tinham encontrado alguns - - Não sei, você tem as coisas aí?
P Banana Republic, Anchor Blue.
R Sabe o que acho muito peculiar? Eu sei que não deixei grãos de pipoca marcando o caminho até mim. Aquela bolsa estava sumida há um ano, um mês depois, antes, como eles sabem como devolvê-la a mim? E era um avião particular. Como eles sabem como devolvê-la a mim?
Apesar de que eu adoraria responder a isso com um comentário sarcástico, não faço idéia do que ela está falando. Grãos de pipoca? Hein?
A pergunta sobre por que Janet Arvizo teria ido a um advogado civil se ela não estava interessada no dinheiro de Michael Jackson ainda continua. Aliás, ela foi a dois advogados civis antes de a polícia sequer ser envolvida. O segundo advogado civil coincidentemente é o mesmo homem que representou o primeiro acusador de Jackson em 1993 e que negociou um acordo multimilionário entre Jackson e a família do garoto. Coincidentemente, as crianças Arvizo finalmente pronunciam suas alegações de abuso depois de se envolverem com Feldman e terem sido ditos que sua família poderia fazer milhões se prosseguissem com um processo contra Jackson.
Tanto para não querer o dinheiro do Diabo.
Mas fala sério...
Deveria ser óbvio para qualquer um com um cérebro que funcione que o de Janet Arvizo é cheio de merda. Baseado em sua própria memória dos eventos, ela teve inúmeras oportunidades de contatar a polícia durante seu suposto sequestro, mas nunca o fez. Isso me leva a crer que ela não foi sequestrada na verdade, e só veio com essa história cômica para justificar o fato de que ela e seus filhos veementemente defenderam Jackson em fevereiro de 2003 - o mesmo mês em que Jackson teria supostamente molestado Gavin Arvizo.
Isso é o bastante para dizer que a única razão pela qual esse caso está em julgamento é porque o promotor Tom Sneddon é obcecado por Jackson desde que o caso de 1993 contra o pop star caiu por terra. Desde então, Sneddon tem repetidamente falado à imprensa sobre o caso Jackson e até reabriu a investigação em algumas ocasiões, unicamente em razão de reportagens incomprovadas de tablóides sobre outros acusadores. Mas mesmo depois de uma exaustiva perseguição de 11 anos a Jackson, isso foi tudo que Sneddon pôde trazer: uma família de vigaristas que fez alegações duvidosas de abuso sexual para ganho financeiro no passado.
Mas como qualquer um que esteja acompanhando o caso Jackson sabe, se você tem a mídia de massa a seu lado (bem como um gabinete de promotoria que reconhecidamente usa o Associated Press para espalhar histórias pró-promotoria) e um público generalizado que é rápido em assumir o pior sobre alguém que não adere às normas sociais, você pode fazer o público acreditar em qualquer coisa - até nas alegações sem sentido contra Michael Jackson.
Fonte: The Veritas Project
Traduzido por Caroline MJ para o The Untold Side of the Story. Se reproduzir, colocar créditos.
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