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Dentro do Passado Imperfeito – Elizabeth Loftus Desafia Nossa Total Lembrança


Dentro do Passado Imperfeito – Elizabeth Loftus Desafia Nossa Total Lembrança

Por Kit Boss


Traduzido por Daniela Ferreira


Uma coisa muito ruim aconteceu com Rose quando criança, mas por um longo tempo, ela nunca soube.
Quando ela folheava o álbum de fotos mental da vida dela, não era como se ela tomasse uma decisão consciente para pular a parte do álbum que deveria ter incluído a coisa ruim, mas sim, as páginas estavam em branco, anos inteiros faltando. No momento em que Rose se tornou mãe, com seus próprios filhos, ela se perguntou se ela poderia recuperar qualquer um dos 40 anos de idade faltantes.
Um dia, Rose soube que a casa que ela tinha crescido estava à venda. Ela arranjou uma entrada. Dentro da ampla casa velha, ela parou de espanto. Ali estavam as escadas de um sonho recorrente, aquele onde as pernas sempre dissolviam antes que ela pudesse ir até o topo. O corretor de imóveis a levou até o segundo andar, para o banheiro principal.
Rose deu uma olhada para a banheira com pés. Olho na mente dela e imaginou o pai no banheiro. Imaginou-se como uma menina na banheira. Ela imaginou... Coisas muito ruins.
Ela agradeceu ao corretor de imóveis e correu para fora da casa e para o sifocante verão. A memória brilhava como asfalto quente. O coração batia forte. Minutos se passaram. Ela puxou o carro para o lado da estrada, não tenho certeza de como ela tinha viajado nas últimas dúzias de quarteirões. Acalme-se, disse a si mesma; refresque-se.
Ela dirigiu a uma piscina e flutuou.

Esta memória foi terrível, sim, mas ela também era preciosa e poderosa. Ele redefiniu Rose – ela havia se tornado um sobrevivente de incesto.
Ela ajudou a entender as crises de depressão e ataques de raiva. Ela encheu os espaços em branco. Rose começou a liderar um grupo de apoio, em breve ela fez estudos para um mestrado em aconselhamento. A vida dela era um quebra-cabeça e que tinha encontrado a peça que faltava. Ela acreditou na veracidade da memória dela A fé dela era total.
Tão profunda era a convicção de Rose que ela fez uma peregrinação para a Universidade de Washington para contar a história dela a Elizabeth Loftus, professora de psicologia e especialista de renome mundial sobre o funcionamento da memória.
Rose sabia de Loftus, ela a tinha visto na televisão e a ouviu falar em uma conferência de distúrbio mental.  O que Loftus havia dito sobre as chamadas memórias "reprimidas" a deixou com raiva. Então Rose ligou para Loftus, configurou essa visita a ao escritório dela, e, por essa história, pediu que seu nome verdadeiro não pudesse ser utilizado.
Loftus anotou notas enquanto Rose falou: 5 a 10 sem memória; 10 anos de idade lembru quase tudo; F abusou de V enquanto ela estava com as amígdalas doentes, 4 a 5 anos de idade. O termo que Loftus utiliza para informaçõe s como esta é "anecdata". O rótulo para pessoas como Rose: Os verdadeiros crentes.
"Como você sabe que essas memórias são reais?" Loftus perguntou a Rose.
 Isso explica os sentimentos", disse Rose. "Isso explica um monte de coisas."

As palavras se encaixaram cuidadosamente, como telhas do Scrabble que estão sendo colocadas em uma placa de modo a não perturbar as palavras que já estão lá. Rose sentou-se ereta. Nada parecia mover-se, além da boca dela.
"Por que eu não poderia ter relações íntimas? Não porque eu não queria. Não porque eu não era casada. Não porque eu não era atraente."
Loftus disse: "Eu acho que é muito natural querer uma explicação."
"E eu tenho isso", disse Rose.
"Mas", Loftus perguntava: "é a explicação correta?"

Uma psicóloga social, Carol Tavris, gosta de chamar as memórias de "A tabela de conteúdo de nossas vidas."
Uma passagem do livro novo de Loftus “O Mito da memória reprimida”, publicado este mês pela St. Martin Press e coescrito por Katherine Ketcham, coloca-o assim: "Em um mundo caótico, onde tanto está fora de controle, precisamos acreditar que nossas mentes, pelo menos, estão sob nosso comando. Precisamos acreditar que as nossas memórias, inerentemente confiáveis e seguras, podem chegar de volta ao passado e dar sentido às nossas vidas".
Sobre a veracidade inerente, durabilidade e inalterabilidade de memórias, Loftus passou os últimos 20 anos – quase a vida profissional inteira – lançando grandes sombras de dúvidas.
"Ao final dos anos 70, ela era um nome familiar" no campo dela, diz Stephen Ceci, um psicólogo da Universidade de Cornell que tem colaborado com Loftus. "Aqui está esta mulher relatando experimento após experimento mostrando que a memória não é como uma câmara de vídeo."
Loftus nunca manteve as descobertas dela tranquila. Revistas profissionais não podem contê-la. Loftus acredita que o trabalho dela seja de tal conseqüência prática que ela semeia as conclusões onde as pessoas se reúnem: tribunais, rádio e TV talk-show; almoços do Rotary club.
Enquanto isso, a terapia de recuperação de memória se tornou algo de uma técnica du jour. Para trazer traumas há muito perdidos, alguns conselheiros, psicólogos e populares livros de autoajuda defendem um conjunto de ferramentas: hipnose, análise de sonhos, escrita em transe, amital de sódio, mesmo a interpretação de "memórias corporais", disse a residir nos músculos. O que começa como um tratamento para um transtorno alimentar ou depressão pode, com a escavação suficiente, revelar memórias até então desconhecidos de abuso sexual na infância. Muitas das histórias de compartilhar as características de pormenores inquietantes confisões não documentadas.
Essas memórias foram recuperadas pelos filhos de advogados e empresários, professores e policiais, ministros e agricultores. Roseanne Barr tinha 36, quando, de repente, ela recuperou quadros mentais de abuso e incesto abrangendo desde a infância até a adolescência, ela acusou os pais dela na capa da revista People ("Confissão Admirável de Roseanne: Eu sou uma sobrevivente de incesto", 07 outubro de 1991).
Em 1988, o legislador adotou memórias recuperadas, Washington se tornou o primeiro estado a rever o estatuto de limitação para a apresentação de processos de abuso sexual civis. O relógio começa a contar não quando o alegado abuso é cometido, mas quando o abuso é lembrado.
Também impressionante perto de casa, o caso dramático de Paul Ingram foi trazido à atenção nacional este ano em um livro do escritor novaiorquinno Lawrence Wright, "Lembrando Satanás". Ingram, um ex-xerife de Thurston foi preso em 1988 e agora está cumprindo uma sentença de 20 anos depois de confessar o abuso repetido da filha em ritual satânico. Ingram agora insiste que a confissão dele, bem como as acusações da filha, eram o produto de falsas memórias (Loftus apelou ao governador Mike Lowry para reabrir a investigação do caso).
As chaves do carro, aniversários, números de telefone, fórmulas: Esquecemos muito, alguns dos quais nos lembramos mais tarde. No entanto, Loftus avança uma proposição muito mais inquietante: a de que, através de uma combinação de sugestão externa e uma crença interior, podemos sinceramente vir a acreditar que nos lembramos de algumas coisas muito ruins que nunca aconteceram.
"As pessoas podem definitivamente recuperar memórias verdadeiras", disse Loftus. "Você apenas tem que ir a uma reunião do colégio para provar isso a si mesmo. O que eu estou tentando dizer é: Onde está a prova de que um fluxo interminável de traumas pode ser enterrado no inconsciente, de onde décadas depois você pode, com segurança, desenterrá-los?”.
"Não há nenhuma prova científica."

O que tem sido, no entanto, é um acréscimo de anecdata. Isso criou um novo subgrupo de vítimas que, em 1992, formou a Fundação Síndrome de Falsa Memória.
 Mais de 14 mil famílias nos contatou para dizer algo como isso aconteceu com eles", disse o diretor do grupo com sede em Filadélfia, Pamela Freyd.
"A integridade em falar sobre um assunto que é tão politicamente incorreto, especialmente para as mulheres, é notável", disse Freyd de Loftus, que faz parte do conselho consultivo FMSF. "Ela não precisa disso para ser famosa."

“Negar as memórias outro é semelhante a razorar as páginas de uma Bíblia de Gutenberg, o proprietário provavelmente irá protestar. Os verdadeiros crentes têm chamado Loftus de má, oportunista, uma inimiga das crianças, das mulheres e do movimento de recuperação. Ela tem sido comparada a esses historiadores que negam o holocausto judeu.
Um funcionário do Departamento de Correções da Geórgia, que recentemente escreveu uma carta a Loftus e assinou "Survivor", seguido por sete pontos de exclamação, se perguntou: "Eu não tenho certeza de quão bem você consegue dormir sabendo que você está na lista de leitura top 10 de criminosos sexuais."

Memórias de Elizabeth Loftus:
A curriculo dela é mais grosso do que monografias (que lista mais de 150 artigos, dos quais foi autor principal e 19 livros, incluindo o acadêmico "Memory," a prática "testemunho ocular: Civil e Penal", e a hagiográfica "Witness for Defense").
Ela consultou ou testemunhou em mais de 200 casos, em algum momento sob o emprego de defensores de notórios: Ted Bundy; Willie Mak, o suposto estuprador Harborview, o Estrangulador de Hillside, os irmãos Menendez; Oliver North.
Trezentos e cinqüenta dólares por hora é a taxa publicada para consulta forense. ("Eu gosto que os advogados famosos saibam que meu tempo vale tanto quanto a deles.")
Só este ano, e sem contar com uma viagem no final de agosto à Noruega, ela já acumulou 50.000 milhas de passageiro frequente (próxima parada: Tokyo, para entregar o discurso de abertura da reunião anual da Associação Psicológica Japonês). Em um vôo, ela se sentou ao lado de uma mulher que acabou por ser uma professora sobrevivente de trauma de infância – e que, ao saber a identidade Loftus, começou a golpeá-la com um jornal.
Ela não consegue identificar o ano das últimas férias reais dela. ("Por que eu iria querer entrar em um avião e ir a algum lugar sem motivo?").
Ela tem 49 anos e persegue nada que pudesse ser razoavelmente chamado de um hobby. Para descontrair, ela lê True Crime.
Ela faz amigos facilmente. Chamam-lhe Beth. Ela socializa com grande prazer e um pouco de queijo e nozes. Ela exibe um carinho para o vinho branco e alcaçuz vermelho.
Ela pode ser vista em todo o departamento de Psicologia dqa UW usando um brinco clip-on, devido à quantidade de tempo que ela gasta no telefone. Ela abriga um medo irracional de ter as orelhas furadas (ela está convencida de que durante o sono a jóia seria envolvido pelas roupas de cama dela), e um medo completamente racional de ser picada por uma abelha (ela é alérgica).
Ela é um compulsivo encaracoladora de cabelo.

Ela nunca dorme durante oito horas sem despertar no meio, e ela sonha recorrentemente sendo perseguida – às vezes por criminosos, às vezes pela polícia.
 Ambos me perseguem", diz Loftus. "Em noites diferentes."
O mais polêmico dos experimentos de memória de Loftus é conhecido por aquilo que poderia ser o título de um filme de Macaulay Culkin:

Perdido no Shopping Mall.

"Rapaz, é uma experiência que as pessoas adoram odiar", disse Loftus.

Até o momento que a ideia do shopping veio a ela, em 1991, enquanto passava por um Shopping Center nas redondezas Atlanta, Loftus já tinha passasdo 15 anos examinando o efeito "desinformação". Alguns dos primeiros estudos dela foram financiados pelo Departamento de Transportes dos EUA, que estava interessado em aprender o quão facilmente Loftus, com nada mais do que algumas questões principais, poderia implantar a lembrança de um sinal
YIELD em um cruzamento onde, de fato, só havia sinal de STOP. Não demorou para Loftus criar memórias falsas de não veiculares também: bigodes no lugar de lábios bem barbeados; Mickey Mouse no lugar de Minnie.
"Foi mais um passo para implantar toda a memória, detalhada", disse Loftus. "Isso é o que o Perdido no Mall representa."
A metodologia: Duas dúzias de indivíduos adultos foram recrutadas. Um parente próximo de cada sujeito ajudou os pesquisadores com um breve relato de três eventos de infância que tinha realmente acontecido (uma festa de aniversário, por exemplo, ou uma viagem para o zoológico), os parentes também ajudaram a conceber um quarto evento fictício – uma viagem de compras em que o sujeito se perdeu. Em seguida, cada participante leu uma breve descrição dos quatro eventos da infância, e foi perguntado se ele ou ela se lembrava do evento, e em caso afirmativo, fornecer mais detalhes.
Fase dois: Os sujeitos voltaram ao laboratório duas vezes durante as duas semanas seguintes e foram convidados novamente a se lembrar dos quatro eventos.
Resultados: Até o final do experimento, pelo menos, 20 por cento dos indivíduos desenvolveram memórias de perdidos-no-shopping, pelo menos parciais.
"Desci todos os corredores", lembrou Tran, uma mulher de 20 anos que tinha sido dita que ela se perdeu em uma Bremerton K-mart, enquant estava no caminho para comprar um Icee blueberry. "Eu andei todo o departamento de sapatos. Então caminhei... onde todos os lençóis e edredons estão. Então eu fui para onde os eletrônicos estavam e eu estava chorando."
Um sujeito de teste anteriormente, Chris, se recusou a abandonar a falsa memória, mesmo depois que ele foi dito que isso nunca aconteceu. A lembrança implantada de ser encontrado, chorando, em um shopping Spokane por um homem velho em uma camisa de flanela se tornou mais real que a memória de alguns eventos reais. Chris se tornou, para usar um termo, um mentiroso honesto.
O QUE É TEM MAIS significado prático sobre Perido no Shopping Mall é isto: è a base de uma explicação alternativa para a fonte de memórias recuperadas que verdadeiros crentes fingem que foram reprimidos. Ou seja, que as memórias foram implantadas por algum tipo de sugestão, pois eles são falsos, pois eles são "pseudomemories".
Há quase um século, Sigmund Freud teorizou que a mente possuía um mecanismo de defesa que é empregado, às vezes deliberadamente, para proteger a mente consciente de experiências e sentimentos dolorosos. Hoje, o termo repressão é geralmente usado para descrever um mecanismo inconsciente que pode trancar até mesmo uma experiência volumosa em algum armário mental, de modo que nem mesmo a memória da memória permanece, décadas mais tarde, o armário, de alguma forma, pode ser aberto e a memória desfraldada, intocada e intacta, como se tivesse sido embalado em cânfora. Terapia de recuperação de memória é construída sobre a noção de repressão.
Uma das metáforas de animais de Loftus é que informações falsas podem invadir a mente como um cavalo de Tróia. Para continuar o pensamento, as perguntas sugestivas ajudam a abrir o portão, e preocupação de nossa sociedade com o abuso sexual pode nos distrair de considerar uma possibilidade impopular – o cavalo pode não ser o que parece.
"Não precisamos de abuso sexual para justificar o horror dos nossos sentimentos?" Loftus pergunta. "De alguma forma, se você pode criar um crime que corresponde à gravidade da sua tristeza, ele se encaixa melhor".
Os críticos do Loftus rejeitam a memória implantada de Perdido no Shopping como insuficientemente traumático para o experimento a ser utilizado como um formão para desbastar memórias recuperadas de abuso sexual. "Eu acho que ela trai o lugar dela no debate, referindo-se àqueles que não concordam com ela como verdadeiros crentes", observa Jenny Durkan, um advogado de Seattle que ganhou um veredito de US $ 600.000 em um caso de memória recuperada ouvido por um júri de King no início deste ano. "Essas não são as palavras de um cientista, mas de um advogado."
Para muitos, a repressão continua a explicar certos sentimentos. É também resiste à refutação.
"É como provar que os unicórnios não existem", diz Richard Ofshe, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, sociólogo e crítico fervoroso de terapeutas que adotam o conceito que ele chama de "repressão robusta."
Ofshe dividiu o Prêmio Pulitzer em 1979 para arrecadar porcaria em torno do programa de reabilitação de drogas Synanon. Desde então, ele virou o escrutínio para a terapia de memória recuperada (o novo livro dele, "Making Monsters: False Memory, Satanic Cult Sexual Abuse e Hysteria" está agendado para publicação Charles Scribner's Sons no próximo mês). Ofshe chama a terapia da recuperação de memória de "a maior charlatanice psiquiátrica do século 20", a "pseudociência" causando mais danos do que a mania de lobotomias dos anos 40 e 50. 

OS PAIS DE ELIZABETH FISHMAN LOFTUS se conheceram em Fort Ord, durante a II Guerra Mundial. Sidney Fishman era um médico do Exército, Rebecca era bibliotecária. Beth foi o primeiro filho, e Dr. Fishman recebeu o aviso do nascimento, enquanto estacionados na Nova Guiné.
"Eu ainda tenho a carta", disse Beth. Ela mantém em uma caixa de papelão, e a lê a faz chorar. O que a mãe dela escreveu, em parte, foi: "Eu espero que você não esteja muito desapontado que não é um menino, meninas são realmente muito bonitas e carinhosas e você pode ir e beijá-las quando elas crescerem."
Após a guerra, Sidney abriu um consultório general em Santa Monica, na Califórnia.  Quando Beth tinha 14 anos, ela e a mãe e a tia Pearl viajaram para o Oriente para visitar um tio. Enquanto estava de férias, a mãe se afogou em uma piscina.
"Eu nunca vi o corpo da minha mãe", ela relata em "O Mito da memória reprimida", "e eu não conseguia imaginá-la morta".
Trinta anos mais tarde, o irmão do tio disse a Beth que foi ela quem encontrou o corpo na piscina. "Depois do choque inicial... as lembranças começaram a voltar... Talvez essa memória, morte e agora revivida, poderia explicar a minha obsessão com distorção de memória, o meu vício em trabalho compulsivo, meu desejo não realizado de segurança e amor incondicional."
Como as coisas aconteceram, não podia. Beth soube, mais tarde, que o tio cometeu um erro. Foi a tia Pearl que tinha descoberto o corpo.
"Eu me lembro de, quando minha mãe morreu, decidir que não havia Deus", diz Loftus.
Havia outros traumas de infância, as noções básicas de que Beth não tem nenhuma razão para duvidar. Aos 6 anos, ela foi submetida a frottage indesejada por uma babá (um incidente, sobre o que ela falou pela primeira vez publicamente no banco de trstemunha, quando um advogado de acusação implicou que ela sabia pouco sobre o abuso sexual de crianças). Quando ela estava no colégio, a casa da família em Bel Air foi queimada.
Frottage significa esfregar o corpo contra o corpo de outra pessoa para obter prazer sexual.

Beth se destacou em matemática ("A única coisa que meu pai e eu fizemos juntos") e passou a estudar na UCLA, onde também se matriculou no primeiro curso de psicologia. O assunto emocionou. "Tudo o que eu estava fazendo é o teorema de Pitágoras por anos, e de repente há pessoas!" Dedicou as eletivas dela para psicologia e
se formou com um duas especializações. Quando soube que Stanford oferecia o melhor programa Ph. D. em algo chamado psicologia matemática, parecia óbvio que ela devia ser aplicada.
Em Stanford, ela se apixonou perdidamente por um estudante de graduação de psicologia bonito chamado Geoffrey Loftus. Eles ficaram noivos após três meses, e casram-se depois de nove.
Enquanto isso, os projetos de pesquisa a deixou frustrada. Ela se sentia "como um operário de fábrica", à espera que um colega da linha prendesser um parafuso antes que ela pudesse estragar a porca.
Perto do fim dos estudos na Universidade de Stanford, como Beth já estava trabalhando nas dissertações ("An Analysis of the Structural Variables that Determine Problem Solving Difficulty on a Computer-based Teletype), ela passou a fazer um curso com um professor estudando semântica da memória – as formas em que as diferentes partes de informações armazenadas no cérebro relacionam-se umas às outras.
"De repente", diz Geoffrey", ela ficou totalmente imersa. Dentro de dois anos, ela se tornou a senhora memória semântica.
"Se uma pessoa odeia o trabalho ou ama o trabalho dela, não importa. O fato de que uma pessoa está interessada no trabalho dela é que é importante para Beth."
Geoffrey Loftus, ele próprio um psicólogo cognitivo respeitado, ingressou na faculdade UW em 1972; Beth aceitou uma posição lá no ano seguinte. Os escritórios deles estão empilhados quase diretamente em cima um do outro em Guthrie Hall, e eles falam muitas vezes sobre o trabalho em andamento. A amizade fácil sobre questões de erudição e emoção pode levar a uma estranha surpresa, pois eles já se divorciaram há três anos, mas desafiaram a caricatura de ex-namorados rancorosos. Ambos atribuem à separação, em grande parte, ao consumo de devoção de Beth para o trabalho.
"Eu gosto de tirar férias onde eu quero", Geoffrey disse, "não onde a American Bar Association vai realizar a reunião anual".
OS PODERES DE MEMÓRIA DE ELIZABETH LOFTUS não são nada de especial. Para as exigências da vida cotidiana, ela se baseia em algumas muletas mnemônicas.
Um banquinho estrategicamente colocado bloqueando a por
ta da cozinha a sinais na lavanderia. . . roupas na secadora. Na garagem do aeroporto, "pega palavras" ("C é cute; D é dumb; E é eat...") ajudam-na a se lembrar em qual corredor ela estacionou o carro. Uma pequena pilha de papéis presos por um único grampo contém os números de telefone dos amigos, incluindo colega professora de psicologia da UW, Ilene Bernstein. "Ela provavelmente vai dizer que eu sou obcecada com memórias reprimidas e eu não posso falar sobre qualquer outra coisa e eu estou ficando chata", Loftus avisou. Pelo contrário, Bernstein disse: "Ela pode conversar com qualquer pessoa sobre qualquer coisa."
Mais frequentemente do que não, Loftus e as pessoas que ela passa a ser associada concordam que o tema da memória é fascinante, e a conversa naturalmente círcula em torno disso.
Isto é o que aconteceu uma recente noite de sexta.

O professor de psicologia da Universidade de Utah, chamado David Raskin, tinha voado para pescar trutas. Raskin é um dos maiores especialistas do país na aplicação de testes de polígrafo ("Ele está poligrafa quem é quem", Loftus anunciou mais de uma vez. "Ele poligrafou John DeLorean."). Loftus convidou Raskin para a casa dela, e chamou um punhado de amigos virem também. "Um dos salões de Beth", um convidado chamou isso.
Houve um advogado criminal, uma estudante, um ex-aluno, agora um terapeuta, outro advogado, um investigador legal, e Nora (não é o nome real), uma mulher local que Loftus nunca tinha encontrado que pertencia à Fundação Síndrome de Falsa Memória. Antes de todo mundo chegar, Nora contou como a irmã, enquanto na terapia, recuperou memórias de abuso sexual na infância e, depois, a irmã cortou todo o contato com os irmãos que ousaram questionar as memórias.
Em um ponto Nora disse: "A irmã que eu conhecia morreu em um acidente de terapia."

A casa de Loftus em Capitol Hill é velha e imponente e simplesmente decorada, no que parece menos como uma declaração de decoração do que o produto de desatenção. As características mais marcantes são um quarto vazio empilhados com documentos legais – depoimentos, registros médicos, notas de terapeutas – a partir dos 20 ou mais casos ativos em que Loftus pode ser chamada a depor, alguns mapas antigos emoldurados, que Loftus coleciona, e uma sala de estudos
no andar de cima, com uma pequena biblioteca rica de livros sobre a memória reprimida, incluindo a bíblia do movimento, "A Coragem para Curarl" (que alguns membros FMSF chamam "A Coragem para Odiar").
Lá embaixo, o resto dos convidados chegou. A conversa ricocheteou entre Michael Jackson (Loftus foi requistada quando o cantor foi acusado de acariciar um jovem visitante na mansão dele), OJ, pescando condições no Rio Hoh, e transtorno de personalidade múltipla.
Eventualmente, Raskin disse: "Tanta patologia, tão pouco tempo", e todo mundo foi para o pub favorito de Loftus no bairro, Grady’s, para o jantar.
Jarros de cerveja materializaram, e um copo de vinho branco para Loftus. Atualmente, as pessoas começaram a contar as primeiras memórias delas.
Loftus ouviu atentamente, sem mencionar a própria primeira memória, até outro dia.

"Eu costumava pensar que minha lembrança mais antiga era de ir ver o filme 'The Greatest Show on Earth'", disse ela. "Porque eu me lembro de dizer a mim mesma: 'Este é o mais divertido que eu já tive na minha vida, e eu vou me lembrar para o resto da minha vida. E para o resto da minha vida eu me lembrei disso, como a minha primeira memória.”
"E apenas recentemente, quando eu estava escrevendo um artigo sobre a amnésia da infância eu fui em uma livraria e encontrei um livro sobre cinema. E eu descobri que 'The Greatest Show on Earth' realmente foi lançado quando eu tinha 8 anos. E eu pensei, ‘Oh, não. Isso é terrível. Ele não é a minha primeira memória '. Porque eu sei que eu tinha lembranças antes de 8.
MEMÓRIA-AS-VCR, ou como qualquer coisa que você pode comprar no Radio Shack, é uma metáfora on-the-fritz, e Loftus ajudou a quebrar isso. É chegada a hora de substituir as câmeras de vídeo e Polaroids e computadores e assim por diante. Mas com o quê?
Dr. Marsel Mesulam, um neurologista da Universidade Northwestern, que ajudou a organizar uma conferência de memória da Universidade de Harvard que Loftus participou no início deste ano, disse: "Realmente, algumas das novas teorias sobre a memória são extremamente difíceis de articular e compreender."
No entanto, ele corajosamente tentou explicar. "Toda memória é distribuída através de uma grande parte do cérebro. Estamos falando de um órgão que tem entre 10 e 100 bilhões de elementos intrinsecamente ligados, cada um com especialização, usando dezenas de transmissores químicos. A lembrança resultante é o produto final de muitas áreas diferentes sendo ativadas em certos padrões de uma só vez".
Mesulam respirou. "É claro que a distorção é parte da biologia da memória. Nós podemos comprar câmeras que são muito baratas. A beleza do cérebro não é a precisão, mas a criatividade."
Essa metáfora da memória tem sido sugerida pelo ganhador do Prêmio Nobel neurocientista, Dr. Gerald Edelman: a mente é como um tumultuado teatro, onde atores-neurônios apresentam repetidos revivamentos de performances, roteiros.
"Que bom", disse Loftus. "Eu gosto muito disso."
Para um cientista a estudar algo que existe apenas como um conceito – a mente – Loftus pode ser confusamente concreta. Uma vez, quando fez uma pergunta sobre a própria memória, que foi projetada para detonar repercussões filosóficas profundas, a resposta dela foi:
"Às vezes, pode ser melhor com memórias distorcidas. E, às vezes, é simplesmente velho, não importa se a nossa memória é perfeitamente correta ou não. Isso só importa quando você começa a usar memórias para acusar pessoas, e você quer aprisioná-las ou tomar o dinheiro delas."
Elizabeth Loftus mostra resistência notável no rosto de tantos crentes verdadeiros que se agarram às velhas metáforas. Nos discursos e artigos e aparições dela na TV, ela toma o cuidado de salientar que verdadeiras vítimas de abuso sexual precisam do nosso apoio, e que "muitos indivíduos torturados precisam de tempo para trazer o segredo obscuro do abuso dele à luz." E, ainda, Loftus é casado com a pesquisa dela, que a levou inexoravelmente por um determinado caminho.
Ela não tem falta de compaixão, mas a maior parte é dispensada para uma menos popular, classe minoritária das vítimas. Apesar das Roses que atravessaram a vida dela, ela mantém-se aliada com os Pauls Ingrams, os pais das Roseannes, as Noras do mundo.
A dor deles é real, as vidas deles foram partidas em pedaços, é natural que eles queiram uma explicação também.
Kit Boss é um escritor para a revista Pacífico. Harley Soltes é fotógrafo pessoal do Pacífico. 


 
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Supremo Tribunal de Minnesota rejeita “memória reprimida” como Ciência Porcaria


Supremo Tribunal de Minnesota rejeita “memória reprimida” como Ciência Porcaria

 

 

 

 


31 de julho de 2012

 

POR THEMEDIAREPORT.COM

 

Traduzido por Daniela Ferreira

 



Quarta-feira passada, o Supremo Tribunal de Minnesota rejeitou a teoria psicológica da "memória reprimida", como falsa. O Tribunal declarou que aos estudos científicos que tentaram comprovar a teoria falsa "faltava confiança fundamental".

A Igreja está processando advogados e acusadores de abuso que têm tentado usar "memória reprimida" como forma de contornar os estatutos de limitações, a fim de ajuizar processos por muito dinheiro contra a Igreja Católica.

De acordo com os defensores da crença desacreditada, algumas pessoas esquecem completamente casos de trauma ou abuso extremo. Então, anos ou décadas mais tarde, um evento ou pensamento – frequentemente dirigido por um terapeuta convincente – faz com que, de repente, “se lembre” de terem sido abusadas ou traumatizadas.

No caso em Minnesota, um acusador – representado pelo advogado de alto perfil, que processa a igreja, Jeff Anderson – tentou alegar que o caso de abuso dele contra um sacerdote católico não deve ser limitado pelo estatuto de limitações (não deve ser considerado prescrito, fora do prazo para processar), porque ele era simplesmente incapaz de se lembrar de que estava sendo abusado, porque ele "reprimiu" a memória de que isso aconteceu.

Felizmente, os tribunais de Minnesota não compraram isso. 

A teoria da "memória reprimida" é bizarra, é verdade.  Os principais especialistas do mundo em memória têm redondamente refutado a teoria amplamente.

Dr. Richard J. McNally, Professor e Diretor de Treinamento Clínico do Departamento de Psicologia da Universidade de Harvard: “A noção de que eventos traumáticos podem ser reprimidos e mais tarde recuperados é o mais pernicioso folclore que já infectou a psicologia e a psiquiatria. Isso forneceu a base teórica para a "terapia de memória recuperada" – a pior catástrofe que se abateu sobre o campo da saúde mental desde a época lobotomia”.

Dr. James McGaugh, da Universidade da Califórnia, em Irvine:...... “Eu vou com a ciência, não modismos, E não há absolutamente nenhuma prova de que isso possa acontecer. Zero. Nenhum. Niente. Nada. Toda a minha pesquisa diz que as fortes experiências emocionais deixam fortes memórias emocionalmente. Ser sexualmente molestado certamente se enquadra”.

Dr. Elizabeth Loftus, Professora de Psicologia da Universidade da Califórnia, em Irvine: “Você não pode ser estuprada por 10 anos e não se lembraer. No entanto, de acordo com os aficionados da repressão, tudo é possível”.

Dr. Paul McHugh, presidente do Departamento de Psiquiatria da Universidade Johns Hopkins: “Se a inveja do pênis nos fez parecer idiotas, isso vai nos fazer parecer totalmente ingênuos". 

No entanto, seria difícil saber, a partir da cobertura da mídia ao longo dos últimos anos, que "memória reprimida" foi completamente desmascarada e desacreditada. Jornalistas estão relutantes em informar aos leitores quaisquer fatos que possam denegrir o sensacionalismo das acusações de abuso sexual na Igreja Católica. Ao relatar sobre "memória reprimida" casos contra os padres católicos, os jornalistas quase universalmente deixam de transmitir que a teoria é um absurdo científico. 

Mais uma vez, quando os fatos não se encaixam na narrativa que a mídia aceita, os fatos são ignorados. Glória à Suprema Corte de Minnesota, no entanto, para contar a história que a mídia não vai.

 


 

 
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Dinheiro – Minto por Você, Mato por Você, Vendo Minha Alma para o Diabo por Você


Dinheiro – Minto por Você, Mato por Você, Vendo Minha Alma para o Diabo por Você

 

 

No dia 06 de maio de 2013, uma bomba caiu sobre nossas cabeças. Wade Robson, o conhecido coreógrafo australiano que conviveu com Michael desde que tinha cinco anos de idade, ajuizou uma ação civil contra o Espólio do cantor alegando ter sido vítima de abuso sexual. A notícia foi dada, primeiramente, pelo tabloide TMZ. Por se tratar de uma fonte não confiável, a primeira ideia que passou pela cabeça de muitos de nós era de que se tratava de mentira ou que, pelo menos, estava certa a informação de que Wade estava processando o Espólio, mas com alegações de abuso sexual. Mas não demoramos a ter acesso à moção ajuizada no dia primeiro de maio deste mesmo ano e confirmar que, sim, Wade Robson alega que Michael Jackson abusou dele entre os anos 89-90. Ou seja, entre oito e dez anos de idade.

A notícia não é chocante apenas por Michael estar sendo acusado injustamente, mais uma vez, de um crime horrendo, por dinheiro. Mas porque Wade Robson tem sido um defensor de Michael Jackson há 20 anos, tendo sido, inclusive, uma das mais fortes testemunhas de defesa no julgamento do astro em 2005. Não só Wade sentou no banco de testemunhas para defender MJ, mas também a mãe e a irmã dele.

Wade Robson conheceu Michael Jackson quando tinha cinco anos, depois de vencer um concurso realizado pela companhia do cantor, durante a Bad Tour. Wade teve a oportunidade de subir ao palco com Michael e se apresentar por alguns minutos no show de Brisbane. O que lhe rendeu o ingresso em uma companhia de dança.

Segundo o próprio Wade, ele não teve contato com Michael por muito tempo, até que ele foi aos Estados Unidos com a companhia de dança para se apresentar na Disney. Nessa ocasião, a mãe dele, Joy Robson, entrou em contato com a secretária de Jackson. Michael se lembrava de Wade e convidou a família para ir a Neverland.
Segundo Wade contou durante o testemunho dele no julgamento, que você pode ler na íntegra aqui, eles ficaram por um fim de semana. Ocasião em que ele e a irmã, Chantal, dormiram no quarto de Michael.

Conforme você pode verificar lendo o testemunho de Wade Robson, ele e a mãe e a irmã se mudaram para os Estados Unidos e, desde então, eles sempre estiveram em contato com Michael, indo a Neverland diversas vezes.

Quando Michael foi acusado de abuso sexual em 1993, porém, Wade e a família dele saíram em defesa dele, como você pode ver neste vídeo:

 
 
Wade teve a oportunidade de depor no caso, acompanhado pelo advogado dele, e negou ter sido molestado por Michael Jackson, como você pode confirmar no testemunho dele dado em 1005.
Em 2005, a promotoria alegava que Wade era uma vítima de Michael Jackson, mas Wade foi ao tribunal defender o homem que ele chamava de amigo e mentor.
Wade Robson negou, categoricamente, todas as perguntas, tanto feitas pela acusação, quanto as feitas pela defesa, de se Michael Jackson algum vez o tocou de forma inapropriada ou se ele alguma vez viu MJ tocar uma criança de forma inapropriada. Mas, agora, Wade está processando o Espólio de Michael, um homem que não pode se defender, porque está morto, alegando ter sido vítima de abuso sexual. Mas não podemos aceitar isso sem questionar, pois as contradições são inúmeras.
Em um primeiro momento, Wade Robson alegou ter sofrido de amnésia traumática, “memórias reprimidas” e que, por essa razão, não sabia, até o momento que ele tinha sido abusado. Alegações de memórias reprimidas são tomadas com total descrédito pelas autoridades, uma vez que isso, em diversos casos, provou ser um artifício para aplicar golpes.
Assim, foi preciso mudar o discurso, e, de um dia para o outro, os tabloides começaram a dizer que o pobre Wade Robson estava sendo ameaçado por Michael Jackson, e por isso não contou que tinha sido vítima. Ok. Mas... e quanto ás diversas declarações e homenagens que Wade prestou a Michael desde o falecimento da estrela?
Que Wade ficasse silente por ser ameaçado já é difícil de acreditar, pois a polícia existe para que você denuncie que está sendo ameaçado também. Michael Jackson não era todo poderoso a ponto de poder cometer um crime e ameaçar a vítima a ponto de ela não ter a quem recorrer. Wade teve a oportunidade de testemunhar contra MJ e não o fez. Se ele estava sendo ameaçado, bastaria revelar isso no julgamento e Michael estaria na prisão ate hoje, provavelmente.
Quem poderia ferir Wade ou a família dele uma vez que ele tivesse revelado que tinha sido vítima e estava sendo ameaçado? Quem poderia impedi-lo de dizer a verdade, uma vez que ele estava ali, diante de uma sala cheia de pessoas, policiais, um júri, juiz e promotores? Quem poderia impedir Wade Robson de revelar a verdade, SE ele realmente tivesse sido uma vítima? Ninguém poderia. Michael Jackson não é Deus. Ele não estava cima da lei e fora do alcance. Ele estava sendo julgado, estava vulnerável e correndo risco de ser condenado e passar o resto da vida dele na prisão, o que ele poderia fazer contra Wade Robson? Não, pessoal, essa alegação de que foi ameaçado não cola. A mãe de Wade estava tão segura no testemunho dela que elea chegou a rir de uma pergunta do promotor Tom Sneddon sobre se ela não se preocupava em deixar Wade dormir no quarto de Michael. Ela disse que não havia problema alguma. Você pode ler aqui, no testemunho, dela a afirmação de que ela confiava em Michael completamente, confiava em Michael com os filhos dela, que Michael era uma pessoa especial que tinha sincero amor pelas crianças.

Mas vamos tentar pensar as coisas da forma como os acusadores pensam: Wade teve as memórias reprimidas, mas depois se lembrou. E foi então que ele passou a ser ameaçado; E isso que querem dizer? Ok. Mas eles não disseram que um médico viu Wade quando ele era criança?! Opa, primeira contradição. Se ele foi examinado quando criança, então não é um caso de memórias reprimidas. Ah, ok, então foi apenas ameaças. Mas se as homenagens que ele prestou a Michael desde a morte dele? Quem ameaçou Wade para que ele homenageasse Michael?  

Poucos anos depois que Michael foi absolvido, Wade fez este show em homenagem a ele:
 

Quem tem sido molestado e obrigado a ficar calado iria fazer tributo ao predador que o molestou?!
Mesmo que aceitássemos o argumento de que ele foi ao julgamento defender Michael sob coação, não poderíamos aceitar que ele tenha feito todos os elogios e homenagens sob ameaça. Ainda mais depois da morte de Michael.

Wade Robson deu uma declaração sobre Michael Jackson em 2009:

“Michael Jackson mudou o mundo e, mais pessoalmente, minha vida para sempre Ele é a razão pela qual eu danço, a razão pela qual eu faço música, e uma das principais razões por que eu acredito na bondade pura da espécie humana. Ele tem sido um grande amigo meu há vinte anos. A música dele, o movimento, as palavras  pessoais de inspiração e  encorajamento e o amor incondicional dele viverão dentro de mim para sempre. Vou sentir falta dele imensamente. Mas agora eu sei que ele está em paz e encantando o céu com uma melodia, um moonwalk. Eu amo você, Michael”.

Ou isto, escrito no livro Michael Jackson Opus em 2010:

“Eu costumava falar com Michael durante três horas por dia. Eu nunca realmente soube como ele veio a encontrar tanto tempo, porque ele parecia tão ocupado, mas ele me ligava e  iria falar e falar e falar. Quando ele tinha um celular, ele liogaria e mandaria mensagens todo o tempo. Isso fazia parte de uma incrível amizade que durou por 20 anos.Conheci Michael quando ele estava começando aturnê Bad, em 1987. Eu tinha cinco anos, mas a empresa de Michael estava realizando uma competição de dança em cada país e entrei em uma em Brisbane. Lembro-me de ser criança e dançar os vídeos dele e o primeiro que vi foi ‘Thriller’, quando eu tinha dois anos. Era a gravação da minha mãe e eu só fiquei louco com isso. Eu costumava correr para a cozinha, com medo toda vez que o lobisomem vinha. Até o momento em que eu tinha três anos eu tinha praticamente aprendido toda a  coreografia.Eu acabei por ganhar o concurso de dança. Fomos ver Michael em Brisbane e em uma sala de cumprimentost fui apresentado a ele. Lembro-me de estar usando uma roupa de "Bad" – o cinto da minha mãe estava enrolado em volta de mim, tipo, cinco vezes. Michael ficou impressionado e me perguntou se eu dançava. Eu disse a ele que sim e ele disse: ‘Você quer performar comigo no show de amanhã à noite?’

Eu não podia acreditar. Ele devia performar  em Brisbane na noite seguinte. A ideia era para eu sair para a última música do show que era "Bad". Ele estava trazendo  algumas crianças órfãs, por isso ele achou que seria legal me trazer com a roupa ccompleta de ‘Bad’. No final da canção estávamos todos no palco, Stevie Wonder também estava lá e Michael veio e disse: ‘Vamos lá’. Eu entendi isso como ‘Entra no palco! Eu fui para o palco e jouei o chapéu no meio da multidão e comecei a enlouquecer. Quando me virei, Michael estava dizendo adeus para a multidão, as outras crianças foram embora e Stevie Wonder estava sendo escoltado para fora. O que ele quis dizer foi ‘Vamos lá vamos, acabou’.Quando eu percebi, eu corri para fora. Depois minha mãe e eu passamos duas horas com Michael em seu hotel e nos tornamos amigos. Ele nos mostrou clipes do novo Moonwalker ele estava trabalhando e nós conversamos e conversamos.

Nós realmente não ficamos em contato, mas eu me junteu a uma companhia de dança, literalmente no dia seguinte e, dois anos depois, eu estava nos Estados Unidos para me apresentar na Disneylândia. Entrei em contato com Michael através do pessoal dele, ele se lembrava de mim. Eu e minha família fomos para gravar no Record One,  onde ele estava mixando o album Dangerous.  Eu mostrei a ele alguns dos meus vídeos de dança e ele me disse. "Você e sua família querem vir para Neverland essa noite?" Nós todos concordamos e acabamos ficando por duas semanas. Nossa amizade floresceu. Durante duas semanas ele me levou no estúdio de dança, colocou um pouco de música e nós dançamos por horas. Nós sentávamosr lá e assistiriamos filmes como Teenage Mutant Ninja Turtles. Outras vezes apenas deixaríamos Neverland e dirigiríamos um carro, tocando música muito alta. Ele até me ensinou como fazer o moonwalk. Nós estávamos no stúdio de dança dele. Ele me ensinou passo por passo. Eu não consegui dormir a noite toda. A emoção de empurrar para fora da barra e deslizando para trás em um moonwalk com o cara que o fez famoso foi tão emocionante. Mais tarde, eu e meu minha mãe queriamos ir aos Estados Unidos para perseguir os meus sonhos de me tornar uma dançarino e ele nos ajudou. Ele me deu um grande começo por me colocar em alguns dos vídeos dele como "Black or White". O papel que ele assumiu era um de um mentor. Ele disse, quando eu tinha sete anos, que eu seria um diretor de cinema e isso é o que eu me tornei, ele criou uma sede de conhecimento em mim. Uma vez, um miniestúdio de gravação apareceu na minha porta, mas o que foi legal foi que ele me fez parar de ser uma criança mimada. Ele dizia: ‘Isto é para você, mas eu quero ver você faça algo com ele. Não aceite como garantido, ou eu o pegarei de volta. ’ A última vez que o vi foi em julho de 2008. Eu estava em Las Vegas trabalhando em um show e ele estava vivendo lá. Eu, minha esposa e ele e os três filhos dele tivemos um churrasco.

Era a coisa mais normal do mundo. Eu e minha esposa tinhamos alimentos integrais e compramos coisas para cozinhar. Mas quando chegamos lá, ele forneceu um monte de suprimentos. Eu disse: ‘Cara, Por que você trouxe um monte de suprimentos? Temos comida normal aqui’. Lembro-me de cozinhar, enquanto Michael ficou sentado sob um guardachuva. Tivemos grandes momentos, porque ele era uma pessoa tão carinhosa. Acima de tudo, eu vou sentir falta dessas conversas telefônicas. Eu ainda tenho o meu celular com o número de telefone dele. Eu simplesmente não posso suportar o pensamento de apagar as mensagens dele.”

Fonte: Michael Jackson Opus

Nesta entrevista em agosto de 2011, ele novamente elogiou Michael e falou do envolvimento dele com o projeto do Cirque du Soleil para o espetáculo em tributo a MJ, “The Immortal Tour”:
 


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Em julho de 2012, Wade deu esta entrevista atribuindo todo o sucesso dele a Michael:
 


 

Em todas as oportunidades, Wade Robson elogia Michael Jackson e reafirma que eram grandes amigos, que Michael foi o mentor dele. Em nenhum momento Wade demonstra ter alguma mágoa de MJ. Quem, sendo vítima de abuso sexual, iria passar mais de vinte anos ao lado do agressor? Quem, tendo sido ameaçado para não contar que tinha sido vítima de um crime horrendo, iria elogiar e homenagear o agressor em cada oportunidade?

Wade Robson, como já é conhecimento de todos, está em péssima situação financeira e tem perdido contratos, inclusive com o Cirque du Soileil, para o Espetáculo Michael Jackson Immortal.( Interessante como Wade ainda queria fazer parte de   mais um tributo a Michael Jackson, não?).Enfim, a vida financeira dele não aprece nada bem.  Diante disso, me parece mais que questionável que ele esteja acusando Michael Jackson agora, pedindo indenização. Tendo em vista tudo que dissemos neste post, há alguma dúvida de que Robson está em busca de dinheiro fácil? O cantor e compositor americano Omarion acha que não:


Brett Barnes, amigo de Michael, que também testemunhou a favor do amigo em 2005, também crê que Wade está em busca de dinheiro fácil, pois declarou no facebook:

“Eu gostaria que as pessoas percebessem que, nos últimos momentos dela na terra, todo o dinheiro do mundo não será nenhum conforto. Minha consciência limpa será."

Frank Cascio, que conviveu com Michael desde que tinha 3 anos de idade disse sobre Wade:

“A demência acometeu Wade Robson em uma idade muito jovem. As acusações dele são doentias e patéticas.”

O advogado de Michael Jackson, Tom Mesereau, tem dado diversas entrevistas, desde a notícia do processo, ressaltando o fato de que Wade foi um das mais fortes testemunhas de defesa em 2005. Ele também lembrou que Wade deu uma entrevista para o ET, em 2009, e novamente negou ter sido vítima de abuso sexual na oportunidade.

Com tudo isso só pode concluir que Wade Robson está acusando Michael Jackson, falsamente, por dinheiro. Eu acreditava que ele fosse um amigo verdadeiro. Ele foi um fã desde os dois anos de idade e aprendeu a dançar observando Michael. Para mim, a acusação dele é uma priva de que a raça humana é um desastre. Wade estar acusando Michael por dinheiro é o mais baixo com um ser humano pode chegar.  Wade está sendo ainda mais sórdido que Jordan Chandler, que fingia ser amigo, e, possivelmente, foi forçado pelo pai, a mentir (Evan até drogou Jordan com amital sódico) ou Gavin Arvizo, que sempre mentiu por dinheiro, desde a tenra idade.  Wade tem sido amigo durante 20 anos, ou, pelo menos, assim o acreditamos, mas agora, em dificuldades financeiras, ele não pensou duas vezes em vender Michael Jackson.

Se Wade Robson foi molestado desde os oito anos de idade, e foi obrigado a ficar calado por que ele estava sempre tão ansioso para comprar um nono álbum de Michael Jackson? Quando alguém é ameaçado, ele pode cumprir as ordens de quem o está coagindo, mas não iria continuar sendo um fã dessa pessoa. Ou você acredita que uma das exigências do criminoso era que Wade esperasse na fila para comprar um CD?

 
Wade Robson foi ao memorial de Michael e chorou histericamente durante a cerimônia. Em 2009, ele deu esta entrevista ao ET dizendo o quanto Michael era especial para ele, como ele valorizava a amizade deles e o que ele aprendeu com MJ:
 
 

“As crianças olha para Michael Jackson e veem um ser humano. Os adultos olham para Michael Jackson e veem uma máquina de dinheiro. É por isso que Michael gosta de crianças, porque elas o veem como ser humano.”

Phill Collins,

Infelizmente, nem todas as crianças conseguiam ver em Michael mais que um pote de ouro e, de toda forma, um dia a criança cresce, e o amor pelo ouro fala mais alto que tudo.

Atualização

Cumpre dizer, ainda, que o testemunho Wade Robson, e a família dele, assim como as demais pessoas que quando crianças dormiam no quarto de MJ foram de crucial importância na defesa, pois o júri pôde compreender o contexto, o porquê de Michael permitir crianças no quarto dele, e, também, na cama dele. O fato é que todos eles testemunharam que iso ocorria naturalmente. Eles dormiam no quarto de Michael como dormiam no quarto de qualquer outro amigo que fossem visitar como crianças geralmente o fazem. Nunca houve uma pressão do cantor para que isso ocorresse, nunca houve um “estratagema” por parte de Michael para levá-las a ficar no quarto dele. Elas ficavam porque queriam, porque gostava da companhia dele e todo mundo podia ficar no quarto de Michael Jackson, qualquer pessoa, não apenas crianças, não apenas meninos, como a promotoria quis implicar. O testemunho de macaula Culkin, que você pode ler aqui, principlamente, foi muito esclarecer sobre esse ponto.
 

Leiam o que Tom Mesereau, advogado de Michael, disse sobre isso: 


“O que os fãs de Michael Jackson aparentemente não percebem é a necessidade de enfrentar certos aspectos da vida de Michael Jackson e explicá-los. Se você não explicar essas realidades e utilizá-los para humanizar Michael Jackson, você nunca vai convencer os outros de que ele não era um pedófilo.
 

Minha percepção da comunidade de fãs de Michael Jackson é que, na maioria das vezes, os defensores de Michael Jackson querem evitar abordar questões como a sexualidade, a interação com as crianças, a cirurgia plástica, vitiligo, etc eu entendo isso. No entanto, em minha opinião, você nunca vai convencer os outros sobre a humanidade e decência de Michael Jackson, sem confrontá-los. 

O que eu quero dizer? Considere uma das minhas estratégias no julgamento criminal de Michael Jackson em 2005. 

Comecei o processo de defesa chamando três testemunhas que a promotoria afirmou terem sido molestadas. Eram Macaulay Culkin, Brett Barnes e Wade Robson. A acusação apresentou testemunhas e exibições na tentativa de provar que estes jovens foram abusadoss sexualmente por Michael Jackson.

Todos os três negaram que Michael alguma vez houvesse tocado neles de forma indevida. Eles ficaram indignados que alguém fosse sugerir que eles foram molestados. No entanto, todos testemunharam que tinham dormido muitas vezes na cama de Michael Jackson. Todos eles alegaram que eram amigos e que nada de ilegal tinha acontecido.

Eu decidi que a evidência de que esses jovens tinham dormido na cama de Michael precisava ser explicada. Eu também decidi que permitir tal evidência era um preço que valia a pena pagar a fim de elucidar as negações fortes que qualquer abuso aconteceu.

Roger Friedman e outros criticaram a minha decisão de deixar em evidência que esses jovens dormiam na cama de Michael. Eu também chamei testemunhas do sexo feminino que tinha dormido na cama de Michael. Eu queria explicar a inocência deste comportamento.
 

Após o julgamento, eu falei com o primeiro jurado. Ele disse que Michael Jackson não poderia ter sido absolvido de todas as acusações se eu não tivesse chamado essas testemunhas e explicado o comportamento de Michael.




Eu sempre acreditei que os principais advogados de defesa criminal não fogem de evidências que parecem preocupantes. Eles direta e corajosamente enfrentam e explicam essa evidência. Isso deve ser feito de uma forma que protege e humaniza seu cliente. Advogados medíocres, por outro lado, esquivam-ser de tais provas ou apresentar explicações razas e vulgares.


No julgamento, eu não estava me dirigindo a um júri de fãs de Michael Jackson. Eu achava que esses doze jurados eram pró-acusação e preparados para condenar. Felizmente, eles foram persuadidos para o contrário.

Mais uma vez, você nunca vai convencer os diversos segmentos do público em geral que Michael Jackson não era um pedófilo a menos que você enfrente, expliquer e humanize certos aspectos da vida de Michael que essas pessoas acham preocupantes ou incomuns."




Tom Mesereau

 

Para ler o e-mail na íntegra:

https://www.facebook.com/ReflectionsOnTheDance/posts/10151256407083726



Atualização em 12/05/2013

É importante que se dia, também, que a alegação de “memórias reprimidas” é um clássico golpe para tentar contornar a lei que estabelece prazo prescricional para o direito de ação. O Estatuto de limitações, como chamam os americanos, diz que o prazo para mover uma ação civil com pedido de indenização por abuso sexual pode ser movida até 26º aniversário da vítima, se ela tinha menos de 14 anos quando sofreu o abuso. Alegar “memórias reprimidas” é uma forma de driblar tal limitação.

Wade Robson está com mais de trinta anos e até o momento ele só tem falado bem de Michael Jackson, ele precisa, portanto, de uma desculpa para não ter se comportado dessa maneira com relação à pessoa que ele, agora, diz que o molestou. Mas os tribunais americanos não têm comprado o falacioso argumento de “memórias reprimidas”, pois se trata de uma teoria ridícula, na opinião dos maiores especialistas como você poder ler neste e neste post.

O estatuto de limitações da Califórnia, aliás, foi alterado com o visível intuito de incriminar Michael Jackson de qualquer forma. A nova redação diz que “qualquer vítima da Califórnia tem mais um ano, a partir de 2003, par amover uma ação”. MJ foi acusado de abuso sexual pelos Arvizos em 2003 e essa alteração legal foi uma tentativa desesperada de conseguir atrair mais alguém que fizesse acusações contra ele, uma vez que o Arvizos não inspiravam nenhuma confiança e credibilidade.


Atualização 12/05/2013 às 23:51


No Live Journal dele, em 2004, Wade Robson deixa claro o desgosto dele pela perseguição do promotor To Sneddon contra Michael Jackson. Veja no destaque como ele se sente revoltado sobre as acusações de 1993, que, como ele mesmo disse, foram forjadas. (Wade e a família dele defenderam Michael em 1993, bem como em 2004/200). É, Wade, tá difícil de engolir seu argumento de que foi “ameaçado”. Obrigada a David Edwards (nosso grande detetive) por isso.
"As coisas estão realmente agitadas na minha vida agora. Eu sei que todos vocês estão cientes de que Michael Jackson foi indiciado por crimes contra crianças que não são exatamente legais. E isso me fez tirar meu telefone do gancho e me esconder. Não é segredo que eu tive uma ligação com Jackson quando criança e que ele teve uma influência em minha vida, tanto profissional quanto pessoal, mas eu não preciso ser lembrado de circunstâncias que aconteceram quando eu era criança. ESPECIALMENTE, QUANDO EU DIGO "CIRCUNSTÃNCIAS", ELAS TODAS FORAM ACUSAÇÕES FORJADAS POR AQUELE MALDITO PROMOTOR E A POLÍCIA DE SANTA BÁRBARA. FODA ISSO!"

 

 
 
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